BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Cortejados por vários presidenciáveis antes de fecharem com Geraldo Alckmin (PSDB), os partidos do centrão, bloco considerado a “noiva da eleição”, foram os que mais fizeram caixa no ano passado com recursos oriundos do fundo partidário, que é distribuído para a manutenção das siglas.
Esse dinheiro poderá ser usado na eleição, junto com a fatia que cada partido receberá do novo fundo eleitoral, o “fundão” de R$ 1,7 bilhão criado exclusivamente para financiar campanhas após a proibição de doações por empresas.
O PR, com R$ 42,5 milhões em caixa, foi o partido que mais guardou recursos em 2017. Em seguida vem o PRB, com R$ 24,9 milhões, e, em terceiro lugar, o PP, com R$ 20,1 milhões. Somadas as economias dos três, o dote da noiva chega a R$ 88 milhões.
Em maio, em resposta a uma consulta de um parlamentar do Solidariedade, que também integra o centrão, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) confirmou que os partidos poderão aplicar 100% das sobras do fundo partidário na campanha deste ano, junto com os recursos do novo fundo eleitoral.
Será o maior volume de recursos públicos já posto numa disputa eleitoral. As legendas ainda poderão usar uma parte do fundo partidário que vem sendo distribuído ao longo deste ano, mas esse valor é impossível de calcular no momento porque os partidos ainda não fecharam suas contas de 2018.
O PR e o PP disseram que vão empregar na campanha os recursos que guardaram em caixa. O PRB não foi específico, apenas informou que fará a campanha dentro da lei e com lisura.
Para receber sua fatia do fundo eleitoral, os partidos precisaram criar critérios –mesmo que muito imprecisos– e informar ao TSE como vão repartir o dinheiro entre seus candidatos. Já a repartição das sobras do fundo partidário poderá ser feita conforme a vontade dos dirigentes, sem divulgação prévia.
O levantamento foi feito para a reportagem pela ONG Transparência Partidária a partir dos dados declarados pelas siglas ao TSE.
Foi considerada a diferença entre todas as receitas e todas as despesas dos partidos nos três níveis (federal, estadual e municipal), excluídas as transferências internas entre os diretórios.
Entre as receitas dos partidos também há doações e contribuições de filiados e simpatizantes, mas a maior parte em 2017 (cerca de 88%, na média) foi de dinheiro público proveniente do fundo partidário.
Em outubro passado, quando a Câmara deliberou pela criação do fundão eleitoral, a orientação das bancadas do PR e do PRB foi para que seus deputados votassem contra essa nova forma de financiamento.
Na ocasião, deputados de outras legendas afirmaram que as duas eram contrárias porque tinham conseguido fazer caixa e já teriam garantido algum dinheiro para a eleição.
O PP e o PR também foram dois dos partidos que mais atraíram deputados neste ano na chamada janela partidária –período em que os parlamentares podem trocar de agremiação sem sofrerem punições por infidelidade.
O que os políticos afirmavam à época é que o principal fator que justificava esse poder de atração era ter dinheiro em caixa para prometer para as campanhas dos novos filiados.
Partidos grandes como PT e PSDB também conseguiram economizar no ano passado, mas em menor escala –o PT guardou, segundo os dados do TSE, R$ 13,8 milhões, e os tucanos, R$ 16,2 milhões.
Na opinião de especialistas como o cientista político Fernando Limongi, professor da USP (Universidade de São Paulo), os dados do levantamento reforçam a ideia de que é muito grande a probabilidade de os partidos médios, como PR, PRB e PP, aumentarem suas bancadas na eleição de outubro.
Uma das hipóteses dos analistas é que partidos como esses guardam mais recursos porque têm como foco prioritário eleger deputados federais e não têm uma vida partidária, ao longo do ano, tão ativa como os grandes.
“Acho que são partidos que estão muito focados nisso, com a cabeça nisso [em ganhar cadeiras na Câmara]”, afirma Limongi.
“É a única coisa que interessa, porque é a vaga na Câmara que vai definir a distribuição futura dos recursos. O fundo partidário é decidido lá, o fundo eleitoral, também, e o tempo de TV é distribuído lá [conforme o número de deputados]. Não querem saber de governar, de ganhar Executivo, não têm vida [partidária].”
“Esses partidos do centrão que estão no topo da lista priorizam as eleições legislativas. Ter dinheiro em caixa, para eles, é vital, porque são muitos candidatos, eles fazem coligações, isso faz com que aumente o peso deles na capacidade de formar essas coligações”, diz Marcelo Issa, da Transparência Partidária.
