O MDB de Guarabira já está se articulando para formar uma ampla frente de oposição ao grupo que hoje está no comando do município liderado pelo prefeito tucano Zenóbio Toscano.
Nesta fase inicial, a estratégia emedebista é minar o terreno dos adversários, investindo na conquista dos dissidentes. Por dissidentes entenda-se tanto os do grupo do prefeito Zenóbio, como os da terceira via (girasóis). Em amenos os grupos há racha em andamento.
Sobre o projeto do MDB em Guarabira, obrigado estadual Ranieri Paulino disse: “Nós estamos nos movimentando. Existem cismas nos nossos adversários do grupo do governo municipal; existe racha no Girassol, que é o terceiro grupo; e eu tenho dialogando com as dissidências desses grupos. Tenho dialogando com a dissidência do prefeito Zenóbio.”
O deputado antecipou que a oposição em Guarabira vai receber um grande reforço agora com o rompimento de Teotônio, que é pré-candidato a prefeito e sua esposa que é vereadora, com o prefeito Zenóbio.
Nas hostes do PSB, em relação ao presidente da Câmara, Marcelo Bandeira, e aqueles outros que coordenavam o partido que eram os representantes do Governo, das operações e das organizações girassóis em Guarabira. Então, essa dissidência também tem dialogando conosco.
Nós queremos fazer uma ampla frente de oposição e, naturalmente, o MDB como partido que está originariamente na oposição e tem tido votações expressivas, estará, também, se colocando à disposição para formar um grande arco de aliança e fazer face a esse grupo política que está no poder em Guarabira hoje.
O deputado Raniery Paulino disse que não tem ideia fixa sobre colocar seu nome para disputar a Prefeitura de Guarabira. “Essa decisão não é minha. Pertence a esse arco de alianças e, naturalmente, pela minha maior referência política, que é Roberto Paulino. Ele vai, inclusive, dentro do nosso grupo dar toda a orientação, que vamos seguir na íntegra”.
Perguntado se em Guarabira teria nomes fora da família Paulino e do grupo liderado por Zenóbio Toscano com cacife para disputar a sucessão municipal, Raniery disse que sim. Ele acha que na Câmara de Vereadores pode sair nomes com competitividade para disputar a Prefeitura. “Tem também lideranças políticas de Guarabira que, embora estejam sem mandato, que também podem disputar o cargo de prefeito.”
Sobre o seu nome propriamente dito, Raniery afirmou que não está forçando barra e caso o MDB exija que ele dispute vai encarar como uma missão partidária. “Se esta for a missão, irei para ganhar. As quatro eleições que dispute, ganhei todas. Só entro pra ganhar. Inclusive, tenho projetos para Guarabira e independente.de ser eu o candidato eu vou oferecer esses projetos àquele que for candidato da frente de oposição. Candidato que reúna o consenso do grupo”.
Raniery Paulino deixou claro preferir o nome do seu pai, o ex-governador Roberto Paulino.
Wellington Farias
A aconchegante e fria Bananeiras vai esquentar nos próximos dias com a Operação Calvário. Segundo uma fonte, a cidade preferida de um ex-governador investigado por corrupção seria um dos ‘bunkers’ da propina.
Falam até em dinheiro enterrado.
Também há suspeitas sobre a aquisição de terrenos e condomínios de luxo para lavar dinheiro desviado da Saúde e Educação.
Todos sabem que na última década os terrenos em Bananeiras têm se valorizado muito. Os imóveis seriam um dos investimentos da organização criminosa que roubou mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos.
Políticos locais também serão alvo da Calvário.
Politika
O deputado estadual Raniery Paulino (MDB), líder da oposição na Assembleia Legislativa, voltou a comentar os desdobramentos da Operação Calvário, que investiga um esquema criminoso que drenou recursos públicos de áreas essenciais à população paraibana, como saúde e educação, para a corrupção. Paulino recomendou ao governador João Azevêdo ‘desmalufar’, ‘descabralizar’ e, especialmente, ‘desricadizar’ sua gestão.
“O Governador além de desmalufar, descabralizar, tem que desricadizar seu governo sob pena de virar conivente”, disparou.
Ontem, dia seguinte a mais uma fase da Operação Calvário, que causou mais três baixas no governo, duas delas de auxiliares de pastas importantes, como Educação e Turismo, o governador João Azevêdo (PSB), questionado sobre as providências na sua administração, deu o calado como resposta e limitou-se a repetir “que mudanças no governo acontecerão quando elas se fizerem necessárias”.
