Reunidas nesta quinta-feira (25) em João Pessoa, as prefeitas paraibanas sugeriram a união e trabalho integrado entre Estado e municípios para combater os crimes de feminicídio na Paraíba. O encontro foi promovido pelo Movimento de Mulheres Municipalistas (MMM), que é ligado a Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup).
A prefeita de Belém, Renata Cristinne (MDB), lembrou que 40 prefeituras da Paraíba estão sob o comando de mulheres. “Estamos comprando essa briga para termos uma política pública voltada ao combate ao feminicídio na Paraíba”, afirmou.
Ela sustenta que para enfrentar a violência cometida contra as mulheres é necessária uma atuação em rede que envolva municípios, Governo do Estado, Secretarias da Mulheres e de Segurança Pública, além das Delegacias da Mulher.
Márcia Lucena (PSB), prefeita do Conde, acrescenta que o problema deve ser combatido na base, na forma em que a mulher é inserida na sociedade, aliado ao combate ao machismo. “A partir desse núcleo formado por mulheres a gente precisa atingir os homens que têm compromisso como prefeitos, vereadores, deputados para enfrentar e mudar essa realidade. Não podemos permitir que o feminicídio continue se propagando, crescendo, como ocorre desde o início do ano. A gente precisa enfrentar isso”, avaliou.
O presidente da Famup, George Coelho destacou que a entidade busca um trabalho que envolva entidades dos governos federal e estadual no combate ao feminicídio. “Precisamos de ações verdadeiras de sustentabilidade”, afirmou.
MaisPB
De acordo com a minha fonte especializada em Operação Calvário – que até agora não errou uma – a ex-secretária de Administração dos governos do PSB, Livânia Farias, afirmou na delação do fim do mundo ter repassado R$ 8 milhões em espécie para o chefe da ORCRIM girassol.
O dinheiro foi desviado da Saúde através da organização social Cruz Vermelha e os repasses eram mensais.
A fonte não informou o girassol em questão, mas adiantou o apelido: Cara Amassada.
Segundo a informação, Cara Amassada teria inclusive comprado imóveis de luxo com a propina da Cruz Vermelha, inclusive no exterior, mais precisamente em Portugal.
Também fiquei curioso para saber quem é Cara Amassada…
A ala do governo Jair Bolsonaro (PSL) ligada às Forças Armadas interpretou a publicação de um vídeo com críticas a militares como um recado do presidente para tentar moderar as movimentações de seu vice, general Hamilton Mourão (PRTB).
O desconforto gerado pelo vídeo reproduzido no final de semana em seu canal oficial no YouTube levou Bolsonaro a criticar na segunda-feira [22/4], pela primeira vez, declarações do escritor Olavo de Carvalho, guru do entorno ideológico do presidente.
O recuo, porém, não alterou a avaliação de militares sobre a tentativa de Bolsonaro de atingir Mourão – segundo oficiais ouvidos pela Folha, ele e seus filhos alimentam uma “paranoia” sobre as intenções do vice-presidente.
Enquanto isso, generais que despacham no Planalto mantêm estratégia para se manterem próximos do presidente e se diferenciarem de Mourão.
O vídeo em que Olavo de Carvalho ataca militares foi publicado no sábado [20/4] no canal de Bolsonaro e apagado no final da tarde de domingo [21/4], como antecipou a coluna Painel, da Folha.
Nesta segunda, Mourão assumiu posição de ataque contra Olavo. “Eu acho que ele deve se limitar à função que ele desempenha bem, que é de astrólogo. Ele pode continuar a prever as coisas, que ele é bom nisso”, disse, ironizando uma das atividades anteriores do escritor. Segundo o vice, “Olavo perdeu o timing, não está entendendo o que está acontecendo no Brasil”.
Mourão disse acreditar que Bolsonaro não sabia do conteúdo do vídeo. Generais, no entanto, dizem estar convencidos de que o presidente autorizou a postagem comandada por seu filho Carlos.
