Pelo menos três mulheres foram vítimas de feminicídio em apenas dois dias, na Paraíba. Os crimes aconteceram nas cidades de Malta, Nova Floresta e Campina Grande, nos dias 11 e 12 de setembro.
A Lei nº 13.104/2015 torna o feminicídio um homicídio qualificado e o coloca na lista de crimes hediondos, com penas mais altas. Conforme a lei, considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Edcleide de Sousa Santana tinha 52 anos e foi assassinada a tiros pelo homem com quem mantinha um relacionamento e morava junto, na cidade de Malta.
O delegado de Polícia Civil Iasley Almeida, responsável pelas investigações, declarou que o suspeito premeditou o crime e possuía um histórico de agressões e ameaças contra a vítima.
O último caso registrado foi o de Bruna Ferreira Santos, de 41 anos, que foi morta com um tiro de espingarda no rosto na noite de quinta-feira (12), no bairro Alto Branco, em Campina Grande. O marido dela foi preso por ser o principal suspeito do crime e a Polícia Civil aponta feminicídio.
O suspeito, Josué Severino dos Santos, foi preso após uma barreira policial na entrada da cidade de Umbuzeiro, que fica a 80 km de Campina Grande, para onde o suspeito fugiu, na companhia do filho do casal, de 9 anos.
Até agosto, 13 feminicídios já foram registrados na Paraíba, de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social.
Como denunciar
Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones:
- 197 (Disque Denúncia da Polícia Civil)
- 180 (Central de Atendimento à Mulher)
- 190 (Disque Denúncia da Polícia Militar – em casos de emergência)
Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e iOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail.