O Conselho Superior do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) aprovou a realização de atividades não presenciais na instituição, numa decisão que deve durar o tempo que permanecer o contexto da pandemia de coronavírus. Assim, segundo estimativas do próprio Instituto, as aulas em alguns campi devem ser iniciadas na segunda quinzena de agosto, dentro do “plano de retomada” que foi definido.
Segundo o diretor de Educação Profissional do IFPB, Degmar dos Anjos, os diferentes campi vão ter autonomia para tomar as próprias ações, de forma que algumas aulas deverão ser retomadas antes das outras.
Os próximos 15 dias serão obrigatoriamente de “planejamento interno”, a partir daí acontecerá uma segunda fase do processo, de ambientação dos professores e dos estudantes para as novas plataformas. Findada esta fase, as atividades serão iniciadas.
Na reunião do Conselho Superior, realizada na noite de segunda-feira (27), foram aprovados dois processos, sendo que um tratava dos procedimentos para o desenvolvimento e registro de atividades de ensino não presenciais e o outro direcionado para regulamentar as fases de implementação destas atividades. Os dois foram aprovados por maioria de votos, mas com a discordância do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintef-PB).
O sindicato alegava que, antes de iniciar as atividades virtuais, era necessário como pré-condição a publicação e a execução de editais de auxílio inclusão digital para os estudantes do IFPB.
O reitor Nicácio Lopes, no entanto, argumentou que já são 160 dias com atividades acadêmicas suspensas para justificar a adoção temporária das atividades à distância. E que não aprovará o retorno das atividades presenciais enquanto tiver vidas ameaçadas, restando a adaptação para o ensino remoto como solução momentânea. “O plano está estruturado de modo flexível e com retroalimentação para avaliações”, ressaltou.
G1PB
O sonho de José Fernando, de 15 anos, natural do município de Matinhas, no Agreste paraibano, é ser advogado. O adolescente mora na zona rural e tem uma rotina totalmente diferente da de outros jovens da mesma idade. Ele cuida da mãe e da irmã, que têm graves problemas de saúde, enquanto tenta estudar para realizar o sonho de conquistar uma vaga na universidade.
Segundo José, a rotina dele começa bem mais cedo que o horário de ir para a escola. Por volta das 5h, ele acorda, e a primeira atividade é dar o remédio a sua mãe, que perdeu parte da visão e o movimentos das pernas por complicações da diabetes. Depois, também ajuda sua irmã a tomar os medicamentos. O jovem é responsável por todos os afazeres domésticos.
“Preparo o café, já lavo a louça, seco e guardo. Depois, já vou fazer o almoço e deixar tudo pronto para quando chegar da escola, só chegar, esquentar e dar para elas”, disse.
A mãe de José, Maria das Neves, contou à TV Cabo Branco o quanto o jovem é um filho dedicado, que tem inúmeras responsabilidades e que faz de tudo pela família. “De noite ele levanta e como a minha outra filha não pode pegar peso, ele me coloca na cadeira. É um filho muito bom”, contou.
O sustento da família vem do auxílio-doença da irmã de José, que também tem problemas de saúde. Com o valor, a família precisa comprar todos os remédios e pagar as demais despesas, inclusive a comida.
O objetivo de José ao sonhar em se tornar advogado é simples: “Que eu possa ajudar muita gente”. E ele diz o que o motiva a continuar: “A saúde dela. Pra que ela fique boa”.
Na localidade onde a família mora, as casas são todas afastadas e não há sinal de celular, porém, foi através das redes sociais que a história do adolescente ficou conhecida por centenas de pessoas, que tentam ajudar.
O influenciador digital conhecido como Rivanildo Atitude há quatro anos divulga campanhas de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Segundo Rivanildo, ele conheceu a história de José através de um bilhete que recebeu da mãe dele.
“No bilhete, ela pedia um mosqueteiro, um lençol e casacos para os filhos. Isso me despertou a vontade de vir conhecer a família”, disse.
José sonha em se mudar para a cidade, pois se preocupa com a família, que pode precisar de atendimento médico de urgência, e a localidade onde moram é de difícil acesso.
