A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18/12), a Operação Hangar Fantasma para desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico interestadual de drogas e lavagem de capitais, com atuação em vários estados.
As investigações começaram após a análise de dados de operações anteriores. Segundo a Polícia Federal, a liderança do grupo comandava os crimes de dentro do sistema penitenciário paraibano.
Além disso, foi identificado que a organização adquiria aeronaves para transportar grandes quantidades de cocaína. O esquema levava drogas das regiões Norte e Centro-Oeste para o Nordeste, por vias aéreas e terrestres.
O grupo criminoso foi ligado a três grandes apreensões, que somam cerca de uma tonelada de entorpecentes. Entre os casos, estão duas aeronaves apreendidas no Tocantins com aproximadamente 400 kg de cocaína cada.
Também houve uma apreensão terrestre na Paraíba, reforçando a dimensão interestadual do esquema. As provas apontaram uma logística estruturada e de alto custo operacional.
Durante o inquérito, a PF identificou uma sofisticada engenharia financeira para ocultar recursos ilícitos. Os investigados utilizavam “laranjas” e empresas de fachada para movimentar valores milionários.
Esses recursos eram usados para adquirir aviões, veículos de luxo e outros bens de alto valor. Com isso, buscavam dificultar o rastreamento do dinheiro ilícito.
Como medida para descapitalizar a organização criminosa, a Justiça determinou o bloqueio de contas e ativos. O valor do bloqueio pode chegar a R$ 4,8 bilhões, além do sequestro de bens móveis e imóveis.
Os investigados responderão por tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
O nome Operação Hangar Fantasma faz referência ao método usado para ocultar aeronaves e hangares. Segundo a PF, a frota aérea era registrada em nome de terceiros e empresas fictícias, tornando-se “invisível” ao controle financeiro.
Fonte: PF


