A Itália será colocada sob lockdown nacional durante grande parte do feriado de Natal e Ano Novo, disse o primeiro-ministro Giuseppe Conte nesta sexta-feira (18), em uma tentativa do governo de evitar um novo aumento de casos de coronavírus.
De acordo com o jornal “Corriere della Sera”, os italianos poderão sair de casa para visitar parentes e amigos nas vésperas de feriado entre 24 de dezembro e 6 de janeiro. Porém, sob as seguintes condições:
- Apenas uma visita por dia
- A visita deve ser em uma casa na mesma região
- Com limite de duas pessoas além das pessoas que já moram na casa visitada
- Apenas entre as 5h e as 22h
Também sob as novas regras, lojas não essenciais serão fechadas entre 24 e 27 de dezembro, 31 de dezembro e 3 de janeiro, além de 5 e 6 de janeiro. Nesses dias, os italianos só poderão viajar por motivos de trabalho, saúde ou emergência.
As lojas poderão abrir entre 28 e 30 de dezembro e em 4 de janeiro e as pessoas terão liberdade para deixar suas casas nesse período. No entanto, durante a temporada de festas, todos os bares e restaurantes terão que permanecer fechados.
O anúncio encerrou dias de indecisão e disputas dentro da coalizão, que estava dividida entre aqueles que queriam o confinamento total e aqueles que pressionavam por ações mais limitadas para ajudar empresas em dificuldades e permitir algumas reuniões familiares.
A Itália registrou na sexta-feira 674 mortes pela Covid-19 e mais 17.992 infecções nas últimas 24 horas, totalizando, desde o início da pandemia, 67.220 mortes e 1.921.778 casos, segundo o Ministério da Saúde italiano.
Além da Itália, a Áustria anunciou que haverá um novo lockdown depois do Natal. Países como França e Reino Unido já estão sob restrições severas que durarão a passagem do ano.
As medidas vêm em um momento de esperança, com o início da vacinação contra a Covid já prevista para os próximos dias nos países da União Europeia. No Reino Unido, a imunização começou na semana passada.
Os protestos de agricultores se intensificaram na Índia e 40 manifestantes começaram uma greve de fome nesta segunda-feira (14), reportou o jornal indiano “Hindustan Times”.
A greve reivindica a revogação de três leis aprovadas pelo Parlamento em setembro. Segundo os produtores, as regras prejudicam o avanço econômico da classe e beneficiam grandes varejistas de alimentos.
Líderes do movimento anunciaram que os agricultores em greve de fome permanecerão em dois acampamentos nos limites de Nova Délhi, em Tikrit e Singhu. Sindicatos já mobilizam paralisações em toda a Índia.
“Quando levamos nossos carrinhos de cana-de-açúcar às usinas, pulamos as refeições por 24 horas. Estamos preparados para permanecer o tempo que for preciso”, disse um agricultor de Lakhimpur Kheri à agência ANI.
Milhares de agricultores estão acampados nos arredores da capital indiana há mais de um mês. “Viemos preparados. Temos comida suficiente para ficar aqui por quatro meses. Dormimos nos tratores e não nos importamos com a falta de conforto”, relatou um dos líderes.
Neste domingo (13), uma criança nasceu em meio aos protestos. Ela foi recebida com bolo, balões e cartazes coloridos. “Quando saímos de casa juramos não voltar antes de nossa vitória. Estou lutando pela geração de minha filha”, disse o agricultor Jagat Singh, pai de primeira viagem.
Negociação continua
Sob ameaça de greve geral, o governo da Índia realizou seis rodadas de negociação para apresentar mudanças às leis aos líderes dos protestos desde julho.
Em todas as reuniões, no entanto, os agricultores recusaram emendas e exigem a revogação das normas.
As reformas afrouxam regras sobre a venda, fixação de preço e armazenamento de produtos agrícolas e, segundo os trabalhadores, abrem caminho para que as corporações indianas entrem no comércio agrícola e prejudiquem os pequenos agricultores.
O americano Anthony Brown é um respeitado enfermeiro psiquiátrico e professor universitário.
Mas, antes disso, viveu mais de 20 anos como morador de rua após ter fugido de casa para escapar da violência doméstica — se entregou ao álcool e às drogas, e colecionou algumas passagens pela polícia.
Em entrevista à jornalista Jo Fidgen, do programa de rádio Outlook, da BBC, ele conta como sua vida teve uma incrível reviravolta, e hoje ele se dedica a ajudar pessoas com problemas de saúde mental e dependência química.
Se você encontrasse o americano Anthony Brown hoje, de terno e gravata, dando aula na universidade ou trabalhando como enfermeiro psiquiátrico em uma clínica na Califórnia, nos EUA, dificilmente poderia imaginar sua trajetória.
