Suspeito de vender carros roubados e clonados em Guarabira, Ozinaldo Pinheiro de Lima, conhecido por Naldinho, foi ouvido nesta quinta-feira (26) pelo delegado Hugo Lucena, na Central de Polícia Civil. Ele chegou acompanhado de um advogado, prestou depoimento por mais de uma hora e saiu sem falar com a imprensa.
Três carros, sendo um Renegade, uma Duster e uma Ecosport, roubados e com as placas clonadas e que estavam sendo comercializados por preços bem abaixo dos valores de mercado foram apreendidos por policiais militares e civis nessa segunda (22) e terça-feira (23), na cidade de Guarabira.
No dia seguinte, mais dois carros roubados e com placas clonadas e adulterações nos chassis foram apreendidos. Um Cobalt com placa de Pernambuco e um Hyundai HB20, roubado em Minas Gerais e que, após adulterações na placa e chassi, foi vendido na cidade de Guarabira. Com isso, aumentou para cinco o número de veículos apreendidos.
Apontado como o chefe do esquema criminoso, Naldinho disse que também foi vítima e negou que soubesse que os carros eram roubados ou que fossem adulterados ou clonados, mas que apenas sabia que eram alienados.
Em entrevista ao repórter Zé Roberto, da Rádio Constelação FM, o advogado Epitácio Oliveira, constituído por Ozinaldo, falou sobre o depoimento do seu cliente, que disse reconhecer que cinco carros foram negociados por ele.
“Ele já trabalha negociando com veículo há 12 anos, compra carros na internet, sabia que eram alienados e vendia com a intenção de que as pessoas pudessem legaliza-los junto aos bancos credores, depois de quitados. Ozinaldo comprava os carros de outras pessoas com toda a documentação e teve a oportunidade dizer ao delegado que cinco desses carros reconhece como sendo negociados por ele”, disse o advogado.
O delegado Seccional, Hugo Lucena, em entrevista o mesmo repórter, revelou que vai pedir a prisão preventiva de Ozinaldo e disse que ele já respondeu a um processo semelhante, destacando o histórico de crime relacionado a carros roubados.
“Iremos pedir a prisão dele porque não é possível uma sequência de carros roubados aqui na cidade e o acusado já tem um histórico, pois já respondeu no passado a um processo por receptação. Ele não foi condenado porque o processo prescreveu e foi arquivado. Inocência não havia porque também era relativo a carro roubado”, destacou Hugo.
Ainda na entrevista, o delegado contou que seria inocência acreditar na versão apresentada por Naldinho de que não sabia que os carros eram adulterados e clonados.
“É um pouco complicada essa versão porque não se trata somente veículo alienado, é veículo roubado, clonado, adulterado e com placas de outros estados. É muita inocência acreditar em certos aspectos dessas versões. Vamos verificar a origem dos carros, porque ele nega ter participado de roubo ou de furto, nega ter adulterado o veículo e é possível que ele não tenha participação nesses crimes. Porém não saber a condição dos veículos clonados já é bastante complicado”, contou o delegado.
Ozinaldo se comprometeu perante ao delegado e advogado que vai colaborar com as investigações, que não se ausentará da cidade e atenderá ao chamamento da polícia para posteriores esclarecimentos.
Jota Alves