Em nota lida pelo general Otávio do Rêgo Barros, porta-voz da Presidência da República, Bolsonaro afirmou que as recentes declarações de Olavo “contra integrantes dos poderes da República não contribuem para a unicidade de esforços e consequente atingimento de objetivos propostos em nosso projeto de governo”.
A retirada do vídeo da internet no domingo e a subsequente postagem de Carlos em tom de lamento, prometendo “uma nova fase na vida” e se queixando de não ser “estrelado”, no entanto, foi vista como cortina de fumaça para tentar preservar o papel do presidente no episódio.
Mesmo a reprimenda lida pelo porta-voz não significou uma condenação total de Olavo. Para Bolsonaro, o escritor “teve um papel considerável na exposição das ideias conservadoras que se contrapuseram à mensagem anacrônica cultuada pela esquerda e que tanto mal fez ao país”.
Bolsonaro “tem convicção de que o professor, com seu espírito patriótico, está tentando contribuir com a mudança e com o futuro do Brasil”, afirmou o porta-voz.
Já Carlos publicou elogios a Olavo e, mais tarde, ainda fez ataque a Mourão ao destacar uma curtida do vice em comentário da jornalista Rachel Sheherazade elogioso a ele e crítico ao restante do governo.
“Tirem suas conclusões”, escreveu o filho do presidente, pedindo para as pessoas atentarem “em quem curtiu”.
Na avaliação de um importante integrante da ativa das Forças Armadas, o episódio do final de semana foi o mais sério desgaste desde que as rusgas entre a ala ideológica do entorno presidencial tomaram corpo contra os militares.
Já houve disputas pelo comando do Ministério da Educação, o enquadramento de ações do chanceler olavista Ernesto Araújo na crise venezuelana e trocas públicas de farpas entre generais e Olavo.
Os dois filhos de Bolsonaro mais próximos de Olavo, o vereador Carlos e o deputado federal Eduardo, se colocam do lado do escritor radicado nos EUA. Como Olavo elegeu Mourão como seu alvo preferencial no governo, o chamando de golpista e pedindo que prepostos seus no Congresso peçam seu impeachment, a ala militar e o comando das Forças entraram em estado de atenção.
Nas últimas semanas, expoentes militares do governo vieram a público negar haver uma ala fardada no governo. Disseram isso o principal conselheiro de Bolsonaro, general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), e o chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Ao mesmo tempo, ao verem as críticas de olavetes a Mourão se avolumarem, o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e seu assessor especial Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, ainda são vistos como militares que atuam em sintonia com Bolsonaro.
O general Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, também é aceito entre aliados de Olavo, apesar de críticas que o guru fez ao militar.
As diferenças entre os generais do primeiro escalão do governo não são vistas como um racha entre os militares, mas como estratégia para se manterem próximos de Bolsonaro, apesar dos seguidos desgastes entre presidente e vice.
Responsável pelas contas do pai nas redes sociais, Carlos fez defesa enfática de Olavo depois das críticas de Mourão.
O escritor é “uma gigantesca referência do que vem acontecendo há tempos no Brasil”, postou o filho do presidente. Para Carlos, quem “despreza isso” é movido por três motivos: “total desconhecimento, [está] se lixando para os reais problemas do Brasil ou acha que o mundo gira em torno de seu umbigo por motivos que prefiro que reflitam”.
Sua publicação reforçou o incômodo no governo com a influência de Carlos sobre o pai, especialmente nas redes sociais – ele tem aval para gerir as contas do presidente.
Outra evidência do desgaste na relação entre o presidente e o vice foi o pedido de impeachment de Mourão apresentado pelo deputado Pastor Marco Feliciano (Pode/SP).
“Mantenho contato em linha direta com o presidente e sempre lhe informo sobre meus atos”, afirmou o deputado, quando questionado se havia consultado Bolsonaro antes de tomar a iniciativa, por enquanto simbólica.
Feliciano diz ter pedido o impeachment “na condição de parlamentar”. “A ação deliberada de Mourão é no sentido de enfraquecer a autoridade presidencial. Ele está sendo bem instruído. Se fosse um fato isolado, tudo bem, mas a situação é diária, é só ler os jornais”.
