Durante a sessão realizada na última quarta-feira (25), na Câmara Municipal de Cuitegi, a vereadora Nena da Malhada usou a tribuna para fazer duras críticas à administração do prefeito Guilherme Madruga.
Nena denunciou a precariedade na merenda escolar oferecida aos alunos da rede municipal de ensino, afirmando que está sendo servido apenas biscoito com suco – e ainda em pequena quantidade. A vereadora também cobrou melhorias na iluminação pública e denunciou a falta de medicamentos nas unidades de saúde do município.
Além das críticas ao prefeito, Nena também direcionou suas palavras à secretária e primeira-dama Izis Madruga, dizendo que “quem manda na prefeitura é ela”. A vereadora deixou claro que não é contra a mulher ocupar posições de liderança, mas mandou um recado direto:
“Não sou contra a mulher mandar, mas que mande com amor no coração.”
As declarações acaloradas da vereadora repercutiram entre os presentes e devem movimentar o cenário político.
Durante a sessão da Câmara Municipal de Cuitegi realizada na última quarta-feira (25), o vereador Willame Lima, líder da bancada de situação, fez um pronunciamento firme na tribuna. O parlamentar afirmou que não teme prefeito algum e garantiu que continuará exercendo seu papel com independência e compromisso com o povo cuitegiense.
“Fui eleito para defender meu povo, e não é nenhum prefeito que vai cortar a minha língua”, declarou Willame, em tom direto. O vereador ainda aproveitou para alfinetar colegas da Casa Legislativa, afirmando que alguns parlamentares que antes criticavam gestões anteriores agora se calaram, como se “tivessem cortado a língua”.
Willame deixou claro que sua postura será de lealdade ao povo, e não de subserviência ao poder executivo. “Comigo não tem conversa fiada. Estou aqui para fiscalizar, cobrar e trabalhar em favor de quem me colocou aqui: o povo”, completou.
A fala do vereador movimentou os bastidores políticos e gerou repercussão entre os presentes na sessão, reafirmando sua posição de liderança e independência dentro da base aliada ao governo municipal.
O ex-deputado federal, Pedro Cunha Lima (PSD), admitiu, nesta quinta-feira (26), durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, disputar uma vaga no Senado nas eleições do próximo ano, caso sua pré-candidatura ao governo do Estado não se concretize.
Pedro disse que o seu foco é a postulação ao executivo e lembrou já ter dado sua contribuição durante os oito anos de mandato como deputado federal.
“Estou focado no executivo, na missão que o executivo pode desempenhar, mas se surgir outro cenário e esse grupo da oposição entender que sou útil, por exemplo, como candidato a senador, não descarto totalmente”, disse.
Durante a entrevista, Pedro Cunha Lima também admitiu não disputar as eleições e lembrou não ter a necessidade de concorrer no pleito de todo jeito.
O senador Efraim Filho (União Brasil) confirmou nesta quarta-feira (25), durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM, que é oficialmente pré-candidato ao governo da Paraíba nas eleições de 2026. “Estou preparado e competitivo”, disse.
“Está na hora da Paraíba acabar com esse ciclo do PSB, oito anos de Ricardo com oito anos de João, já deu. Está na hora de experimentar novas ideias”, ressaltou.
Efraim disse que a pré-candidatura está alinhada com outras lideranças da oposição.
“Sou pré-candidato em sintonia com Pedro Cunha Lima, Romero Rodrigues e Bruno Cunha Lima”, destacou.
Ao lembrar do resultado das eleições de 2022, o parlamentar disse que já derrotou o grupo político na disputa ao senado e afirmou estar pronto para um novo embate em 2026.
“Já derrotamos o governo na campanha ao Senado, e agora vai chegar a hora de derrotá-lo em 2026?, completou.
Politicajp
A Câmara dos Deputados aprovou proposta que suspende os efeitos de três decretos editados pelo governo federal sobre o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Foram 383 votos para a derrubada do texto presidencial e outros 98 a favor da manutenção. O texto segue para o Senado. Da bancada paraibana, o único voto contra a suspensão do IOF foi de Luiz Couto, seguindo a orientação de seu partido, o PT.
Há expectativa de que o projeto seja votado também no Senado nesta quarta. No início da tarde, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se reuniu com Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, e avisou que pautaria o texto.
A ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, escreveu no X que não há base jurídica para o projeto que susta o decreto do IOF.
No plenário, o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), disse que a Constituição só autoriza o Legislativo a sustar a eficácia dos atos que extrapolam as prerrogativas do Executivo, o que não seria o caso do IOF. “Eu quero saber onde esse decreto do IOF exorbita”, questionou, no plenário.
