Segundo colocado na corrida pelo governo do Estado, o deputado federal Pedro Cunha Lima anunciou na semana passada a intenção de deixar a presidência do PSDB na Paraíba. Segundo o tucano, a decisão passaria pela defesa de alternância no comando da legenda no estado.
Para o posto, alguns nomes começaram a ser cotados. Ruy Carneiro, que prepara-se para voltar à sigla, e Camila Toscano. Independente do escolhido, o novo líder do partido no estado terá uma difícil missão: recuperar o protagonismo, uma tarefa semelhante ao momento que o PSDB nacional enfrenta.
Colecionado derrotas consecutivas em pleitos majoritários paraibanos, os tucanos passaram a ser coadjuvantes. A nível estadual, não ocupa o Palácio da Redenção há 13 anos, quando Cássio Cunha Lima deixou o governo após ser cassado.
Em João Pessoa, já são 18 anos longe do poder. Em Campina Grande, assistiu recentemente a principal liderança política na cidade, Romero Rodrigues, deixar o agrupamento partidário para se filar ao PSD. E viu também o mesmo Romero sair do PSD e se abrigar no PSC.
Na disputa estadual, a legenda que se fortaleceu com a chegada de Ronaldo Cunha Lima com o traumático rompimento no MDB enfrenta resultados negativos. Primeiro com Cássio em 2014, quando perdeu nas urnas para Ricardo Coutinho (PT).
Passados quatro anos, o ex-senador foi de favorito a quarto colocado na disputa pelo Senado. Esse ano, Pedro, herdeiro político de Ronaldo, repetiu o pai e também não conseguiu êxito nas urnas.
Com a iminente saída do parlamentar do comando estadual do PSDB, o partido precisará passar por uma discussão aprofundada para que a crise que assombra os tucanos a nível nacional não afete ainda mais a situação local.
Uma missão difícil, porém necessária para o próximo presidente. Caso contrário, o protagonismo será algo a ser assistido de longe. O papel de coadjuvante se transformará em simples figurante.
Por Wallison Bezerra
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bateu o martelo e definiu a equipe do conselho político da transição de governo. O grupo, de acordo com a CNN Brasil, terá integrantes dos partidos que declararam apoio a Lula na campanha eleitoral, incluindo o MDB e o PDT, que se integraram à campanha no segundo turno das eleições.
Ainda segundo a reportagem, “a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, estará à frente do time. O único nome ainda a ser definido é o do representante do MDB”.
A expectativa é que o nome do último integrante da equipe seja anunciado ainda nesta terça-feira (8), após a realização de uma reunião entre Gleisi e o presidente do partido, Baleia Rossi, em Brasília.
Veja os nomes dos membros da equipe de transição do novo governo Lula:
- José Luiz Penna, presidente do PV;
- Jefferson Coriteac, vice-presidente do Solidariedade;
- Daniel Tourinho, presidente do Agir;
- Wolney Queiroz, deputado federal do PDT;
- Felipe Espirito Santo, integrante da direção do Pros;
- Carlos Siqueira, presidente do PSB;
- Wesley Diógenes, porta-voz da Rede;
- Luciana Santos, presidente do PCdoB;
- Juliano Medeiros, presidente do PSOL;
- Guilherme Ítalo, da direção do Avante.
Lula e sua equipe de transição ainda não definiram os nomes que vão compor a área econômica. Segundo Andréia Sadi, do g1, alguns nomes já são dados como certos: André Lara Resende, Persio Arida, Guilherme Mello e Nelson Barbosa.
Há uma ala do PT que defende convidar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, “para ajudar na burocracia da transição pelo conhecimento da máquina pública”. Ele, no entanto, ainda não foi convidado.
“Os nomes que estão confirmados, e devem compor a transição se nada mudar, poderão chamar outros especialistas para ajudar no processo”, diz Sadi.
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da transição, deve começar a anunciar os nomes que integrarão a equipe ainda nesta terça-feira (8). O conselho político já está desenhado.
