Uma rara tempestade no Egito provocou enchentes que mataram pelo menos três pessoas e levaram a infestação de escorpiões para dentro das casas das pessoas no sul do país.
Mais de 500 pessoas foram picadas por escorpiões que buscaram refúgio contra as chuvas torrenciais na cidade de Aswan, durante o fim de semana.
Residentes feridos foram transferidos para hospitais para receber injeções contra o veneno, disse o jornal estatal egípcio Al Ahram.
A área de Aswan normalmente recebe cerca de 1 milímetro de chuva por ano, tornando os fortes trovões e tempestades de granizo da última sexta-feira (12)um evento raro.
Os escorpiões do Egito, que normalmente vivem no deserto, estão entre os mais mortíferos do mundo. Sem tratamento, as pessoas podem morrer em uma hora após serem picadas.
Três membros das forças de segurança do Egito morreram nas enchentes – as piores em 11 anos, de acordo com o governador de Aswan, Ashraf Attia.
As chuvas torrenciais no deserto de Aswan destruíram casas e danificaram estradas e árvores. Attia e o Ministério da Saúde egípcio negaram relatos iniciais da mídia estatal de que três pessoas morreram por picadas de escorpião.
La Pampa, uma província do centro da Argentina cuja área vasta de pastos abriga dez vezes mais gado do que habitantes, geralmente não entra no radar dos grandes partidos políticos que cortejam votos.
Mas agora a região dos pampas repleta de gado se torna um campo de batalha crucial das eleições de meio de mandato que acontecem no domingo (14).
La Pampa é uma província sem perfil político definido que pode alterar o equilíbrio de poder no Congresso, influenciando reformas legais e um novo acordo de 45 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Partido Peronista do presidente de centro-esquerda, Alberto Fernández, conseguiu duas cadeiras no Senado em La Pampa em uma vitória apertada quatro anos atrás, e a oposição conservadora somente uma.
Mas os eleitores de La Pampa estão revoltados com uma proibição de exportação de carne bovina adotada para conter a inflação em disparada, e puniram os peronistas em uma eleição primária de setembro que foi uma prévia das eleições de meio de mandato.
Se o resultado se repetir no domingo, dois assentos irão para a oposição, o que ajudará a possivelmente eliminar a maioria que os peronistas mantêm no Senado desde 1983, quando a Argentina restituiu a democracia.
“O fechamento das exportações de carne bovina marcou um antes e depois no relacionamento dos produtores agrícolas com o peronismo”, disse Maximiliano Aliaga, um criador de gado e agricultor de La Pampa.
Nacionalmente, o partido governista tem 41 senadores de um total de 72. Se perder cinco ou mais, como preveem pesquisas de opinião, não terá mais uma maioria.
A Defensoria Pública da Bolívia confirmou na segunda-feira (8) que a menina de 11 anos que engravidou devido aos contínuos abusos sexuais cometidos pelo pai de seu padrasto interrompeu a gestação.
“A menor assumiu uma definição, junto com a sua mãe, no âmbito do resguardo de seu direito à vida e seu direito à integridade”, declarou a defensora pública Nadia Cruz em entrevista coletiva sobre o caso, que aconteceu em Yapacaní, departamento de Santa Cruz, no leste da Bolívia.
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Grupos opositores ao aborto se manifestaram em cidades como Santa Cruz e La Paz — Foto: EPA/Via BBC
O episódio gerou uma polêmica nacional nas últimas semanas, tendo a Igreja Católica no centro da discussão.
“A menor tem direito à confidencialidade, tem direito de continuar com sua vida, depois de toda invasão da Igreja e da permissividade das instituições públicas”, completou.
Por mais de nove meses, a menina foi vítima de abuso sexual cometido pelo pai do atual companheiro de sua mãe.
A gravidez foi descoberta quando a menina disse à família que sentia “movimentos estranhos” na barriga. Exames médicos determinaram que, na ocasião, ela estava com 21 semanas de gestação.
