O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, advertiu nesta terça-feira, 5, que a pressão contra o governo de Nicolás Maduro está “só começando” e propôs, com sindicalistas, uma greve “escalonada” de funcionários públicos. Isso acontece logo após seu desafiador retorno ao país, após ter burlado uma proibição de saída.
Reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, Guaidó se reuniu com dirigentes sindicais apostando que os funcionários públicos apoiem os seus esforços para retirar Maduro do poder.
“Achavam que a pressão máxima havia chegado. Saibam claramente que a pressão está só começando”, lançou o oposicionista após o encontro em Caracas.
O também chefe do Parlamento conseguiu reativar os protestos e estreitar o cerco diplomático contra Maduro. “Aqui está o presidente interino da Venezuela dando a cara aos trabalhadores, ao trabalho com dignidade, sem que lhe deem nada em troca”, acrescentou Guaidó, que promove um “governo de transição e eleições livres”.
Como parte da pressão com o presidente socialista, o legislador de 35 anos busca agora arrebatar-lhe o controle da burocracia estatal, que considera “sequestrada pelas chantagens e perseguições”.
Segundo Guaidó, os representantes dos trabalhadores lhe propuseram avançar para uma “greve escalonada na administração pública”, embora não tenha dado detalhes. Durante a era chavista, o setor público chegou a ter entre 4 e 4,5 milhões de funcionários, mas essa cifra pode ter sido reduzida devido à grave crise econômica, que inclui uma contração do PIB de 50% desde 2014, hiperinflação e escassez de bens básicos.
Setor público paralisado
Guaidó quer elevar a pressão interna para retirar Maduro, depois que o Grupo de Lima – composto pelo Canadá e por uma dúzia de países latino-americanos – descartou o seu apoio a uma intervenção militar, alternativa que o governo de Donald Trump mantém sobre a mesa.
Para isso, pretende virar ao seu favor os funcionários públicos. Contudo, o governo conserva a sua influência em boa parte da cúpula sindical. “A greve escalonada é uma proposta dos trabalhadores públicos para que nunca mais trabalhem para a ditadura”, sustentou em entrevista coletiva, na qual anunciou uma lei para proteger os funcionários de eventuais demissões.
Da reunião nesta terça participaram sindicalistas petroleiros, das indústrias básicas, governações, prefeituras, hospitais e a banca pública, entre outros, disse a dirigente Ana Yánez. Os sindicatos ainda não anunciaram quando ou quais setores farão essas greves e acordaram se reunir nos dias seguintes com o Parlamento.
“A administração pública está praticamente paralisada. Nas prefeituras vão trabalhar somente três vezes por semana e apenas meio período”, comentou Yánez.
O salário mínimo na Venezuela é de 18.000 bolívares por mês (cerca de seis dólares), que apenas dá para dois quilos de carne, devido à hiperinflação que o FMI projetou em 10.000.000% para 2019.
Mergulhados em contradições
Com o tom desafiador após a sua multitudinária recepção na segunda-feira em sua chegada a Caracas, Guaidó disse que o silêncio oficial diante do seu retorno mostra as contradições no círculo do “ditador”, como se refere a Maduro.
“Estão mergulhados em contradições. Não sabem como responder ao povo da Venezuela”, disse Guaidó a jornalistas ao ser questionado sobre como explica não haver qualquer reação por parte do governo de Maduro ao seu retorno.
Antes da sua volta a Caracas, Maduro havia declarado que Guaidó teria que encarar a Justiça por ter evadido a proibição de saída do país.
O governo participou nesta terça de uma homenagem pelo aniversário da morte de seu antecessor, Hugo Chávez (1999-2013). “Comandante Chávez (…), obrigado pelos seus ensinamentos e, com seu exemplo, hoje continuamos em permanente luta contra os inimigos que tentaram apagar a sua voz tantas vezes. Viverás para sempre em cada vitória!”, escreveu Maduro no Twitter.
