Uma série de explosões de gás atingiu pelo menos 60 imóveis residenciais e comerciais em três cidades do estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (13). Pelo menos quatro pessoas estão feridas. As autoridades atribuem as explosões a uma maior pressão de gás nas tubulações de fornecimento.
O incidente começou por volta das 17h ( 18h em Brasília) nas cidades de Lawrence, Andover e North Andover. A polícia do estado de Massachusetts identificou entre 60 e 100 incêndios e explosões. Até o momento, as explosões não foram atribuídas a atos de sabotagem ou terrorismo.
Segundo o jornal Washington Post, a companhia Columbia Gas, provedora da região, anunciara na manhã de hoje uma atualização das linhas de fornecimento no estado, incluindo na área atingida pelas explosões. Para evitar mais incidentes, a companhia de energia elétrica cortou a eletricidade dessa região.
Os estudantes e professores de uma escola de ensino médio e os pacientes e funcionários de uma casa para idosos, ambos de North Andover, foram retirados dos locais. As autoridades das três cidades afetadas pediram para os residentes e trabalhadores nas regiões com gás encanado para saírem.
O governador de Massachusetts, Charlie Baker, emitiu um comunicado no qual apela para os residentes a prestar atenção às instruções das autoridades locais sobre segurança, remoções e suspensão de uso de gás.
Os incêndios são atribuídos a possíveis problemas com o sistema de fornecimento de gás encanado. O chefe do Corpo de Bombeiros da região, Michael Mansfield, informou que há entre 25 e 30 incêndios ativos na cidade de Andover, além de outros 18 em Lawrence, segundo a rede de televisão CNN.
“Há múltiplos incêndios em Andover. É algum tipo de problema de gás. Pedimos para que os residentes saiam de casa e liguem para a emergência caso sintam o cheiro de gás”, disse o tenente Edward Guy, porta-voz do Departamento de Polícia da cidade.
(Com EFE)
Fonte: Veja.com
Karen White, de 52 anos, estava presa preventivamente por estupros e outros crimes sexuais que teria cometido – contra mulheres – quando ainda se apresentava como homem e se identificava como Stephen Wood.
Como, porém, se autodefine como transgênero, se veste de mulher e usa maquiagem, ganhou o direito de ser transferida para uma ala feminina onde cumpriria o restante da pena – uma vez que, no Reino Unido, autoridades prisionais adotam diretrizes recomendando que, em geral, o local de reclusão deve corresponder ao gênero que os detentos expressam.
Mas ela não havia feito cirurgia de mudança de sexo. E é acusada de ter aproveitado a proximidade com as presas com quem passou a dividir a cela para assediá-las sexualmente poucos dias depois de ter chegado.
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O caso levantou críticas pelo fato de o histórico da presa ter sido desconsiderado em seu processo de transferência e fez ressurgir o debate sobre onde encarcerar mulheres trans com antecedentes de crimes sexuais praticados quando eram homens.
Acusações de violência sexual
Karen havia cumprido um ano e meio de prisão numa ala masculina, quando ainda se identificava como Stephen, por conduta obscena contra um menor.
Durante o julgamento desse crime, ela admitiu que, já na nova prisão, agrediu sexualmente duas das quatro detentas que a acusam de abusos.
Os crimes teriam ocorrido entre setembro e novembro do ano passado e incluído desde assédio sexual e toque indevido até exibição de genitais e comentários impróprios sobre sexo oral.
© Getty Images Colunista ressalta o quanto as mulheres estão vulneráveis na prisão e afirma que deixá-las na mesma cela que um transgênero com histórico de crimes sexuais “é como colocar a raposa no galinheiro”
Vulnerabilidade dupla
O debate agora está centrado em se a autodeclaração de gênero é suficiente para que uma pessoa transgênero seja mantida em presídios femininos ou em celas com outras mulheres.
Os grupos que se opõem a essa autodefinição como critério para definir o local de reclusão alegam que ela traz o risco de homens – que eventualmente se passem por mulheres trans – terem acesso a mulheres vulneráveis.
Ativistas defensores dos direitos das pessoas transgênero, no entanto, afirmam que os presos dessa comunidade já estão entre os mais vulneráveis e são humilhados pelo sistema prisional.
Para Janice Turner, colunista dos jornais britânicos The Times e The Guardian, no caso de White, os antecedentes eram visíveis e poderiam ter sido usados para evitar que ele fosse transferido para a prisão feminina.
