Um terremoto de magnitude 6,9 atingiu a ilha de Sumatra, na Indonésia, nesta sexta-feira (2), de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora os tremores em todo o mundo.
Não houve relato imediato de feridos ou danos, mas tremor gerou um alerta de tsunami. Autoridades pediram para que busquem uma área mais alta os residentes na costa de Banten, na ilha de Java, que é vizinha a de Sumatra.
O abalo foi sentido em Jacarta, capital da Indonésia, e fez com que moradores deixassem suas casas às pressas.
O epicentro do tremor foi registrado a 59 km de profundidade a cerca de 227 km da cidade de Teluk Betung.
Círculo de Fogo do Pacífico
A Indonésia, um arquipélago de 17 mil ilhas e ilhotas, está em uma das regiões mais propensas a tremores e atividade vulcânica do mundo: o Círculo de Fogo do Pacífico. Cerca de 7 mil tremores atingem essa área por ano, em sua maioria de magnitude moderada.
A região, de cerca de 40 mil km de extensão, tem formato de ferradura e circunda a bacia do Pacífico, abrangendo toda a costa do continente americano, além de Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul.
Em 2004, um tremor de magnitude 9,1, perto da costa noroeste da ilha de Sumatra, gerou um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países no Oceano Índico.
g1
Ideia é unir, de maneira lúdica, pessoas dos dois lados da fronteira; muro entre os países é uma das promessas eleitorais de Donald Trump.
Dois acadêmicos norte-americanos instalaram gangorras que atravessam a cerca de ferro que separa os Estados Unidos do México.
A instalação fica em um trecho da fronteira entre El Paso (EUA) e Ciudad Juaréz (México) e é uma forma de unir, de uma forma “lúdica”, os dois países.
O conceito já tem dez anos, de acordo com o jornal “The Guardian”, e foi elaborado pelo professor doutor Ronald Rael, da cadeira de arquitetura da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Virgínia San Fratello, de design na San José University.
As gangorras são pintadas em rosa-choque.
Imagens da instalação fizeram sucesso em redes sociais. Há vídeos curtos de adultos e crianças brincando com a cerca no meio.
Rael, um dos responsáveis pela obra, escreveu um texto sobre a instalação em que a descreveu como uma das experiencias mais incríveis da carreira dele.
“[Foi] um evento cheio de alegria, animação e união na fronteira. O muro virou literalmente o ponto de sustentação para as relações dos EUA com o México e crianças e adultos foram conectados de forma significante em ambos os lados com o reconhecimento de que as ações que acontecem em um lugar devem ter consequências diretas do outro. Incríveis ‘obrigados’ a todos que fizeram esse evento possível.”
O muro
Uma das promessas eleitorais que levaram Donald Trump à Casa Branca foi a construção de um muro na fronteira entre os dois países.
Ele não conseguiu verba no orçamento para isso até o momento. A Suprema Corte dos EUA autorizou, recentemente, que ele use US$ 2,5 bilhões que iriam para gastos com militares para reformar quatro trechos da cerca que separa os países.
O grupo extremista Estado Islâmico deve ser julgado da mesma forma como os nazistas foram em Nuremberg, disse em entrevista à AFP Karim Khan, que lidera a investigação da ONU sobre crimes cometidos por jihadistas.
Isso vai permitir, de acordo com ele, que as vítimas possam ter voz e a que haja uma desmistificação da ideologia dos terroristas.
Khan, um advogado britânico, percorre o Iraque há um ano com quase 80 pessoas para coletar provas e depoimentos.
A investigação da ONU começou a analisar 120 mil corpos encontramos em mais de 200 fossas comuns, além de 600 mil vídeos de crimes do Estado Islâmico e 15 mil páginas de documentos da burocracia do grupo extremista.
Decapitações e escravidão
Há cinco anos, em um território do tamanho do Reino Unido entre Iraque e Síria, o autoproclamado califado controlava a vida de 7 milhões de pessoas com suas administrações, escolas, aplicação rigorosa do Islã e castigos dignos da Idade Média.
