O deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa, Raniery Paulino (MDB), comentou o pronunciamento do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que fez o uso de evento oficial do Governo do Estado para atacar as investigações da Operação Calvário, do Gaeco.
O parlamentar ironizou o pronunciamento de Ricardo Coutinho que disse (“Neste governo aqui, ninguém solta a mão de ninguém”), com esse comentário Raniery disparou contra o ex- gestor do executivo “Me parece uma coisa bem de responsabilidade solidária”, disse. E completou “Parece que a cumplicidade é ampla, geral e irrestrita”
A Operação Calvário é uma investigação de uma organização criminosa de desvio de recursos públicos da Saúde, através de contrato entre o Governo do Estado e a Organização Social Cruz Vermelha
Anderson Soares
Acompanhe AO VIVO a sessão ordinária realizada na tarde desta terça-feira (19), direto da Câmara Municipal de Guarabira-PB.
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A edição do Diário Oficial disponibilizada nesta terça-feira, 19, na internet traz a exoneração da secretária de Administração do Governo do Estado da Paraíba, Livânia Farias. Ela renunciou ao cargo na noite de sábado depois de ser presa na Operação Calvário, que investiga irregularidades na gestão da Cruz Vermelha no Hospital de Trauma de João Pessoa.
Para substituir Livânia, o governador nomeou a secretaria executiva, Jaqueline Fernandes Gusmão, que passa a responder pela Pasta.
Fonte: Parlamento PB
Pesquisa do Ipespe, encomendada pela XP investimentos, divulgada nesta 2ª feira (18.mar.2019) mostra que o governo de Jair Bolsonaro é avaliado positivamente (ótimo ou bom) por 37% da população.
O número variou negativamente dentro da margem de erro (3,2%) em relação ao último estudo, em fevereiro deste ano, quando a gestão era bem vista por 40% das pessoas.
Com isso, não é possível afirmar categoricamente que a popularidade do governo tenha decrescido, apenas que o valor apurado oscilou negativamente. Mais levantamentos são necessários para confirmar uma queda de aprovação da gestão.
De acordo com o estudo, a avaliação negativa do governo (ruim ou péssimo) saltou de 17% para 24% no mesmo período. Foi a 1ª elevação de rejeição junto à população.
Já o grupo de eleitores que veem o governo como regular se manteve em 32%, enquanto 8% não souberam ou não quiseram opinar. O estudo foi feito de 11 a 13 de março. O nível de confiança é de 95,45%. Eis a íntegra.
Eis outros dados revelados pelo levantamento:
- expectativas do governo: em janeiro, 63% esperavam uma gestão ótima ou boa do governo Bolsonaro, percentual que variou para 60% em fevereiro e agora está em 54%. Já os que esperam 1 mandato ruim ou péssimo saltou para 20% após ficar em 15% nos 2 meses anteriores;
- noticiário sobre o presidente: para 43%, a maioria das informações veiculadas pela mídia eram mais desfavoráveis ao atual governo. Em fevereiro, este percentual estava em 24%. Outros 21% veem notícias mais favoráveis à gestão –13 pontos percentuais a menos do que a marca do mês anterior;
- golden shower: ao todo, 72% dos eleitores tomaram conhecimento da gravação publicada por Bolsonaro em seu perfil no Twitter durante o Carnaval. Destes, 59% consideraram o conteúdo inadequado; 27% classificaram a postagem como adequada e 3% disseram ser indiferente;
- Congresso: a avaliação desse poder é negativa para 37% dos entrevistados. O Congresso é visto positivamente por 18%. Outros 37% acham regular e 8% não souberam responder;
- reforma da Previdência: para 64% dos entrevistados, a medida é necessária – mesma taxa do mês anterior e 7 pontos percentuais abaixo dos números de janeiro. Já 31% são contra a reforma e 5% não souberam responder;
- reforma da Previdência (2): sobre pontos específicos da reforma, a maior taxa de concordância é em relação as mudanças nas regras para servidores públicos em geral e militares das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). Há maior resistência a alterações na idade mínima e mudanças nas regras para policiais, bombeiros e professores.
Fonte: Poder 360
Blog de Anderson Soares
Em sessão ordinária realizada na noite da última sexta-feira (15), na Câmara Municipal de Cuitegi-PB o vereador e presidente, Severino Batista da Silva, ‘Biu do canudo’ (Pros), em seu discurso, usou a tribuna e fez várias críticas a gestão municipal.
Um fato que chamou a atenção de todos, foi quando o parlamentar mostrou um pacote de livros didáticos, que segundo o mesmo foi encontrado no lixão da cidade. Diante do fato, prontamente o vereador cobrou explicação por parte do gestor municipal e do secretário de educação do município acima citado.
