Um dos casos que marcam o mês de outubro foi o de Ana Rita, de 61 anos, que foi encontrada morta no banheiro da residência onde morava com várias perfurações de faca na cidade de Areia. Segundo a polícia, o caso foi um feminicídio seguido de suicídio. O crime que teria sido cometido pelo marido e suspeito, José Arimatéia, de 55 anos, foi motivado, segundo familiares, por um abuso do acusado à filha adotiva do casal. O abuso teria sido motivador de uma discussão entre o casal, que acabou com sangue.
Outro caso que chocou o estado foi o de uma jovem de 25 anos que foi encontrada morta dentro de uma casa em São José do Bonfim, no Sertão da Paraíba, com um tiro na cabeça. A principal suspeita é de que o crime teria sido cometido pelo companheiro dela de 45 anos que, segundo testemunhas, aparentava ciúmes em diversas situações com a jovem.
Roberta buscou a polícia, abriu vários boletins de ocorrência contra o ex-companheiro e até conseguiu uma medida protetiva que obrigava por lei que o suspeito ficasse longe da vítima. O que preocupa milhares de mulheres que buscam ajuda policial, mas seguem vivendo com medo do dia de amanhã. O caso também aconteceu em outubro, mas Roberta não entrou nas estatísticas de feminicídios porque os colegas de trabalho agiram e capturaram o acusado, que em seguida foi preso pela polícia.
Além das mortes, os casos de tentativa de feminicídio e agressões às mulheres são cotidianas e, para tentar frear os crimes e esse crescimento, o indicado por Nercília Dantas, delegada da Delegacia da Mulher em Campina Grande, é que as mulheres e a sociedade se unam para denunciar os casos para tentar evitar as mortes. “É preciso que a mulher dê o primeiro passo e siga as recomendações dadas na delegacia, e a comunidade deve cooperar denunciando os casos e acolhendo a mulher”, relata.