“Não era [apenas] uma guerrilha, ou um grupo rebelde móvel”, afirma Khan, na sede altamente vigiada do escritório da ONU para responsabilizar o Estado Islâmico em Bagdá.
Os membros de minorias consideradas como hereges ou satanistas foram assassinados aos milhares, torturados, ou reduzidos a escravos. Os meninos foram transformados em soldados.
“Quem teria pensado em ver, no século XXI, crucificações, um homem queimado vivo em uma jaula, escravos sexuais, homens jogados de telhados, decapitações?”, questiona Khan. Segundo ele, muitos desses crimes foram gravados em vídeo.
Estes crimes não são novos, diz. “O que é novo com o Estado Islâmico é a ideologia que alimenta o grupo criminoso”, algo comum também aos nazistas, afirma.
Julgamentos sem vítimas
Na cidade alemã de Nuremberg, se estabeleceu em 1945 e 1946 o primeiro tribunal internacional da história, criado para julgar os criminosos de guerra nazistas.
Hoje, praticamente todos os dias há iraquianos condenados –com frequência à morte.
Nesses julgamentos não são ouvidas vítimas, de acordo com Khan. A única maneira de virar a página são julgamentos onde se exponham publicamente provas e testemunhas, em qualquer lugar do mundo, diz ele.
‘Fazer ouvir sua voz’
“O Iraque e a humanidade precisam de seu Nuremberg” após o Estado Islâmico, afirma Khan.
O julgamento dos crimes nazistas serviu para “separar o veneno do fascismo do povo alemão”, ao afirmar que não havia “responsabilidade coletiva”, mas, sim, indivíduos responsáveis.
Para o especialista, um julgamento desse grupo “pode contribuir para separar o veneno do Estado Islâmico [que se reivindica como sunita] da comunidade sunita iraquiana”, minoritária nesse país de maioria xiita.
“Esta ideologia será desmistificada, e o público poderá se dar conta de uma verdade evidente: trata-se do Estado menos islâmico que já existiu”, afirma.
O escritório da ONU para responsabilizar o Estado Islâmico tenta estabelecer se houve crimes de lesa-humanidade, crimes de guerra, ou genocídio, os crimes mais graves do Direito Internacional.
“Em dois meses, vocês vão quer que traremos elementos para as instruções em curso em alguns países”, antecipa, sem nomear os Estados envolvidos.
A ideia é que outros países, com competência universal, se encarreguem de crimes, qualquer que seja o lugar onde tenham sido cometidos e a nacionalidade dos autores e das vítimas.
“O Iraque é o primeiro destinatário das nossas informações”, mas “pouco importa o lugar”, reforça Khan.
A opção de um tribunal internacional, ao qual algumas capitais se referem, parece, contudo, pouco provável em um futuro próximo.
O essencial é garantir “o direito das vítimas de fazerem ouvir suas vozes”.
A brasileira Cristiane Murray foi nomeada nova vice-porta-voz do Papa Francisco. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (25) pela Santa Sé.
Cristiane Murray nasceu em 1962 no Rio de Janeiro. Ela é formada em Administração de Empresas e Marketing pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e ingressou na Rádio Vaticana em 1995. Desde então, ela faz parte da equipe brasileira que transmite programas diários e cuida do portal Vatican News em português, Facebook, Twitter, Instagram e Youtube.
Desde 2018, Cristiane colabora com a Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, na preparação do Sínodo sobre a Amazônia, que acontecerá em outubro no Vaticano.
A Sala de Imprensa do Vaticano é atualmente dirigido pelo italiano Matteo Bruni, que substituiu o porta-voz interino Alessandro Gisotti. Assim como Cristiane Murray, Bruni também é um funcionário de carreira da área de comunicação do Vaticano
Anteriormente, o departamento era liderado por Greg Burke e tinha como vice a espanhola Paloma García Ovejero. Ambos jornalistas, Burke e Ovejero renunciaram a seus cargos em meio a uma série de mudanças que vêm sendo realizadas no sistema de comunicações do Vaticano, em janeiro deste ano.
