O governo americano está “profundamente preocupado” com os incêndios na Amazônia, disse nesta sexta-feira (23) uma autoridade da Casa Branca, conforme cresce a preocupação internacional com o número de queimadas na região neste ano.
O funcionário do governo afirmou que os americanos estão preocupados com o “impacto dos incêndios na floresta amazônica sobre as comunidades, a biodiversidade e os recursos naturais da região”.
A manifestação dos EUA acompanha a fala de outros líderes que comentaram o assunto desde esta quinta-feira. Angela Merkel, da Alemanha; Emmanuel Macron, da França; Boris Johnson, do Reino Unido; e Justin Trudeau, do Canadá, se pronunciaram diretamente ou por meio de porta-vozes.
Mas, desta vez, ainda que feita por um funcionário não identificado da Casa Branca, a manifestação vem de uma potência mais alinhada com o governo brasileiro, que tem rebatido as críticas à situação na floresta amazônica.
Nesta quinta-feira, Bolsonaro rrespondeu os comentários de Macron de que a cúpula do G7 precisa discutir a “crise internacional” das queimadas na Amazônia afirmando que o francês “evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI”.
O governo de Angela Merkel também trata os incêndios na Amazônia como um tema de interesse internacional. “A magnitude dos incêndios é preocupante e ameaça não só o Brasil e os outros países afetados, mas também o mundo inteiro”, disse Steffen Seibert, representante de Merkel.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, ele vai dizer no encontro de cúpula do G7 que é preciso renovar o foco na proteção da natureza.
“O primeiro-ministro está gravemente preocupado pela alta da quantidade de incêndios na floresta amazônica e o impacto de trágicas perdas nesse habitat”, disse um porta-voz de Johnson.
As queimadas na Amazônia aumentaram 82% de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, e se intensificaram nas últimas semanas. Na noite de quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro fez reunião de emergência com ministros para discutir que medidas devem ser tomadas.
Do G1
O governo espanhol anunciou nesta terça-feira que enviará um navio militar para recuperar os migrantes do Open Arms, resolvendo assim a “emergência humanitária” a bordo da embarcação posicionada diante da ilha italiana de Lampedusa.
“O Audaz, que partirá esta tarde às 17 horas (12 horas de Brasília), navegará durante três dias até Lampedusa, onde assumirá as pessoas acolhidas no Open Arms e procederá o acompanhamento da embarcação da ONG Proactiva Open Arms até o porto de Palma, em Maiorca”, explicou o governo em um comunicado.
Parados desde quinta-feira a algumas centenas de metros da costa da ilha italiana, os migrantes resgatados pela ONG na costa da Líbia foram proibidos de desembarcar em Lampedusa, mesmo que seis países europeus (França, Alemanha, Luxemburgo, Portugal Romênia e Espanha) tenham se comprometido a recebê-los.
Em um gesto de desespero, quinze migrantes, alguns sem coletes salva-vidas, se jogaram nesta terça-feira (20) no mar para tentar nadar até Lampedusa.
“A situação está fora de controle”, disse o Proactiva Open Arms no Twitter.
A violenta passagem do tufão Lekima neste sábado (10) pelo leste da China, onde chuvas torrenciais são registradas, causou pelo menos 18 mortes e 14 desaparecimentos e provocou a evacuação de um milhão de pessoas.
Ondas de vários metros de altura atingiram a costa durante as primeiras horas deste sábado na província de Zhejiang, sul de Xangai.
De acordo com a rede pública de CCTV, esse deslizamento ocorreu na área metropolitana de Wenzhou.
“As chuvas torrenciais causaram um deslizamento de terra em uma montanha que bloqueou um rio abaixo”, explicou a CCTV.
A água resultante do lago varreu tudo em seu caminho quando quebrou a barreira natural.
Pelo menos um milhão de pessoas foram evacuadas antes da chegada do tufão, informou a agência Xinhua. Mais de 100 mil foram realocados em abrigos temporários.
O tufão Lekima atingiu a costa com ventos de até 187 km/h na província de Zhejiang.
O alerta vermelho que foi ativado na sexta-feira (9) voltou a laranja quando Lekima estava indo para o norte e para a região de Xangai neste sábado, com ventos levemente menos fortes, deixando de ser um “supertifão” para virar um “tufão”.
As autoridades evacuaram cerca de 300 mil pessoas na área metropolitana de Xangai, a capital econômica do país.
As viagens de trem de levitação magnética que ligam a cidade a um dos seus aeroportos foram suspensas e também a Disneylândia de Xangai fechou suas portas, pela primeira vez desde a abertura deste parque de diversões em 2016.
A CCTV divulgou imagens espetaculares de torrentes de lama que desciam de uma montanha, de uma estrada destruída, árvores desenraizadas, veículos semi-afundados ou salva-vidas em trajes laranja evacuando pessoas resgatadas.
O tufão já havia afetado Taiwan na sexta-feira (9), deixando nove feridos e milhares de casas sem eletricidade.
Em setembro do ano passado, o tufão Mangkhut levou à evacuação de dois milhões de pessoas, à destruição significativa em Hong Kong e a Macau e à morte de 59 pessoas nas Filipinas.
Cyntoia Denise Brown ex-prostituta condenada à prisão perpétua por ter matado um cliente em 2004 nos Estados Unidos foi libertada nesta quarta-feia (7), graças à concessão de clemência pelo governador do estado do Tennessee, Bill Haslam, no começo deste ano.
Ela passou 15 anos presa e ficará outros 10 anos em condicional.
Haslam entendeu que Cintoya sofria abuso e cometeu o crime em um caso “trágico e complexo” – ela tinha 16 anos à época do assassinato.
“Transformação deve ser acompanhada de esperança”, afirmou Haslam em um comunicado, na ocasião.
