O Ministério Público Federal de Alagoas (MPF-AL) está apurando os gastos do governo de Renan Filho (MDB) no combate à pandemia de covid-19. O procedimento administrativo de acompanhamento de políticas pública foi instaurado em junho de 2020 e encaminhado ao Senado na última semana.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) enviou requerimento pedindo que a CPI da Covid investigasse os gastos de todos os Estados brasileiros, do Distrito Federal e de municípios com mais de 200 mil pessoas.
Como resposta, a procuradora da República em Alagoas, Niedja Gorete de Almeida Rocha Kaspary, apresentou à comissão os resultados obtidos até o momento na investigação do MPF-AL.
O documento foi atualizado pela última vez em 6 de maio deste ano.
Em entrevista ao Correio Braziliense, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, afirmou que o Brasil está na iminência de um golpe de Estado. Ele ainda disse que teme pela integridade das eleições de 2022.
“É imprescindível. Lamentavelmente, há mais parasitas do que hospedeiros. O populismo totalitário ronda a democracia brasileira. É fundamental esse alerta, porquanto é antessala do golpe. O mais grave é essa visão personificada do povo em contraste com as instituições. As eleições de 2022 trazem à tona um imperativo categórico: preservar o sistema eleitoral brasileiro”, afirmou o ministro.
“Precisamos sair da crise sem sair da democracia. O caminho passa pela política e pelo espaço público, com atuação franca e desinteressada. Cada gesto, cada comportamento, conta como exemplo. É mais do que hora da comunhão na diversidade. O país não pode esperar mais. Saídas passam por elevar o grau de institucionalização, pelo urgente enfrentamento dos efeitos assimétricos da pandemia”, finalizou Fachin.
Uma mulher foi presa em flagrante acusada de esfaquear e matar a própria mãe em Embu-Guaçu, na região metropolitana de São Paulo, na tarde deste sábado (8), véspera do Dia das Mães.
A Polícia Militar foi acionada para uma ocorrência de homicídio na rua José de Almeida Sobrinho, altura do número 548, no Jardim Santa Lúcia, às 13h56. Segundo a PM, a pessoa esfaqueada foi encontrada e o óbito foi constatado no local.
De acordo com a Polícia Civil, a suspeita de 45 anos confessou que matou a própria mãe, que é idosa.
Até o momento não foi divulgado o motivo do crime, as identidades das envolvidas nem se a presa é usuária de drogas ou possui problemas psicológicos.
O homicídio foi registrado na Delegacia de Polícia de Embu-Guaçu. O corpo da idosa está no IML (Instituto Médico Legal) de Taboão da Serra e passará por exames na manhã deste domingo (9).
Com R7
No começo da tarde desta quinta-feira (6), uma cobra da espécie jiboia foi encontrada nas imediações da Rua Otacílio Lira Cabral, a conhecida Faixa da Pista, em Guarabira. Imagens que circulam nas redes sociais mostram que um homem e algumas crianças brincam com o réptil vivo de aproximadamente 3 metros.
De acordo com o que apurou a reportagem do Portal25horas, o animal foi localizado nas proximidades da linha férrea, uma área de mato. Uma equipe de resgate do 3º Batalhão de Bombeiros Militar foi acionada, capturou a cobra e levou para o habitat natural.
Os Bombeiros orientam que não se deve brincar com animais peçonhentos e há risco de ser atacado, dependendo das condições em que ele esteja e explicaram que provavelmente a cobra havia se alimentado e que a jiboia não é venenosa, mas se estiver com fome é perigoso se aproximar.


Portal25hora
Segundo as investigações, irmãos de 9 meses ficaram por cerca de 12 horas sem nenhum adulto. Polícia investiga se menino sofria maus-tratos, já que havia sinais de lesões no corpo dele.
A Polícia Civil prendeu uma mulher, que não teve a identidade revelada, depois que os dois filhos dela, gêmeos de 9 meses, foram deixados sozinhos em casa e um deles morreu, em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal. A corporação investiga se o menino era vítima de maus-tratos, já que no corpo dele havia sinais de lesões, aparentemente, queimaduras.