O Vaticano vem concentrando sua estratégia de comunicação nas mãos do novo prefeito do Dicastério para a Comunicação, o jornalista Paolo Ruffini, nomeado em julho de 2018. A visão editorial dos meios vaticanos estão nas mãos do vaticanista Andrea Tornielli, também italiano.
Alguns veículos de imprensa especializados asseguram que foi muito difícil encontrar um substituto para Gisotti e que, mais complicado ainda, foi achar uma profissional que assumisse a vice-diretoria, de acordo com a agência Efe. O pontífice insistiu que uma mulher assumisse o cargo.
Drama de uma família vem chocando o mundo inteiro. Uma mulher deu à luz um bebé com três cabeças na última quinta-feira. A criança sofre de encefalocele, uma doença muito rara e que gera uma malformação no crânio.
Apesar de a taxa de sobrevivência ser de 55%, a maioria sofre com graves sequelas. Para piorar a situação, o pai da criança tentou enterrá-la viva, com medo de não ter condições financeiras de pagar uma operação.
Apesar disso, a intervenção cirúrgica aconteceu com sucesso no hospital Sapthagiri e ela acabou sendo adotada por um parente próximo.
“Essa é uma condição rara e o corpo dela não vai se desenvolver bem por causa disso”, explicou Rajesh Thakur, responsável médico do hospital distrital à imprensa local.
primeiras noticias
Ataques aéreos na cidade de Maarat al-Numan, no noroeste da Síria, deixaram dezenas de pessoas mortas nesta segunda-feira (22), informaram as agências de notícias Reuters e AP. Pelo menos 20 pessoas morreram, segundo a Reuters; a AP fala em, no mínimo, 23 mortos. Ambas as agências citam números das equipes de resgate.
O ataque, que supostamente teria sido cometido pelo próprio governo sírio ou pela Rússia, ocorreu em um mercado movimentado de Maarat al-Numan, que fica na província de Idlib, controlada por rebeldes.
“Há corpos pelas ruas. Que Deus se vingue do presidente russo, Vladimir Putin, e do presidente sírio, Bashar al-Assad, por seus crimes, disse à Reuters Abdul Rahman al-Yasser, membro da equipe de defesa civil de Idlib. Ele procurava por corpos sob os escombros, segundo a Reuters.
Em 1º setembro do ano passado, ninguém deu atenção a uma mensagem no Facebook que trazia uma ameaça ao então deputado Jair Bolsonaro. O autor escreveu que testaria a valentia do então candidato do PSL à Presidência da República quando os dois se encontrassem e que ele merecia levar um tiro na cabeça. Ninguém deu atenção à postagem porque ameaças assim quase sempre não passam de bravatas. Ninguém deu atenção porque o autor, um garçom desempregado, também costumava publicar em sua página na rede social textos desconexos e teorias conspiratórias absolutamente sem sentido. Parecia coisa de maluco. Cinco dias depois, no entanto, Adélio Bispo de Oliveira, o autor da mensagem, esfaqueou Bolsonaro em uma passeata em Juiz de Fora (MG). O agressor de fato era um desequilibrado mental, mas o atentado ensinou que ameaças não devem ser subestimadas, por mais improváveis que pareçam.
Há seis meses a Polícia Federal caça, ainda sem sucesso, os integrantes de um grupo terrorista que já praticou pelo menos três atentados a bomba em Brasília e anuncia como seu objetivo mais audacioso matar o presidente da República. Nas duas últimas semanas, VEJA entrevistou um dos líderes da Sociedade Secreta Silvestre (SSS), que se apresenta como braço brasileiro do Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), uma organização internacional que se diz ecoextremista e é investigada por promover ataques a políticos e empresários em vários países. O terrorista identifica-se como Anhangá. Por orientação do grupo, o contato foi feito pela deep web, uma espécie de área clandestina da internet que, irrastreável, é utilizada como meio de comunicação por criminosos de várias modalidades.