“Prender estupradores em cadeias femininas, deixá-los no meio de presas vulneráveis, alumas delas vítimas de estupro, é como colocar a raposa no galinheiro”, escreveu Turner no Times.
© Getty Images Segundo uma investigação da BBC, 48% das detentas transgênero têm antecdentes de crimes sexuais
A colunista afirma que a segurança das mulheres parece ser menos importante que a “expressão de gênero”.
Frances Crook, gerente-executiva da organização Howard League para a Reforma Penal, argumenta que mulheres em situação de vulnerabilidade estão sendo colocadas em risco por um pequeno número de homens cujo principal interesse é fazer-lhes mal.
“É um debate muito tóxico, mas acho que o sistema prisional tem sido influenciado por conversas extremas e se viu forçado a tomar decisões que têm feito mal às mulheres, tendo colocado os funcionários em uma situação extremamente difícil”, disse ela em um artigo publicado no Guardian.
Mudança de sexo, mudança de prisão
© Getty Images Muitas presas que se declaram transgênero pediram transferência para presídios femininos
Em julho, quando Karen White se viu diante de juízes no tribunal de Leeds, na Inglaterra, declarou que não havia assediado as detentas já que não se sentia atraída por mulheres. Afirmou ainda que sofria de disfunção erétil.
No entanto, um dos casos pelo qual foi condenada aconteceu justamente quando estava na fase de transição para deixar de ser Stephen e passar a ser Karen.
Crimes sexuais
Frances Crook considera que qualquer um que tenha cometido crimes sexuais ou violentos contra mulheres, que queira ser transferido mas não tenha concluído a mudança de sexo, ou seja, que “ainda tenha o pênis e hormônios masculinos”, não deveria ser colocado junto às detentas.
Segundo uma investigação da BBC, dos 125 presos transgênero em prisões britânicas, 60 estão encarcerados em razão de crimes sexuais.
Estima-se que 25 deles estejam em prisões femininas e outros 34 que nasceram homens e vivem como mulheres estejam em alas especiais para homens que cometeram crimes sexuais.
De acordo com autoridades carcerárias, muitos pediram transferência para prisões femininas.
O Ministério da Justiça pediu desculpas por não ter levado em conta o histórico de crimes de White em seu processo de transferência de prisão e que está revisando agora os seus processos de avaliação.
Um porta-voz do Serviço Prisional disse que “embora tenhamos o cuidado de lidar com todos os prisioneiros, incluindo transgêneros, com tato e de acordo com a lei, estamos certos de que a segurança de todos os presos deve ser nossa prioridade absoluta”.
Fonte: BBC NEWS
A energia nuclear não consegue competir em custos com o gás natural nem com as fontes renováveis e, portanto, precisa da ajuda dos formuladores de políticas que estejam dispostos a promover a geração de energia com baixo nível de emissão como forma de combater a mudança climática, de acordo com um novo estudo de peso.
Para impedir o aquecimento global descontrolado até meados do século, a atual safra de líderes mundiais precisa instituir políticas que reduzam em mais de 90 por cento os gases causadores do efeito estufa que são emitidos pelos produtores de energia, segundo cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês). A maneira mais clara de chegar lá talvez seja colocar um preço nas emissões de carbono e apoiar as tecnologias não poluentes.
“A partir de hoje e nas próximas décadas, o principal valor da energia nuclear é sua possível contribuição para descarbonizar o setor de energia”, afirma o relatório de 246 páginas publicado nesta segunda-feira. “O custo é a principal barreira para que esse potencial se materialize. Sem reduções de custo, a energia nuclear não terá um papel significativo.”
O estudo lança dúvidas sobre a possibilidade de sucesso das tentativas do presidente dos EUA, Donald Trump, de resgatar os deficitários reatores desse país e de desfazer as políticas climáticas. Um caminho mais direto para apoiar a indústria nuclear seria seguir o exemplo de outros países que colocaram um preço nas emissões, seja por meio da tributação direta ou dos mercados de comércio de carbono. Isso daria aos operadores atômicos mais espaço para competir contra o gás, a energia eólica e a energia solar, que são mais baratos.
A fim de estabilizar a mudança climática e manter os aumentos de temperatura bem abaixo de 2 graus Celsius até 2050, as empresas de energia precisam reduzir as emissões de dióxido de carbono de 500 gramas por quilowatt-hora para uma média de cerca de 10 gramas, de acordo com o estudo. Não implementar a energia nuclear pode significar a perda de enormes economias de custos, especialmente em mercados emergentes como a China, que ainda dependem muito da queima de carvão para obter eletricidade.
