O Instituto Consulpam, responsável pela organização de diversos concursos públicos no Brasil, está novamente no centro de uma grave denúncia de fraude. Desta vez, o município de Fagundes, no Agreste da Paraíba, está sob risco de ter seu concurso público comprometido devido ao histórico de irregularidades que marca a atuação da empresa. O caso já foi denunciado ao Ministério Público da Paraíba (MP-PB). A Prefeitura de Fagundes fez a contratação do instituto para a realização do concurso, que terá inscrições abertas em breve. Uma busca feita na internet é possível encontrar diversas denúncias contra a Consulpam em vários estados do Brasil: Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Goias. Em alguns casos, o concurso foi anulado pelo Ministério Público.
Histórico Problemático
O Instituto Consulpam tem sido alvo de sucessivas denúncias por práticas fraudulentas em concurso público. As acusações envolvem vazamento de provas, alteração de gabaritos e manipulação de resultados para favorecer candidatos com vínculos políticos. Municípios como Goiânia (GO) e Pacatuba (CE) já rescindiram contratos com a empresa após a descoberta de irregularidades graves. Em Goiânia, por exemplo, a Câmara de Vereadores rescindiu o contrato com o Instituto Consulpam no início de setembro de 2024, após surgirem evidências de manipulação de resultados e ausência de qualificação técnica. Da mesma forma, o Ministério Público do Ceará, no município de Pacatuba, suspendeu o concurso público local devido a indícios de que a empresa “não possuía a competência necessária” para conduzir o certame de forma transparente. Em 2022, a sede do Instituto Consulpam foi alvo de busca e apreensão após a Prefeitura de Granja (CE)cancelar o concurso.
De acordo com o MPCE, nas investigações iniciais ficou comprovado a “presença de sérias irregularidades no certame”, o que motivou o pedido de busca e apreensão na sede do Instituto Consulpam, organizador do concurso, no último dia 21 de janeiro de 2022. No local foram apreendidos vários documentos que comprovaram a fraude.
A reportagem não conseguiu contato com o instituto, mas o espaço fica aberto para esclarecimentos.