As famílias devem retomar a comunicação dentro do lar, recolhendo o celular durante as refeições, disse neste domingo (29), no Vaticano, o Papa Francisco. Ele fez o pedido durante a última oração do Angelus de 2019.
O pontífice convocou os fiéis a melhorar a comunicação dentro de casa. Ele sugeriu que a família moderna siga o exemplo dos personagens bíblicos Jesus, Maria e José, que se ajudavam mutuamente.
“Você, em tua família, sabe se comunicar, ou é como aqueles jovens na mesa, cada um com o telefone celular, [que] estão [trocando mensagens] em chats? Naquela mesa parece um silêncio, como se estivessem na missa, mas não se comunicam. Devemos retomar a comunicação em família: os pais, os pais com os filhos, com os avós, mas comunicar-se, com os irmãos, entre eles. Essa é uma tarefa a ser feita hoje, precisamente no dia da Sagrada Família”, conclamou.
No primeiro domingo após o Natal, a Igreja Católica celebra a festa da Sagrada Família. Ao discursar na sacada da Basílica de São Pedro, o papa pediu que os cristãos sigam o modelo da família de Jesus.
“Que a Sagrada Família possa ser modelo para nossas famílias, para que pais e filhos se apoiem mutuamente na adesão ao Evangelho, fundamento da santidade da família”, acrescentou.
Em 2017, o papa havia criticado o uso de celulares durante a missa. Na ocasião, ele disse sentir-se triste quando fiéis e até bispos levantam o aparelho para fotografarem durante as celebrações religiosas
Pelo menos 61 pessoas morreram e outras 51 ficaram feridas depois que um carro-bomba explodiu, na manhã deste sábado (28), na Somália. A explosão foi em um posto alfandegário, na fronteira da capital Mogadíscio com a cidade de Afgoye.
De acordo com fontes médicas ouvidas pelas agências internacionais, o número de mortos pode subir. As vítimas foram encaminhadas ao hospital Medina, na capital somali.
“Outros pacientes, familiares e até médicos, enfermeiros e funcionários do hospital foram acionados para doar sangue com urgência para ajudar as vítimas. A situação é ruim”, disse o médico Yahye Ismai.
Entre os mortos estaria uma equipe de engenheiros turcos, que no momento da explosão realizava obras na estrada que liga Mogadíscio a Afgoye, e vários estudantes universitários que estavam dentro de um micro-ônibus que cruzava a fronteira. Testemunhas disseram que um carro pertencente aos engenheiros foi destruído instantaneamente na explosão.
A Turquia é um dos principais doadores da Somália desde a fome em 2011 e, juntamente com o governo do Qatar, está financiando uma série de projetos de infraestrutura e levando médicos ao país.
O ataque ocorreu às 8h (2h no horário de Brasília), quando um suposto homem-bomba explodiu seu veículo perto do posto de controle da fronteira, que também é um ponto de coleta de impostos para o governo, segundo Ali Abdi Ali Hoshow, funcionário do Ministério de Relações Exteriores.
O tufão Phanfone, que atingiu o centro das Filipinas, deixou ao menos 16 mortos e 12 desaparecidos, informaram autoridades da agência de desastre nesta quinta-feira (26). A forte tempestade atingiu a região durante o Natal, no final da terça-feira (24).
Segundo a Reuters, o tufão atingiu ventos de até 120 km / h e rajadas de 150 km / h, fortes chuvas e inundações. Mais de 58.000 pessoas foram retiradas de suas casas antes da tempestade. Vários imóveis foram danificados. Mais de 15.000 pessoas ficaram presas nos portos quando as balsas foram suspensas. Dezenas de vôos foram cancelados.
As mortes ocorreram nas províncias centrais de Capiz, Iloilo e Leyte. Um garoto de 13 anos morreu após ser eletrocutado, um homem foi morto atingido por um galho de árvore e outro morto em um acidente de carro, informou a agência de desastres.