A inclusão do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) na pauta desta quarta pegou o governo e mesmo aliados do presidente da Câmara, que anunciou a decisão pela votação em uma publicação do fim da noite de terça (24) na rede social X.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), tinha se reunido na terça com Motta e não foi comunicado dessa decisão. Nem mesmo a ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), responsável pela articulação política do governo com o Congresso, foi avisada.
Ministros do Palácio do Planalto e o próprio Lula atuaram nas últimas semanas para evitar a derrubada do decreto.
Porém, no último dia 16, já num recado ao governo federal, a Câmara aprovou o requerimento de urgência do PDL numa votação expressiva: foram 346 votos favoráveis e 97 contrários (eram necessários 257 dos 513 para aprovar a urgência)
A perspectiva do governo era a de conseguir construir um novo acordo nesta semana, quando as atividades do Congresso teriam ritmo reduzido, com parlamentares de estados do Nordeste em suas bases para o São João.
Antes da votação desta quarta, contudo, governistas já reconheciam que havia votos suficientes para a derrubada dos decretos.
A Folha apurou que ao menos três líderes pediram a Motta que ele convocasse uma reunião com as lideranças da Câmara nesta quarta antes da sessão do plenário para discutir o tema e teriam ouvido do presidente da Casa que isso não ocorreria.
A líderes aliados, Motta relatou o sentimento de que o governo quer desgastar o Congresso e a decisão de pautar a projeto foi motivada por esse mal-estar. Falas sobre o baixo nível de atividade das casas nesta semana pioraram os humores.
As críticas do governo aos vetos com impacto na conta de luz também fizeram piorar o clima. Integrantes da cúpula do Congresso se queixam do que enxergam ser ação do Executivo de jogar a culpa sobre a alta da luz para os parlamentares, se eximindo da responsabilidade.
Na sessão do Senado desta quarta, Alcolumbre disse “repudiar com veemência os ataques levianos e injustos que o Congresso” está sofrendo desde a sessão de vetos.
Em um longo discurso, o senador disse que há “demagogia e desinformação” em torno do tema e que o Congresso agiu com responsabilidade. O presidente também acusou a imprensa de divulgar números superestimados sobre o impacto econômico para a população.
“O Congresso Nacional agiu com responsabilidade, pensando no futuro energético do nosso país e, principalmente, no bolso do cidadão. Exijo que a verdade seja restabelecida e que os brasileiros não sejam mais submetidos a tamanha campanha de desinformação”, afirmou o senador.
De acordo com as contas feitas pelo governo, os vetos derrubados pelo Congresso já elevaram a conta de luz do brasileiro em R$ 35 bilhões por ano. Outros vetos foram adiados e, se todos eles caírem, a fatura total sobe para R$ 65 bilhões.
Um aliado de Motta diz ainda que a votação nesta quarta é um recado para o governo de que é preciso incluir o Congresso na tomada de decisões e discussões de propostas.
Uma das justificativas para pautar o PDL veio também do fato de que havia a necessidade de colocar em votação duas medidas provisórias de interesse do governo, uma do Fundo Social do Pré-Sal e outra do crédito consignado para trabalhadores formais.
Nesse contexto, era necessário fazer o mesmo pelo PDL da oposição, uma vez que todos os projetos eram lidos como urgentes.
O plenário do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira, 25, o projeto que susta os efeitos dos decretos editados pelo governo em maio e junho para aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A votação foi simbólica, em que não há registro individual de votos. O projeto de decreto legislativo (PDL) recebeu parecer favorável do relator, Izalci Lucas (PL-DF).
Como já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta, seguirá agora à promulgação.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que o PDL é “inconstitucional”. “Porque não há nenhuma exorbitação, e os PDLs são admitidos quando o Executivo exorbita da sua competência. Eu não consigo enxergar nenhuma exorbitância executada pelo Executivo. Então, de antemão quero dizer que o PDL não acha abrigo na Constituição brasileira”.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), apelou para que o último decreto que aumentou o IOF não fosse derrubado. “Vamos chegar em 2050, só com o que tem de dividendos de heranças e doações, com os herdeiros dos mais ricos recebendo pelo menos 9 trilhões de reais, enquanto existe uma tributação sobre aqueles que levam o país nas costas, sobre os trabalhadores, sobre os mais pobres. Esse decreto é para isso, é para buscar equilibrar essa desigualdade que tem em nosso país”, argumentou.