Entenda a relação entre Olavo, Bolsonaro e os militares
Relação familiar
Bolsonaro conheceu Olavo de Carvalho a partir de seus filhos, que são admiradores do escritor. Em março, durante a viagem presidencial aos EUA, Bolsonaro, Eduardo e Olavo estiveram em um jantar na residência oficial do embaixador do Brasil em Washington
Indicações para o governo
Apontado como guru de Bolsonaro, Olavo foi responsável pela indicação de dois ministros: Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Vélez Rodríguez, demitido do MEC no início do mês
Conflitos com militares
Olavo tem feito críticas públicas à atuação dos militares no governo Bolsonaro, o que inclui o vice-presidente, Hamilton Mourão, e já pediu a seus ex-alunos que deixem o governo. A disputa entre olavistas e membros das Forças Armadas chegou a travar as atividades do MEC e culminou na demissão de Vélez
Vídeo apagado
No sábado [20/4], um vídeo em que Olavo criticava os militares foi postado no canal oficial de Bolsonaro no YouTube, mas a publicação foi apagada no domingo [21/4]. Na segunda [22/4], Mourão disse que Olavo deveria se limitar à “função de astrólogo”, e Bolsonaro afirmou que as críticas do escritor não contribuem com o governo.
A decisão da juíza Andréa Gonçalves Lopes (5ª Vara Criminal), que arbitrou a liberação de Livânia Farias, traz algumas revelações surpreendentes. Por exemplo: ao contrário do que afirmaram o ex Ricardo Coutinho e o atual governador João Azevedo, o esquema infiltrado na Cruz Vermelha, e desbaratado pela Operação Calvário, envolve, sim, o governo do Estado.
Ricardo e João sempre sustentaram que envolvia apenas a Cruz Vermelha e seus fornecedores. Eis o que pontua a magistrada: “As circunstâncias indicam gravidade dos fatos que envolvem o próprio governo do Estado.” Com isso, fica evidenciado, de acordo com as informações em poder da magistrada, que o governo está no epicentro das investigações.
Ricardo – Durante lançamento do Programa Paraíba Rural Sustentável (em 19 de março), RC negou envolvimento do governo no escândalo e arrematou: “Ninguém vai soltar a mão de ninguém e que ninguém tem medo da campanha de difamação que fazem na internet contra o atual governo, e contra pessoas dele, e que esse tipo de coisa já foi vista no Brasil e é por isso que o país está do jeito que está.”
João – O governador, após decretar intervenção no Hospital de Trauma, até então terceirizado pela Cruz Vermelha gaúcha, e também depois dos mandados de busca e apreensão na casa de Waldson de Sousa e Livânia Farias, afirmou: “O modelo está correto. É preciso que se levante questões. A intervenção está levantando se há algum tipo de problema na relação entre as Cruz Vermelha e seus fornecedores e não na relação com o governo.” #Política
BLOG DO HELDER MOURA
Agora é oficial! O PSB Raiz, da cidade de Guarabira, Agreste paraibano, divulgou de forma oficial uma nota assinada por membros que manifestam seu apoio às opiniões do vereador Marcelo Bandeira (PSB), presidente da Câmara Municipal de Guarabira. Marcelo não concorda com certas posturas e “regalias” do grupo encabeçado pelo vereador Renato Meireles com o aval de Célio Alves, presidente do diretório local.
Veja a nota assinada pelos membros mais antigos do girassol guarabirense: Nana Rodrigues, Adriano Dias, Soraya Ayres entre outros.
Clique no link abaixo:
MANIFESTO GIRASSÓIS GUARABIRA
PortalMidia com Independente
O projeto de título de cidadão paraibano ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi aprovado, por unanimidade, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), nessa terça-feira (23). A proposta é de autoria do deputado estadual Wallber Virgolino (Patriota). O presidente da ALPB, Adriano Galdino, demonstrou não ver problemas na concessão da honraria e disse que “o cidadão é presidente do Brasil.”