(AFP)
Fonte: Veja.com
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 28, uma recompensa de 1 milhão de dólares a quem der informação que possibilite a prisão do atual líder do grupo jihadista Al Qaeda, Hamza bin Laden. Trata-se do filho do histórico terrorista Osama bin Laden, morto em 2011.
“Hoje, anunciamos que será oferecida uma recompensa de 1 milhão de dólares a quem der informação que conduza à detenção do atual líder da Al Qaeda, Hamza bin Laden”, declarou o secretário adjunto para Segurança Diplomática dos Estados Unidos, Michael Evanoff.
O represente americano informou que Bin Laden, líder do ataque aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, passara anos preparando Hamza para assumir a liderança da Al Qaeda, hoje controlada pelo egípcio Ayman al Zawahiri. As informações sobre esse treinamento foram obtidas em cartas encontradas no complexo de Abbottabad, no Paquistão, onde Osama foi morto em uma operação das forças especiais dos Estados Unidos.
Apesar de o paradeiro de Hamza ser desconhecido, Evanoff afirmou que tudo indica que o filho de Osama Bin Laden esteja em algum lugar da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, possivelmente esperando uma oportunidade para viajar até o Irã.
O coordenador da Estratégia Contraterrorista do Departamento de Estado, Nathan A. Sais, que também participou da entrevista coletiva, alertou que a Al Qaeda ainda representa uma grande ameaça, apesar de ter ficado na sombra doEstado Islâmico.
“Nos últimos tempos, compreensivelmente, a atenção do mundo esteve focada na ameaça do Estado Islâmico, enquanto a Al Qaeda permanecia relativamente tranquila. Mas isso era uma pausa estratégica, não uma rendição”, alertou o diplomata americano.
Sais ainda afirmou que a Al Qaeda continua com “capacidade e intenção” de lutar contra os Estados Unidos e os aliados do país. Por esse motivo, Evanoff reiterou a importância de localizar Hamza bin Laden e considerou a recompensa como uma das ferramentas mais úteis na luta contra o terrorismo.
“É um aviso. Estamos te procurando”, concluiu.
(Com EFE)
Fonte: Veja.com
Depois de dias detidos na Venezuela e impedidos de cruzar a fronteira com o com o Brasil, um grupo de 152 pessoas foi liberado para voltar a Pacaraima, cidade do norte de Roraima, por volta das 20h15, horário local.
São homens e mulheres que estavam fazendo turismo no Monte Roraima, além de moradores e pessoas que estavam abrigadas no consulado brasileiro em Santa Elena, cidade venezuelana mais próxima do Brasil. Cerca de 30 veículos cruzaram a fronteira.
A negociação para liberação do grupo durou todo o dia e foi intermediada pelo vice-cônsul do Brasil em Santa Elena, Ewerton Oliveira, junto ao governo da Venezuela.
De acordo com Oliveira, 20 caminhoneiros vão regressar ao brasil nesta quarta-feira. O vice-cônsul explicou que as negociações foram feitas com generais venezuelanos em Santa Elena. “Houve momentos de tensão. Temos crianças, bebês recém-nascidos. Não entro no mérito se a demora nas negociações é absurda. Até certo ponto, é normal. A fronteira está fechada, esse era o argumento deles para não deixar os brasileiros voltarem”, disse.
O Exército levou os 152 brasileiros para um posto de triagem, onde foi servido um lanche para o grupo. Elisângela Carvalho, de 30 anos, trouxe duas amigas para o Brasil. O filho de uma delas está doente: “Eles tentaram várias vezes cruzar a fronteira e não conseguiram. Lá em Santa Elena não tem nada para as crianças. A situação é horrível, muito ruim mesmo”, afirmou.
Mais cedo, pelo menos 13 brasileiros foram autorizados pelo governo venezuelano a retornar ao Brasil por Pacaraima, em Roraima, na fronteira entre os dois países, que está fechada desde a quinta feira, 21. Elas estavam retidas na cidade de Puerto Ordaz, a 800 quilômetros do Brasil. Elas fazem parte de um grupo de 100 brasileiros que está preso na Venezuela sem poder regressar ao Brasil.