Para começar, aos nove anos de idade, ele encontrou a mãe caída no chão da sala de casa com um tiro na cabeça.
“Eu venho de uma família pobre, e a gente acordava no meio da noite para assaltar a geladeira, e certa noite, por algum motivo fomos até a sala e encontramos minha mãe lá, deitada no chão sobre uma poça de sangue e massa cinzenta.”
“Minha memória apagou, e a próxima coisa que me lembro depois disso é dela com um curativo na cabeça e havíamos nos mudado para outra cidade”, afirma.
Lar abusivo
Este não viria a ser, no entanto, o único evento traumático da sua infância.
Anthony e os irmãos viviam no estado americano de Ohio, em um lar um tanto quanto disfuncional — marcado pela violência doméstica e o alcoolismo da mãe, que criava os filhos sozinha.
“Era um lar extremamente abusivo”, diz ele, que sofria agressão física constantemente.
“Minha mãe batia na gente com um cabo de extensão elétrica.”
Ele acredita, no entanto, que havia uma boa intenção por trás do castigo físico.
“Sei que minha mãe se importava com a gente. Tenho certeza de que ela nos amava porque ela estava tentando nos ajudar a nos tornar pessoas melhores, ela estava tentando nos colocar na linha.”
“Estava tentando descobrir como me impedir de roubar, de beber…”, avalia Anthony, que começou a consumir álcool e a fumar maconha muito jovem.
“Minha mãe sempre bebeu, então eu roubava a bebida dela”, revela.
‘Minha mãe estava tentando me ajudar a me tornar alguém diferente quando me batia, mas as surras nunca pararam — pelo menos não até eu sair de casa’, diz Anthony — Foto: Arquivo Pessoal
Ele se lembra com detalhes da pior surra que levou, que acabaria sendo também a última.
“Ela me deitou no tapete, colocou o pé no meu pescoço e depois me bateu com o cabo de extensão.”
“Ela costumava me bater, ficava cansada, fumava um cigarro e voltava a me bater”, explica.
“Depois daquela surra específica, quando ela se cansou e foi fumar o cigarro, eu me levantei e saí correndo para a casa de um amigo, me escondi dentro do armário e pensei que estava a salvo.”
“Mas aí ouvi uma batida na porta, a porta do armário se abriu, e lá estava minha mãe com o cabo de extensão. Apanhei dentro do armário, não tinha para onde fugir”, relembra.
A vida como morador de rua
Depois deste episódio, aos 14 anos, ele decidiu fugir de casa.
“Chegou num ponto em que minha única forma de escapar era simplesmente ir embora”, afirma.
Ele foi viver então em residências abandonadas.
“Eu costumava catar engradados de leite de madeira para construir meus móveis, mas quando chegava o inverno, tinha que quebrar os móveis e queimar na lareira para me esquentar”, recorda.
Anthony (à direita), aos 11 anos, com um amigo de infância — Foto: Arquivo Pessoal
Na sequência, Anthony decidiu acompanhar um parque de diversões itinerante, onde não só trabalhava, mas também morava.
Ele conta que dormia embaixo da atração pela qual era responsável, conhecida como xícara maluca.
“De dia, eu operava a atração, à noite, dormia embaixo dela.”
“Era onde eu tomava banho também”, acrescenta ele, que usava uma mangueira como chuveiro.
“Era minha casa. Se alguém olhasse ali embaixo, provavelmente veria minhas roupas, alguns alimentos velhos e outras coisas que eu tinha.”
Mas ele não era o único, outros funcionários faziam o mesmo, dada a baixa remuneração — e viviam praticamente à base de cachorro-quente vendido nas carrocinhas do parque.
Como o parque de diversões só funcionava durante o verão, no inverno Anthony voltou para casa. E, para sua surpresa, aos 15 anos de idade, sua mãe o alistou na Marinha.
“Mas pouco tempo depois fui expulso, na verdade, recebi uma dispensa honrosa, e não sabia por quê. Só depois fiquei sabendo que haviam descoberto quantos anos eu tinha, minha mãe havia mentido a minha idade”, revela.
Nos anos seguintes , ele se revezaria entre viver no parque de diversões durante o verão, e em casas abandonadas no inverno.
“Naquele momento, minha mãe já não se importava mais. Ela chegou a me dizer que não podia viver comigo daquele jeito. Porque eu era um desastre. Ficava bêbado o tempo todo, fumava maconha o tempo todo. Acho que ela não queria me ver assim.”
De Ohio para Califórnia
Aos 18 anos, Anthony aceitou então o convite de um amigo para ir morar em Lynwood, na Califórnia.