Uma enquete realizada na terça-feira pelo programa Alagoinha Notícias, apresentado por Aluísio Justino e Nando Silvestre, perguntou em quem o eleitor do município votaria “se a eleição fosse hoje (?)”. Foram 61 participações, das quais 48 disseram que votariam em Alcione Beltrão (78,7%) e, apenas, 13 ouvintes disseram que votariam na atual prefeita Maria de Zé Roberto (21,3%). A enquete, no entanto, realizada pela Alagoinha FM, emissora comunitária do município, não tem cunho científico – é somente uma amostra de intenção de votos.
A ex-prefeita Alcione já confirmou em entrevistas que é pré-candidata a prefeita novamente em 2020. Embora não tenha conseguido eleger sucessor, ela fez uma gestão bem avaliada pela própria população local.
Joseilton Gomes
A ex-prefeita do Município de Cuité de Mamanguape, Isaurina dos Santos Meireles, foi condenada a uma pena de dois anos e seis meses de reclusão, em regime aberto, pelo crime de responsabilidade, por ter contratado servidores sem a realização de concurso público ou processo seletivo simplificado.
A sentença foi prolatada pelo juiz Sivanildo Torres Ferreira e faz parte do regime de jurisdição conjunta da Meta 4 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no âmbito do Tribunal de Justiça da Paraíba. Da decisão, cabe recurso.
O magistrado também suspendeu os direitos políticos da ex-gestora enquanto durar os efeitos da sentença, como prevê o artigo 15, inciso III, Constituição Federal e converteu a pena privativa de liberdade em duas restritivas de direito.
Em relação à prestação pecuniária, foi determinado a ex-gestora o pagamento do valor de cinco salários mínimos vigentes à época dos fatos. A importância será destinada a uma entidade pública ou privada com destinação social indicada pelo Juízo da Vara de Execução Penal (VEP) e convertida em bens de consumo duráveis.
Também foi determinado que a ex-prefeita preste serviços à comunidade ou entidades públicas por período igual ao da privativa de liberdade, em entidade a ser designada pela VEP, consistentes na atribuição de tarefas gratuitas, conforme as aptidões da condenada, devendo ser cumprida à razão de uma hora de tarefa por dia.
De acordo com a denúncia, a ex-prefeita de Cuité de Mamanguape admitiu servidores públicos contra expressas disposições de lei, nos exercícios financeiros de 2007, 2010 a 2014, estando ciente das ilicitudes e das consequências. Ainda segundo o processo, Isaurina dos Santos agiu sem justificativa válida e com inequívoca intenção de burlar as normas artigo 37, incisos II e IX, da Constituição Federal, e o artigo 2º da Lei nº 02/1997 do Município de Cuité de Mamanguape.
“Para evitar o caminho normal do acesso aos cargos e funções públicas, admitiu pessoal para exercer funções na Administração Pública Municipal sob o pálio de supostas e inexistentes necessidades temporárias e excepcional interesse público”, revela trecho da denúncia do Ministério Público.
Segundo a sentença, o caso em análise revela mera conveniência político-administrativa que não é amparada pela legislação, seja por qualquer razão. “O comportamento da acusada caracterizou fato típico e antijurídico, ficando evidente que procedeu da referida maneira com intuito de atender situações particulares com dinheiro público, em detrimento do interesse da sociedade”, afirmou o magistrado Sivanildo Torres Ferreira, que julgou procedente a pretensão punitiva deduzida na denúncia, para condenar a ex-prefeita de Cuité de Mamanguape pela infração penal prevista no artigo 1º, inciso XIII, do Decreto-Lei 201/67 combinado com o artigo 71 ambos do Código Penal.
Da Redação/Fato a Fato
Preso na manhã desta quarta-feira (9) pela 5° fase da Operação Calvário, o secretário executivo de Turismo da Paraíba, Ivan Burity, pode ser uma peça chave para desnudar um dos maiores esquemas de corrupção do estado.
Segundo bastidores, caso chegue a fazer uma delação premiada, Ivan pode mostrar um possível envolvimento do ex-governador Ricardo Coutinho com os desvios de verbas públicas, o que poderia sacudir a política paraibana e respingar nas eleições de 2020.
Como é de conhecimento, o secretário executivo de Turismo é um dos fiéis companheiros de Ricardo Coutinho e sempre fez parte do núcleo socialista na Paraíba, compondo o secretariado da gestão RC. Ivan foi, inclusive, um dos indicados do ex-gestor para o governo de João Azevedo. O que resta agora é saber se Ivan fará ou não a delação.
Na deflagração da 5° fase da Operação Calvário, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão no estado. Além de Burity, o diretor administrativo do Hospital Geral de Mamanguape (HGM), Eduardo Simões Coutinho, também foi preso.
O secretário de Educação e da Ciência e Tecnologia, Aléssio Trindade de Barros, e o ex-executivo da pasta José Arthur Viana Teixeira de Araújo estão entre os alvos dos mandados de busca e apreensão nesta fase da operação, investigados por suspeitas de dispensar ilegalmente licitações.