O grupo é formado por 7 mulheres e 2 homens que passaram por cirurgias variadas recentemente, entre operações plástica, bariátricas, e de problemas na vesícula e de visão. Os outros brasileiros eram acompanhantes dos operados.
Fonte: Veja.com
Até então, estavam confirmadas as mortes de dois indígenas na sexta-feira (22), pela Guarda Nacional Bolivariana, a 70 quilômetros da fronteira com o Brasil, e de outras quatro pessoas no sábado (23), por milícias chavistas, em Santa Elena.
Segundo “O Globo”, com relatos de um enfermeiro venezuelano, até agora quatro mortos e 45 feridos a bala chegaram ao hospital de Santa Elena. A ONG Venezuela de Direitos Humanos Provea confirmou as quatro mortes em Santa Elena.
O prefeito relatou ainda que três mil militares e milicianos desembarcaram no sábado à tarde em Santa Elena, em oito comboios. Ele acredita que os números de mortos e feridos devem subir à medida em que a prefeitura consiga recolher os corpos, que, na maioria, estão localizados em regiões afastadas. Ao todo, 85 pessoas teriam ficado feridas.
Outro enfermeiro, Rack Ramsame, que trabalha no hospital Santa Elena, contou ao site que a unidade de saúde não tem medicamentos e conta apenas com uma ambulância. “Hoje eu fiz três viagens (para o Brasil) com feridos a bala.”
Oito pessoas, entre assessores e um grupo de escolta, caminharam por seis horas por trilhas abertas na selva para chegar ao Brasil. De acordo com o prefeito, a Guarda Nacional disparou contra a população civil, que protestava desarmada.
Uma mulher venezuelana disse ao “G1” que viu “muitas pessoas feridas e ouvíamos muitos barulhos de tiro”. Segundo ela, a cidade amanheceu deserta e destruída no domingo (24).
Fonte: G1
O governo da Coreia do Norte pediu ajuda às Nações Unidas e a organizações humanitárias nesta quinta-feira, 21, para contornar a escassez de alimentos no país. Segundo a ONU, Pyonyang estima que sofrerá neste ano carência de 1,4 milhão de toneladas de alimentos básicos, como trigo, arroz, batata e soja.
O apelo do regime de Kim Jong-Un se dá a apenas seis dias de seu segundo encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Hanói, no Vietnã, para discutir o processo de desnuclearização da Península Coreana e um possível acordo de paz definitivo.
“O governo solicitou assistência das organizações humanitárias internacionais presentes no país para responder ao impacto da situação de segurança alimentar”, explicou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.
Segundo Dujarric, a ONU está em contato com as autoridades norte-coreanas para analisar o impacto da falta de alimentos na população mais vulnerável e para atuar de forma rápida para suprir as necessidades humanitárias. A preocupação maior das Nações Unidas está na “deterioração da situação de segurança alimentar” da Coreia do Norte.
O país asiático foi palco, nos anos 1990, de uma forte crise humanitária. estima-se que entre 250 mil e mais de 3 milhões de pessoas morreram de fome.
A Coreia do Norte é alvo de pesadas sanções internacionais, em especial dos Estados Unidos, como consequência dos seus programa nuclear militar e de mísseis, que disseminam a insegurança no leste asiático. Embora existam isenções humanitárias, muitos analistas reconhecem que as restrições contra o regime também afetam a sua população.
Alguns países, entre eles a Rússia, pediram recentemente a suspensão de algumas dessas sanções para incentivar Pyonyang a avançar nas conversas para a desnuclearização com os Estados Unidos. Washington, entretanto, defende a preservação das sanções como instrumento de pressão sobre Pyongyang.
(Com EFE)
Fonte: Veja.com
O papa pediu hoje (21), na abertura de uma reunião histórica da igreja para abordar os abusos sexuais cometidos por membros do clero, “medidas concretas e efetivas” de combate. Segundo o pontífice, não basta apenas condenar esses crimes.
