Os dois indicadores da Fundação Getulio Vargas (FGV) que medem o comportamento do mercado de trabalho brasileiro apresentaram piora de setembro para outubro.
O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp) recuou 0,2 e atingiu 90,8 pontos em uma escala de zero a 200 pontos.
O Iaemp tenta antecipar tendências do mercado de trabalho com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e dos serviços.
Segundo a FGV, o recuo do Iaemp mostra uma reversão do otimismo quanto ao dinamismo da atividade econômica que teve desempenho abaixo do esperado em 2018. Além disso, há incertezas em relação ao crescimento em 2019.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), calculado com base na percepção dos consumidores sobre o nível de desemprego no país, aumentou 2,6 pontos e chegou a 100,2 pontos (em uma escala de zero a 200 pontos em que quanto maior a pontuação, mais negativa é a situação).
De acordo com a FGV, a piora do ICD mostra um mercado de trabalho ainda bastante difícil para o trabalhador porque o recuo suave das taxas de desemprego ainda não foi suficiente para fazer com que o trabalhador sinta uma melhora.
Fonte: Agência Brasil
O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (6) que o déficit do setor público deste ano pode ser R$ 20 bilhões inferior ao previsto no início deste ano. Caso a estimativa se confirme, a meta fiscal, que era um saldo negativo de R$ 159 bilhões, ficaria em cerca de R$ 139 bilhões.
A previsão foi feita pelo presidente durante discurso, no Palácio do Planalto, em evento de entrega a prefeituras municipais de veículos de assistência social.
“Neste ano, o déficit oficial é estimado em R$ 159 bilhões. É possível que ele remanesça aí uns R$ 20 bilhões. É possível que o déficit não atinja o valor do teto”, afirmou.
Após a cerimônia, em entrevista à imprensa, o presidente não quis estimar valores, mas reafirmou que o déficit público deve ser menor do que o previsto inicialmente.
“Não é improvável que ele seja muito menor. E, sendo menor, isso facilita para o orçamento do ano que vem”, disse.
A previsão para o ano que vem é de que o país tenha um déficit fiscal de cerca de R$ 140 bilhões. Esse será o sexto ano seguido de resultado fiscal negativo.
A equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro tem montado um plano de zerar o déficit fiscal já em 2019.
O objetivo é entrar em 2020 com o problema fiscal superado e com a garantia de um superávit sustentável para os próximos anos. Com informações da Folhapress.
Fonte: Notícias ao Minuto com FolhaPress
O Índice de Preços ao Consumidor-Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, registrou inflação de 0,53% em outubro.
A taxa é superior ao 0,2% de setembro, de acordo com dados divulgados hoje (6),no Rio de Janeiro, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Com o resultado, o indicador acumula inflação de 4,09% no ano e de 4,28% nos últimos 12 meses.
O IPC-C1 de outubro também foi superior ao Índice de Preços ao Consumidor-Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda e que ficou em 0,48% no mês. O acumulado pelo IPC-BR nos últimos 12 meses ficou acima do IPC-C1 (4,8%).
De setembro para outubro, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: alimentação ( passou de 0,1% para 1,17%), transportes (de 0,35% para 0,71%), saúde e cuidados pessoais (de 0,17% para 0,38%), vestuário (de 0,62% para 0,73%), educação, leitura e recreação (de 0,23% para 0,37%) e comunicação (de 0,08% para 0,12%).
Por outro lado, tiveram queda os grupos habitação (de 0,22% para -0,11%) e despesas diversas (de 0,04% para -0,03%).
Fonte: Agência Brasil
O medo e a percepção de ameaça à integridade física e à empregabilidade seriam os grandes motores do que pode se configurar como uma nova onda de fuga do país, incorporada àquela de 2016, que ascendeu com as crises econômica e política iniciada nos anos Dilma Rousseff.
Naquele ano, houve um salto de 40% no número de brasileiros que entregaram à Receita Federal sua declaração de saída definitiva do país -documento em que o cidadão afirma não ter mais renda nem residência fixa no país.
Agora, dados de ferramentas de busca apontam para alta na procura por informações sobre países e maneiras de emigrar.
Na última semana, a pesquisa por “países fáceis para imigrar” cresceu 70%. Nos últimos 30 dias, aumentaram mais de 350% as buscas relativas a como morar no Uruguai e 160% sobre imigração no Canadá.
Nos últimos 90 dias, as buscas por informações sobre a vida em Portugal aumentaram mais de 200%. No caso dos EUA, o aumento foi de mais de 110%.
