A delação do ex-secretário Ivan Burity teria atingido em cheio Lucélio Cartaxo, o irmão gêmeo do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo. A revelação foi publicada na tarde desta quarta-feira (19) no Portal Fonte 83
Para quem não lembra, Lucélio compôs a chapa do ex-governador Ricardo Coutinho em 2014, como candidato a senador, e obteve mais de 521 mil votos.
A delação premiada de Ivan culminou na deflagração da 7ª fase da Operação Calvário esta semana, onde vários ex-secretários foram presos e também foi expedido um mandado de prisão contra Ricardo Coutinho, que ainda não se entregou à polícia.
Uma pesquisa divulga pela Rádio Cultura FM nesta quarta-feira (18) mostra o número de rejeição do socialista e secretário executivo do Orçamento Democrático Estadual, Célio Alves (PSB), para a prefeito de Guarabira. A pesquisa foi realizada pela Advise Consultoria e Planejamento. O fiel escudeiro de Ricardo Coutinho (PSB) é o líder na categoria em quem o eleitor não votaria para a disputa de prefeito.
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Célio Alves (PSB)
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14,4%
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Raniery Paulino (MDB)
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12,8%
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Marcus Diogo (PSDB)
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11,6%
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Fátima Paulino (MDB)
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10,9%
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Raimundo Macedo (PSDB)
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4,1%
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Marcelo Bandeira (PSB)
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3,7%
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Antônio Teotônio (PDT)
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3,2%
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Blog do Galdino
O desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), Ricardo Vital, autorizou, na tarde desta quarta-feira (18), a soltura da deputada estadual Estela Bezerra (PSB), presa nessa terça-feira (17), na sétima fase da Operação Calvário.
A medida do desembargador relator da Operação Calvário atende a decisão da Assembleia Legislativa da Paraíba que possui a prerrogativa de reverter a prisão de parlamentares. Ainda na noite de ontem, vinte e cinco deputados derrubaram a decisão da justiça.
Na decisão, Ricardo Vital proibiu que Estela tenha acesso às repartições do Governo, com exceção daquelas inerentes ao exercício parlamentar. A socialista também foi proibida de manter contato com testemunhas e investigados da operação Calvário. O recolhimento domiciliar da deputada será das 22h até às 06h, quando não estiver em atividade parlamentar.
O desembargador proibiu Estela de se ausentar do Estado por mais de oito dias, sem autorização judicial. Ela também não poderá sair do país.
Na manhã de hoje, durante audiência de custódia na Câmara Criminal do TJ-PB, Estela Bezerra foi encaminhada para o presídio feminino Júlia Maranhão, em Mangabeira, pois até aquele momento não havia apreciação do desembargador Ricardo Vital sobre a decisão do legislativo paraibano.
MaisPB
Se as eleições fossem hoje, segundo a pesquisa estimulada realizada pelo instituto ADVISE, o prefeito Marcus Diôgo e o Secretário Raimundo receberiam a maior parte das intenções de voto, 27,5%. Entretanto, além de apontar o fortalecimento do prefeito e a consolidação do grupo Paulino como maior força de oposição, com 26,5% da intenção de votos, as estatísticas também revelaram informações importantes que devem ser levadas em consideração nas próximas estratégias, sobretudo pelas forças de oposição.
Ao analisar os dados, apesar da vantagem consolidada pelo pré-candidato Marcus, podemos afirmar que quaisquer estratégias de união das oposições podem prejudicar a liderança do prefeito, tendo em vista que se somadas, as porcentagens de todas as oposições ainda é consideravelmente maior que a intenção de voto da situação. Simulando, por exemplo, uma possível união entre o grupo Paulino e qualquer outro grupo, a chapa superaria com larga vantagem os demais nomes, incluindo Marcus Diôgo.
Entretanto, o cenário político atual mostra que as oposições em Guarabira não se entendem e nem planejam discutir a possibilidade de união entre os grupos. Declarações recentes do deputado Rainery Paulino e também de representantes do grupo ligado ao governo estadual demonstram que a divisão continua forte, mesmo que isso represente a reeleição do pref. Marcus Diôgo.