Uma tia da menor apresentou queixa contra o suposto agressor, detido em prisão de segurança máxima.
Ao mesmo tempo, foi apresentado um pedido de interrupção legal da gravidez (ILE, na sigla em espanhol) para a menina.
Quando o caso se tornou público, começou um acalorado debate entre a Igreja Católica e grupos pró-vida e as entidades de proteção de menores que defendiam o direito constitucional da menina de abortar.
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Mulher protesta em hospital boliviano a favor do direito das mulheres de decidirem sobre aborto — Foto: EPA/Via BBC
O aborto é legal na Bolívia?
Na Bolívia, uma decisão constitucional de 2014 determinou que a mulher pode ter acesso ao aborto legal e seguro nos casos em que a gravidez é fruto de estupro, incesto, estupro de menor de idade, ou se a gravidez coloca em risco a vida ou saúde da mãe.
É necessário fazer a denúncia de estupro e ter o consentimento da vítima, eliminando a exigência de autorização judicial que consta no Código Penal Boliviano para a realização de um aborto sem que haja punição.
No entanto, quando a polêmica sobre o caso veio à tona algumas semanas atrás, a cobertura da imprensa e a pressão de grupos antiaborto fizeram a menina e sua mãe desistirem de continuar com a interrupção da gravidez, conforme contou a defensora Nadia Cruz à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC.
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Mulher protesta em favor do direito de decidir sobre gravidez na Bolívia — Foto: Getty Images/Via BBC
Foi assim que a menina recebeu alta do hospital onde se encontrava e foi transferida para um centro de acolhimento da Igreja Católica, instituição que se comprometeu a cuidar da menor e do seu filho ainda não nascido.
No entanto, Cruz explicou à imprensa que o Tribunal de Garantias ordenou a formação de uma equipe técnica para assegurar sua saúde física e mental.
“Podemos apontar que a equipe técnico-científica multidisciplinar assumiu a proteção do menor. Na tarde de sábado, a menina estava bem de saúde. Psicologicamente ela ainda deve ser acompanhada”, afirmou.
“A decisão que tomaram não deveria ser pública porque afeta o futuro da menor e todos os julgamentos que existiram em torno da menina”, enfatizou Cruz.
Processo penal contra a Igreja Católica
Em 27 de outubro, a Defensoria Pública anunciou que seu escritório havia entrado com vários processos penais contra aqueles que exerceram pressão indevida contra a decisão da menina.
“Estamos entrando com uma ação penal contra as defensorias de crianças e adolescentes de Yapacaní e Santa Cruz, a equipe médica e de enfermagem do Hospital Percy Boland, a ONG e o Arcebispado de Santa Cruz que intervieram, e também contra a mãe, pelos delitos, no que corresponda, de violação de deveres, desobediência às resoluções constitucionais e tráfico de pessoas”, afirmou Cruz na ocasião.
E acrescentou que com a ação o objetivo é que os responsáveis sejam punidos com penas de 15 a 20 anos de prisão, “pois a vítima é menor de idade”.
Na segunda-feira, Cruz disse que o Tribunal de Garantias pediu à promotoria que informe a cada 5 dias “sobre o andamento e investigação dos atos ilícitos de ingerência da Igreja Católica”.
Segundo ela, “depois da primeira decisão que a menor tomou para interromper a gravidez houve uma junta médica”, que não foi solicitada por ninguém e da qual a Igreja participou inexplicavelmente.
“Sim, tem havido pressão por parte da Igreja e pressão desse tipo de grupo.”
“Esta comissão teria definido, sem consultar a mãe nem a menor, a suspensão dessa intervenção, inclusive tendo usado um medicamento para tal suspensão que colocava em risco iminente a vida da menor”, disse Cruz na coletiva de imprensa.
Ela afirmou ainda que a promotoria já possui as provas apresentadas pela defensoria da ingerência ilegal neste caso.