Por trás dos dados estão histórias de pessoas que temem sofrer violência física ou sanções no campo profissional, motivadas por homofobia ou discriminação política.
O professor carioca de sociologia Gustavo de Souza, 33, quer ir para o Canadá. “Só a sombra do Escola sem Partido já piorou muito meu trabalho. Sob Bolsonaro, eu me sinto ameaçado quanto à minha empregabilidade”, diz.
A pedagoga piauiense Olympia Saraiva, 40, avalia que será possível para sua família emigrar para Uruguai ou Paraguai. “Eu e meu marido sempre fomos militantes de esquerda, ativos em movimentos sociais. E, nessas eleições, nossa relação com familiares e vizinhos piorou muito. Tenho medo de sermos agredidos.”
Gabriela (nome fictício), 37, que tem uma carreira de sucesso na indústria do entretenimento, começou a procurar oportunidades de trabalho na Europa. “Com a área cultural sob ataque e a ameaça de extinção do Ministério da Cultura, não vejo como seguir atuando no Brasil.”
A advogada Joana (nome fictício), 32, funcionária publica, diz ter sido censurada por sua chefia durante a campanha e começou a procurar por bolsas de mestrado no exterior.
“Tenho a impressão de que quem votou em Bolsonaro acha que, se você não votou nele, é automaticamente petista ou comunista, como se as pessoas soubessem direito o que é comunismo”, diz ela, que pede para que sua identidade fique oculta “para preservar minha integridade física e mental”.
Anonimato é também o que pede uma professora de 30 anos de Brasília, cujo marido é funcionário público federal e teme perseguição no trabalho. Ela admite que a motivação para a intensa busca por programas de pós-doutorado no exterior é o medo.
“Como última possibilidade, iríamos sem bolsa mesmo. Temos uma reserva de dinheiro e, se a coisa ficar de um jeito tenebroso, que nos coloque em risco, sairíamos sem nada certo”, afirma.
Segundo Jorge Botrel, sócio da JBJ Partners, assessoria para quem pretende se mudar para os Estados Unidos, seus novos clientes estão mais preocupados que o normal. “Entre os motivos pelos quais nos procuraram está a violência e a radicalização.”
Entre janeiro e outubro deste ano, os serviços oferecidos pela empresa tiveram um aumento de procura de 66% em relação ao mesmo período do ano passado.
Mas Botrel aponta que tal procura nem sempre se efetiva numa mudança: de cada 15 pessoas que buscaram a consultoria, apenas 1 se mudou de fato para os EUA.
Para ele, porém, a eleição apenas dá um impulso a mais para aqueles que já aventaram a hipótese de sair do país. “Planejar uma mudança de país nunca é imediato. O processo não é fácil. Deixa-se muita coisa para trás.”
Ele explica que o movimento de saída de brasileiros não vem destas eleições, mas da crise dos últimos anos. “Se o novo governo não der sinais de que há uma luz no fim do túnel, as pessoas vão acelerar esse processo.”
Segundo o historiador e brasilianista Jeffrey Lesser, que estuda imigração no país, os brasileiros estão falando em se mudar como “estratégia político-cultural de mostrar decepção”.
“É muito difícil ser imigrante”, diz ele, que também diz acreditar que não vá haver uma alta da saída de pessoal depois da eleição do capitão reformado do Exército.
“Quando as pessoas pensam nas eleições, elas têm medo. E esse medo é parte de um fenômeno global”, avalia o professor da Universidade Emory, em Atlanta (EUA), e professor-visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP. “Foi assim nos Estados Unidos, na França e está sendo assim na Alemanha.”
Fonte: FolhaPress
Uma iniciativa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) está ajudando a encontrar um lar para crianças que tinham dificuldades de encontrar famílias interessadas na fila da adoção. O projeto “Adote um boa-noite” divulga a imagem e o perfil de crianças e adolescentes cadastradas nas varas da Infância e Juventude do estado e que até hoje não tiveram nenhuma demonstração de intenção para serem adotados. A iniciativa é uma das 12 finalistas da 15ª edição do Prêmio Innovare, a maior premiação jurídica do país. Os indicados foram anunciados esta semana. Os vencedores serão conhecidos no dia 6 de dezembro em uma cerimônia no Supremo Tribunal Federal (STF).
O juiz Iberê de Castro Dias, um dos responsáveis pelo projeto, conta que em um ano já foram concluídos quatro processos de adoção e 17 estão em andamento. Para ele, os números mostram que a inciativa tem dado certo. O magistrado explica que o processo de adoção envolve diversas etapas, com prazos estabelecidos em lei. “O processo de adoção para ser feito com todas as etapas, com calma, como deve ser, demora mais de um ano”, afirma.