O jovem, que desde cedo tem uma rotina pesada e cheia de responsabilidades de adulto, deveria se preocupar somente com os estudos. Mesmo assim, um dos maiores desejos do adolescente é ser advogado.
“Espero que quando eu for advogado possa ajudar muita gente, minha mãe. O que me motiva a fazer tudo por ela é a vontade que ela fique boa”, afirmou.
A Prefeitura de Capim, no Litoral Norte da Paraíba, inscreve para concurso público com 126 vagas até esta quarta-feira (15). Também serão disponibilizadas 30 vagas de cadastro reserva em cargos de todos os níveis de escolaridade.
Os salários variam entre R$ 1.045 e R$ 2,8 mil e as inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet,no site da organizadora do certame.As taxas de inscrição custam R$ 75 para cargos de níveis fundamental, R$ 85 para cargos de níveis médio e técnico e R$ 115 para cargos de nível superior.
O cargo com mais vagas disponíveis é o de gari, com 25 oportunidades para pessoas com ensino fundamental incompleto.
As provas devem acontecer no dia 13 de setembro.
Click PB
A Campanha IFPB Solidário tem mobilizado toda a comunidade acadêmica e externa ao IFPB com um objetivo em comum: o amparo e a proteção dos grupos em vulnerabilidade social diante da pandemia do novo coronavírus. Neste sentido, mais uma etapa de entrega de cestas básicas será realizada a partir desta sexta-feira (10), em 19 municípios paraibanos, atendendo, dentre outros grupos, famílias de estudantes, comunidades e associações de moradores, colônias de pescadores, trabalhadores de circos e abrigos de idosos.
Segundo Manoel Macedo, coordenador da campanha, ao todo, 747 cestas serão doadas, sendo 212 na região do Litoral e 535 no interior do Estado. “A campanha cresce e se fortalece a cada etapa. Conseguiremos contemplar, neste momento, todos os municípios onde o IFPB possui unidades e isso é motivo de muita alegria e orgulho para todos da instituição”.
A primeira etapa do IFPB Solidário foi realizada no mês de maio, quando foram entregues mais de 500 cestas compostas por gêneros alimentícios e produtos de limpeza a vários grupos sociais. Na segunda etapa da campanha, em junho, mais de 600 cestas básicas foram entregues, beneficiando 13 cidades da Paraíba.
A Campanha IFPB Solidário é organizada pelo Instituto Federal da Paraíba e as instituições parceiras Funetec, Sintef-PB, ASSEGT, DCE, ASSIFPB e SICOOB. A gestão dos recursos gerados pela campanha é efetuada pela Comissão Gestora da Campanha do IFPB Solidário. Os valores arrecadados e os comprovantes das compras realizadas são disponibilizados no site do IFPB.
A Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) apresentaram nesta quarta-feira (8) uma ação na Justiça para anular a decisão do governo de Donald Trump de revogar os vistos dos estudantes estrangeiros obrigados a acompanhar cursos on-line, devido à pandemia do coronavírus.
“Defenderemos este caso com vigor para que nossos estudantes internacionais — e estudantes internacionais de instituições de todo país — possam continuar seus estudos sem a ameaça da deportação”, afirmou o presidente de Harvard, Lawrence Bacow, em um comunicado.
O processo conjunto foi aberto em um tribunal de Boston, Massachusetts, e tenta bloquear temporariamente a decisão da agência que controla a imigração para o país, a ICE.
Harvard anunciou que os cursos do ano acadêmico que começa em setembro serão virtuais, devido à pandemia de coronavírus. Nos Estados Unidos, já são quase três milhões de infectados e mais de 130 mil mortos.
Na terça-feira (7), o presidente Trump chamou a decisão de “ridícula”.
Enquanto isso, o MIT oferecerá aulas presenciais apenas para um número muito limitado de estudantes, já que os jovens no campus deverão se submeter a testes de diagnóstico pelo menos duas vezes por semana e ter seu próprio dormitório.
A decisão do governo dos EUA de revogar os vistos “veio sem aviso prévio, e sua crueldade é perdida apenas por sua irresponsabilidade”, disse o presidente de Harvard.
