Um atentado do Talibã com carro-bomba contra um hospital em construção perto de uma base americana em Bagram, no Afeganistão, deixou uma mulher morta e dezenas de feridos nesta quarta-feira (11). Segundo a agência de notícias Reuters, 87 pessoas ficaram feridas.
Alguns militares americanos sofreram ferimentos leves e 5 militares da Geórgia, que faz parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos no país, também foram atingidos. Segundo a Reuters, a maioria das vítimas era de afegãos.
A base, que fica cerca de 64km ao norte da capital afegã, Cabul, não chegou a ser atingida.
“Forças inimigas executaram um ataque contra a base aérea de Bagram esta manhã, apontando contra uma instalação médica em construção e destinada aos afegãos que vivem ao lado da base”, afirmou um comunicado da missão da Otan em Cabul. A coalizão afirmou que o hospital foi bastante danificado, mas o Talibã nega.
Segundo a Reuters, as autoridades afegãs informaram que dois dos autores do ataque detonaram veículos com explosivos na entrada sul da base, enquanto outros 5 abriram fogo contra as forças estrangeiras no local. O confronto durou meia hora. Não foi informado se os cinco envolvidos no tiroteio foram mortos.
De acordo com testemunhas, um comboio militar americano bombardeou a área minutos depois da explosão suicida, informou a Associated Press.
Fora da base, várias casas, principalmente de pessoas pobres, foram destruídas, segundo a AP. Uma grande mesquita na área também foi danificada.
A fumaça causada pelos incêndios florestais intensos da Austrália chegou à Sydney nesta terça-feira (10), acionando alarmes e interrompendo os serviços de balsas. Diversos pontos turísticos famosos desapareceram sob uma das piores névoas já vistas na cidade.
Uma parede de fogo de 60 quilômetros está devastando áreas secas ao noroeste de Sydney, a maior cidade da Austrália, e espalhando uma fumaça tóxica pelo leste e sobre o Pacífico. A fumaça chega até a Nova Zelândia, situada a mais de dois mil quilômetros de distância, como mostram imagens de satélite.
“Este período de fumaça que estamos passando há um mês é inédito. Estas condições são um risco para a saúde das pessoas”, disse Richard Broome, diretor de saúde ambiental do governo de Nova Gales do Sul.
Broome disse que muitas pessoas sentirão irritação nos olhos, nariz e garganta, mas que aquelas com problemas de saúde preexistentes, crianças pequenas e idosos correm mais risco.
Em certas partes de Sydney, o índice de qualidade do ar ficou 11 vezes superior ao limite considerado perigoso nesta terça-feira, segundo dados do governo.
Os incêndios florestais cobriram Sydney, que abriga 5 milhões de habitantes e é conhecida por seus céus claros, com fumaça e cinzas nas últimas duas semanas.
Essa névoa tornou o céu diurno laranja, diminuiu a visibilidade e levou muitos usuários do transporte interurbano a usar máscaras.
Os incêndios florestais são comuns nos verões australianos secos e quentes, mas a ferocidade e a chegada precoce das conflagrações do mês passado na primavera regional são inéditas.
Na tarde deste sábado (07), o portal independente visitou o bairro do Nordeste um dos maiores da cidade de Guarabira.
E na oportunidade ficou surpreso com o descaso em que se encontra à praça que era um cartão postal na entrada da comunidade, e hoje encontra-se totalmente abandonada pela atual administração pública.
Nossa reportagem esteve no local e na oportunidade tirou algumas fotos da localidade, pois a mídia do senhor prefeito mostra aos internautas uma cidade como um canteiro de obras, mas na realidade nós mostramos a população ruas com sujeiras, buracos e escuridões.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (6) que vai suspender temporariamente a designação dos cartéis de tráfico de drogas do México como organizações terroristas.
Segundo o norte-americano, todo o trabalho necessário para declarar os cartéis como terroristas estava pronto. Porém, Trump disse no Twitter que voltou atrás após um pedido do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.
“Pelo pedido de um homem que eu gosto e respeito, e que tem trabalhado tão bem conosco, nós vamos suspender temporariamente essa designação e acelerar nos nossos esforços conjuntos para lidar decisivamente com essas organizações terríveis e cada vez maiores.”
A sucuri é uma das serpentes mais temidas e belas do mundo animal. Apelidada pelos norte-americanos de anaconda, transmite uma imagem mais agressiva do que realmente é. Uma cena rara captada por moradores do estado vizinho, Rondônia, mostra bem essa disparidade. Com a baixa nas águas do rio Abunã, uma bela e gigantesca sucuri aproveitou uma manhã para tomar sol sobre um galho seco de árvore. O vídeo foi divulgado na rede social do site Rondoniaovivo.
O rio Abunã é um dos afluentes do curso alto do rio Madeira, que forma quase toda a fronteira norte entre Bolívia (departamento de Pando) e Brasil (estados de Acre e Rondônia). Também tem como povoações de importância em suas margens os ribeirinhos do município de Plácido de Castro, no Acre.