No geral, a terceira maior fonte de recursos dos partidos é a sobra do que eles destinaram no ano anterior para suas fundações. Por lei, todas as siglas são obrigadas a destinar 20% do que levam do fundo partidário para fundações. O que a fundação não executa volta no ano seguinte para o caixa do diretório nacional como receita.
“As fundações foram criadas para promover educação e formação política e também desenvolver estudos, de modo a preparar os programas de governo dos partidos, para que quando alcançassem posição de comando pudessem contar com propostas bem estruturadas”, afirma Issa.
Para ele, o que se nota é que essas fundações, com algumas exceções, não cumprem essa finalidade, daí devolverem o dinheiro para os partidos.
“É de se questionar qual função as fundações vêm desempenhando, pois o nível de transparência sobre elas é muito baixo”, diz.
COMO BANCAR UMA CAMPANHA
O R$ 1,7 bi do novo fundo eleitoral é dividido proporcionalmente entre os partidos TSE confirmou que siglas podem usar o que tiverem em caixa de seus fundos partidários, destinados à manutenção de suas estruturas
Lei autoriza também doações de pessoas físicas, prática pouco usual no país
Candidatos podem ainda autofinanciar suas campanhas até o limite de cada uma delas
O presidente da executiva estadual do PT na Paraíba, Jackson Macedo disse ter a certeza que o partido conseguirá registrar a candidatura de Lula.
A declaração foi em resposta ao candidato ao governo do Estado, João Azevedo, que apontou a possibilidade do PSB apoiar o presidenciável Ciro Gomes (PDT), caso Lula não consiga disputar o pleito em outubro.
“Eu respeito o posicionamento do PSB e a gente vai aguardar isso, mas eu tenho certeza que Lula vai ser candidato, então nós não vamos ter esse problema mais à frente. O PSB vai estar conosco até o final da campanha. O importante é que estejamos juntos no palanque de Lula, com Luiz Couto disputando o Senado Federal e para o PT, isso é fundamental para tocarmos a campanha a partir do dia quinze”, disse.
Disse ainda que caso aconteça o impedimento de Lula, entende que a decisão só caberá ao PSB se deve ou não continuar com o apoio aos candidatos do plano B em substituição a Lula, ou seja, Fernando Haddad e como vice-presidente, Manuela D’Ávila (PC do B).
Paraíba Online
O candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes, declarou possuir um patrimônio total de R$ 1,69 milhão em registro feito nesta sexta-feira (10) de sua candidatura ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Pela relação de bens, disponibilizada pela Justiça Eleitoral, ele afirma deter dois veículos automotores, cujos valores somam R$ 190 mil, e quatro imóveis, que totalizam R$ 1,2 milhão.
O restante dos recursos, que chega a R$ 298 mil, é formado por depósitos bancários, recursos em créditos e poupanças, depósitos e participações societárias.
Em 2006, última vez que disputou um mandato público, ele havia declarado à Justiça Eleitoral um patrimônio total de R$ 426 mil, que era constituído por um apartamento, um veículo e aplicações financeiras.
Já a candidata a vice-presidente do PDT, a senadora Kátia Abreu (TO), declarou possuir um patrimônio total de R$ 2,69 milhões, dos quais R$ 694 mil são apenas em imóveis.
O restante, um montante de R$ 1,99 milhão, é formado por recursos em caderneta de poupança, crédito de empréstimo e participações societárias.
Em 2014, quando disputou o cargo de senadora pelo Tocantins, ela havia informado deter um total de R$ 4,13 milhões, composto por sete imóveis e um veículo.
Até o momento, cinco candidatos a presidente registraram suas candidaturas. Além de Ciro, inscreveram suas chapas Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriotas) e Vera Lúcia (PSTU).
Os postulantes ao Palácio do Planalto têm prazo até quarta-feira (15) para apresentar a documentação.
Sabe aquela história de que numa eleição um voto não faz a diferença? No Rio Grande do Norte, na cidade de Alexandria, a cerca de 370 quilômetros de Natal, um episódio recente botou essa ideia abaixo. Tudo por uma série de acontecimentos que, juntos, tornaram possível que uma candidata de um voto só acabasse empossada como vereadora. Detalhe: durante a campanha, ela não gastou sequer um centavo e ainda recebeu R$ 700 de doações.
Essa história começou em 2016, quando o (hoje) MDB lançou suas candidaturas à Câmara Municipal de Alexandria sem coligar com nenhum outro partido. Foram dois candidatos: Leomar Ferreira de Souza, conhecido como Mazinho de Louro; e a agricultora Ione Costa de Lima Maniçoba, identificada na urna como Ione Fortunato. A cidade teve ao todo 27 candidatos a vereador. Eles disputaram as nove vagas disponíveis.
