No último sábado (11), a prefeitura de Guarabira, através da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente, resolveu limpar um terreno localizado nas imediações do mercado público, onde funcionou a Madeguara, em frete à igreja de Santo Antônio, no bairro Novo, o metro quadrado mais caro da cidade, considerado bairro de classe média.
Aparentemente nada há de irregular na ação da Secretaria, que é comandada por Alcides Camilo. Ocorre que a gestão não poderia ter utilizado máquina da prefeitura, combustível da prefeitura e funcionário da prefeitura para benefício de um particular, já que o terreno não é público e caberia ao dono tal serviço de manutenção do ambiente limpo e salubre.
No começo do mês de maio próximo passado, noticiamos AQUI no Portal, que o mesmo terreno precisava ser limpo, pois o mato estava causando transtornos a moradores próximos com a proliferação de insetos e répteis, além de ser ambiente propício para a criação de mosquito transmissor da dengue.
Fontes indicavam naquela ocasião que o imóvel estaria locado à gestão municipal e a matéria cobrava do município alguma ação de limpeza do local. Ato contínuo, o secretário Alcides Camilo acionou a reportagem e negou que o terreno estivesse ou fosse locado à prefeitura de Guarabira.
“Esse terreno não está e nem nunca foi locado ao município. Estamos com dificuldades de entregar a notificação para o responsável ou proprietário faça a limpeza, pois a prefeitura não faz limpeza em terrenos particulares. Ele está em nome de uma empresa localizado em Recife e por isso estamos com essa dificuldade de entregar a notificação”, assegurou Alcides em mensagem encaminhada à reportagem em 4 de maio de 2020.
Passados pouco mais de 2 meses, eis que um trator da prefeitura foi flagrado fazendo a limpeza de toda a área que estava tomada pelo mato. A reportagem teve acesso a gravação do tratorista confirmando que o serviço foi executado atendo ao secretário Alcides e na condição de subordinado fez o serviço de limpeza.