“O papel do governo será fundamental”, disse John Parsons, codiretor do estudo do MIT, em comunicado. “As autoridades governamentais precisam criar novas políticas de descarbonização que ponham em pé de igualdade todas as tecnologias energéticas com baixo nível de carbono, além de explorar opções que estimulem investimentos privados.”
A avaliação do MIT sobre o setor nuclear apareceu pela primeira vez em 2003 e foi atualizada em 2009. As versões anteriores também defendiam a energia nuclear como uma solução para combater o aquecimento global.
Uma nova geração de reatores pequenos e modulares, que podem ser construídos com projetos padronizados e recursos de segurança, poderia dar alívio ao setor nos EUA e na Europa, segundo o estudo, que aconselha que os reguladores reservem lugares para que os investidores testem protótipos de tecnologias.
Fonte: Exame.com
Um homem de 50 anos desenvolveu câncer de pulmão depois de estar envolvido em um trabalho de emergência na usina nuclear de Fukushima (março de 2018) entre março e dezembro de 2011, após o devastador tsunami.
O Japão anunciou pela primeira vez que um trabalhador da usina nuclear de Fukushima morreu após ser exposto à radiação, informou a mídia japonesa.
O homem de 50 anos desenvolveu câncer de pulmão depois de participar no trabalho de emergência na usina, entre março e dezembro de 2011, após o devastador tsunami.
O governo japonês pagou indenização em quatro casos anteriores em que os trabalhadores contraíram câncer após o desastre, de acordo com a agência de notícias Jiji.
No entanto, esta é a primeira vez que o governo reconhece uma morte relacionada à exposição à radiação na usina, informou o jornal Mainichi.
O jornal acrescentou que o homem trabalhou principalmente na usina nuclear número 1 de Fukushima e em outras centrais nucleares no país entre 1980 e 2015.
Após o desastre, ele foi encarregado de medir a radiação na usina e, embora tenha usado uma máscara facial completa e um traje de proteção, desenvolveu câncer de pulmão em fevereiro de 2016.
O tsunami de março de 2011, desencadeado por um enorme terremoto submarino, matou cerca de 18 mil pessoas e inundou a usina nuclear de Fukushima, provocando o colapso de seus reatores e levando ao pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl.
Fonte: AFP
“Por volta das onze da noite acordei, mas não conseguia me levantar. Estava confuso, não entendia o que estava acontecendo”, conta um sobrevivente.
Era dia 21 de agosto de 1986. Quando amanheceu, os moradores de vários vilarejos no noroeste de Camarões descobriram, ao despertar, que muitos dos seus amigos e vizinhos tinham morrido durante a noite.
“Na manhã seguinte vi que tinha gente jogada na rua. Alguns, mortos”, relatou a testemunha. “No nosso povoado perdemos muitos, umas 75 pessoas”.
O número total, no entanto, foi bem mais alto: nesse dia, 1.746 pessoas morreram depois de inalar gases tóxicos que vinham de um lago vulcânico, além de 3,5 mil cabeças de gado.
Todas as vítimas se distribuíam em povoados ao redor do lago Nyos, próximo à fronteira do país com a Nigéria.
O desastre foi tão grave que o presidente do país chegou a pedir ajuda internacional.
A investigação
Investigações científicas foram feitas durante várias semanas para descobrir o que havia ocorrido.
Foram chamados especialistas de todo o mundo para ajudar a desvendar o mistério. Um deles era o médico britânico Peter Baxter, que chegou à região cerca de duas semanas depois da tragédia.
© Getty Images As vítimas moravam em povoados perto do lago Nyos, próximo à fronteira de Camarões com a Nigéria
“Ainda tinha corpos de pessoas e bichos espalhados pelas colinas. Quando chegamos no povoado de Nyos, que tinha pequenas casas de barro, o silêncio era total, não havia sinais de vida”, contou Baxter ao programa Witness, da BBC.
“E quando nos aproximamos do lago Nyos, ao qual se alcançava subindo uma pequena colina, vimos que suas águas estavam calmas, mas havia plantas e peixes mortos na superfície e nas margens.”
“A única vida que víamos eram as rãs, que são muito resistentes e pareciam continuar se desenvolvendo naquelas águas”, afirma o médico.
George Kling, professor da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, também foi convidado para ajudar na investigação.
“Quando chegamos ao lago Nyos, a cena era de dar frio na espinha. Todas as pessoas e todos os bichos estavam mortos”, conta.
