Hong Kong passou por uma faxina, nesta segunda-feira (23), e os serviços de trem da cidade foram retomados após um fim de semana de protestos que teve incidentes violentos, durante os quais ativistas pró-democracia vandalizaram uma estação de trem e um shopping center.
Cerca de 50 pessoas foram presas durante os confrontos do final de semana, disse a polícia, o que eleva para 1.556 o número total de pessoas detidas em manifestações desde junho.
O território sob controle chinês vive um clima de tensão antes do 70º aniversário da fundação da República Popular da China no dia 1º de outubro, e as autoridades estão determinadas a evitar cenas que poderiam constranger o governo central da China.
O governo de Hong Kong inicia um diálogo oficial com membros da comunidade nesta semana, uma tentativa de resolver as desavenças da sociedade, e já cancelou uma grande queima de fogos de artifício de comemoração do 1º de outubro por temer novos choques.
A ex-colônia britânica também comemora neste final de semana o quinto aniversário do início dos protestos Guarda-Chuva, uma série de manifestações pró-democracia de 2014 que não conseguiu obter concessões de Pequim.
Ativistas pretendem se reunir nos chamados Muros Lennon, que ostentam mensagens antigoverno e foram inspirados no Muro Lennon original da então comunista Praga nos anos 1980, no coração do centro financeiro no sábado e se espalhar por várias áreas da ilha de Hong Kong.
Calendário de manifestações
Outro protesto está planejado para domingo no movimentado distrito comercial e turístico de Causeway Bay, cenário de alguns embates recentes violentos entre a polícia e os manifestantes.
No domingo, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes nos confrontos mais recentes de mais de três meses de rebelião, que mergulharam a cidade em sua pior crise política em décadas.
Foram presas. 47, sendo 42 homens e cinco mulheres de idades entre 14 e 64 anos,
Vanessa*, de 18 anos, foi uma dos 18 milhões de alunos brasileiros que participaram neste ano da primeira fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) neste ano. Mas, diferentemente da maioria dos outros concorrentes, ela não prestou a prova na escola.
A jovem fez o teste em uma sala com lousa e carteiras, mas que tem grades nas janelas pequenas e altas e uma porta que normalmente fica trancada a cadeado.
Também não usava uniforme de escola, mas chinelos e o conjunto cáqui obrigatório para crianças e adolescentes infratores internados na Fundação Casa, instituição em São Paulo, onde ela está há 5 meses.
Vanessa sempre gostou muito de matemática, mas como estava sem estudar há 2 anos quando foi internada, ela não imaginou que iria bem na prova.
Quando a professora deu “parabéns”, no mês seguinte, dizendo que ela tinha passado para a segunda fase da Olimpíada, superando milhares de alunos que não estavam privados de liberdade, ela achou que tinham confundido seu mês de aniversário.
“Eu não achei que ia passar. Para mim foi difícil, porque eu não lembrava muito das matérias.”
Aluna do 1º ano do Ensino Médio, Vanessa voltou a estudar dentro da Fundação Casa. Ela havia saído da escola em 2017, mas seus estudos foram interrompidos diversas vezes ao longo da vida — ela chegou a morar na rua e em abrigos algumas vezes.
Poucas visitas
Na Unidade Chiquinha Gonzaga, ela não recebe muitas visitas, o que é comum entre as 103 adolescentes internadas ali. Assim como nos presídios para mulheres adultas, as meninas internadas na Fundação Casa recebem menos visitas que os meninos.
Na pequena biblioteca da unidade, ela conta à BBC News Brasil que sua mãe morreu de câncer quando tinha 5 anos e seu pai foi preso por tráfico de drogas quando ela tinha 9.
Nos seis anos em que o pai ficou preso, ela chegou a morar com o irmão, mas os dois passavam “mais tempo na rua no que em casa”.
“Eu gostava de estudar, mas era difícil, com minha família. Meu irmão tem problema de cabeça, eu não tinha muito incentivo.”
Aos 12 anos, Vanessa começou a usar drogas e largou a escola. Depois saiu de casa. Chegou a morar em abrigos, tinha dificuldade em ficar, porque é proibido usar drogas nesses locais. Acabou indo viver na rua com outras crianças, no centro de São Paulo.
“Não passava fome, porque eu pedia. Mas a gente passa muito frio, e quando chove é muito difícil achar lugar para dormir.”
