Mais um jovem do time de futebol infantil que estava preso na caverna de Tham Luang, na Tailândia, foi resgatado nesta segunda-feira, segundo a rede americana CNN. Esta é a quinta pessoa a ser retirada da caverna – quatro garotos foram resgatados no domingo. Sete pessoas continuam presas no local. Os meninos, de idades entre 11 e 16 anos, estão na caverna junto com seu técnico, de 25 anos, há dezesseis dias.
Segundo a agência Reuters, a quinta pessoa resgatada foi levada em uma maca até um helicóptero. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde.
A operação de resgate foi retomada às 11 horas (horário local, 1 hora em Brasília) desta segunda-feira. No domingo, o trabalho foi interrompido para que a equipe de mergulhadores descansasse e para que os equipamentos fossem preparados, incluindo a reposição dos tanques de oxigênio.
Os quatro jovens resgatados no domingo foram levados para um hospital na cidade de Chiang Rai. O ministro do Interior da Tailândia, Anupong Paochinda, afirmou que eles estão bem, mas não deu detalhes sobre seu estado de saúde.
Ainda não foram divulgadas as identidades dos garotos resgatados. À agência Reuters, Somboon Sompiangjai, pai de um dos meninos, disse que a equipe de resgate havia afirmado às famílias que as crianças “mais fortes” seriam retiradas primeiro. “Não nos disseram quem foi resgatado… Não podemos visitar os garotos no hospital porque eles precisam ser monitorados por 48 horas”, disse.
Na semana passada, antes da operação, o secretário de saúde da Tailândia, Jessada Chokedamrongsook, afirmou à imprensa que os jovens que fossem retirados da caverna precisariam ser mantidos em quarentena por alguns dias, até que os médicos pudessem garantir que eles não tinham sido infectados por alguma doença.
A decisão sobre o início ideal da operação neste domingo se deu pelo fato de os níveis de água terem atingido as partes mais baixas na câmara número 3, a principal base para mergulhadores dentro do local, localizada a 1.700 metros da ilhota onde as crianças aguardam auxílio. Entre domingo e segunda-feira, a chuva voltou a castigar a região, mas deu uma trégua durante a manhã.
Resgate difícil
A operação foi considerada um dos resgates mais complicados que os melhores mergulhadores de cavernas do mundo já viram. A temporada de monções no sul da Ásia, que provoca chuvas extremamente fortes e persistentes, e o fato de que o percurso deveria ser feito completamente no escuro com crianças inexperientes são fatores que dificultam ainda mais o trajeto, que já é perigoso até para profissionais. Na sexta-feira (6), um ex-mergulhador da Marinha tailandesa morreu enquanto espalhava tanques de oxigênio por uma possível rota de escape.
Ao todo, 90 mergulhadores foram mobilizados para realizar o resgate, 40 deles tailandeses e os outros 50 de outros países, como Austrália, Reino Unido e China. Outros 36 militares americanos do Comando do Pacífico foram acionados para ajudar na operação.
Os socorristas estão em uma corrida contra o tempo para resgatar as crianças, todas entre 11 e 17 anos, e seu técnico, de 25 anos. Há previsão de retorno das fortes chuvas de monções nos próximos dias. Quando isso acontecer, a caverna será efetivamente fechada até outubro.
Entenda o caso
Após uma forte tempestade, garotos e treinador membros de um time de futebol tailandês ficaram bloqueados na caverna no dia 23 de junho. No dia 2, nove dias depois do desaparecimento dos jovens, mergulhadores britânicos os localizaram e, desde então, trabalham em forte operação de resgate.
De acordo com autoridades locais, foram cogitadas três opções de salvamento: mergulhar, tentar o resgate através de túnel perfurado na rocha — mais de 100 locais foram perfurados sem sucesso — ou esperar a água baixar o suficiente para que a travessia fosse realizada andando. A primeira opção foi considerada a mais segura, avaliando as condições de saúde, os recursos disponíveis e o tempo necessário para realizar a operação.
Fonte: Veja.com
Um mergulhador da Marinha tailandesa que participava dos esforços de resgate dos 12 meninos presos numacaverna inundada morreu ao tentar levar suprimentos ao grupo. A morte de um militar experiente evidencia os riscos do resgate dos adolescentes – alguns não sabem nadar e todos terão que aprender noções básicas de mergulho.