“Predominava um silêncio, mas todas as construções estavam de pé, não parecia que tinha havido um furacão, uma inundação ou algo do tipo.”
© Getty Images O Nyos é um lago vulcânico localizado em uma parte remota de Camarões, no oeste da África
“Vimos uma cena de destruição. Antes do desastre, o lago era um lugar muito bonito, com águas cristalinas, azuis. Um ano antes estávamos nadando no lago, mas agora tudo estava diferente”, continua Kling.
“A água da superfície tinha uma cor marrom-avermelhada, havia muitas plantas flutuando. Essa vegetação vinha das margens, onde as ondas enormes haviam feito um estrago, destruindo toda a vegetação”, lembra o professor.
Mistério
As evidências físicas indicavam que uma onda de uns 40 metros de altura tinha se formado em consequência de uma alteração na profundidade do lago.
Mas era um mistério o que havia provocado a mudança – e o que havia causado a morte de centenas de moradores da região.
© Getty Images Após a liberação dos gases, a água da superfície ficou com uma cor marrom-avermelhada
Havia, contudo, um suspeito.
“As informações que vinham da região diziam que havia ocorrido uma erupção vulcânica, e que gases vulcânicos tinham sido liberados. Mas havia algo estranho nisso”, diz Baxter. “Porque não houve uma explosão grande causada por uma erupção, ou a devastação que um evento desse tipo teria provocado”, explica.
“Estávamos diante de uma situação em que muitas pessoas tinham morrido, mas havia poucos danos ao terreno e às construções nas quais elas moravam”, acrescenta.
‘Cheiro de ovo podre’
Uma das testemunhas lembra: “Eu quase morri, mas aí decidi beber azeite. Logo depois vomitei algo negro, que fedia a algo como ovo ou pólvora.”
Foram esses cheiros que deram aos cientistas um sinal do que estavam procurando e que os levaram a achar que sabiam quem era o culpado: dióxido de carbono, milhares de toneladas desse gás, que teria sido liberado do fundo do lago e descido do vulcão até o vale mais abaixo.
© Getty Images Cientistas sabiam que não houvera uma explosão porque não havia devastação no entorno
De início, os cientistas pensaram se tratar de enxofre, que tem cheiro desagradável característico e é produzido em grandes quantidades pelos vulcões.
“Mas, quando fomos ao lago e começamos a analisar as amostras, vimos que na água não tinha enxofre, nem nas plantas que rodeavam o lago e que tinham sido expostas à nuvem de gás”, explica o professor Kling.
“Era muito difícil entender essas descobertas. Até que achamos documentos antigos que falavam sobre pilotos de combate que haviam sido expostos a uma alta concentração de C02”, acrescenta.
“O gás, em concentração de 5% a 10%, age como um alucinógeno. Um dos relatos mais comuns dos pilotos era de que sentiam cheiro de ovo podre ou pólvora e que sentiam o corpo muito quente”, diz o professor da Universidade de Michigan.
© Getty Images Não se sabe por que algumas pessoas morreram vítimas do gás tóxico, enquanto outras sobreviveram
Tudo indica que o dióxido de carbono ficou em formação no fundo do lago durante vários anos.
“Como o lago é muito estratificado, ou seja, é muito fundo, e as camadas de cima não se misturam com as de baixo, o gás que se formou nas camadas de baixo estava preso. Isso fez com que se acumulasse com muita pressão”, explica George Kling.
Os cientistas dizem que o mesmo efeito se produz quando agitamos uma garrafa de champanhe e depois tiramos a rolha.
Os sobreviventes
Mas havia outro mistério: centenas de pessoas haviam morrido, mas outras, apesar de terem sido expostas ao CO2 da mesma maneira, sobreviveram.
Muitas delas eram crianças. Assim, surgiu a hipótese de que o gás tivesse envolvido as casas durante a noite, enquanto os pequenos dormiam do lado de dentro, mas seus pais ainda estavam do lado de fora.
Também se cogitou que as crianças poderiam ter ficado inconscientes mais rápido e, assim, inspirado o gás de forma menos profunda.
© Getty Images ‘Sobreviver ou morrer pelo gás foi sorte ou azar’, diz médico que esteve no local
“Alguns dos sobreviventes acordaram com pessoas mortas ao seu redor”, diz Baxter. “Sobreviver ou morrer devido à exposição ao gás foi caso de sorte ou azar.”