Dezembro chegou e traz na política de Lagoa de Dentro desdobramentos que traz luz para o povo de Lagoa de Dentro.
Durante a festa de Santa Luzia, a oposição trouxe um fato Novo para seus aliados, na mesma mesa Júnior Félix e Edson Félix ex prefeito da cidade, estiveram ao lado do pré candidato a prefeito Neto Freire, na oportunidade os aliados estiveram se confraternizando, e uns já dão como certo a chapa para 2020, que poderia ser formada com Neto Freire para prefeito e Junior Félix para vice, fontes ligada a oposição dão conta que a adesão e junção tem como articulador o ex vereador Beto Florêncio que também tem seu nome lembrado para a vice.
Outros nomes também são lembrados para compor a vice com Neto Freire, a exemplo de Carlos da Piscina e Everaldo Tavares, Carlos da Piscina é vereador pelo PSC, Everaldo Tavares é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagoa de Dentro, e tem uma grande força de articulação política tendo em vista a sua bela administração a frente do Sindicato, fontes ligada a política de Lagoa de Dentro, dão conta que em Janeiro terá novidades na política e Neto anunciará uma adesão de peso para o suporte no embate em 2020
Na manhã desta quarta-feira (18), a Rádio Cultura FM divulgou pesquisa de intenção de voto para prefeito de Guarabira. A pesquisa foi realizada pela empresa Advise Consultoria e Planejamento, habilitada para realizar consultas de opinião pública e que já vem atuando no estado de Pernambuco.
Pesquisa estimulada
Se as eleições fossem hoje, desses nomes, em quem o senhor (a) votaria para prefeito de Guarabira?
Marcus Diogo – 24,7%
Raniery Paulino – 17,8%
Teotônio – 9,7
Fátima Paulino – 8,7%
Célio Alves – 3,7%
Neide de Teotônio – 5,0%
Raimundo – 2,8%
Belarmino – 1,9%
Renato Meireles – 1,6%
Marcelo Bandeira – 0,9%
Votaria em branco ou anularia o voto – 4,1%
Não vota em nenhuma desses – 8,5%
Indeciso – 7,8%
Não sabe ou se recusou a responder – 2,8%
Foram pesquisados 320 eleitores em diversos bairros de Guarabira e da zona rural entre os dias 10 e 14 de dezembro de 2019. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de 5,46 pontos percentuais para mais ou para menos.
Sobre divulgação de pesquisa eleitoral sem registro no TRE, o que diz a legislação:
RESOLUÇÃO Nº 23.549, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2017.
Dispõe sobre pesquisas eleitorais para as eleições.
O TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 23, inciso IX, do Código Eleitoral e o art. 105 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, RESOLVE:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta resolução disciplina os procedimentos relativos ao registro e a posterior divulgação, por qualquer meio de comunicação, de pesquisas de opinião pública para as eleições aos cargos de Presidente da República, Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador e Deputados Federal, Estadual e Distrital.
Art. 2º A partir de 1º de janeiro do ano da eleição, as entidades e as empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar no tribunal eleitoral ao qual compete fazer o registro dos candidatos, até 5 (cinco) dias antes da divulgação, as seguintes informações (Lei n° 9.504/1997, art. 33, caput, incisos I a VII e § 1º):
I — contratante da pesquisa e seu número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);
II — valor e origem dos recursos despendidos no trabalho;
III — metodologia e período de realização da pesquisa;
IV — plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico do entrevistado e área física de realização do trabalho a ser executado, nível de confiança e margem de erro, com a indicação da fonte pública dos dados utilizados;
V — sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados e do trabalho de campo;
VI — questionário completo aplicado ou a ser aplicado;
VII — quem pagou pela realização do trabalho e seu número de inscrição no CPF ou no CNPJ;
VIII — cópia da respectiva nota fiscal;
IX — nome do estatístico responsável pela pesquisa, acompanhado de sua assinatura com certificação digital e o número de seu registro no Conselho Regional de Estatística competente;
X — indicação do Estado ou Unidade da Federação, bem como dos cargos aos quais se refere a pesquisa.