O tufão deixou as Filipinas na quarta-feira à noite e estava no mar da China Meridional, movendo-se para o oeste. Uma média de 20 tufões atinge as Filipinas a cada ano, com tempestades se tornando mais violentas nos últimos anos
O Senado da Argentina aprovou neste sábado (21) a lei de emergência econômica, na primeira vitória legislativa do presidente peronista de centro-esquerda Alberto Fernández.
A maioria peronista venceu com o apoio de aliados e aprovou a lei na madrugada deste sábado por 41 votos a favor do texto, 23 contrários e uma abstenção, após um debate de 12 horas no Senado.
Esta é a primeira vitória legislativa de Fernández, que assumiu a presidência em 10 de dezembro, depois de derrotar o liberal Mauricio Macri no primeiro turno da eleição.
A lei, prioridade do governo Fernández, estabelece aumentos de impostos para setores das classes alta e média, concede incentivos fiscais à produção e benefícios de impostos para as classes mais desfavorecidas, entre outros pontos.
O governo pretende frear a queda da economia, que enfrenta uma recessão, com:
- 3,1% de baixa do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019;
- inflação de 55% em ritmo anual;
- 40% da população na pobreza.
O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados na quinta-feira (19) por 134 votos a favor e 110 contrários, após a eliminação de um artigo polêmico que concedia amplas faculdades ao Poder Executivo para modificar a estrutura do Estado.
O governo de Fernández deve enfrentar uma negociação da dívida que se aproxima de 90% do PIB, depois que o país perdeu o financiamento dos mercados em 2018.
A nova lei estabelece um imposto de 30% sobre as operações de compra de moeda estrangeira e de aquisição de bens e serviços em divisas, em dinheiro ou por cartão de crédito, enquanto mantém o teto de compra de 200 dólares por pessoa ao mês.
Também busca urgentemente financiamento para subsidiar um plano de combate à fome com cartões de alimentação gratuitos para mais de dois milhões de pessoas, em um país com 44 milhões de habitantes e com os piores indicadores econômicos e sociais desde a crise de 2001.
Procuradores da Bolívia emitiram nesta quarta-feira (18) um mandado de prisão contra o ex-presidente Evo Morales por suposta sedição e terrorismo relacionados a acusações do governo interino de que o ex-presidente estaria causando distúrbios desde que renunciou ao cargo.
Luis Fernando Guarachi, chefe da Divisão de Corrupção Pública da polícia boliviana, confirmou a jornalistas em La Paz que o mandado foi emitido.
O ministro do Interior boliviano, Arturo Murillo, divulgou uma foto pelo Twitter do que parecia ser o mandado de prisão e acrescentou: “FYI Señor (Morales).”
Sr. @evoespueblo para su conocimiento
Murillo é membro do governo interino da presidente Jeanine Añez, ex-senadora da oposição a Morales. Ela assumiu a Presidência em novembro, após Morales renunciar sob pressão de forças de segurança e manifestantes contrários a seu governo, em meio a relatos de irregularidades na eleição presidencial de 20 de outubro.
Segundo a agência France Presse, Morales disse que a ordem de prisão “não o assusta” e que a decisão foi “injusta e inconstitucional”.
Argentina
Evo Morales está atualmente na Argentina com status de refugiado. Em novembro, Morales foi para o México após deixar a presidência, sob pressão das Forças Armadas bolivianas e em meio a uma onda de protestos por sua questionada reeleição em primeiro turno.
No dia 6 de dezembro, ele viajou para Cuba para uma consulta médica, de acordo com Gabriela Montaño, ex-ministra da Saúde da Bolívia, e de lá viajou para a Argentina.
O jornal “El País” afirmou, segundo fontes, que o objetivo de Evo é ficar mais perto da Bolívia e ter contato direto com os dirigentes do seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS). Os seus dois filhos também deixaram a Bolívia e foram para a Argentina ainda em novembro.
As consultas parlamentares para tentar formar um novo governo libanês foram suspensas nesta segunda-feira (16). Esta é a segunda vez que as negociações fracassam em uma semana, em um contexto de tensões e distúrbios crescentes que deixaram diversos feridos neste domingo (15).