Esse tempo é importante, de acordo com Dias, para garantir a adaptação entre a criança e a família e evitar problemas no futuro. “Não adianta tentar apressar e depois, lá na frente, a adoção dar errado. A gente tem que ter sempre muita calma para diminuir o risco de dar errado”.
O projeto foi lançado como experiência piloto em duas varas da Juventude da capital paulista, em Santo Amaro (zona sul) e Tatuapé (zona leste). Com os resultados positivos, atualmente podem ser incluídas crianças das mais de 300 varas de todo o estado. Os perfis são expostos na página da iniciativa: adoteumboanoite.com.br
Critérios de seleção
Para participar, os jovens têm que se enquadrar em uma série de critérios, a começar pela falta de interessados em fazer adoção. Além disso, tem que ter 8 anos ou mais, faixa com pouco interesse das famílias, e passar por uma avaliação psicossocial. “Para que os psicólogos e assistentes sociais entendam se essas crianças vão tomar a participação no projeto e a exposição como algo positivo, se elas estão preparadas para isso”, ressalta o juiz. As crianças com deficiência também têm preferência no projeto.
O magistrado diz que a ideia é colocar os jovens em uma posição de sujeito de direitos. “As crianças ali não estão como coitadinhas, que estão precisando de uma família. A ideia é dar visibilidade a elas como sujeito que tem direito à convivência familiar, à educação e à cultura”.
Desde o começo da proposta, na fase piloto, até o momento atual foram feitos alguns aperfeiçoamentos. Dias conta, por exemplo, que foi preciso estabelecer critérios para lidar com o grande número de famílias interessadas. “De zero interessados no Brasil, para algumas crianças aparecem dezenas de interessados. A gente precisa fazer uma triagem dessa demanda”, comenta.
Um dos critérios para selecionar as famílias é a proximidade em relação ao local onde o jovem vive. “Facilita muito a fase de adaptação. A criança não precisa sair do seu ambiente de origem, continua no lugar onde ela está acostumada”, acrescenta Dias.
Fonte: Agência Brasil
Um episódio triste com suspeitas de negligência médica foi registrado nessa quinta-feira 1, no Hospital Regional de Guarabira. O caso ocorreu com uma mulher, oriunda da zona rural de Solânea, grávida de quatro meses, que abortou em um banheiro do complexo hospitalar e teria sido por falta de atendimento.
De acordo com uma das testemunhas, a qual se identificou pelo prenome de Nataline e concedeu entrevista no local ao repórter Zé Roberto, a gestante teria chegado ao hospital no dia anterior [quarta-feira] se queixando de dores na região do feto, porém teriam a liberado mesmo assim, para casa por alegarem inatividade do aparelho de ultrassonografia.
A jovem senhora grávida retornou nesta sexta com muita dificuldade, da sua cidade ao HRG, devido às dores insuportáveis que a mesma dizia sentir, porém, ainda conforme Nataline, a atendente teria pedido para que ela aguardasse devido a outras pacientes que estariam na frente. Foi quando, em dado momento, ela disse que iria ao banheiro urinar, onde abortou e foi encontrada pelas pessoas toda ensanguentada. “Ela era para ter sido atendida ontem, poderia ter segurado a criança (…) se caso acontecesse comigo eu procurava a Justiça”, disse Nataline que presenciou o episódio.
O caso comoveu a sociedade da região guarabirense e repercutiu na sessão da Câmara Municipal de Guarabira, no mesmo dia, quando os vereadores, inclusive de oposição ao governo do estado, se disseram indignados com o fato, chegando um deles, Elias Filho, a tachar a unidade hospitalar de ‘abatedouro’.
Outras informações dão conta que a família da paciente vai entrar com ação judicial contra o hospital.
Até esse momento a direção do HRG não se pronunciou sobre o fato.
PLUGADOS NA NOTÍCIA
O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, aceitou nesta quinta-feira (1), o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para comandar o superministério da Justiça. O magistrado vai divulgar uma nota detalhando os termos da proposta que aceitou.
Moro deixou o condomínio onde mora o presidente eleito, no Rio, às 10h45, após cerca de 1h30 de reunião. Na saída, o magistrado chegou a deixar o carro onde estava para falar com a imprensa, mas, diante do tumulto no local, não fez nenhuma declaração.