Portal25hora
Operador da Cruz Vermelha do Brasil no Rio Grande do Sul e do Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional, Daniel Gomes seria integrante do ‘núcleo econômico’ da organização criminosa liderada pelo ex-governador, segundo o Ministério Público.
Entre 2011 e 2019, o Estado da Paraíba gastou R$ 980 milhões com a Cruz Vermelha. Para o Instituto, entre 2014 e 2019, foram desembolsados R$ 270 milhões.
Daniel Gomes disse em sua colaboração que teria sido o ex-senador Ney Suassuna quem teria lhe falado sobre a possibilidade de fazer negócios na Paraíba. Suassuna seria amigo de Ricardo Coutinho, então candidato a governador. O ex-senador disse que ele tinha grandes chances de vencer o pleito eleitoral e, mesmo que não ganhasse, ‘manteria o domínio (poder) sobre a prefeitura de João Pessoa, subsistindo a oportunidade de negócio’. A partir daí, Daniel Gomes foi apresentado a Ricardo Coutinho.
Três atos publicados por Coutinho no prazo de três dias foram suficientes para viabilizar juridicamente a contratação da Cruz Vermelha.O Ministério Público afirma que dois pagamentos no segundo semestre de 2010 selaram o pacto entre Gomes e Ricardo Coutinho. O primeiro, R$ 200 mil, foi pago antes da eleição daquele ano, em virtude da promessa de acordos no caso de vitória de Coutinho.
O segundo pagamento foi feito após a vitória de Coutinho em forma de doação eleitoral. Foram R$ 300 mil, que Gomes tomou emprestado com seu pai. “Todavia, por suposto equívoco, este se utilizou de uma conta pertencente a Jaime Gomes da Silva, tio de Daniel Gomes,o que haveria ensejado questionamentos pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, em razão da ausência de lastro financeiro para a doação.”
Já em 2011, Ricardo Coutinho teria sido convidado por Daniel Gomes para implementar o sistema de Organizações Sociais na Paraíba. A contratação da Organização Social seria definida pelo colaborador em conjunto com Livânia Farias, Jovino Neto e Waldson Souza.
“Verificou-se que o melhor modelo para atender aos interesses da empresa criminosa seria a utilização da gestão pactuada”, explica a promotoria, “opção cuja implantação seria facilitada pela existência de uma certa estrutura normativa no Estado da Paraíba, carecendo apenas de alguns ajustes”.
Durante os referidos estudos e tratativas, houve movimento grevista por parte do corpo médico do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena (HETSHL), ocasião em que Ricardo Coutinho teria solicitado a intervenção de Gomes, a fim de minorar os efeitos da paralisação, e este, segundo relatou, providenciou o deslocamento de equipes médicas cariocas para prestar serviços de saúde no HETSHL, atuação que teria servido, na ótica ministerial, e sob aparente razão, até o momento, ‘para catalisar o processo de contratação da organização social que seria por ele comandada’.
Após esse momento, o ex-governador teria dado a Gomes a tarefa de procurar uma organização social capaz de viabilizar o modelo de governança corrupto no setor da saúde paraibana.
O governo estadual faria contratação emergencial direcionada à Organização Social indicada por Daniel Gomes, como forma de garantir o suposto esquema criminoso. Após o colaborador tratar da operacionalização com outros membros da ORCRIM, escolheu-se a Cruz Vermelha do Brasil – Filial do Rio Grande do Sul, em julho de 2011.
Em 4 de julho, o ex-governador publicou uma medida provisória que instituiu o sistema de Organização Social. No dia seguinte, a Secretaria de Administração publicou uma portaria qualificando a Cruz Vermelha do Brasil – Filial do Rio Grande do Sul como Organização Social. Por fim, em 6 de julho, seria assinado o contrato emergencial com a Cruz Vermelha para a gestão do Hospital de Trauma de João Pessoa.
