Morreu na manhã desta sexta-feira (26) o xilogravurista, cordelista e poeta pernambucano, J. Borges. Segundo familiares, o artista faleceu de causas naturais em Bezerros, no interior de Pernambuco, onde nasceu e viveu toda a sua vida.
Borges ganhou projeção internacional ao ilustrar livros de outros grandes escritores, como Ariano Suassuna e José Saramago. O artista também acumulou diversas premiações em seu nome, como o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco e o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura. Ele também foi responsável por produzir a obra entregue por Lula ao Papa Francisco como presente.
No ano passado, na abertura do FIAN (Festival Internacional de Arte Naif) 2023, realizado no Casarão da Cultura de Guarabira, nas comemorações dos 100 anos do Romance do Pavão Misterioso, obra do guarabirense José Camelo de Melo Rezende, o grande mestre da xilogravura J.
Borges veio receber homenagens do Casarão da Cultura, Secretaria de Cultura e Turismo e da Prefeitura de Guarabira. Na ocasião J. Borges agradeceu ao povo guarabirense pelo reconhecimento ao seu trabalho e a sua arte. Ele também destacou a importância de Guarabira na história do cordel, com expressivos nomes da literatura cordelista e da xilogravura. Para Borges, Guarabira sempre foi um importante centro cultural.
Dia 08 de maio de 2023, o diretor do Casarão da Cultura de Guarabira, professor Percinaldo Toscano, foi até Bezerros (PE), à residência de J. Borges, e esteve em seu belo ateliê, onde dividia com os filhos xilogravuristas, Pablo e Bacaro, os trabalhos de produção de obras. Foi neste dia que J. Borges aceitou o convite para vir ser homenageado em Guarabira, no Centenário do Romance do Pavão Misterioso. No Casarão da Cultura de Guarabira você pode ver de perto importantes obras de J. Borges.
Por Humberto Santos