“O gás te deixa inconsciente rapidamente, e os que sobreviveram sentiram que ficaram inconscientes por muito tempo, mais de 10 horas, até voltarem a si, literalmente até que o gás tivesse dissipado, quando iniciava o dia e o sol começava a aquecer a terra. Mas é uma situação muito incomum, uma história realmente extraordinária”, afirma Baxter.
A força-tarefa para investigar as causas do desastre não impediu que surgissem teorias excêntricas para explicar o que tinha acontecido.
“Alguns locais começaram a dizer que países estrangeiros tinham usado uma bomba secreta, que havia uma conspiração internacional de cientistas. São ideias fantasiosas, que não têm credibilidade”, afirma.
Ainda não se sabe, contudo, o que provocou a liberação do gás mais de três décadas atrás. Uma das hipóteses sugere que houve um deslizamento de terras no fundo do lago.
O Nyos continua sendo uma ameaça potencial para as pessoas que moram na região. Na tentativa de evitar uma tragédia como a de 1986, porém, foi instalado um sistema de tubos para permitir que o gás carbônico, caso seja expelido, seja desviado do fundo com segurança.
Fonte: BBC News
Duas pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira em um ataque com faca na estação central de Amsterdã, anunciou a Polícia holandesa, acrescentando que o agressor foi baleado.
“A polícia atirou em um suspeito após um incidente com arma branca na estação de Amsterdã-Central”, informou a força de segurança no Twitter, relatando que a estação foi evacuada, e o tráfego ferroviário interrompido.
Alguns minutos depois, a polícia atualizou a informação e indicou que o local não havia sido completamente evacuado e que apenas duas plataformas estavam fechadas aos passageiros.
Os dois feridos e o agressor foram levados para o hospital.
A estação central de Amsterdã recebe 250.000 pessoas a cada dia, de acordo com o guia de viagens Amsterdam.info.
Fonte: AFP
O governo do Equador anunciou a ampliação do estado de emergência em três províncias por causa do intenso fluxo de imigrantes venezuelanos na região. As províncias de Carchi, El Oro e Sucumbíos serão mantidas em estado de emergência até 30 de setembro. O Equador estuda ainda fixar cotas para a entrada de venezuelanos, como faz a União Europeia com os imigrantes africanos. Não foi detalhado como a medida seria executada nem expostos dados.
O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores equatoriano, José Valencia. Segundo ele, ingressaram no Equador 641.353 venezuelanos, no período de janeiro de 2017 a agosto deste ano, dos quais 524.827 deixaram o país e 120 mil permaneceram em cidades equatorianas.
Prioridades
Para Valencia, as prioridades em relação ao assunto envolvem os aspectos relativos à saúde, educação e segurança. Segundo ele, os imigrantes devem ser tratados de forma regulada e segura, como definem os direitos humanos. O chanceler também se disse preocupado com o tráfico de crianças e adolescentes.
O ministro defendeu a exigência de passaporte para venezuelanos, como forma de dar mais segurança. “Temos encontrado cédulas falsas, adulteradas e alteradas. Temos de regular a migração segura para todos”, destacou.
Fonte: EBC
O atirador que abriu fogo em um torneio de videogame neste domingo (26) em Jacksonville, nordeste da Flórida, matou duas pessoas antes de se suicidar, informou a Polícia.
“Houve três indivíduos falecidos no local, um das quais é o suspeito que tirou a própria vida”, disse em coletiva de imprensa o xerife de Jacksonville, Mike Williams.
Ele acrescentou que outras nove pessoas foram feridas a bala.
“Nove foram levados (…) a hospitais da região, sete deles com ferimentos a bala. Outras duas vítimas feridas a bala se deslocaram sozinhas”, acrescentou o xerife. “Me alegra dizer-lhes que todos se encontram em condição estável”.
O xerife identificou o atirador como David Katz, um jovem de 24 anos, procedente de Baltimore, Maryland (norte).
“Estava aqui para a competição”, explicou.
Mais cedo, Williams disse que o atirador agiu sozinho e que a polícia não tinha outros suspeitos de participação no ataque.
O tiroteio ocorreu no Jacksonville Landing, um centro comercial e de entretenimento às margens do rio St. Johns, onde era disputado um popular torneio de vídeo game da liga de futebol americano (NFL), denominado Madden NFL, 19.
O torneio classificatório para as finais em Las Vegas – com prêmio de 25 mil dólares – era disputado no restaurante GHLF Game Bar.
“É um dia duro para nós”, disse o xerife.