O juiz chegou às 9h à residência de Bolsonaro. O presidente eleito convidou Moro para assumir um superministério da Justiça, ampliado e com órgãos de combate à corrupção, que estão atualmente em outras pastas, como a Polícia Federal e o Coaf, que estão envolvidas nessa operação.
Ao desembarcar no aeroporto Santos Dumont, pela manhã, o magistrado não falou com a imprensa e, antes de chegar à casa do presidente eleito, fez uma pequena parada em um hotel que vem sendo usado como uma espécie de QG para quem visita Bolsonaro. No Santos Dumont, Moro desembarcou diretamente na pista de pouso do aeroporto, de onde partiu em um carro da Polícia Federal.
Fonte: Estadão
As mortes em acidentes em rodovias federais caíram 15% neste ano na comparação com 2017. O balanço, que levou em consideração dados de janeiro a setembro, foi divulgado pela Polícia Rodoviária Federal hoje (31), em Brasília. As ocorrências com falecimentos tiveram redução de mais de 4,5 mil para 3,9 mil entre o ano passado e este.
Já o número de feridos foi 10% menor no mesmo período, totalizando 56,2 mil até setembro. Os acidentes graves diminuíram 7%, somando 12,9 mil. A maior queda em termos percentuais foi nos acidentes normais, cujo número foi 22% abaixo do que no período de janeiro a setembro de 2017 e ficou em 51,9 mil.
Em relação à meta de redução em 50% do número de mortes no trânsito entre 2011 e 2020, definida em resolução da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), até este ano a queda projetada havia chegado a 35,6%. Para atingir o objetivo, ainda faltariam 15% em dois anos, o que demandaria um ritmo de diminuição mais intenso do que nos anos anteriores.
Motivos
Entre os principais motivos para os acidentes, segundo o levantamento da PRF, estiveram a falta de atenção à condução (22%), a desobediência às normas de trânsito (13%), velocidade acima do permitido (12%), falta de atenção do pedestre (11%) e consumo de álcool (5%).
O diretor da PRF, Renato Dias, chamou a atenção para o fato de a desatenção ter um novo fator: o uso do Whatsapp. Segundo ele, há uma diferença importante do aplicativo em relação aos telefones celulares na atitude dos condutores. “A desatenção se agravou muito com Whatsapp. Antes o motorista usava o celular mas não tirava o olhar do volante. Com o mensageiro, ele tira o olhar”, comparou.
Fiscalização e crimes
Nas ações de fiscalização, 7 milhões de veículos e 7 milhões de pessoas foram averiguados. No combate ao consumo de álcool durante a direção, 1,2 milhão de testes do bafômetro foram realizados. Em razão de irregularidades encontradas, 25,2 mil pessoas foram detidas.
Em relação aos crimes, o balanço da Polícia Rodoviária registrou a apreensão de 230 toneladas de maconha, 14 toneladas de cocaína, 87 milhões de maços de cigarro, 5 mil veículos, 1,2 mil armas e 142,8 mil munições.
Mais funcionários
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou que para melhorar a fiscalização e atingir as metas estabelecidas há a necessidade de contratação de mais policiais rodoviários. Ele informou que o concurso anunciado no primeiro semestre, com 500 vagas, está em fase de realização e as provas devem ocorrer no início do ano. “É preciso ampliar os recursos para a PRF e seu efetivo, pois ele permanece restrito para a dimensão da tarefa. Nós temos a quarta maior malha rodoviária do mundo”, defendeu Jungmann.
Segundo ele, seriam necessários ainda mais 2 mil a 2,5 mil novos agentes para dar recompor o efetivo da Polícia Rodoviária Federal. Hoje o quadro da corporação conta com 9,9 mil funcionários.
Novo ministério
Jungmann comentou a possibilidade de reincorporação do Ministério da Segurança Pública ao Ministério da Justiça, que está em debate na equipe de transição do governo. Segundo o titular, a pasta foi criada por lei e gerou um legado para estruturar o setor, bem como o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).
“Estamos deixando legado único. Temos ministério por lei, Sistema Único de Segurança Pública, uma Política Nacional de Segurança Pública e temos recursos carimbados e crescentes. Você tem tudo aqui para dar um rumo à segurança pública. Se o ministério se funde é algo que cabe ao governo eleito”, comentou.
Sobre o convite para o juiz Sérgio Moro para ser titular do MJ na gestão de Jair Bolsonaro, Jungmann afirmou que é um nome com “qualidade”, “capacidade” e “respeito dos brasileiros”.
Fonte: Agência Brasil