Indignado com a situação, o vereador disse:“Em um momento que o Brasil passa por dificuldades, precisando de mais educação, acontece uma coisa dessa”. E ressaltou seu compromisso com o povo de Cuitegi, buscando sempre lutar pelo bem comum.
De sapatênis marrom e meia verde-abacate, Fernando Henrique Cardoso recebeu o Estado nesta segunda-feira, 11, no centro de São Paulo, para falar do tema de seu mais recente livro: a juventude. Contou entusiasmado que tem ido caminhar na Avenida Paulista aos domingos, quando a via é fechada para os carros, e disse que tem procurado se adaptar ao modo de pensar das redes sociais, nas quais procura sempre se manter presente. “Eu tenho 87 anos. Quando nasci, a vida era diferente. E daí? Bom não é o passado, é o futuro”, disse o sociólogo e presidente do Brasil por dois mandatos (1995-1998 e 1999-2002).
FHC queria deixar a política partidária de lado na conversa e se concentrar apenas no lançamento de Legado para a Juventude Brasileira (Editora Record), uma coautoria com a educadora Daniela de Rogatis. Porém, ao abordar as redes sociais, acabou analisando o uso do Twitter pelo presidente Jair Bolsonaro: “É muito difícil pensar ‘tuitonicamente’, você pode, no máximo, emitir um sinal”. Para o ex-presidente, a democracia exige raciocínio e a rede social é operada por impulso.
Questionado diretamente sobre o comportamento de Bolsonaro e de seus filhos (Flávio, Eduardo e Carlos) nas rede sociais, FHC se disse preocupado com o envolvimento da família no “jogo do poder” porque “leva o sentimento demasiado longe” e disparou: “Eu acho perigoso. É abusivo, polariza (…) Nós estamos assistindo ao renascimento de uma família imperial de origem plebeia. É curioso isso. Geralmente, na República, as famílias não têm esse peso”. Segundo ele, “Bolsonaro está indo mal por conta própria”. Leia a entrevista:
Como surgiu a ideia deste seu mais recente livro?
A ideia foi da Daniela de Rogatis, de fazer um livro que resumisse um pouco o que eu tento passar para as novas gerações. É uma coautoria. Também foram acrescentadas aulas que eu dei, uma coisa é falar, outra é escrever.
Qual é o legado que se pode deixar para a juventude brasileira neste momento?
Procuro transmitir um sentimento de amor ao País, respeito ao povo e valorar a democracia. Fui ministro da Fazenda, conheço um pouco de economia, acho que o crescimento econômico é importante, mas a mensagem principal está nos valores e na crença de se ter organizações abertas em que todos possam participar. Tenho em minha fundação atividades com os jovens. Uma é essa, que se deve basicamente a Dani Rogatis, que tem como alvo jovens de famílias empresariais. Há um outro grupo de pessoas, estudantes de curso secundário, escolas públicas e privadas, escolas profissionalizantes. Eles me perguntam qualquer coisa e eu só não gosto de responder a questões de política partidária, não é o meu objeto fazer pregação. O curioso é que as perguntas dos dois grupos, que são diferentes quanto à renda, não são muito diferentes.
O senhor se atualiza com esses encontros?
Claro, é bom manter contato com as gerações mais jovens, participar das inquietações deles também. Eu tenho 87 anos. Quando nasci a vida era diferente. E daí? Bom não é o passado, é o futuro. Sem desprezar o que já aconteceu.
O livro expressa uma grande preocupação com a ausência de líderes de peso. Por quê?
A sociedade contemporânea, paradoxalmente, na medida em que as estruturas e os partidos deixaram de ser tão significativos, porque o contato direto é mais fácil, requer referências. Essas referências só existem quando existem pessoas que as simbolizam. Isso significa que pode estar faltando rumo, alguém para dizer para onde nós vamos. O (Nelson) Mandela na África era isso. Certa vez fui com ele a uma reunião em uma área quase florestal da África do Sul. Quando ele chegou, mesmo sem falar, ele transmitia uma emoção. O que ele estava dizendo não era tão surpreendente. Ele era surpreendente, ele transmitia, ele significa. O mundo precisa disso, de pessoas que apontem rumos mesmo sem falar. Aqui no Brasil, infelizmente, tem muita gente falando e muito pouca gente simbolizando qualquer coisa. Eu posso não estar de acordo com o Lula, mas ele simbolizou em certo momento. Eu vi, em greves, ele simbolizava, por exemplo.
E na transição de seus mandatos para o dele ambos simbolizaram alguma coisa, não?