Segundo dados da Casa da Mulher divulgados pela agência de notícias EFE, em 2020 ocorreram 39.999 gestações de menores de 18 anos na Bolívia, o que significa que 104 meninas engravidaram por dia no país, das quais seis são menores de 13 anos.
A capital da Índia foi tomada nesta quinta-feira (4) por uma densa e tóxica nuvem de poluição, no mesmo momento em que famílias e amigos se reúnem para celebrar o Diwali, o festival hindu das luzes em novembro.
Nova Délhi está classificada entre as cidades mais poluídas do planeta, tanto por suas emissões de gases tóxicos procedentes da indústria, quanto pelas emissões de seu tráfego de veículos, além das queimadas agrícolas que saturam o ar a cada inverno.
Seus 20 milhões de habitantes acordaram com uma névoa cinza e amarelada, que pode ser esperada também nos próximos dias, segundo previsões de especialistas.
Os níveis de partículas de poluição PM2.5, as mais finas e, portanto, mais perigosas, alcançaram um pico de quase 389 nesta quinta-feira (4), de acordo com as estações de monitoramento da qualidade do ar da agência governamental SAFAR.
Este nível é 15 vezes maior que os limites de segurança recomendados pela Organização Mundial da Saúde. A SAFAR recomendou aos moradores que evitem as atividades ao ar livre e que usem máscaras.
A agência também alertou que os fogos de artifício ilegais, que são tradicionalmente disparados no Diwali, podem aumentar ainda mais as taxas de poluição na sexta-feira (5).
O ataque com um drone feito pelos Estados Unidos que matou civis inocentes em agosto — incluindo crianças — em Cabul, no Afeganistão, não foi causado por negligência, concluíram investigadores contratados pelo Pentágono segundo documento ao qual a Associated Press teve acesso nesta quarta-feira (3).
Comandado pelo general Sami Said, da Força Aérea, o relatório não recomenda punições ou outras medidas disciplinares aos responsáveis pela operação desastrosa — uma das últimas dos EUA no Afeganistão.
Em setembro, o Pentágono admitiu que o ataque a um carro perto do aeroporto de Cabul foi um erro que deixou civis inocentes mortos. Os militares pensavam que ali havia um integrante do Estado Islâmico no Afeganistão (relembre o ataque mais adiante nesta reportagem).
O relatório justifica que o ataque deve ser considerado dentro do “contexto do momento, com as forças americanas sob tensão em meio a uma enxurrada de informações sobre ameaças a militares e a civis no aeroporto de Cabul, apenas dias depois de uma explosão suicida”.
O texto também cita “problemas na comunicação” e no “processo de identificar o alvo do ataque”, e diz que o Pentágono “realmente acreditou” que o carro colocado como alvo era uma “ameaça iminente” que exigia um ataque preventivo.
O Pentágono em setembro que o ataque com drone feito pelos EUA a um carro que supostamente seria ocupado por um integrante do Estado Islâmico, no Afeganistão, em 29 de agosto, foi um engano, e que dez civis foram mortos, incluindo sete crianças. Relembre o caso no VÍDEO acima.
Na ocasião, oficiais norte-americanos justificaram o ataque dizendo que ele seria necessário para evitar um ato terrorista. Mas uma investigação do jornal “The New York Times”, agora confirmada por militares, apontou que o carro atingido não continha uma bomba, como tinha sido afirmado.
O alvo eram pessoas suspeitas de serem militantes do braço afegão do Estado Islâmico, chamado Estado Islâmico-Khorasan. Um carro que levava um homem-bomba ao aeroporto foi atingido. Segundo o governo americano, explosões secundárias após o ataque provariam que ele levava uma grande quantidade de material explosivo.
O Talibã é inimigo do Estado Islâmico no Afeganistão. Segundo a agência Associated Press, o Talibã confirmou que um ataque dos EUA atingiu um homem-bomba que estava em um carro e que pretendia fazer um atentado no aeroporto de Cabul.