À sua espera, estava uma vida bem diferente daquela com palmeiras e praias ensolaradas que ele costumava ver na televisão.
Para ter o que comer, ele chegou a revirar o lixo de restaurantes.
“Eu fiz isso bastante. As lixeiras das hamburguerias são as melhores. Tudo que você precisa fazer é tirar o alface e o tomate da comida, que ficam meio empapados depois de um tempo. É muito bom.”
Anthony Brown (à esquerda), aos 30 anos, com um amigo — Foto: Arquivo Pessoal
“Mas as drogas eram mais importantes para mim, na maioria das vezes eu não tinha apetite”, afirma.
E para conseguir comprar drogas, ele passou a vendê-las:
“Sempre tem alguém que quer que você venda drogas. E, desde que você devolva o dinheiro, sempre conseguem mais droga para você”, explica.
Mais tarde, conseguiu um emprego legítimo na cozinha de uma lanchonete.
“Eu era sem-teto, vivia em casas abandonadas e trabalhava neste lugar de fast food. Trabalhando lá, não faltava comida, então tudo o que eu recebia, podia usar para comprar drogas”, relembra.
Anthony foi sendo promovido internamente até chegar a caixa da lanchonete — foi quando começou a roubar dinheiro do estabelecimento.
Mas, antes de ser descoberto, ele conta que pediu transferência para outra unidade da franquia, onde caiu nas graças do novo chefe, que era usuário de cocaína, e chegou a ser promovido a gerente.
Um casal de brasileiros foi executado com mais de cem tiros de fuzil na fronteira do Brasil com o Paraguai na madrugada deste domingo (13). Wellington Bruno Alves, de 27 anos, e Daiane Dias Constanci, de 26 anos, foram surpreendidos pelos atiradores quando estavam dentro do carro. As informações são da Record TV.
Os dois tinham deixado um cassino em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e já estavam em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, a 323 quilômetros da capital, quando foram atacados. Mais de 100 tiros de fuzil foram efetuados contra o Hyundai HB20 Sedan, dirigido por Wellington. Após a sequência de disparos, os suspeitos fugiram.
Wellington cumpria pena em regime semiaberto por tráfico de drogas. Ele havia sido transferido em outubro de Campo Grande para Ponta Porã, onde mora a família. A justificativa foi o fato dele ter filhos pequenos na cidade.
Ele é o quinto homem executado por pistoleiros após deixar o semiaberto nas últimas duas semanas.
Peritos estiveram no local do crime assim como equipes da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã. Até o momento, não há pistas dos atiradores. (*) R7
Foto: Reprodução / RecordTV |
Parecia que seria mais uma viagem de trabalho: passar duas semanas em Teerã e voltar a Estocolmo. Quatro anos depois, Vida Mehran-nia ainda se arrepende de não ter se “despedido adequadamente” do marido.
Ahmadreza Djalali foi convocado em 2016 pelas autoridades do Irã. Lá, ele apresentaria seminários e daria aulas como especialista em medicina emergencial.
No dia de sua partida, a esposa lhe telefonou para desejar boa viagem.
“Inclusive, duas semanas separados era muito para suportar”, me disse Vida enquanto bebia uma xícara de café no centro de Estocolmo. na Suécia.
Ela não pode me receber em sua casa. O filho pequeno do casal não sabe que o pai está preso no Irã. Ele segue pensando que o pai está em uma viagem de trabalho.
Passaram-se quatro anos desde que o médico, que tem cidadania iraniana e sueca, fosse preso pelo serviço de inteligência iraniano.
Acusam-no de passar informações secretas ao Mossad, a agência de inteligência de Israel, para ajudá-los a assassinar cientistas nucleares iranianos.
Ele foi condenado à morte. Seu advogado diz que ele confessou o crime sob tortura.
Confinamento solitário
No último dia 24 de outubro, Djalali foi colocado em uma solitária na prisão de Evin, uma das maiores do Irã. Ali presos políticos são maioria.
Em dezembro, o médico telefonou para sua família. Estava no corredor da morte.
Vida encarou como um alerta de que as autoridades iranianas se preparavam para executar seu marido de 45 anos.
“Estava extremamente desesperado e me pediu que ajudasse a evitar sua execução e salvar sua vida”, disse Vida à BBC.
“Está fraco. Pensa que não pode fazer nada para salvar sua vida e que não tem poder preso sozinho numa cela.”
Depois Djalali conversou com sua filha de 18 anos.
“Ela tem chorado e pedido a políticos e ativistas de direitos humanos que salvem a vida de seu pai”, disse Vida.
“É muito difícil. Todos estamos sofrendo muito. Ninguém pode imaginar o que estamos passando. É uma tortura.”
