O cantor e poeta cearense, Zé Vicente, esteve em Guarabira neste domingo (21/10) por ocasião do Encontrão Missionário Diocesano, promovido pela Diocese de Guarabira, no Ginásio do Colégio da Luz. Na oportunidade, o artista lembrou 40 anos de carreira e as várias vezes que visitou a região do brejo paraibano para cantar a esperança, a vida, a justiça e a paz.
Sobre o momento vivido pelo Brasil, de instabilidade política e social, Zé Vicente questionou: “Quem está satisfeito com a situação do país? – estamos todos clamando por tolerância e respeito as diversidades, acolhida aos diferentes, paz e justiça social“.
A reflexão introduziu a apresentação da música utopia, um dos clássicos de Zé Vicente. O artista pediu ao povo para cantar estrofes fortes com mensagens profundas: “Quando as armas da destruição, destruídas em cada nação, eu vou sonhar. E o decreto que encerra a opressão, assinado só no coração, vai triunfar. Vai ser tão bonito se ouvir a canção, cantada de novo. No olhar da gente a certeza de irmãos, reinado do povo“.
BIOGRAFIA
Zé Vicente, José Vicente Filho, terceiro dos dez filhos de José Vicente Sobrinho, Zezinho Paraibano, como foi conhecido, e Susana de Oliveira Barros. O pai, como já diz seu nome popular, natural do município de Catolé do Rocha, na Paraíba; a mãe, cearense, do município de Orós.
Foi nessa Família de lavradores, gente simples, festiva, religiosa, apaixonada pela poesia de Cordel e Luiz Gonzaga, que Zé Vicente foi criado, e mesmo hoje, aos 50 anos e muitas viagens a serviço da arte, mantém-se ligado ao seu lugar, sua gente, suas raízes. Nos intervalos da agenda, lá vai ele, 450 quilômetros de estrada, para a roça, no Sítio Aroeiras-Orós, onde está sua mãe, hoje com 76 anos, alguns irmãos, parentes, amigos e sua horta, adubada com cartas recebidas de amigos(as) e admiradores(as), as árvores sobreviventes, as quais chama com os nomes de quem ama.