Wallber Virgolino informou ao ClickPB que o relator Ricardo Barbosa deu parecer pela constitucionalidade considerando que Bolsonaro tem os pré-requisitos para o recebimento do título de cidadão paraibano.
Galdino disse que não votou no presidente, mas que torce pelo sucesso do governo. “Eu acho que tem muita gente que é a favor, que é contra. Eu não votei nele, mas eu sou brasileiro e torço para que o governo dele dê certo para que a gente possa ter um país cada vez melhor.”
Questionado se votará a favor do projeto, Adriano Galdino disse que vai avaliar quando o assunto chegar ao plenário. “Quando chegar no plenário eu vou decidir.”
O presidente da ALPB destacou que propôs título de louvor à Michele Bolsonaro pela visita feita a Campina Grande, onde ela conversou com portadores de necessidades especiais. “Eu propus um título de louvor à atitude da primeira dama. Achei uma atitude fantástica de ela vir a Campina Grande, se abraçar com um cidadão. E achei essa atitude dela fantástica. Demonstrou muita humildade, seriedade, nem sequer deu entrevista, mostrou que realmente veio para cumprir uma missão e eu achei importante e entrei na Assembleia Legislativa da Paraíba com um requerimento solicitando um título de louvor pelo gesto da primeira dama do Brasil.”
Em entrevista ao RádioBlog, o deputado estadual Raniery Paulino (MDB), líder da oposição, ironizou a “saída pela tangente” do governador João Azevedo (PSB), que na manhã de hoje fugiu de perguntas de jornalistas sobre as últimas movimentações da Operação Calvário. “Esse é um tema tabu por parte do governo que não quer falar sobre isso”, ironizou Raniery. “Não tem como mudar de assunto, a principal secretária do governo ficou presa por mais de um mês e existem informações de que ela realmente teria dito alguma coisa”, completou.
Raniery destacou ainda que a Operação Calvário desvenda o maior escândalo de corrupção da história e da política da Paraíba. “De fato a sociedade merece ter esse acompanhamento, conversei com o conselheiro Nominando Diniz, que se prontificou a vir à Casa”, informou.
Tratando especificamente sobre a liberdade da ex-secretária Livânia Farias, Raniery disse que tudo se trata de “uma “crônica anunciada”.
A maioria dos ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu hoje (23) reduzir a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá (SP).
Até o momento, os ministros Félix Fischer, relator do recurso da defesa, os ministros Jorge Mussi e Reynaldo Soares da Fonseca entenderam que a pena do ex-presidente deve passar de 12 anos e um mês de prisão, como foi definido pela segunda instância da Justiça Federal, para 8 anos e 10 meses.
De acordo com a maioria, a pena de Lula foi elevada de forma desproporcional na segunda instância. O julgamento continua para a tomada do último voto, do ministro Ribeiro Dantas.
Pela condenação a 12 anos e 1 mês de prisão, Lula está preso desde abril do ano passado na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba (PR). A prisão foi determinada pelo então juiz Sergio Moro, com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a prisão após o fim de recursos na segunda instância.
Mesmo com a decisão do STJ, Lula deve continuar preso pelo mesmo entendimento, mas terá direito mais rápido à progressão de regime, quando cumprir um sexto da pena e passar para o regime semiaberto, fato que deve ocorrer em setembro.
Condenação
Lula foi condenado sob a acusação de receber um apartamento tríplex no Guarujá da Construtora OAS. O total de vantagens indevidas, segundo a acusação, somando reformas no imóvel, foi de mais de R$ 3,7 milhões. A condenação do ex-presidente foi pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Na sentença, Lula foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão pelo então juiz Sergio Moro, que julgou que as vantagens recebidas estavam relacionadas a desvios na Petrobras. A pena depois foi aumentada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), segunda instância da Justiça Federal, para 12 anos e um mês de prisão – 8 anos e 4 meses pelo crime de corrupção passiva e 3 anos e 9 meses por lavagem de dinheiro.