Em uma mensagem publicada nesta segunda-feira no Twitter, o presidente libanês, Michel Aoun, disse que “respondeu ao desejo do primeiro-ministro Hariri de adiar as consultas parlamentares até quinta-feira, 19 de dezembro”. As consultas, garantidas pela Constituição, começaram em 9 de dezembro — várias semanas depois do previsto. O atraso alimentou o movimento de contestação nas ruas.
Uma das razões para o novo adiamento seria a falta de unanimidade entre os principais blocos políticos sobre a eventual designação de Hariri. Em entrevista à RFI, Ziad Majed, professor associado da Universidade Americana de Paris e coordenador do programa “Middle East Pluralities”, disse que há uma relação entre o adiamento e as violências que tomaram conta do Líbano neste final de semana.
Segundo ele, uma das dificuldades de Hariri é que ele “é boicotado por uma parte de seu antigos aliados, que não querem fazer parte do seu governo, seja por oportunismo ou pela vontade de se mostrarem abertos à demanda da contestação.”
Ainda de acordo com Majed, “Hariri tem um problema de legitimidade, e por isso tenta ampliar a base do governo para ter mais apoio de certas comunidades, como é o caso da cristã”. De acordo com o especialista, “há a pressão da rua, a pressão econômica, e uma dificuldade da classe política de se renovar. Mas são sempre os mesmos que querem reformar o governo e as instituições”, declara.
Isso significa que Saad Hariri tem chances de continuar no poder, pelo fato de ser muçulmano sunita, como prevê a constituição libanesa, que também determina que o chefe do parlamento deva ser xiita, e o presidente, cristão maronita — uma maneira de garantir o pluralismo religioso.
“Hariri se considera o muçulmano sunita mais representativo, e também acredita que a ajuda internacional é ligada a seu nome e nomeação”, diz o professor.
Uma cena inusitada tomou conta da praia Drake’s Beach na quarta-feira 11, na Califórnia. Uma tempestade, que ocorreu no dia 6 de dezembro, fez com que milhares de peixes-pênis mortos tomassem a areia da praia.
A espécie é um tipo de “verme do mar”, e o nome vem da aparência com o órgão reprodutor masculino.

Com cerca de 25 cm, eles vivem em tocas cavadas no formato de “U”, em solos lamacentos e arenosos do fundo do mar.
E podem ser arrastados quando ocorrem fortes tempestades. Em ocasiões assim, suas chances de sobrevivências caem, e se tornam presas fáceis para gaivotas, tubarões, ou mesmo seres humanos que se alimentam das criaturas.
Incidentes parecidos já foram registrados por ambientalistas na internet. A teoria é que o acidente por estar relacionado a tempestades marítimas que chegam mais próximas da costa continental.
Um atentado do Talibã com carro-bomba contra um hospital em construção perto de uma base americana em Bagram, no Afeganistão, deixou uma mulher morta e dezenas de feridos nesta quarta-feira (11). Segundo a agência de notícias Reuters, 87 pessoas ficaram feridas.
Alguns militares americanos sofreram ferimentos leves e 5 militares da Geórgia, que faz parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos no país, também foram atingidos. Segundo a Reuters, a maioria das vítimas era de afegãos.
A base, que fica cerca de 64km ao norte da capital afegã, Cabul, não chegou a ser atingida.
“Forças inimigas executaram um ataque contra a base aérea de Bagram esta manhã, apontando contra uma instalação médica em construção e destinada aos afegãos que vivem ao lado da base”, afirmou um comunicado da missão da Otan em Cabul. A coalizão afirmou que o hospital foi bastante danificado, mas o Talibã nega.
Segundo a Reuters, as autoridades afegãs informaram que dois dos autores do ataque detonaram veículos com explosivos na entrada sul da base, enquanto outros 5 abriram fogo contra as forças estrangeiras no local. O confronto durou meia hora. Não foi informado se os cinco envolvidos no tiroteio foram mortos.
De acordo com testemunhas, um comboio militar americano bombardeou a área minutos depois da explosão suicida, informou a Associated Press.
Fora da base, várias casas, principalmente de pessoas pobres, foram destruídas, segundo a AP. Uma grande mesquita na área também foi danificada.