“Parece que foi planejado de propósito para pressionar as universidades a abrirem seus campi para aulas presenciais neste outono, ignorando preocupações com a saúde e com a segurança de estudantes, professores e outros”, acrescentou Bacow.
Cerca de 5,5% dos estudantes das universidades americanas são estrangeiros, e muitas instituições dependem fortemente de suas matrículas.
Campus da Universidade Harvard, nos EUA, em foto de 10 de março — Foto: Brian Snyder/Arquivo/Reuters
Na segunda-feira, o ICE anunciou que os estudantes que já se encontram nos Estados Unidos e têm cursos universitários on-line “devem deixar o país, ou tomar outras medidas, como se matricular em uma escola com cursos em sala de aula para manter seu status legal”.
Caso contrário, correm o risco de serem submetidos a processos de deportação.
Trump, que busca um novo mandato nas eleições de 3 de novembro, está pressionando o país a retomar as atividades normais para revitalizar a economia – ainda que a pandemia não esteja sob controle.
O retorno das aulas presenciais no Brasil começa a se tornar realidade.
Mas como será o ano letivo daqui pra frente? E o que a gente pode aprender com as lições de Países que já retomaram as atividades presenciais?
O Ministério da Educação (MEC) anunciou nessa quarta-feira (1°) diretrizes para a volta às aulas presenciais. Entre elas, estão uso de máscaras, distanciamento social de 1,5 metro, estímulo a reuniões on-line e afastamento de profissionais que estejam em grupos de risco (veja mais abaixo).
Apesar da divulgação do documento, ainda não há uma data prevista para a volta às aulas presenciais em todo o país – essas atividades estão suspensas desde março.
Segundo o balanço do MEC, entre as 69 universidades federais, 54 estão com atividades suspensas, 5 com atividades parciais e 10 com atividades remotas. O monitoramento pode ser visto no site http://portal.mec.gov.br/coronavirus/
O protocolo com medidas de biossegurança trata sobre a comunidade acadêmica, medidas protetivas individuais e coletivas, cenários comuns como salas de aulas, transporte coletivo e atividades laborais, entre outras.
Ele foi elaborado para orientar as ações em universidades e instituições de ensino federais, mas poderá ser usado como diretriz para a elaborações de documentos semelhantes nos estados, segundo o secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel.
A portaria com as diretrizes deverá ser publicada amanhã no “Diário Oficial da União”, mas já está disponível no site do MEC (acesse aqui o protocolo).
O MEC afirmou que o documento foi elaborado por uma equipe multidisciplinar, que conta com um médico pneumologista.
Diretrizes para volta às aulas
Entre diretrizes divulgadas pelo MEC, estão:
- Uso de máscara obrigatório
- Medição de temperatura no acesso às áreas comuns
- Disponibilização de álcool em gel
- Volta ao trabalho de forma escalonada
- Ventilação do ambiente
- Possibilidade de trabalho remoto aos servidores e colaboradores do grupo de risco
- Reuniões e eventos à distância
- Distanciamento de pelo menos 1,5 m
- Orientação para manter cabelo preso e evitar usar acessórios pessoais, como brincos, anéis e relógios
- Não compartilhamento de objetos – incluindo livros e afins
- Elaboração quinzenal de relatórios para monitorar e avaliar o retorno das atividades
O MEC também anunciou que dará internet gratuita a alunos de universidades e institutos federais em situação de vulnerabilidade, para que possam acessar as aulas remotas enquanto durar a pandemia.
A expectativa inicial é atender 400 mil estudantes e, depois, chegar a 1 milhão. A iniciativa tem parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC). Os custos não foram informados.
Segundo o secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, 40% destes estudantes estão no nordeste.
Vogel afirma que não se trata de internet liberada e gratuita: as universidades e institutos federais deverão definir os sites e sistemas nos quais os estudantes terão acesso gratuito.
Segundo o secretário-executivo do MEC, a maioria dos estudantes têm equipamentos para acessar a internet, mas não têm pacote de dados suficiente para fazer downloads e assistir a vídeos.