A investigação aponta desvio de pelo menos R$ 134,2 milhões da área da saúde em benefício do esquema Coutinho. Outros setores da gestão também seriam fontes de propinas do ex-governador, que é procurado pela Polícia Federal. Fora do País, em ‘viagem de férias previamente programada’, Coutinho informou, via Instagram, que vai antecipar seu retorno ao País para colaborar com a Justiça. Ele nega ligação com organização criminosa que, segundo os investigadores, se instalou no Palácio da Redenção, sede do Executivo da Paraíba.
Em um diálogo grampeado, em novembro de 2017, Daniel Gomes é questionado sobre valores pelo então governador.
ACOMPANHE
Ricardo Coutinho: Aqui olhe, veja bem, nessa conta aqui…
Daniel Gomes: Hum
Ricardo Coutinho: …Até janeiro, ou seja, uma, uma cacetada só…
Daniel: Hã Ricardo…eu teria que ter vin… vinte e quatro milhões. É, no, nesse, nesse cenário é, no outro é 21
Ricardo Coutinho: Quer dizer.. é
Daniel: Mas aí o senhor tem que me dizer, olha eu não preci.., não tenho como… aquele… aquele negócio: quanto mais recursos eu tiver mais barato eu compro os aparelhos. Quanto mais eu conseguir dar de entrada… pagar a
vista… eu consigo o melhor preço, melhora o resultado. Aí é uma conta muito… isso é planilha aberta mesmo, como o senhor já sabe que a gente trabalha. Aí depende muito se você…Entendi Ricardo… vou pagando. Tá bom. Aí é uma decisão muito mais sua. Se o
senhor conseguir falar comigo, ‘Daniel olha só eu consigo ter sei lá, 10, 15 milhões, 10 é pouco, mas pelo menos uns 15… Se o senhor me garantir 15 em dois mil e… dezessete eu consigo inaugurar ele em janeiro. Aí depois o senhor me diz o que o senhor precisa para esticar ele…’olha, junho é pouco, eu quero que você me esti… dívida em parcelas iguais até outubro’, por exemplo
Ricardo Coutinho: A minha lógica tinha sido… a minha esperança tinha sido construir algo que eu tivesse 10 esse ano…
Daniel: Hummm..
Ricardo Coutinho: Mais 12 meses
Daniel: Então, na realidade o que o senhor tá falando é o seguinte: Faria-se 10 milhões de agora, ou 31 ou 34, eu não sei…
Ricardo Coutinho: É
Daniel Gomes: … ou 33 tá, é que na realidade eu tô, esse número eu só vou ter ele certo depois. Digamos que fosse 33, teria 23 que daria por 10 meses do ano que vem. Pra gente não deixar pra novembro e dezembro que é sempre difícil, novembro e dezembro, né? Ricardo Coutinho: Não, ao contrário , é o melhor mês, porque é o que entra mais, (ininteligível) mas no nosso caso não porque, por exemplo, décimo terceiro, prêmio, tudo eu guardo antes…
Daniel Gomes: E o senhor vai pagando também antes…
Ricardo Coutinho: Meio…
Daniel Gomes: Que você paga meio do ano já tá pagando décimo terceiro
Ricardo Coutinho: … meio do ano é, eu não tenho problema com essa história. O meu décimo terceiro já tá certo porque eu já fiz. Daniel Gomes: Entendi.
Ricardo Coutinho: Então, eu num (…)
Daniel Gomes: Então diluiria esse restante por 12 vezes?