O líder da minoria no Senado, Ciro Nogueira (PP-PI), por sua vez, defendeu a derrubada. “Eu acho que essa votação de hoje não é contra o governo, é a favor da sociedade brasileira. Que vive hoje numa aflição de ter a cada 37 dias um aumento de impostos no nosso país. E temos uma carga tributária de um país de primeiro mundo com serviços de segundo, terceiro mundo“, declarou.
“Eu acho que esse é um recado não para esse governo, mas para qualquer governo que venhamos a eleger no próximo ano. A sociedade brasileira não aguenta mais pagar impostos. E eu espero que esse recado fique bem claro. Não é possível, líder Randolfe e líder Jaques Wagner, que, em um orçamento de mais de 1 trilhão de reais, não se possa fazer economia, não tenha nada para ser cortado. Então essa é a discussão que precisamos ter o país nos próximos dias”, pontuou também.
Tanto na Câmara como no Sendo, o PDL teve como relator um parlamentar da oposição. Na Câmara, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), que votou pela aprovação.
A pré-candidatura do prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos) a uma vaga ao Senado nas eleições de 2026 ganhou impulso, ontem, no meio político paraibano, em meio a eventos administrativos e festas juninas na Rainha das Espinharas. O governador João Azevêdo, que já foi lançado pelo PSB para a corrida senatorial, declarou apoio ao virtual colega de dobradinha e pai do deputado Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados. De acordo com o governador, Nabor tem tradição política, serviços prestados à região e à Paraíba e é nome qualificado para representar o Estado no Congresso Nacional. Por sua vez, desde cedo, falando a jornalistas, o prefeito admitiu que está preparado para qualquer desafio, deixando claro que não há imposição de seu nome e que a confirmação da candidatura está condicionada ao diálogo com outros partidos da base.
O lançamento do prefeito de Patos sinaliza que o Republicanos começou a avançar na sua própria estratégia para participar da chapa majoritária no pleito do ano vindouro em sintonia com o esquema liderado pelo governador João Azevêdo. Nas falas de ontem, o deputado Hugo Motta chegou a cogitar a hipótese do partido examinar lançamento de chapa própria à disputa, pelo poderio que alcançou nos últimos anos, tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara Federal e no controle de prefeituras municipais. Mas Hugo acabou se fixando na tese de que o Republicanos deverá, mesmo, reivindicar duas vagas na chapa ao esquema com quem estará coligado, sendo elas a de vice-governador e a de senador. No caso da vice, voltou a ser cogitado o nome do deputado estadual Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa, que insiste, de forma monotemática, em se dizer pré-candidato ao governo, recebendo afagos do próprio Hugo Motta pela sua importância no contexto político estadual.
Na campanha de 2022, o Republicanos atuou em duas frentes, apoiando a reeleição de João Azevêdo ao governo e, ao mesmo tempo, a eleição de Efraim Filho, do União Brasil, que é oposição, ao Senado – ambos vitoriosos. É um partido que, conforme já demonstrou, preza a condição autonomista, evitando vir a reboque de outras forças, embora não feche o diálogo com tais segmentos. Hugo Motta costuma dizer que a característica maior que diferencia o Republicanos é a de cumprir a palavra, ou seja, atender a compromissos firmados, o que lhe dá credibilidade na mesa de negociação, tanto com o agrupamento governista como com facções oposicionistas. Hugo dá o exemplo, como presidente da Câmara, comportando-se de forma independente, que foca mais na valorização do Poder Legislativo do que no interesse de agradar chefes políticos que exercem esferas maiores de poder e que tentam impor seus projetos a partidos e filiados com mandatos.
Abstraindo pretensões pessoais de filiados que estão no radar político, a estratégia do Republicanos parece ser a de apoiar a candidatura do vice-governador Lucas Ribeiro (Progressistas) ao Executivo e ampliar seus próprios espaços avançando para o Senado Federal e para a vice-governança, espécie de ante-sala do Poder. O deputado Hugo Motta já esteve em pauta para ser candidato ao governo, e é fora de dúvidas que concorreria com chances, como reconhecem expoentes da própria oposição. Mas o parlamentar tem outros planos, como o de continuar na Câmara, com a perspectiva de candidatar-se à reeleição à presidência daquela Casa.
Por isso é que põe em prática uma estratégia que valoriza os espaços do partido no âmbito local e, ao mesmo tempo, prioriza a ocupação de espaços no plano nacional, dentro de um projeto de poder do que ele já faz parte e que poderá – quem sabe? – vir a ser alternativa num cenário de polarização ideológica que já encheu o saco de grande parte do eleitorado brasileiro. Sobre Nabor: está pronto, preparado e querendo ser senador.