O caso de Cyntoia era considerado complexo pela Justiça dos EUA porque a assassina vivia em situação de risco, de acordo com a defesa. Em 2004, ano em que cometeu o crime, a então adolescente se prostituia e era agenciada por um cafetão conhecido como “Corta Gargantas”.
Segundo a defesa de Cyntoia, ela matou o cliente – um homem de 43 anos – para roubá-lo e não voltar ao cafetão de mãos vazias: a mulher dizia ser estuprada e espancada por “Corta Gargantas”.
A acusação, entretanto, afirma que Cyntoia premeditou o crime. Isso porque a vítima foi encontrada morta com um tiro na cabeça. O disparo, segundo investigação, foi dado enquanto o homem dormia. Após matá-lo, a jovem roubou o caminhão que ele dirigia, além de armas e dinheiro.
Ao conseguir o perdão, Cyntoia divulgou uma nota de agradecimento.
“Com a ajuda de Deus, eu me comprometo a viver o resto da minha vida ajudando os outros, especialmente os jovens. Minha esperança é ajudar outras garotas a não caírem onde eu estive”, escreveu Cyntoia.
A história de Cyntoia correu os EUA em 2011, após a divulgação do documentário “Encarando a vida”. Nele, a mulher, ainda na cadeia, conta ter sido forçada a se prostituir na adolescência, além de sofrer ameaças de morte do cafetão.
Dezenas de prefeitos protestaram nesta terça-feira (6) em Toulouse contra o excesso de ursos nas montanhas dos Pirineus, no sudoeste da França. Segundo as autoridades, os animais vêm multiplicando ataques contra criações de ovinos e gerando prejuízos para os criadores.
“Ouçam-nos em Paris!”, bradaram os prefeitos em Toulouse. “Há unanimidade para pedir a retirada de ursos dos Pirineus. É um apelo ao Estado!”, afirmou o presidente da Câmara de Agricultura regional, Philippe Lacube.
As autoridades calculam que cerca de 50 ursos vivem atualmente nas montanhas do sudoeste da França. Segundo o Escritório Nacional da Caça e da Fauna Selvagem, entre 1° de janeiro e 31 de julho deste ano, foram registrados 214 ataques de ursos contra criações de ovinos. De acordo com o organismo, esse número vem aumentando nos últimos anos. No mesmo período, em 2018, foram registrados 167 ataques; em 2015, foram apenas 53.
638 ovinos mortos
Para as autoridades, os prejuízos causados pelos ataques são inéditos. Apenas neste ano, 638 ovinos morreram no sudoeste da França. O mais curioso é que esses animais não morrem ao serem devorados pelos ursos, mas caindo em abismos nas montanhas ao tentarem escapar dos predadores.
“Não há mais lugar para os ursos!”, reclamou o presidente do Conselho Departamental, Henri Nayrou. Ele diz temer que os agricultores comecem a agir por conta própria e matem os animais ou mesmo ataques contra humanos. Segundo ele, cada vez mais os animais se aproximam de vilarejos.
O prefeito da região da Occitânia, que responde pela região dos Pirineus franceses, explica que o controle da população de predadores só pode ser realizado em caso de ataque contra o homem. Entre as medidas que propõe, estão operações para assustar e deslocar os animais, além de um acompanhamento financeiro e o aumento da indenização aos criadores após ataques.
Um segundo ataque na madrugada deste domingo (4) elevou para 29 o número de mortos em assassinatos em massa neste fim de semana nos Estados Unidos. O criminoso, que foi morto pela polícia, matou 9 pessoas na cidade de Dayton, Ohio. Na tarde de sábado (3), outro atirador fez 20 vítimas em El Paso, no Texas. Ele foi preso pela polícia.
O ataque em Dayton ocorreu pouco depois da 1h da manhã (2h em Brasília) perto de um bar na East Fifht Street, na região central da cidade. O criminoso utilizava uma arma de calibre .223, utilizado pelo exército americano, além de recarregadores.
A polícia confirmou no Twitter que estava nas proximidades do ataque e conseguiu agir rapidamente para conter e matar o suspeito. De acordo com a prefeita de Dayton, Nan Whaley, a polícia levou cerca de 1 minuto
A identidade do autor dos tiros ainda não foi informada, tão pouco o motivo do ataque. A suspeita é de que ele tenha agido sozinho. Em uma entrevista coletiva, o porta-voz da polícia de Dayton informou que o FBI já atua no caso.
Segundo o “The New York Times”, 16 pessoas foram levadas para o hospital Miami Valley, mas não foi dada nenhuma informação sobre o estado de saúde e a situação das vítimas.
Testemunhas
De acordo com a BBC, o ataque ocorreu do lado de fora de um bar chamado Ned Peppers. Em seu perfil no Instagram, o estabelecimento postou uma mensagem em que afirmava que os funcionários do bar estavam seguros.
Uma testemunha disse à BBC que estava próximo ao local, em um show de rap que foi evacuado. “Saímos todos com rapidez e segurança”, disse Jae Williams. “Ficamos todos chocados”.
Tiros no Texas
No sábado (3), um ataque deixou 20 pessoas mortas e 26 feridas na cidade de El Paso, no Texas. Um homem foi detido.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que entre os mortos há 3 mexicanos. O ministro de Relações Exteriores do país informou que outros 6 mexicanos ficaram feridos no ataque.
As vítimas feridas têm, de acordo com a “ABC News”, entre 2 e 82 anos de idade. As autoridades consulares do Brasil nos EUA estão em contato com a polícia texana, mas não há, até o momento, nenhuma informação de brasileiros entre as vítimas em El Paso. Do mesmo modo, não foi recebida nenhuma consulta de familiares no Brasil sobre o caso.