Ricardo Coutinho: Por 12 vezes
Daniel Gomes: Tá bom, a princípio…
Ricardo Coutinho: Coloque 11 vezes pra gerar tranquilidade…
Daniel: Pra gerar tranquilidade
Ricardo Coutinho: Por que dezembro…
Daniel: Pra não deixar o último mês
Ricardo Coutinho: É, né? Aí o ‘caba’ sai dia 31 aí..? E que estendesse pro restante do ano, são…
Daniel: Então a gente faria o seguinte, …é 11 parcelas de 2 milhões,vai dá 22 e a gentefaz 11 agora. 11 ou 12, vai só depender desse número aqui, 34 ou 31
Ricardo Coutinho: Aí você adianta
Daniel: Eu adianto. Faço até dezembro. Aí depois o senhor me diz como que eu faço
Ricardo Coutinho: Tá
Daniel Gomes: Faço lá pra Livânia (Farias, ex-procuradora-geral do Estado, que também fez acordo de delação premiada ), ou eu faço lá pro seu… o senhor define como é que faz tá? Eu só não fechei o número entre… a Cláudia tá com esse nú… com esse número mesmo viu governador,31…34, ou seja, no processo licitatório a minha intenção é cotar os 34 por, pra gente… eu acho que eu consigo trabalhar com menos tá?
Ricardo Coutinho: É mesmo? Que tá a maior loucura desse povo que fabrica que não tão vendendo pra canto nenhum
Daniel Gomes: Na realidade, o momento tá ótimo pra comprar
Ricardo: Hein?
Daniel Gomes: O momento tá ótimo pra comprar
Ricardo Coutinho: É, exatamente
(….)
Ricardo Coutinho: Certo, e esse adiantamento você vai me fazer…
Daniel Gomes: O adiantamento eu faço pro senhor, Aí de repente o se.., a gente dando tudo governador,a gente também não tem muito problema…se o senhor tiver precisando, mas a gente dá um jeito de antecipar…
Em outro diálogo, de 27 de novembro de 2017, o interlocutor de Coutinho fala em adiantamento de ‘1.5’.
Acompanhe:
Daniel Gomes: Tá bom! Última coisa que eu fiquei de ver com o senhor hoje foi o negócio do repasse do investimento e do destino. O do repasse de 10% do valor. O senhor ficou de me
dizer se eu passo pra Livânia ou se faço com alguém
Ricardo Coutinho: Como é que… quando é que seria isso?
Daniel Gomes: Então governador,hoje eu tô com 1.5 disponível, tá? Tá no Rio. Eu vou dar um jeito de trazer pra cá como o senhor me pediu, tá? O outro 1.5 eu acho que… enfim… no início de janeiro. (Você) me pediu que era até dezembro, (mas) como atrasou o contrato eu tô adiantando de outras fontes aqui. Não vai ser do investimento, que ainda vai demorar muito
Ricardo Coutinho: Livânia tá sabendo?
Daniel Gomes: Não!
Ricardo Coutinho: Então você poderia ver com o ‘Cori’ (Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador)
Daniel Gomes: Vejo com o ‘Cori’ direto… encontrar com ele amanhã então, tá? Fechado? Eu já tive com ele hoje, eu ligo pra ele agora e faço.. Qualquer coisa eu já combino com ele, tá?
Daniel Gomes: O mensal depois do contrato… o senhor me define se esse também mensal segue com ele… por outro caminho… ou se vai por Livânia. Depois o senhor pensa
Ricardo Coutinho: Segue com ele! E ele (Coriolano) vai conversar com você acerca dos serviços né… dos serviços… do…
Daniel Gomes: Os serviços que o senhor tiver, tá à disposição!
Ricardo Coutinho: Dos serviços!
Daniel Gomes: Alguma coisa que tiver pros serviços… é o que… o pessoal sentar caso a caso, ver quem é parceiro quem não é parceiro, pra gente poder negociar pra poder funcionar
Ricardo Coutinho: Não é… evidentemente… quando.. o valor…
Em outra conversa grampeada, o ex-governador deixa claro seus métodos.
ACOMPANHE:
Ricardo Coutinho: Então, eu não deixo os caras respirar…Por que quando tá a gente já bota outro aqui eu vou botando, vou botando, vou botando
Daniel Gomes: Não respira né, o cara não respira…
No anexo 9 do termo de colaboração premiada de Daniel Gomes, foi transcrito outro diálogo dele com Ricardo Coutinho.
O ex-governador é incisivo.
‘Me diz uma coisa, aquela contribuição tá sendo repassado?’
Daniel Gomes: Eu tô… se não falha a memória, com 800 em aberto com Livânia…
Ricardo Coutinho: Tá em aberto?