Voltou a estudar quando o pai saiu da prisão e pode voltar a morar com ele, na zona norte de São Paulo. Começou a fazer supletivo para chegar ao ensino médio. Mas viver com o pai não era fácil, diz Vanessa, e sua vida não demorou muito para sair dos trilhos de novo.
“Conheci um menino de abrigo e ele me chamou para ir ficar com ele no abrigo. Mas eu briguei com ele, os outros me chamaram para ir roubar, eu fui roubar e fui presa”, conta ela, que tinha 17 anos na época.
“Agora, eu tô vendo que a vida que eu tinha não era para mim. Que eu posso estudar, posso trabalhar. Que eu não preciso ficar na rua usando droga.”
Retorno às aulas
Usuária de várias drogas desde criança, teve fortes crises de abstinência nos primeiros meses internada, mas com o uso de remédios e o acompanhamento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), ela diz que as crises passaram.
Com isso, ela pôde retomar as aulas, dadas todos os dias de manhã no centro de detenção. À tarde tem outras atividades, como participação no coral.
O sucesso na primeira fase da Olimpíada não foi apenas uma surpresa, mas um incentivo para Vanessa continuar os estudos e fazer faculdade. Ela quer cursar engenharia civil ou assistência social.
“Como eu já passei em abrigo, acho muito bonito o trabalho que elas (as assistentes sociais) fazem. Eu lembro muito do tio Moacir, que quando eu estava triste conversava comigo, fazia de tudo para eu não sair do abrigo, para eu não ficar na rua.”
Agora, ela se prepara para a segunda fase — diz que adora resolver problemas como a fórmula de Bhaskara (usada para resolver equações do segundo grau, ela explica) — que será no dia 28 de setembro.
A Olimpíada foi criada em 2005 e seu objetivo é estimular o estudo da disciplina e identificar talentos na área, incentivando o ingresso de alunos na universidade nas áreas de ciência e tecnologia.
Só mais uma prova
A alguns quilômetros dali, na unidade masculina da Fundação Casa, a Rio Tâmisa, Aurélio* de 17 anos, também se prepara para a segunda fase da Olimpíada de Matemática.
Participam da competição alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até último ano do Ensino Médio; 54.831 escolas participaram. A prova da 2º fase será em 28 de setembro. As melhores provas serão premiadas com medalhas de ouro, prata e bronze – centenas delas são distribuídas a cada ano.
A unidade em que Aurélio está internado se parece bem mais com uma prisão. Ele fez a prova da Olimpíada sem saber: achou que era só mais uma prova bimestral do 7º ano do Ensino Fundamental, que voltou a cursar desde que foi internado na instituição.
Aurélio trabalha desde os 15, como ajudante de pedreiro, e morava com quatro irmãos, a mãe e o padrasto na zona norte de São Paulo. Fazia supletivo à noite para tentar recuperar os anos de escola perdidos por falta, mas às vezes ficava muito cansado e acabava não conseguindo ir.
Desde os 10 sonhava em ter uma moto, diz, porque “gostava muito de adrenalina”. Mas nunca conseguiu comprar uma com seu salário, e admite que acabou não seguindo os conselhos da família que dizia para “se afastar das amizades ruins e procurar coisas melhores”.
“Eu tava com um amigo e a gente viu uma moto e fomos roubar. E aí estávamos quase chegando em casa quando apareceu a polícia”, admite. “Foi muito triste, minha mãe ficou arrasada.”
Ao menos 30 pessoas morreram nesta terça-feira (17) em um atentado executado perto do local em que o presidente afegão Ashraf Ghani participava em um comício, na província de Parwan, região central do Afeganistão.
“Chegaram ao hospital de Parwan 30 cadáveres e 32 feridos. Entre as vítimas há mulheres e crianças”, afirmou à AFP o diretor do centro médico, Abdul Qasim Sangin.
O atentado aconteceu no mesmo momento em que foi registrada uma forte explosão no centro de Cabul, perto do prédio da embaixada dos Estados Unidos, afirmaram fontes do ministério do Interior, que não revelaram detalhes.
Na segunda (16), um soldado norte-americano foi morto enquanto lutava ao lado de afegãos na província de Wardak.
Neste ano, houve 17 baixas entre de militares dos EUA no país. Uma delas aconteceu poucos dias antes da data que estava agendado um encontro com líderes do Talibã em um sítio que pertence ao governo norte-americano chamado Camp David.