Uma mulher de 36 anos, matou seu esposo com 100 machadadas pois o mesmo foi flagrado por ela, na cama estuprando sua filha de apenas 5 ano…
Uma mulher de 36 anos, matou seu esposo com 100 machadadas pois o mesmo foi flagrado por ela, na cama estuprando sua filha de apenas 5 anos. O caso aconteceu na tarde de sexta-feira (22), na cidade de Tarija, cidade ao sul da Bolívia.
Militares deram um golpe de Estado no Sudão nesta segunda-feira (25) e prenderam o primeiro-ministro interino, Abdallah Hamdok, e outras autoridades. Em resposta, milhares de pessoas saíram às ruas da capital Cartum e a vizinha Omdurman para protestar contra o golpe militar.
Abdel Fattah al-Burhan, general que chefiava o Conselho Soberano, fez um pronunciamento oficial na TV estatal e anunciou estado de emergência em todo o país e dissolveu o próprio conselho e o governo de transição, que era comandado por Hamdok.
O Conselho Soberano foi criado há dois anos, após a saída de Omar al-Bashir (ditador que caiu em meio a protestos depois de governar por três décadas). Ele era formado por civis e militares que frequentemente discordavam sobre o futuro do país e o ritmo da transição para a democracia.
As prisões, o estado de emergência e a dissolução do conselho ocorrem perto da data em que o general Abdel-Fattah Burhan teria de entregar a liderança do Conselho Soberano a um civil.
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Abdel Fattah al-Burhan, general que chefiava o Conselho Soberano do Sudão, anuncia estado de emergência em todo o país e dissolve o próprio conselho, que supervisionava a transição de poder, e o governo de transição, que era comandado por Abdalla Hamdok, primeiro-ministro que foi preso por militares — Foto: TV do Sudão via AP
Em resposta, milhares de pessoas saíram às ruas de Cartum e Omdurman para protestar contra o golpe militar, bloquearam vias e incendiaram pneus, enquanto forças de segurança usaram gás lacrimogêneo para dispersá-los (veja no vídeo abaixo).
A TV Al-Arabiya diz que várias pessoas ficaram feridas após manifestantes e soldados entrarem em confronto perto de quartéis na capital. Um comitê de médicos local afirma que ao menos 12 pessoas ficaram feridas em confrontos.
A rainha Elizabeth II passou a noite em um hospital em Londres, mas voltou para casa na manhã desta quinta-feira (21), segundo o Palácio de Buckingham. A monarca, de 95 anos, esteve no local apenas para a realização de exames.
A permanência durante a noite teria sido por “questões práticas”, já que o King Edward VII’s Hospital fica a 32 quilômetros da residência da rainha, em Windsor.
A visita ao hospital aconteceu no mesmo dia em que o palácio informou que a rainha aceitou relutantemente uma orientação médica para descansar “por alguns dias” e cancelou uma viagem que faria à Irlanda do Norte.
O palácio não ofereceu detalhes sobre a decisão, mas disse que “Sua Majestade está de bom humor e desapontada por não poder mais visitar a Irlanda do Norte, onde deveria realizar uma série de compromissos hoje e amanhã”.
O comunicado acrescentou que a rainha britânica “envia seus mais calorosos votos ao povo da Irlanda do Norte e espera visitá-la no futuro”.
Nesta quinta-feira, mais uma vez o Palácio de Buckingham repetiu que Elizabeth II está bem.
“Seguindo o conselho médico para descansar por alguns dias, a Rainha foi ao hospital na quarta-feira à tarde para algumas investigações preliminares, retornando ao Castelo de Windsor na hora do almoço hoje, e permanece de bom humor”, diz um comunicado oficial.
Oficialmente, esta é a primeira vez que Elizabeth II passa uma noite em um hospital desde 2013, quando teve um problema estomacal.