Como o nome da investigada não foi divulgado pela autoridade policial, a reportagem não conseguiu localizar a defesa dela para que pudesse se posicionar sobre o caso. À polícia, segundo a corporação, a mulher apresentou duas versões do fato até admitir que saiu de casa e deixou os dois filhos sozinhos durante a noite.
Um adolescente entrou em uma escola municipal de educação infantil na manhã desta terça-feira (4), em Saudades, no Oeste de Santa Catarina, e matou ao menos duas crianças. Segundo a Polícia Civil, que confirmou as mortes, o suspeito foi apreendido após o crime.
Uma professora também foi ferida. Segundo o delegado regional de Chapecó, Ricardo Newton Casagrande, o adolescente entrou na escola, que fica no Centro do município, e atingiu as vítimas com um facão.
Por volta das 11h, a Polícia Militar informou que recebeu diversas ligações pedindo socorro no local. De acordo com o 2º Batalhão da PM de Chapecó, a ocorrência ainda está em andamento.
Veja o comunicado:
“A Cre/Copom recebeu diversas ligações informando que um masculino entrou armado de arma branca tipo (facão), na Creche Aquarela Berçário – município de Saudades/SC, diversas ligações pedindo socorro da polícia, que o indivíduo estaria golpeando alunos e professores”, informou a PM.
As idades das vítimas e do adolescente não foram informadas. O Corpo de Bombeiros está no local e isolou a área.
O município de Saudades tem 9,8 mil habitantes e fica cerca de 600 quilômetros de Florianópolis.
O número de crianças e adolescentes sem acesso a educação no Brasil saltou de 1,1 milhão em 2019 para 5,1 milhões em 2020, de acordo com o estudo Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um Alerta sobre os Impactos da Pandemia da Covid-19 na Educação, lançado hoje (29) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) Educação.

De acordo com a pesquisa, em 2019, aproximadamente 1,1 milhão de crianças e adolescentes, com idade entre 4 e 17 anos, estavam fora da escola, o que representava 2,7% dessa população. Esse percentual vinha caindo pelo menos desde 2016, quando 3,9% das crianças e adolescentes não tinham acesso à educação.
Em 2020, o número de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos fora da escola passou para 1,5 milhão. A suspensão das aulas presenciais, somada à dificuldade de acesso à internet e à tecnologia, entre outros fatores, fez com que esse número aumentasse ainda mais. Somados a eles, 3,7 milhões de crianças e adolescentes da mesma faixa etária estavam matriculados, mas não tiveram acesso a nenhuma atividade escolar, seja impressa ou digital e não conseguiram se manter aprendendo em casa. No total, 5,1 milhões ficaram sem acesso à educação no ano passado.
“O Brasil vinha avançando no acesso à educação e com redução progressiva da exclusão escolar. Com a pandemia, nesse progresso, que foi alcançado nos últimos anos, de repente, vemos uma volta atrás”, diz a representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer.
“A gente está, cada vez mais, deixando as nossas crianças sem vínculo com a escola”, complementa o chefe de Educação do Unicef, Italo Dutra. Ele ressalta que o número de excluídos hoje é semelhante à marca do início dos anos 2000, o que mostra que durante a pandemia, o Brasil corre o risco de regredir duas décadas no acesso de meninas e meninos à educação. “Estamos fazendo um alerta, como diz o título do estudo. Se a situação continuar como está, a gente volta 20 anos nos nossos avanços de acesso à escola. É muito preocupante”.
Dutra explica que o estudo utiliza dados de diferentes pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por isso a faixa etária de 2020 é diferente. Foram usadas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), até 2019, e a Pnad Covid-19, referente a 2020. Não há dados do ano passado das crianças de 4 e 5 anos, que podem aumentar ainda mais o número de excluídos.