Nas imagens, a bela sucuri aparece calma e não espanta quem passa de barco. A serpente não é tão perigosa como se costuma pensar, muito menos venenosa. Elas conseguem passar até seis meses sem comer.
Sem água, a sucuri não sobrevive, por isso ela escolhe rios e regiões alagadas para viver. A Amazônia e o Pantanal são verdadeiros paraísos para a espécie. O peso de quase 100 kg a faz ser considerada a cobra mais pesada do mundo.
Pela primeira vez a região da Groenlândia se tornou uma das principais preocupações de segurança nacional da Dinamarca, à frente do terrorismo e de crimes cibernéticos.
O Serviço de Inteligência de Defesa (FE) do país relaciona a mudança na prioridade ao interesse dos Estados Unidos na região expressado pelo presidente americano, Donald Trump, que disse que queria comprar o território no Ártico.
A Groenlândia é parte da Dinamarca, mas tem bastante autonomia, incluindo liberdade para assinar grandes acordos comerciais.
A China tem acordos de mineração assinados com a Groenlândia.
O chefe do FE, Lars Findsen, disse que agora a região é uma questão de segurança prioritária para a Dinamarca porque há um “jogo de de poder se desenrolando” entre os EUA e outras potências no Ártico.
Em agosto, o governo dinamarquês havia dito que a sugestão de Trump de que os EUA comprassem a Groenlândia é um “absurdo”. Trump então cancelou uma visita de Estado à Dinamarca e chamou o primeiro-ministro do país, Mette Frederiksen, de ‘sórdido’.
O interesse dos EUA na Groenlândia existe há décadas. O país tem uma base aérea da época da Guerra Fria na região de Thule que é usada para vigilância espacial através de um enorme radar. É a base militar norte-americana mais ao norte, que cumpre a função de alertar caso os EUA sofram algum tipo de ataque aéreo.
Da onde vem o novo foco na região?
A importância estratégica da Groenlândia aumentou em meio às crescentes tensões no Ártico. As águas do Ártico estão se tornando mais navegáveis graças ao derretimento do gelo, em consequência do aquecimento global, e cada vez mais navios fazem transporte de mercadorias pelas rotas do norte. Também há um aumento da competição internacional por minérios raros.
A enorme ilha está estrategicamente localizada entre a América do Norte e a Europa, sendo um entreposto para muitos mercados.
“Decidimos começar a análise de risco deste ano com um capítulo sobre o Ártico, já que os interesses das potências na região têm um impacto direto e um significado crescente para o Reino da Dinamarca”, disse Lars Findsen, chefe do FE, à BBC.
“Apesar da ambição conjunta das nações do Ártico de manter a região livre de discordâncias sobre políticas de segurança, o interesse militar na região está crescendo. Um jogo de poder está se desenrolando entre Rússia, EUA e a China, o que aprofunda as tensões na região.”
A Rússia aumentou suas atividades econômicas e militares no Ártico. E há disputas territoriais entre a Dinamarca, a Rússia, os EUA e o Canadá no Polo Norte, onde recursos energéticos e minerais estão se tornando mais acessíveis.
Kasper Wester, jornalista especializado em defensa do site OLFI, diz que a Dinamarca faz patrulhas de rotina das águas e do espaço aéreo da Groenlândia.
No entanto, em agosto, o país enviou um enorme navio de apoio à Groenlândia pela primeira vez. O Absalon é um dos maiores navios do país.
E os minérios preciosos da Groenlândia?
A mineração está sendo expandida na Groenlândia porque a vasta camada de gelo que cobre a ilha tem diminuído nos últimos anos. Um parceira entre as empresas Greenland Minerals, da ilha, e Shenghe Resources Holding, da China, vai permitir ao país asiático importar minerais raros que contêm urânio e tórium radioativos.
A Corporação Nacional Nuclear da China está participando do projeto.
O site export.gov, do governo dos EUA, diz que “especialistas na indústria de minérios antecipam que a diminuição do gêlo vai tornar os ricos depósitos de matéria-prima da ilhas mais acessíveis.”
A região também tem depósitos de rubis, safiras, ouro, platina, zinco, chumbo e molibdênio.
A empresa Bluejay Mining, de Londres, está criando uma mina para extrair ilmenita de uma região próxima à base aérea de Thule. A ilmenita é o principal mineral usado para produzir titânio. Ações da mina foram vendidas à empresa dinamarquesas e groenlandesas.
A Bluejay diz que está construindo duas outras minas na Groenlândia: um projeto enorme para extração de níquel, cobre e platina e outro para extração de zinco, chumbo e prata. Mais da metade da mão de obra da Bluejay é groelandesa ou dinamarquesa.