Foto distribuída como cortesia pelo WJXT, uma emissora de TV local de Jacksonville, mostra carros de polícia bloqueando uma rua no acesso ao centro comercial e de entretenimento Jacksonville Landing, no centro de Jacksonville, Flórida, 26 de agosto de 2018
De acordo com o LA Times, citando um jogador identificado como Steven “Steveyj” Javaruski, o atirador seria um jogador que estava competindo no torneio e perdeu.
O xerife Williams confirmou que o ataque ocorreu no Jacksonville Landing, mas não deu mais detalhes. Também disse que o local do crime já estava desobstruído.
Pouco antes, o gabinete usou o Twitter para solicitar aos moradores de Jacksonville que se mantivessem longe da área e pedir às pessoas que estivessem escondidas a permanecerem abrigadas e ligarem para 911, o serviço de emergência nos Estados Unidos, para informar sobre sua localização e aguardar ser resgatadas por membros da SWAT.
Traumatizado e devastado
Em um vídeo perturbador, aparentemente captado como parte de uma transmissão em streaming do site Twitch, vários disparos de arma de fogo podem ser ouvidos ao fundo, antes de a conexão cair. O site Twitch retirou o vídeo, mas ele permanecia disponível nas redes sociais.
“Esta é uma situação horrível e enviamos nossos mais profundos pêsames a todos os envolvidos”, reagiu a empresa criadora do Madden, a EA Sports, em um comunicado.
Uma das equipes que participavam do torneio, a CompLexity Gaming, informou que seu jogador, Young Drini, foi ferido de raspão em uma das mãos.
“Obviamente estamos chocados e entristecidos com os eventos desta tarde. Nosso jogador, Drini, foi atingido no polegar, mas ele ficará bem. Ele conseguiu escapar e correr até uma academia de ginástica próxima”, disse do diretor da equipe, Jason Lake, à AFP.
“Nunca mais vou dar nada como certo. A vida pode ser interrompida em um segundo”, tuitou o jogador.
Vários usuários de redes sociais, inclusive uma que se apresentou como sua mãe, informaram que o proeminente ‘gamer’ profissional conhecido como “oLARRY2K” tinha sido baleado no peito.
“Tenho sorte por estar vivo, em sinto enjoado e ainda estou tremendo”, escreveu @SirusTheVirus, que se identifica como um jogador profissional de Madden. “Não posso acreditar que uma bala atingiu a parede ao meu lado… Ver corpos no chão… É um pesadelo total”.
“Fui levado ao hospital”, escreveu outro jogador, @DubDotDUBBY. “Uma bala passou raspando na minha cabeça. me sinto bem, só tenho um arranhão na cabeça. Traumatizado e devastado”.
O goverador da Flórida, Rick Scott, disse ter se comunicado com o presidente Donald Trump e que ele lhe ofereceu recursos federais para responder à emergência.
Epidemia nacional
Este é o episódio mais recente de uma série de atos de violência armada registrados nos Estados Unidos, onde o porte de armas é constantemente discutido entre quem pede um controle maior de sua venda e quem defende seu direito constitucional de ter acesso a elas.
Nos últimos anos, a Flórida foi alvo de uma série de ataques a tiros. Em 12 de junho de 2016, 49 pessoas foram mortas em uma boate gay em Orlando. Em 2017, outras seis pessoas morreram em um tiroteio no aeroporto de Fort Lauderdale.
E em 14 de fevereiro deste ano, 17 morreram em um massacre na escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas, em Parkland (norte de Miami).
Este ataque renovou as discussões em todo o país sobre a necessidade de um maior controle do acesso às armas no país.
David Hogg, um dos sobreviventes de Parkland que lidera agora um movimento nacional contra as armas, participava de um protesto em frente à sede da fabricante de armas de fogo Smith and Wesson em Springfield, Massachusetts, quando soube do massacre.
“Saberemos que não haverá uma mudança até que exijamos em novembro e depois”, escreveu Hogg, de 18 anos, pedindo participação nas eleições de novembro para contrabalançar os conservadores que apoiam a poderosa Associação Nacional do Rifle (NRA, em inglês).
“Mais uma vez, meu coração dói e cada parte de mim sente raiva. Nós não podemos aceitar isto como nossa realidade”, tuitou Delaney Tarr, outra sobrevivente de Parkland e uma das organizadoras do movimento Marcha pelas nossas Vidas, liderada por estudantes, em março.
“A violência armada é uma epidemia nacional”, escreveu.
Fonte: AFP