“O povo de Deus está a ver-nos e espera que nós não só condenemos, mas que tomemos medidas concretas e efetivas”, afirmou o papa Francisco perante 190 representantes da hierarquia religiosa. “A concretização [dessas medidas] é necessária”, destacou.
“Confrontados com o flagelo do abuso sexual realizado por homens da Igreja contra as crianças, pensei em consultar-me convosco, patriarcas, cardeais, arcebispos, bispos, superiores religiosos e responsáveis, para que juntos possamos ouvir o grito dos pequenos que pedem justiça”, ressaltou Francisco.
O papa disse aos presentes que nessa reunião pesa a responsabilidade pastoral e eclesial que os obriga a discutir em conjunto, de maneira sinodal, de forma sincera e profunda “a forma de enfrentar esse mal que aflige a Igreja e a humanidade”.
Francisco disse que será entregue aos participantes “uma linha guia” para ajudar a refletir, sendo esta apenas um ponto de partida das discussões.
O papa pediu que o Espírito Santo ajudasse a Igreja nestes dias a “transformar este mal em uma oportunidade para se tomar consciência e para se purificar”.
O pontífice rogou à Virgem Maria que iluminasse a Igreja para “tentar curar ferimentos graves causados pelo escândalo da pedofilia tanto aos pequenos quantos aos crentes”.
A reunião começou com as palavras de uma vítima, lidas por um dos membros da comissão organizadora e especialista na luta contra os abusos, o padre Hans Zollner. “Nem os meus pais, nem os oficiais da igreja ouviram o meu clamor e pergunto-me: ‘Porque Deus também não o ouviu?'”, disse o padre, ao ler as palavras da vítima de abuso sexual.
O papa argentino vai tentar convencer, nos próximos dias, os presidentes das Conferências Episcopais da Igreja Católica no mundo da sua responsabilidade individual face às agressões sexuais a menores.
Ouvir as vítimas, aumentar a consciência, aumentar o conhecimento, desenvolver novos procedimentos, e partilhar boas práticas são alguns dos objetivos do encontro.
Cúpula
O encontro Proteção dos Menores na Igreja, que ocorrerá no Vaticano, focará três temas principais: responsabilidade, assunção de responsabilidades e transparência.
O papa anunciou a sua presença em todas as sessões e momentos de oração da cúpula que reunirá 114 conferências episcopais.
Segundo a comissão organizadora da cimeira, os participantes “trabalharão juntos para responder a este sério desafio”. Está prevista também a participação de algumas vítimas.
Na preparação do encontro, a comissão pediu aos presidentes das conferências episcopais para ouvirem as vítimas nos seus países.
*Com informações da RTP, TV pública portuguesa
Fonte: EBC
O parto de sétuplos ocorreu na província de Diyali, a leste do Iraque, e será um caso inédito no país, de acordo com o tablóide Mirror. O caso ganhou notoriedade e foi noticiado a nível nacional.
Segundo os meios locais, muitos moradores da cidade levarem presentes para o casal e querem ajudar a família, que já tinha três filhos.
Um porta-voz do ministério da Saúde local, Firas Al-Izzawi, indicou através de comunicado que a mãe, cuja identidade não foi revelada, está bem de saúde e se recuperando com normalidade.
Os sete recém-nascidos, seis meninas e um menino, foram examinados e também se encontram bem, tendo sido divulgadas algumas imagens, veja na galeria.
Fonte: Notícias ao Minuto
Em uma decisão histórica neste sábado (16), o Papa Francisco decidiu expulsar Theodore McCarrick da Igreja Católica. A decisão foi tomada devido as muitas acusações de abuso sexual de menores que o ex-cardeal americano foi alvo nos últimos anos.
É a 1ª vez na história da Igreja Católica que um cardeal é expulso da instituição por abusos sexuais. Segundo o jornal O Globo, McCarrick já havia perdido o título de cardeal em julho de 2018, algo que não acontecia há 100 anos.
Fonte: Huffpost Brasil