Saman Gunan perdeu a consciência quando estava retornando da caverna de Tham Luang, após entregar tanques de oxigênio. “A missão dele era entregar o oxigênio, e ele ficou sem o suficiente no caminho de volta”, disse o governador em exercício de Chiang Rai.
Saman foi retirado da caverna por seu companheiro de mergulho, mas não conseguiram reanimá-lo. O nível de oxigênio na câmara de ar onde os meninos estão, na caverna, caiu para 15%. O nível normal é de 21%. Por isso, as equipes decidiram levar oxigênio ao local.
Os meninos, que tem entre 11 e 16 anos, e o treinador de futebol deles entraram na rede de cavernas há 12 dias. Eles acabaram ficando presos quando uma tempestade inundou grande parte do local e bloqueou a saída principal.
Nove dias depois, mergulhadores britânicos que foram à Tailândia ajudar no resgate encontraram os jovens aglomerados numa rocha a 4 km da entrada da caverna.
Saman, que tinha 38 anos, que era suboficial reformado, mas retornou à Marinha especificamente para ajudar na operação de salvamento. Oficiais disseram que o funeral dele será patrocinado pelo rei da Tailândia.
O mergulhador que morreu era, segundo amigos, um empenhado corredor e ciclista.
“Dentro da caverna, (as condições) são difíceis”, disse o comandante Arpakon Yookonghaew.
“No caminho de volta, depois de deixar os cilindros de oxigênio, Saman Gunan desmaiou. O colega tentou prestar os primeiros socorros, mas ele não respondeu”, contou Yookonhaew,
“Nós o levamos para a câmara três e tentamos a reanimação novamente, mas ele continuou inconsciente.” Apesar da tragédia, o comandante destacou que a operação de resgate vai continuar. “Eu posso garantir que nós não vamos entrar em pânico e não vamos interromper a nossa missão. Não vamos deixar que o sacrifício do nosso amigo seja em vão.”
Cerca de mil pessoas estão envolvidas na operação de resgate, entre mergulhadores da marinha, militares de outras forças e voluntários civis.
Alerta para os riscos
Mas a morte de Gunan evidencia o perigo dos esforços de resgate. Quando perguntado como que os meninos sairiam da caverna com segurança, se um mergulhador experiente não conseguiu isso, Yookonhaew disse que adotará medidas adicionais de precaução com as crianças.
Autoridades dizem que há preocupação com a progressiva queda dos níveis de oxigênio na câmara onde os meninos estão presos com o treinador.
Essa diminuição se deve ao grande número de pessoas trabalhando dentro da caverna para viabilizar o resgate, explicou Narongsak Osotthanakorn, governador da província de Chiang Rai. Autoridades agora trabalham para instalar um cabo de 5 km na caverna para suprir o grupo com oxigênio.
A repórter da BBC News Sophie Long, que está em Chiang Rai, destaca que os líderes da operação de resgate têm treinamento para trabalhar em ambientes de alto risco e para lidar com fatalidades como a morte de Gunan.
Mas ela conta que a atmosfera mudou desde que o episódio porque os riscos ficaram ainda mais evidentes. Possivelmente os meninos não serão informados da morte do mergulhador, já que uma das principais preocupações é proteger não apenas a saúde física deles, mas também a mental.
Nesta sexta, a prioridade será conectar um cabo de fibra ótica que permitirá o contato entre os jovens e as famílias.
Quais são as opões de resgate agora?
Os meninos estão recebendo suprimentos de comida e cuidados médicos, mas há apreensão com a previsão de chuvas fortes no domingo.
Autoridades estão trabalhando para encontrar uma forma de garantir a segurança do grupo.
Os militares têm escoado água para fora da caverna, mas, se não conseguirem baixar o nível da água o suficiente para que seja possível transitar a pé ou nadando, só restarão duas opções de resgate: ensinar os meninos a mergulhar com cilindro de oxigênio ou esperar meses até que a temporada de chuvas acabe.
O risco de esperar é que a água das chuvas, passando por buracos na caverna e correntes de água que passam pela montanha, acabe por inundar por completo a câmara de ar onde os meninos encontraram refúgio.
“A princípio, pensamos que as crianças poderiam ficar por um bom tempo (na caverna). Mas agora as coisas mudaram e temos um tempo limitado”, disse Arpakorn Yookonhaew.
Fonte: BBC NEWS
Decreto visa reverter tendência de diminuição e envelhecimento da população e regularizar situação de muitos que já trabalham no país sem visto. Grande número de brasileiros deve ser beneficiado.