O golpe na família é imenso.
A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou nesta sexta-feira (11) um projeto de lei do presidente do país que legaliza e descriminaliza o aborto até a 14ª semana de gestação. O Senado ainda não votou a questão.
O texto apoiado pelo presidente Alberto Fernández prevê que adolescentes e mulheres a partir dos 16 anos possam realizar a interrupção voluntária da gestação sem serem apontadas como criminosas. O governo argentino diz que a criminalização do aborto não vem servindo para conter a prática — já que muitas mulheres seguem fazendo abortos de forma clandestina.
O projeto de lei diz que, entre os 13 e 15 anos de idade, o aborto deve ser realizado com a autorização de um dos responsáveis. Em todos os casos, o aborto deverá ser realizado pelo setor público ou privado, de forma gratuita, segundo o projeto de lei. Ou seja, as pessoas que tenham planos de saúde não devem pagar nada pelo aborto, cujos gastos estarão previstos numa espécie de fundo do setor de saúde.
Após a semana 14 de gestação, o aborto só será autorizado nos casos de estupro ou risco da vida ou que comprometam a saúde da gestante.
Atualmente, a Argentina prevê o aborto nos casos de estupro e má formação do feto.
O projeto de lei foi aprovado pela Câmara por 131 votos a favor, 117 contra e 6 abstenções, depois de 20 horas debates e discursos.
Do lado de fora do Congresso, em Buenos Aires, manifestantes erguendo lenços verdes pediam a legalização do aborto enquanto, na mesma praça, outros exibiam lenços azuis contra a medida.
O texto ainda depende da aprovação do Senado, que é presidido pela vice-presidente do país, a ex-presidente Cristina Kirchner.
Há dois anos, em 2018, no governo do ex-presidente Mauricio Macri, opositor de Fernández e de Kirchner, o projeto de legalização do aborto foi rejeitado no Senado.
Promessa de campanha
Quando anunciou o envio do projeto que ficou conhecido como “Aborto Legal” ao Congresso, há menos de um mês, no dia 17 de novembro, Fernández disse, num vídeo em suas redes sociais, que estava cumprindo uma promessa de campanha e que esta é uma questão de “saúde pública”.
“A criminalização do aborto não serviu de nada. Só permitiu que os abortos continuem sendo realizados, de forma clandestina e com números preocupantes”, disse.
Um homem de 33 anos e uma mulher de 31 anos foram atropelados por um carro na noite de terça (8), em Puxinanã, na Paraíba. De acordo com a assessoria do Hospital de Emergência e Trauma de Dom Luiz Gonzaga Fernandes, as vítimas são venezuelanas e tiveram ferimentos graves.
O casal foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e deram entrada no hospital por volta das 20h, em Campina Grande.
Conforme o médico que atendeu as vítimas, Matheus Pedroso, o homem teve ferimentos mais graves, passou por uma cirurgia e permanece entubado. O seu estado de saúde atual é grave, porém estável. A mulher está lúcida e permanece em observação, também na área vermelha.
G1 Paraíba
O Reino Unido começou nesta terça-feira (8) a vacinar sua população contra a Covid-19 com a vacina da farmacêutica norte-americana Pfizer e da empresa alemã de biotecnologia BioNTech. Uma senhora de 90 anos, Margaret Keenan, foi a primeira a receber a dose.
O país europeu é o primeiro a iniciar campanha de vacinação com a vacina desenvolvida pela parceria das duas empresas, o que pode ser um divisor de águas no combate ao novo coronavírus.
“Sinto-me muito privilegiada por ser a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19”, disse a senhora Margaret Keenan. “É o melhor presente de aniversário antecipado que eu poderia desejar porque significa que posso finalmente esperar passar um tempo com minha família e amigos no Ano Novo, depois de estar sozinha na maior parte do ano”, completou a senhora, que completa 91 anos na próxima semana.
Keenan recebeu a primeira dose em um hospital em Coventry, região central da Inglaterra, na manhã desta terça. A segunda dose será aplicada em 21 dias.
De acordo com a rede britânica BBC, a segunda pessoa a ser vacinada no hospital onde Margaret recebeu a dose foi um senhor de 81 anos chamado William Shakespeare. Ele disse estar “satisfeito” por receber a injeção e declarou que a equipe do hospital foi “maravilhosa”.
O cardiologista brasileiro Ricardo Petraco, gaúcho de 40 anos, trabalha em Londres e se prepara para a vacinação contra o coronavírus no Reino Unido. Nesta semana, ele e a equipe do Hammersmith Hospital receberam avisos por e-mail de que, em breve, ainda sem data definida, receberão a vacina da Pfizer e da BioNtech.