Daniel Gomes: Em aberto, 800, mas ela sabe direitinho… tô com a planilha… eu tô repassando pingado… eu só pedi pra ela segurar um pouquinho…
Ricardo Coutinho: Tá repassando… ah é… em qual o mês, o último?
Daniel Gomes: O último foi R$ 120 mil em agosto, no início de agosto, eu tenho planilha de tudo isso, se o senhor quiser, viu? …eu… eu tenho salvo na minha pendrive… eu tenho salvo também
Ricardo Coutinho: Teve nenhuma despesa nossa, né? …não precisa tá… nunca teve acesso…
Daniel Gomes: Não, é… 0 nosso total é 360 por mês
Ricardo Coutinho: É…
Daniel Gomes: E eu só tô em aberto com 800… na realidade… porque a gente… na realidade governador… teve uma parte…não sei se o senhor lembra, né?, que a gente antecipou de campanha
Uma conversa de 38 minutos e 50 segundos de duração, no dia 7 de agosto de 2018, levou os investigadores a concluírem que o então governador ‘discutiu um adiantamento de uma propina referente a equipamentos médicos e o repasse de propina relativo ao Hospital Metropolitano de Santa Rita e o Hospital Geral de Mamanguape’.
ACOMPANHE:
Ricardo Coutinho: Certo, e esse adiantamento você vai me fazer…
Daniel Gomes: O adiantamento eu faço pro senhor logo. Aí de repente o se… a gente dando tudo certo aqui governador, a gente também não teve (ininteligível)… se o senhor tiver precisando, mas a gente dá um jeito de antecipar, mas a princípio, eu… minha programação era pra novembro. Pra fazer o adiantamento. Já tá lá na minha conta isso já. Agora aqui governador, eu, é custo, eu não estimei nada de…de retorno, não sei se o … como é que o senhor quer fazer aqui, que Mamanguape que a gente até hoje não tem nada né?
Ricardo Coutinho: É
Daniel Gomes: No Trauma nosso valor é 380 atualmente, que a gente repassa por mês. Não sei se o senhor queria que fizesse uma regra de três a incluir isso aqui. Que não chegou nem incluir 100%, porque parte até, eu já tinha até um resíduo aqui de uns 50 e poucos mil que tá sobrando desse valor aqui, eu só arredondei porque sabia que esse número aqui eu já… é um número que u(interrompido)
Ricardo Coutinho: É, chegar a…
Daniel Gomes: Acho que pelo menos uns 200 ou 300…acho que caberia
Ricardo Coutinho: (ininteligível)
Daniel Gomes: Se o senhor me autorizar eu refaço isso daqui.
Estadão
NOTA
O partido do PCdoB de Guarabira, através do seu presidente Ary Smart, vem a público esclarecer o seguinte fato; o nosso Partido tomou a decisão de lançar a pré-candidatura do nosso filiado José Roberto (Nego de Sansão) porém fomos surpreendidos nos últimos dias com a veiculação de um vídeo nas redes sociais do mesmo informando a sua desistência e declarando seu apoio a um pré-candidato de outro partido.
O que se percebe é que Nego de Sansão fez o que é de mais repugnante na política: Acordos que buscam privilégios pessoais sem pensar no coletivo.
O PCdoB tem a consciência tranqüila com relação a Nego de Sansão, que recebemos de braços abertos, apoiamos, respeitando-o e considerando sempre como uma nova liderança na cidade. A ele foram dados todos os direitos de participar do partido a ponto de permitimos até sua pré-candidatura a prefeito.
Como estão previstos no Estatuto Partidário, as suas atitudes nos últimos dias demonstram uma falta de compromisso com o partido. O partido abriu um processo disciplinar, o mesmo se recusou a tender as normas do partido e voltou a reincidir não resta outra alternativa senão a expulsão por infidelidade partidária.
Por fim lamentamos muita a sua ingratidão ao partido que lhe deu abrigo e confiança no momento que todos deram as costas.
PCdoB Guarabira 16 de dezembro 2019
Ary Smart – Presidente Municipal