O presidente Donald Trump, então, cancelou a reunião.
Ashraf Ghani, o presidente do Afeganistão que fez um comício nesta terça (17), iria participar do encontro com líderes do Talibã e o Trump.
A sucuri é uma das serpentes mais temidas e belas do mundo animal. Apelidada pelos norte-americanos de anaconda, transmite uma imagem mais agressiva do que realmente é. Uma cena rara captada por moradores do estado vizinho, Rondônia, mostra bem essa disparidade. Com a baixa nas águas do rio Abunã, uma bela e gigantesca sucuri aproveitou uma manhã para tomar sol sobre um galho seco de árvore. O vídeo foi divulgado na rede social do site Rondoniaovivo.
O rio Abunã é um dos afluentes do curso alto do rio Madeira, que forma quase toda a fronteira norte entre Bolívia (departamento de Pando) e Brasil (estados de Acre e Rondônia). Também tem como povoações de importância em suas margens os ribeirinhos do município de Plácido de Castro, no Acre.
Nas imagens, a bela sucuri aparece calma e não espanta quem passa de barco. A serpente não é tão perigosa como se costuma pensar, muito menos venenosa. Elas conseguem passar até seis meses sem comer.
Sem água, a sucuri não sobrevive, por isso ela escolhe rios e regiões alagadas para viver. A Amazônia e o Pantanal são verdadeiros paraísos para a espécie. O peso de quase 100 kg a faz ser considerada a cobra mais pesada do mundo.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em uma rede social nesta quinta-feira (12) que ele deverá tornar a relação do país com a Venezuela e com Cuba mais agressiva.
Ele fez o comentário em resposta ao texto do senador republicano Marco Rubio, da Flórida.
“Acabei de falar com Donald Trump sobre a Venezuela. É verdade que ele discordava de seu último conselheiro. Mas ele me lembrou que é na verdade o oposto do que muitos afirmou ou assumem. Se de fato houver uma mudança de política [em relação ao país latino-americano] não será para torná-la mais frágil”, escreveu Marco Rubio, o senador da Flórida.
“Na verdade, minha postura sobre a Venezuela, e especialmente sobre Cuba, eram mais duras do que as de John Bolton. Ele estava me segurando”, respondeu Trump.
Bolton, ex-conselheiro nacional de segurança, foi demitido na terça (10).
Ele e Trump tinham “discordâncias fundamentais” sobre como lidar com políticas externas em relação ao Irã, Coreia do Norte e Afeganistão, segundo o jornal “The New York Times”.
De acordo com a agência Reuters, Trump havia dito que Bolton e ele discordavam em relação à Venezuela. “Eu considerava que ele estava completamente fora de linha e pensava que eu já tinha dado provas de que eu estava correto”, disse Trump.
O presidente dos EUA disse que Bolton, com sua abordagem linha dura e ríspida, “não estava se relacionando bem com as pessoas na administração que eu considero importantes”.
“Ele não estava em sintonia com o que estamos fazendo”, acrescentou.
Trump disse que ele se deu bem com Bolton e que torcia para que os dois tenham terminado a relação em bons termos, mas afirmou também: “Talvez tenhamos, talvez não. Eu preciso tocar o país da maneira como estamos tocando o país”.
Impaciência
De acordo com a Reuters, Trump tem ficado impaciente com o fracasso para tirar Nicolás Maduro da liderança da Venezuela por meio de uma campanha de sanções aplicadas pelos EUA e por diplomacia, na qual Bolton era a principal força.
Subiu para 50 o número de mortos pelo furacão Dorian nas Bahamas, anunciou na terça-feira (10) um porta-voz da Agência Nacional de Gerenciamento de Emergências do país. O último levantamento indicava que 45 pessoas haviam morrido por conta do furacão. A maior parte das vítimas fatais está na ilha de Grand Ábaco.
Segundo as agências France Presse e Associated Press, uma lista provisória de desaparecidos têm 2.500 nomes.
Equipes de resgate, autoridades e pessoas que tiveram que deixar suas casas acreditam que o número deve subir, à medida que mais corpos são retirados dos escombros de um bairro que ficou destruído em Marsh Harbour, em Ábaco.
Centenas de pessoas estão desaparecidas e cerca de 70 mil precisam de abrigo ou comida, segundo estimativa das Nações Unidas.