Cidades
A área de Cidades deve contar com a ex-ministra Inês Magalhães, além do deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol-SP).
Agricultura
Carlos Favaro, Neri Geller e Katia Abreu estão entre os cotados.
Minas e Energia
Entre os nomes citados estão o senador Jean Paul Prates (PT-RN) e Nelson Hubner. Prates é cotado, inclusive, para assumir a presidência da Petrobrás a partir da posse do novo governo.
De acordo com Galdino, Hugo Motta pode ser uma indicação da direção nacional do Republicanos para compor a equipe de ministros do novo governo. Ele afirmou que a informação foi confirmada a ele pelo próprio presidente nacional da legenda, Marcos Pereira, em reunião realizada no seu apartamento em Ponta de Campina, Cabedelo, antes dele se filiar ao partido.
O Republicanos é a legenda de nomes ligados ao presidente Jair Bolsonaro como o vice-presidente Hamilton Mourão, que foi eleito senador pelo Rio Grande do Sul; e os ex-ministros Tarcísio Freitas, eleito governador de São Paulo e Damares Alves, eleita senadora pelo Distrito Federal.
Do PB Agora
O deputado federal Julian Lemos (União Brasil) fez uma denúncia grave durante uma entrevista a um programa com transmissão pela internet. Ele acusou o presidente Jair Bolsonaro, seu ex-aliado, de bater na esposa, Michelle.
Julian disse ainda que o casamento que eles mantêm é “de fachada”.
“Nas primeiras férias dele que ele foi pra uma ilha, ela foi colocar um silicone e ele deu uns tapas nela dentro de casa”, declarou.
“Ela não aguenta nem ver ele”, continuou, dizendo que agora ele deu uns “empurrões nela de novo”.
Ele disse ainda que Michelle não esteva presente no discurso de Bolsonaro após a derrota para Lula (PT) porque estava toda “marcada”: “Manda ela aparecer”.
Mesmo estando no União Brasil, partido que concentra parlamentares contrários ao PT, o deputado federal reeleito Damião Feliciano, assim como o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar (PE), antecipou total apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta segunda-feira (7), o parlamentar reforçou que fará parte do time que quer ver o Brasil crescendo, independente de corrente política. “Temos que torcer para dar certo. É preciso que se contribua com o país e as forças devem ser usadas para fortalecer o Brasil. Queremos ver nosso país grande, crescendo, como deve ser”, disse Damião.
Seu conterrâneo, o senador eleito da Paraíba, Efraim Filho (União), presidente estadual da legenda, sinalizou que vai se posicionar contra a ideia de integrar a base do governo Lula em reunião do partido. Por outro lado, o deputado federal reeleito Damião Feliciano (União) já antecipou o desejo de compor a base aliada petista.
Ao programa Frente a Frente, da TV Arapuan, na semana passada, Efraim Filho defende que haja uma oposição “responsável” ao novo governo.
Já o presidente do União Brasil, Luciano Bivar (PE), que controla uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados, com 59 parlamentares em 2023, diz que está disposto a conversar com o PT para integrar a base aliada do governo Lula, e garante que não estará na oposição. A declaração do líder partidário ocorreu em entrevista ao jornal O Globo.
Apenas um candidato à Presidência da República foi votado em 147 seções eleitorais do país no segundo turno das eleições 2022. Nessas urnas, foram depositados 16.579 votos válidos – o equivalente a 0,01% do total do Brasil.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o único candidato votado em 143 seções. Nessas urnas, ele recebeu 16.455 votos, o equivalente a 0,03% dos 60,3 milhões que garantiram sua vitória.
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) foi unanimidade em quatro seções, que renderam 124 votos dos 58,2 milhões que recebeu.
Na cidade de Charrua (RS), o fenômeno ocorreu para os dois lados. Lula ganhou sozinho na seção 126, com 302 votos. Já na seção 15, Bolsonaro levou todos os 79 votos válidos.