Bastante. Eu vou publicar o último volume dos meus Diários da Presidência e você verá como trabalhamos com muito afinco para ter uma transição civilizada. Sabe por quê? Pelo meu amor à democracia. É preciso entender que na democracia mudam os ventos, mas certas regras permanecem e precisam ser valorizadas. No caso do Lula é visível. Ele vinha contra mim, contra o PSDB, mas ele ganhou a eleição. Eu digo a mesma coisa com relação ao Jair Bolsonaro. Ele ganhou a eleição e eu não torço para que ele vá mal. Ele está indo mal por conta própria.
De que maneira o senhor acha que essa comunicação via redes sociais impacta a política?
Primeiro, é difícil o Twitter. Você dizer alguma coisa naquele pouco espaço disponível não é fácil. Em geral as pessoas não dizem quase nada, apenas manifestam o que estão fazendo. Isso passou a ser o modo com que as pessoas acham que pensam. É muito difícil pensar “tuitonicamente”. Você pode, no máximo, emitir um sinal. Nós estamos vivendo uma transformação de uma sociedade na qual as elites eram reflexivas para uma sociedade na qual todos são impulsivos. Isso tem efeito. É bom? É mau? Eu não quero julgar. Como a democracia vai se ajeitar com isso é a grande questão. A democracia requer reflexão, escolhas. O Twitter leva mais ao impulso do que a uma escolha racional, e democracia necessita de algo um pouco racional.
Como o senhor vê a maneira como o presidente Bolsonaro e os filhos dele, que são jovens, usam as redes sociais?
Eu acho perigoso. É abusivo, polariza. O Twitter facilita isso, o nós contra eles. Isso para a democracia não é bom. Os líderes de várias tendências não deveriam entrar nesse choque direto. Nós estamos assistindo ao renascimento de uma família imperial de origem plebeia. É curioso isso. Geralmente, na República, as famílias não têm esse peso. Quando têm, é complicado, porque a instituição política não é a instituição familiar, são coisas diferentes. Quando você tem a instituição familiar assumindo parcelas do jogo de poder, você leva o sentimento demasiado longe. O jogo de poder requer um equilíbrio estratégico, de objetivos e meios para se chegar lá. Quando a pura emoção domina é um perigo, porque você leva ao nós e eles: está do meu lado ou está contra mim?
A preocupação do senhor com a radicalização tem sido grande.
Radicalizar no sentido de ir à raiz da questão, não como oposição. O que é central para um sujeito que não seja do Centrão fisiológico? Para mim, são duas coisas basicamente, a crença na democracia e o sentimento de que é preciso maior igualdade social, isso é o miolo do que é radicalmente centro. Nesse livro, isso reaparece, porque faz parte de treinar a pensar no Brasil. Eu tenho uma preocupação com a concentração de renda e poder, me preocupa também que a diferença entre Nordeste e São Paulo seja muito grande. Você não deve deixar que uma nação se divida. A função do Estado é ter maneira de induzir o crescimento e equalizar as oportunidades. Está muito desigual o Brasil.
O senhor diria que este livro é mais pessimista ou otimista?
A despeito de tudo, é mensagem de otimismo. Eu não posso ser pessimista. Vim para São Paulo em 1940, vi esta cidade crescer e continua crescendo. Tem 18 milhões de habitantes e todos os dias de manhã tem pão, ônibus, luz elétrica. Ainda é precário? Pode até ser, mas o Brasil mudou para melhor, não foi para pior. Para a classe média alta, talvez a vida seja mais dura. Mas quem pertencia a essa classe há 50 anos? Um grupo pequeno. De vez em quando eu vou passear a pé na Avenida Paulista aos domingos, quando ela está fechada para carros. Você vê o pessoal usufruindo a cidade, não tem briga, é só você não ter medo dos outros. Estão desfrutando a vida. Isso não havia. É uma experiência interessante. É gente que mora na periferia e vem para a Paulista, para a Augusta, para o Minhocão aos domingos usufruir democraticamente da cidade.
O conceito de democracia está em risco no Brasil?
Isso me preocupa. A juventude atual é mais bem-nascida do que a anterior. Desfruta de algumas coisas como se elas fossem dadas. Não sei se isso vai gerar solidariedade. Com quem as pessoas se preocupam na Europa? Com os de fora, com os imigrantes. Aqui, não. São os de dentro que não têm. É preciso despertar nos jovens desse grupo a consciência disso, sem fazer demagogia.
Por que a juventude chegou a um momento de descrédito com os partidos e as instituições?
A forma de organização da produção e da vida na sociedade, com a ligação direta na internet, mudou as coisas. Os partidos não se adaptaram. Os candidatos, alguns, sim. As instituições ficaram aquém das pessoas no mundo todo e isso criou a ilusão de que você pode ter a democracia direta.
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Fonte: Estadão