O Dorian chegou às Bahamas no dia 1º de setembro com ventos de 295 km/h e classificado como um furacão de categoria 5. Foi um dos furacões mais fortes da história do Caribe e é o pior desastre na história do país.
Analistas privados estimam que cerca de US$ 3 bilhões (R$ 12 bilhões) em bens materiais segurados foram destruídos ou danificados no Caribe.
Frustrados com a destruição, bahamenses têm dito que poderiam tentar emigrar para os Estados Unidos em vez de enfrentar uma reconstrução incerta em casa.
Não está claro se o governo americano, que tenta reduzir todo tipo de imigração, facilitará o caminho deles – mas alguns membros do Congresso, incluindo republicanos, pediram a suspensão de requisitos de visto para ajudar a reunificar bahamenses com parentes nos EUA.
No último dia 5 de setembro, um jovem pastor de apenas 37 anos morreu desnutrido após tentar jejuar 30 dias. testemunhas relataram que o pastor Brighton Samajomba, ainda conseguiu passar 20 dias em jejum, vindo a falecer em seguida. O caso aconteceu no distrito de Solombe de Kazomba, na Zâmbia.
A esposa do pastor o encontrou já sem vida nas primeiras horas do vigésimo dia de jejum, disse Reagan Samajomba, irmão do pastor.
Reagan disse ao the Marabe Post, que havia uma equipe que se reversava para acompanhar o pastor.
“Eu diria que ele morreu nas primeiras horas, porque minha irmã e sua esposa estavam lá e se revezaram para checá-lo, e então era hora de meu sogro verificar se estava tudo bem com ele.
Ela estava com ele de acordada com ela até meia-noite, “Então ela decidiu descansar, quando acordou, eles tinham o hábito de compartilhar sonhos entre si como todo casal o faz. Então, ela sonhava com algo e queria contar ao marido.
Mas como ela tentou sacudi-lo, ele não respondia e logo pediu por socorro, e ele foi levado às pressas para o hospital onde foi declarado morto na chegada.
“O único consolo que temos como família é a maneira como ele morreu porque estava trancado em seu retiro espiritual com o Senhor.”, relatou o irmão.
O falecido pastor é conhecido por jejuar por até 90 dias. Segundo informações, no mês de agosto de cada ano, ele come apenas uma única refeição a noite. Infelizmente desta vez o pastor não conseguiu êxito em seu propósito.
A polícia de Hong Kong lançou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes no caro bairro comercial de Causeway Bay neste domingo (8), depois que manifestantes se reuniram no consulado dos Estados Unidos pedindo ajuda para trazer democracia à cidade, que é governada pela China.
A polícia deslocou os manifestantes do distrito financeiro Central, e eles se dispersaram para a região vizinha de Admiralty, para o distrito de Wan Chai e para Causeway Bay, em um padrão agora familiar de jogo de gato e rato entre polícia e população ao longo de três meses de protestos.
Os ativistas colocaram barricadas, quebraram janelas, começaram incêndios nas ruas e vandalizaram a estação de metrô em Central, o distrito mais importante da ex-colônia britânica.
O Central, sede de bancos, joalherias e lojas de marcas famosas, estava cheio de grafites, cacos de vidro e tijolos arrancados das vias. Os manifestantes atearam fogo em caixas de papelão, construindo barricadas com cercas de metal.
“Não podemos sair porque há policiais do choque”, disse o manifestante Oscar, 20, em Causeway Bay. “Eles dispararam gás lacrimogêneo na estação.”
Mais cedo, milhares de manifestantes cantaram o hino norte-americano e pediram ao presidente dos EUA, Donald Trump, para “libertar” a cidade. Eles acenaram com bandeiras norte-americanas e cartazes demandando democracia.
“Lute pela liberdade, apoie Hong Kong”, eles gritaram antes de entregar petições no consulado dos EUA. “Resista a Pequim e liberte Hong Kong.”
O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, pediu no sábado (7) que a China atue com comedimento em Hong Kong, que retornou ao domínio chinês em 1997.
No mês passado, Trump sugeriu que a China deveria resolver o problema em Hong Kong “humanamente” antes que um acordo comercial fosse alcançado com Washington. Anteriormente, Trump chamou os protestos de “distúrbios” de responsabilidade da China.
Hong Kong retornou à China sob a fórmula “um país, dois sistemas” que garante liberdades não usufruídas na porção continental do país. Muitos moradores de Hong Kong temem que Pequim esteja tentando acabar com essa autonomia.