Anhangá garante que o plano para matar Bolsonaro é real e começou a ser elaborado desde o instante em que o presidente foi eleito. Era para ter sido executado no dia da posse, mas o forte esquema de segurança montado pela polícia e pelo Exército acabou fazendo com que o grupo adiasse a ação. -Vistoriamos a área antes. Mas ainda estava imprevisível. Não tínhamos certeza de como funcionaria-, afirma o terrorista. Dias antes da posse, a SSS colocou uma bomba em frente a uma igreja católica distante 50 quilômetros do Palácio do Planalto. O artefato não explodiu por uma falha do detonador. No mesmo dia, a SSS postou um vídeo na internet reivindicando o ataque e revelando detalhes da bomba que só quem a construiu poderia conhecer. Nessa postagem, o grupo também anunciou que o próximo alvo seria o presidente eleito, o que levou as autoridades a sugerir o cancelamento do desfile em carro aberto. -Facilmente poderíamos nos misturar e executar este ataque, mas o risco era enorme (…) então seria suicida. Não queríamos isso.- Na ação seriam usados explosivos e armas. -A finalidade máxima seriam disparos contra Bolsonaro ou sua família, seus filhos, sua esposa.-
Depois disso, em abril, dois carros do Ibama foram incendiados em um posto do órgão em Brasília. Em meio aos escombros, encontraram-se palitos de fósforo, restos de fita adesiva e vestígios de um líquido inflamável. No local, havia pichações com ameaças de morte ao ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. De novo, num vídeo postado na internet clandestina, o grupo assumiu a responsabilidade pelo atentado e exibiu o material utilizado durante o ataque, oferecendo provas de que era mesmo o autor do crime. De acordo com Anhangá, foi mais um aviso, dessa vez endereçado diretamente a Ricardo Salles. -Salles é um cínico, e não descansará em paz, quando menos esperar, mesmo que saia do ministério que ocupa, a vez dele chegará. (…) É um lobo cuidando de um galinheiro-, diz o extremista, que alerta para a existência de um terceiro alvo no governo: Damares Alves, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. -(Ela) se tornou a cristã branca evangelizadora que prega o progresso e condena toda a ancestralidade. O eco-extremismo é extremamente incompatível com o que prega o seu ministério-, diz.
Espécie de holding internacional dos chamados ecorradicais, o ITS foi fundado em 2011 no México e afirma ter representantes também na Argentina, Chile, Espanha e Grécia. A organização se diz contra tudo o que leva à devastação do meio ambiente e defende o uso de medidas extremas e atos violentos contra os inimigos da natureza (evidentemente tal discurso não tem coerência alguma). Em maio passado, os ecoterroristas do Chile assumiram a autoria de uma carta-bomba enviada a um empresário. Dois anos antes, em 2017, um artefato similar foi endereçado ao presidente de uma mineradora, que ficou ferido. No México, o ITS reivindicou a autoria de várias explosões em universidades. Uma delas resultou, em 2016, na morte de um pesquisador. No fim do ano passado, o grupo também se responsabilizou por uma bomba deixada próximo a uma igreja ortodoxa em Atenas.
Os terroristas brasileiros vêm sendo monitorados pelas autoridades há algum tempo. Um relatório elaborado pela diretoria de inteligência da PF intitulado -Informações sobre Sociedade Secreta Silvestre- descreve que, em 2017, uma bomba foi deixada na rodoviária de Brasília. O documento, obtido por VEJA, ressalta que a imprensa não noticiou o atentado, mas, mesmo assim, os detalhes foram divulgados num site do grupo chamado Sociedade Secreta Silvestre, traduzidos para diversos idiomas e assinados por uma pessoa identificada como Anhangá. Em dezembro, depois da ameaça ao presidente Bolsonaro, a Polícia Federal decidiu pôr no caso os melhores agentes da seção antiterrorismo. Os policiais já seguiram várias pistas. Três suspeitos chegaram a ser presos. Mas os integrantes do grupo ainda não foram identificados. Anhangá provoca: -(Eles) são incompetentes (…). Não somos meros amadores, dominamos técnicas de segurança, de engenharia, de comportamento social. (…) Discutimos internamente com membros de outros países-.