Os dados mostram outra situação preocupante, segundo Dutra, a maior incidência de crianças e adolescentes fora da escola ao final de 2020 está na faixa etária de 6 a 10 anos, 41%. A faixa etária é seguida por 15 a 17 anos, com 31,2% excluídos e por 11 a 14 anos, com 27,8% sem aulas. “O principal grupo a ser atingido é exatamente o grupo que a gente já tinha praticamente zerado a exclusão escolar”, ressalta.
O Brasil já havia praticamente cumprido a meta de universalizar o acesso à educação nessa faixa de 6 a 10 anos, que é quando os estudantes aprendem, por exemplo, a ler e a escrever. Dos 1,1 milhão que não estavam matriculados em 2019, cerca de 630 mil tinham entre 15 e 17 anos e 385 mil 4 ou 5 anos, que eram, então, as faixas etárias mais excluídas.
Desigualdades
De acordo com o estudo, as maiores porcentagens de crianças e adolescentes sem acesso à educação estão nas regiões Norte e Nordeste, em áreas rurais. Além disso, cerca de 70% daqueles sem acesso à educação são pretos, pardos e indígenas (seguindo a classificação do IBGE).
Os dados mostram que 28,4% das crianças e adolescentes de 6 a 17 anos da região Norte estavam sem aulas em 2020. Na região Nordeste, esse percentual chegou a 18,3%. Na outra ponta, 5,1% das crianças e adolescentes dessa faixa etária na região Sul estavam sem acesso à educação. Na região Norte, em áreas rurais, a porcentagem de exclusão chegou a quase 40%.
Antes da pandemia, em 2019, a região Norte, tinha 4,3% das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos fora da escola, e a região Centro-Oeste, 3,5%. Essas regiões tinham os maiores percentuais de exclusão. O Nordeste tinha 2,7%. A região Sudeste apresentava a menor porcentagem, com 2,1% fora das salas de aula.
“As causas da exclusão escolar não estão apenas ligadas àquilo ao que o setor educacional pode dar resposta, é preciso fortalecer o sistema de garantia de direitos, [que inclui] assistência social, cultura, esporte, saúde, que contribuem para que a gente tenha as causas que levam à exclusão escolar mitigadas e para que os estudantes possam de fato estar na escola aprendendo”, defende, Dutra.
O estudo faz recomendações para reverter essa exclusão, como realizar a busca ativa de crianças e adolescentes que estão fora da escola; garantir acesso à internet a todos, em especial os mais vulneráveis; realizar campanhas de comunicação comunitária, com foco em retomar as matrículas nas escolas; mobilizar as escolas para enfrentarem a exclusão escolar; e fortalecer o sistema de garantia de direitos para garantir condições às crianças e adolescentes para que permaneçam na escola, ou retornem a ela.
Reabertura de escolas
De acordo com Florence, a medida mais urgente é a reabertura das escolas. Isso deve ser feito, segundo ela, seguindo protocolos de segurança e de acordo com a situação de cada localidade, suspendendo as aulas presenciais quando necessário, usando metodologias como a híbrida, misturando aulas presenciais e remotas. Isso deve ser combinado a busca ativa daqueles que estão fora da escola, para evitar que eles deixem os estudos.
“Estamos vendo o resultado com o aumento da exclusão escolar, além de de outros impactos que o fechamento das escolas têm no desenvolvimento das crianças, na aprendizagem, mas também na nutrição, na saúde mental, na socialização e na proteção contra a violência. Por isso é fundamental reabrir. [As escolas] têm que fechar por momentos pontuais”, diz.
Professores e outros trabalhadores em educação, ressaltam no entanto, que é preciso garantir condições seguras para retomar as aulas presenciais. Em nota, Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE) ressalta que o Brasil está entre as nações com maior letalidade na pandemia.
“É preciso garantir condições sanitárias, exames de diagnóstico sistemáticos em massa, celeridade na vacinação da população, investimento na infraestrutura física e acesso universal aos recursos tecnológicos e de conexão digital de qualidade em todas as unidades educacionais”, diz a nota. Os professores e trabalhadores em educação estão entre os grupos prioritários de vacinação de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra Covid-19, elaborado pelo Ministério da Saúde.