Ao final da eleição, o candidato mais votado foi Mazinho de Louro, com 1.146 votos, o que representou na época 12,59% dos votos válidos. Só para dar uma ideia de quão expressiva foi a votação, os quatro últimos eleitos não conseguiram sequer metade dos votos de Mazinho, cada. Essa condição provocou um efeito imediato: mesmo com apenas um voto, Ione Fortunato já terminou a eleição daquele ano como suplente do MDB para a Câmara Municipal da cidade.
Isso fazia dela “sucessora imediata” do vereador eleito caso ele, por exemplo, fosse nomeado secretário ou renunciasse ao cargo. Mas nenhuma das duas possibilidades eram esperadas, já que a prefeitura no município é exercida por uma política do PSD, atualmente partido adversário do MDB.
Por conta disso, Mazinho de Louro era membro da oposição, o que praticamente zerava suas chances de se tornar secretário ou algo do tipo. Mas a vida é uma caixinha de surpresas.
O vereador eleito tomou posse em janeiro de 2017. E exerceu suas funções plenamente. Até junho passado, quando uma das poucas forças maiores que a política potiguar fez com que ele tivesse de deixar seu mandato. No início de junho, Mazinho de Louro ficou doente. Ele tinha 45 anos e sua ocupação principal era vereador.
No dia 29 daquele mês, após 20 dias internado na UTI de um hospital em Mossoró, supostamente tentando se recuperar das complicações causadas pelo vírus H1N1, ele morreu. O mandato ficou vago. Em casos como esses, assumem os suplentes.
Posse foi praticamente presente de aniversário para a candidata de um voto só
Terça-feira passada (8), cinco dias após seu aniversário, Ione Fortunato, a candidata de um voto só, se tornou a mais nova vereadora de Alexandria. Por Whatsapp que o voto foi seu realmente. “Foi o meu mesmo ( eu votei em mim)”.
Pela lei, ela vai passar a receber um salário que equivale a 30% do que recebe um deputado federal: cerca de R$ 10 mil. De acordo com o IBGE, a renda média mensal na cidade é de 1,4 salário mínimo, o que equivale a R$ 1.335,6. Alexandria tem uma população de 13 mil habitantes e fica na região Oeste do estado.
O pré-candidato ao Senado pelo MDB, Roberto Paulino, admitiu, nesta sexta-feira (10), a possibilidade de promover uma mudança nos dois suplentes de senador para incorporar nomes de agremiações que compõem a coligação MDB-PR e Patriotas. Na convenção, o emedebista escolheu Hiago Fialho como 1º suplente, e Celso Alves, como 2º suplente, mas até o dia 15 para promover mudanças.
De acordo com Paulino, a aceitação ao seu nome tem despertado o interesse de postulantes para as vagas de suplente. “Apesar de ser uma eleição difícil, há quem entenda que podemos chegar ao Senado e isso tem provocado a procura de pessoas pelo espaço na chapa”, revelou.
Questionado sobre com quem firmaria parceria – já que a sua coligação só lançou um nome para o Senado – Roberto Paulino disse que até o momento só manteve conversas informais com outros postulantes, mas revelou se debruçar a respeito do assunto “mais pra frente”. “Agora tenho que cuidar na minha pré-campanha, andar para visitar as cidades”, arrematou.
Fonte: Portal Correio
Vice na chapa do PT à Presidência da República, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad se uniu a aliados para comentar, em transmissão na internet, o debate de presidenciáveis da TV Bandeirantes.
O evento paralelo foi organizado para protestar contra a exclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba, do embate televisivo.
Com Haddad, estavam a futura vice da chapa, deputada estadual Manuela D’Ávila (PC do B-RS), a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, coordenador da campanha.
No início da reunião, que foi exibida na página oficial de Lula, um áudio com declarações do ex-presidente falhou dentro do estúdio onde estavam os políticos -a caixa de som queimou, segundo a organização.
Em seguida, o ex-prefeito leu uma carta em que o ex-presidente protestava contra o veto à sua participação no debate. Com informações da Folhapress.
Fonte: Notícia ao Minuto
Questionado sobre aborto por uma jornalista no primeiro debate realizado pela Band, o candidato à Presidência da República Guilherme Boulos (PSOL) se mostrou à favor da descriminalização.
“Ninguem é favor do aborto. Nós somos a favor da mulher decidir”, respondeu Boulos.
Para comentar a resposta, a escolhida foi Marina Silva (Rede). Religiosa, a candidata afirmou que, se eleita, fará um plebiscito sobre a descriminalização do aborto.
“É um tema de natureza difícil, de natureza complexa. […] O que queremos é planejamento familiar e educação para que a mulher não precise abortar”, disse Marina. Com informações da Folhapress.
Fonte: Notícia ao Minuto