Milhares de requerentes de refúgio que tiveram o pedido negado e foram deportados da Alemanha voltam ao país e entram novamente com uma solicitação semelhante, revelou uma matéria publicada neste domingo (1) pelo jornal “Die Welt am Sonntag”. Os dados fazem parte de um relatório do governo federal alemão.
O documento mostra que 28.283 migrantes que pediram refúgio desde 2012 e foram deportados estão novamente vivendo em território alemão e entraram pelo menos uma vez com um novo pedido de refúgio. Alguns dos requerentes deixaram a Alemanha por vontade própria sabendo que não teriam chances de ficar no país, porém, acabaram retornando tempo depois.
Os dados mostram ainda que atualmente vivem na Alemanha 4.916 requerentes de asilo que já foram deportados do país duas vezes desde 2012 e tentam pela terceira vez refúgio. Outros 1.023 já estão na quarta tentativa e 294 tentam pela quinta ou mais vezes.
Somente neste ano, 3.243 migrantes retornaram após a deportação e entraram com um novo pedido de refúgio.
O número de migrantes que retornam ao país é pequeno em relação ao total de requerentes de refúgio. Segundo dados do Departamento Federal de Estatística da Alemanha, entre 2010 e 2018, ao todo 1,78 milhões de refugiados chegaram ao país.
O retorno de deportados voltou ao centro do debate depois da volta para a Alemanha de Ibrahim Miri, líder de um clã libanês, foi deportado para seu país de origem novamente em novembro, depois de ter entrado ilegalmente na Alemanha. Entre 1989 e 2014, Miri foi condenado 19 vezes na Alemanha, por roubo, tráfico de drogas, entre outros crimes. Em março, ele foi solto e deportado para o Líbano. No fim de outubro, ele reapareceu em Bremen, onde entrou com um pedido de refúgio.
O ministro alemão do Interior, Horst Seehofer, anunciou então um projeto de lei para permitir a prisão de estrangeiros deportados que retornam à Alemanha durante todo o período de análise do novo pedido de refúgio. Mas, segundo o “Die Welt am Sonntag”, a ideia teria encontrado resistência dentro do próprio ministério.
Um vídeo que mostra um senador paraguaio defendendo a morte de 100 mil brasileiros que vivem no país provocou reação dos meios políticos locais. Em uma gravação feita com celular na última segunda-feira (25), o senador Paraguayo Cubas Colomes, 57, se dirige a um grupo de pessoas na beira de uma estrada na cidade de Minga Porá, ao lado de um caminhão carregado de madeira.
Ele pergunta se a madeira veio de uma estância de “rapai”, termo informal usado no país em referência a brasileiros. Com a resposta afirmativa, começa a vociferar.
“Bandidos brasileiros, bandidos! Invasores! Agora desflorestando o país”, berra. “Tem que matar aqui ao menos 100 mil brasileiros bandidos”, prossegue, mencionando que há 2 milhões de brasileiros vivendo no país.
Colomes, em seguida, pede “paredão” para brasileiros que não têm “cortina de vento”.
O termo refere-se a uma técnica de manejo florestal que consiste na plantação de árvores, geralmente eucaliptos, para isolar lavouras de soja. O objetivo é evitar que o vento carregue pesticidas para propriedades menores nas redondezas de grandes áreas plantadas.
A região onde o vídeo foi gravado, no Departamento de Alto Paraná, perto da fronteira com o Brasil, é produtora de soja. Grande parte das propriedades é de brasileiros que migraram ao país vizinho há décadas, conhecidos como brasiguaios.
Um segundo vídeo, filmado logo em seguida, causou polêmica ainda maior no país. Nele, o senador investe contra policiais que, segundo ele, estariam protegendo os brasileiros. Ele chuta um carro e chega a dar um tapa num policial, que não reage. Em seguida, furioso e proferindo xingamentos, arremessa um vaso no chão.
Os vídeos geraram reação no Senado paraguaio, que discute a possibilidade de punição ao senador. Senadores pediram desculpas aos brasileiros pelas declarações do colega.
Colomes é reincidente. Há alguns meses, recebeu uma suspensão por ter atirado um copo de água num colega durante uma discussão.
Ele é membro do partido Movimento Cruzada Nacional, uma legenda pequena que tem como bandeira o combate à corrupção e à presença estrangeira no Paraguai, duas bandeiras com forte apelo populista.
Além de brasileiros, são seus alvos outros imigrantes vindos de países sul-americanos. Também ataca membros da influente comunidade menonita, uma corrente protestante que migrou do Canadá e do México no século 20 e trabalha em colônias agrícolas.
Ex-deputado federal, ele se comporta no Senado de forma independente ao governo do presidente Mario Abdo Benítez.
O governo brasileiro está acompanhando o caso e avalia alguma medida formal de protesto contra o senador. O carregamento de madeira que motivou o acesso de fúria do senador estava regularizado e não teria relação direta com nenhum produtor brasileiro.
A reportagem entrou em contato com o gabinete do senador e pediu uma entrevista com ele, mas não teve resposta até a publicação deste texto.