O atual presidente também foi o único votado em uma seção de Ilha Viçosa, no município de Chaves (PA) e nas duas urnas de Caracas, Venezuela, que foram deslocadas para Bogotá, na Colômbia, pois o Brasil não tem representação no país.
Fake news
As seções com votos em apenas em Lula têm sido alvo de fake news desde que o resultado das eleições foi anunciado.
Uma das mensagens falsas que mais circula afirma que o fato de Lula ter recebido 100% dos votos em uma seção de Confresa (MT) comprova uma fraude eleitoral, já que a cidade e o estado deram ampla vitória a Jair Bolsonaro.
A seção citada nas mensagens, no entanto, fica na Escola Estadual Tapi’itawa, dentro da aldeia indígena Urubu Branco, que declarou apoio a Lula. O presidente eleito recebeu 383 dos 384 votos registrados na seção – um eleitor votou nulo.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) afirmou que todos os eleitores da seção são indígenas e que “é comum neste tipo de localidade, bem como em áreas quilombolas, que haja convergência nos votos”.
A maioria das seções com voto unânime em Lula fica em aldeias indígenas, comunidades ou povoados. Em 22 delas, o local de votação tem “aldeia” no nome. Em 27, tem “comunidade” e em 51 tem “povoado”.
Além dos casos em que realmente só houve votos para um candidato, outras mensagens falsas apenas mentem que Jair Bolsonaro não foi votado em um município que recebeu votos.
É o caso de um vídeo em que uma mulher com vestimentas indígenas afirma que Jair Bolsonaro não teve nenhum voto em Manicoré (AM) e diz que isso é prova de fraude. O atual presidente, no entanto, recebeu 8.056 votos na cidade.
O g1 publicou matérias com o resultado da votação em todos os 5.568 municípios no segundo turno das eleições 2022.
É possível conferir também como foi a apuração em cada uma das cidades em um mapa interativo.
Esta semana, o deputado João Gonçalves disse que assumiu com Adriano o compromisso de lhe dar seu voto. Já neste sábado, foi a vez do parlamentar eleito Chico Mendes. Em entrevista concedida ao Padre Albeni, Mendes argumentou que a candidatura de Adriano representa toda a base da gestão de João Azevêdo na ALPB.
– O bloco é uma aliança de governo. Os partidos aliados são vários e os maiores são o Republicanos, o PSB e o PP. Eu entendo que devemos prestigiar essa tão importante aliança que fizemos com o Republicanos e eu particularmente voto nas candidaturas do Republicanos – afirmou Chico Mendes.
Para o deputado eleito, a gestão de Adriano Galdino à frente do Poder Legislativo paraibano garante, além da governabilidade a João Azevêdo, a harmonia entre os Poderes.
A previsão do TSE é que os políticos eleitos sejam diplomados no dia 19 de dezembro. A posse como deputado e a eleição da Mesa Diretora para a próxima legislatura na ALPB acontecerá na primeira sessão ordinária do mês de fevereiro.
PB Agora
Veneziano tirou o ano de 2022 para errar. Botou na cabeça que uma aliança com o ex-presidiário Ricardo Coutinho iria torná-lo governador.
No universo paralelo de Veneziano, uma aliança com o Sérgio Cabral da Paraíba era um xeque-mate na eleição.
Foi associado à Calvário, correu uma maratona com uma mochila de 20kg nas costas e amargou o 4° lugar na eleição; ficando em 3° em Campina Grande.
Só não foi pior porque se agarrou em Lula, senão teria acabado a eleição com 5%.
No 2° turno, apelou para uma aliança inusitada que até hoje seus seguidores criticam nas redes sociais. Com num passe de mágica, o senador implodiu seu grupo político e perdeu o discurso em Campina.
Veneziano agora é refém dos Cunha Lima e terá que implorar a vaga de vice na chapa de Bruno para a esposa. A mesma vaga que ele achava que tinha direito com João Azevedo antes do rompimento.
Com um mandato sofrido, Veneziano caiu para a sério C da política paraibana – em 2026 estará brigando por uma vaga na Câmara Federal.
Polítika