O governo de Portugal anunciou nesta terça-feira (03/07) que pretende regularizar a situação de cerca de 30 mil imigrantes ilegais, com o objetivo de conceder residência para os que entraram sem visto no país e não conseguem cumprir os pré-requisitos para a legalização.
A decisão aprovada em decreto será válida para os que já trabalham no país há ao menos um ano. Há milhares de imigrantes ilegais entraram em solo português sem os vistos necessários e que, apesar de trabalharem, estarem integrados e até pagarem impostos, não conseguem legalizar sua situação. Entre estes, há um grande número de brasileiros, chineses, nepaleses e indonésios.
Pelas leis atuais, os imigrantes devem apresentar às autoridades, além de um contrato de trabalho e contribuições para a Segurança Social, provas de que entraram no país com os vistos apropriados.
Com apenas 10,3 milhões de habitantes e uma população que diminui a cada ano, Portugal pode ter nos imigrantes a solução para a questão demográfica. A necessidade de combate a esse problema é consenso entre os políticos portugueses, mas há divergências quanto à forma como isso deve ocorrer.
Os membros do Partido Socialista (PS), entre estes o primeiro-ministro Antônio Costa, defendem que o país deve atrair imigrantes qualificados e em idade economicamente ativa, facilitando a concessão de vistos. Juntamente com partidos como o Bloco de Esquerda (BE), o PS afirma que o país necessita de 75 mil imigrantes para enfrentar o dilema demográfico.
Já o Partido Social-Democrata (PSD) acredita que a solução seria criar políticas de estímulo à natalidade entre os próprios portugueses, como incentivos de 10 mil euros por filho, pagos em parcelas até os 18 anos de idade, além de creches gratuitas a partis dos seis meses.
Uma previsão do Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE) aponta que entre 2015 e 2080, a população do país diminuirá dos atuais 10,3 milhões para 7,5 milhões.
O número de jovens deverá cair de 1,5 milhão para 0,9 milhão. Mesmo se houver um aumento na taxa de natalidade, o número de nascimentos deverá diminuir em razão da redução de mulheres em idade fértil, considerando o nível baixo de fecundidade registrado nos anos anteriores.
Em contrapartida, a população de idosos deve aumentar de 2,1 milhões para 2,8 milhões, e o índice de envelhecimento deverá crescer de 147 para 317 idosos para cada 100 jovens em 2080.
A população em idade ativa diminuirá de 6,7 milhões para 3,8 milhões de pessoas. Entre 2015 e 2080, esse índice deverá cair de 315 para 137 pessoas em idade ativa para cada 100 idosos.
Dados recentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal revelam que os brasileiros formam a maior comunidade estrangeira em solo português, com mais de 85 mil pessoas, o que equivale a 20,3% do total dos imigrantes no país ibérico.
Além do Brasil, os países com maior número de imigrantes são Cabo Verde (34.986), Ucrânia (32.453), Romênia (30.750), China (23.197), Reino Unido (22.431), Angola (16.854), França (15.319), Guiné-Bissau (15.198) e Itália (12.925).
Fonte: DW
O caso aconteceu em East Hanover (Pensilvânia, EUA). Um professor do ensino fundamental foi preso na última quinta-feira (28/6) sob acusação de usar hipnose para tentar molestar alunas.
Segundo a investigação, que durou quatro meses, James Mentzer, de 39 anos, utilizou um cordão dourado para hipnotizar as meninas, alcançar obediência e ser chamado de “mestre”.
O professor foi indiciado por agressão sexual e corrupção de menores, segundo o a coluna Page Not Found, citando reportagem do “NY Post”.
De acordo com a polícia, o professor chamava individualmente as alunas, com iadades entre 8 e 11 anos, à sua sala alegando que elas gravariam um vídeo para um projeto educacional.
Uma das vítimas disse a agentes que Mentzer a fazia repetir “Eu vou obedecê-lo, mestre” enquanto fazia movimentos pendulares com o cordão diante dos seus olhos.
O caso ainda está sob investigação.
Fonte: PN
Os 12 meninos de um time de futebol e seu treinador que estavam presos em uma gruta na Tailândia desde 23 de junho foram encontrados com vida nesta segunda-feira (2).
O anúncio foi feito pelo governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osatanakorn, responsável pelas equipes de resgate.
Nesta segunda, os socorristas anunciaram que estavam a cerca de 400 metros do ponto em que se acreditava que os jovens, com idades entre 13 e 16 anos, e seu treinador de 25 buscaram refúgio, uma cavidade conhecida como “Pattaya Beach”.
Para auxiliar na procura, os mergulhadores dispunham de 600 cilindros de oxigênio. Mas o procedimento foi lento porque, em alguns locais da caverna, as bombas de ar não passavam, e era necessário abrir caminho.
Uma equipe de cerca de mil pessoas participou das buscas, e havia ainda o auxílio de especialistas de outros países, como Estados Unidos, Japão, Reino Unido, China e Austrália.
O desaparecimento dos jogadores ocorreu em 23 de junho. Ao lado de seu técnico, o time realizava uma excursão ao complexo de cavernas de Tham Luang, que tem 10 km de extensão. Acreditava-se que eles haviam procurado refúgio na caverna após uma tempestade, mas as fortes chuvas alagaram e bloquearam a entrada do local.
Ainda assim, as equipes de emergência não perderam as esperanças, pois já haviam encontrado bicicletas, mochilas e chuteiras na entrada da gruta. (ANSA)
Um novo naufrágio de uma embarcação com deslocados externos na costa da Líbia deixou pelo menos 114 pessoas desaparecidas nesta segunda-feira (2), segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
O barco levava 130 pessoas, das quais 16 foram resgatadas. “Mais um dia triste no mar: hoje, 276 refugiados e migrantes desembarcaram em Trípoli, incluindo 16 sobreviventes de um barco carregando 130 pessoas, das quais 114 estão desaparecidas”, diz uma mensagem postada no Twitter pelo escritório do Acnur na Líbia.
Um representante da entidade, contatado pela ANSA, confirmou que se trata de um novo naufrágio. No último domingo (1º), outro acidente no Mediterrâneo já havia deixado 63 desaparecidos.
“Sabemos que a embarcação havia zarpado de Garabuli dois dias atrás e que afundou”, disse a fonte sobre o naufrágio desta segunda.
Na semana passada, outro desastre, também na costa da Líbia, deixara mais de 100 mortos, incluindo três bebês. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), ao menos 1.068 pessoas já morreram ou desapareceram tentando cruzar o Mediterrâneo Central em 2018.
O número, apesar de alto, representa uma queda de 51% em relação ao mesmo período do ano passado. De lá para cá, a região passou a ser monitorada pela Guarda Costeira da Líbia, equipada e treinada pela Itália. Com isso, as pessoas resgatadas no Mediterrâneo são levadas de volta para o país africano, onde há inúmeras denúncias de violações dos direitos humanos.
Nesta segunda-feira, a porta-voz da Comissão Europeia para Migração, Natasha Bertaud, negou categoricamente qualquer hipótese de que pessoas socorridas por navios europeus sejam devolvidas à Líbia.
“Nunca haverá navios europeus devolvendo migrantes à Líbia. Isso vai contra nossos valores, o direito internacional e o europeu.
Estamos bem cientes da situação desumana de muitos migrantes na Líbia”, declarou. Com informações da ANSA.
Milhares de norte-americanos e imigrantes pretendem sair às ruas neste sábado (30), em várias cidades dos Estados Unidos, para protestar contra a política de Donald Trump de “tolerância zero” que separou mais de 2 mil crianças de seus familiares na fronteira. Em Nova York, deve acontecer uma das maiores manifestações, mas, ao todo, há cerca de 700 marchas programadas para hoje pelo território americano, com o slogan “as famílias devem continuar unidas”.
Entre 5 de maio e 9 de junho, ao menos 2,3 mil crianças foram separadas de seus pais, imigrantes ilegais detidos quando tentavam cruzar a fronteira dos EUA. Os menores de idade foram colocados em abrigos, com gaiolas de ferro e sem atendimento especializado. O governo Trump alegou que a medida de “tolerância zero” serve para desencorajar imigrantes de tentarem entrar nos EUA de maneira ilegal com seus filhos e para reduzir o número de “coiotes” que se aproveitam de crianças para imigrar.
Porém, a política de Trump foi duramente criticada dentro dos EUA e fora, levando o republicando a assinar uma ordem que impede novas separações. Ele prometeu manter as famílias unidas, nos mesmos centros de detenção. Mas, até agora, as milhares de crianças ainda aguardam em abrigos. Os protestos de hoje querem pressionar Trump a resolver a situação e colocar as crianças perto dos pais. Os manifestantes lançaram também uma campanha nas redes socais com a hashtag #familiesbelongtogether.(ANSA)