Do Metrópoles
Mais de cem pessoas participaram nesta segunda-feira (27) em Berlim do enterro da mãe de Issa Remmo, chefe de um dos chamados “clãs árabes” que atuam na Alemanha. Devido às medidas restritivas impostas para conter à pandemia de covid-19, 250 policiais foram enviados ao cemitério para dispersar grandes aglomerações.
Segundo a chefe da polícia de Berlim, Barbara Slowik, o enterro ocorreu sem grande incidentes. Em alguns momentos, os policiais usaram autofalantes para informar os presentes de que ainda não eram permitidas aglomerações na cidade. A família foi notificada previamente que as medidas restritivas em vigor deveriam ser cumpridas.
Daqueles que compareceram ao enterro, apenas 60 fizeram questão de prestar uma última homenagem na sepultura da mulher, enterrada num cemitério no bairro de Schöneberg. Eles foram autorizados a entrar no local em grupos de no máximo 20 pessoas.
Um porta-voz da polícia descreveu a situação entre tornar possível o luto e minimizar o risco de infecções como delicada. “Nós compreendemos a dor, mas precisamos garantir, com o devido respeito, que as regras sejam seguidas”, disse.
Apenas um incidente foi relatado. Um dos participantes do enterro cuspiu num jornalista.
A matriarca morreu na última quinta-feira. Com as restrições de contato social em vigor, neste mesmo dia, a polícia precisou dispersar dezenas que reuniram após a morte da idosa numa mansão do bairro de Neukölln. A polícia registrou os dados de 47 pessoas e abriu uma investigação por violação das medidas de distanciamento.
Em setembro, o funeral de um dos membros da família, que foi assassinado a tiros, reuniu 2 mil pessoas no mesmo cemitério. Na ocasião, a polícia apontou que pelo menos 128 pessoas que participaram do funeral tinham laços com o crime organizado.
O clã de origem libanesa é bastante conhecido pelas autoridades e está envolvido em atividades criminosas na capital alemã.
Em fevereiro, três integrantes do grupo foram condenados pelo roubo espetacular de uma moeda gigante de ouro de 100 quilos do Museu Bode, de Berlim. O crime ocorreu em 27 de março de 2017. Em 2014, outros membros da família foram acusados de participar do roubo de uma agência bancária em Berlim.
O número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar aguda pode quase dobrar este ano, para 265 milhões, devido às conseqüências econômicas da Covid-19, informou o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (ONU).
A estimativa é que o impacto das perdas de receitas com turismo, remessas em queda e restrições a viagens deixem 130 milhões de pessoas sob “ameaça severa”. Somadas às 135 milhões de pessoas que já estavam nessas condição antes da pandemia, a ONU estima que as vidas e subsistências de 265 milhões de pessoas em países de baixa e média renda estejam ameaçadas.
“A Covid-19 é potencialmente catastrófica para milhões de pessoas que já estão ‘por um fio’”, disse Arif Husain, economista chefe e diretor de pesquisa do Programa Mundial de Alimentos em conferência virtual a partir de Genebra, na Suíça. “Precisamos nos unir para lidar com isso, ou o custo será alto demais – o custo global será alto demais: muitas vidas perdidas e muitos, muitos meios de subsistência”.
“Crise aguda de alimentos e meios de subsistência” é a categoria três das cinco fases da ONU, que significa “falta crítica de acesso a alimentos e desnutrição acima do habitual”. A categoria 5 significa “fome em massa”.
Husain afirmou que é crítico agir rápido para evitar que pessoas já vivendo em situações como a de vendedores de alimentos no Quênia vendam seus bens, uma vez que pode levar anos para que sejam independentes novamente. Em alguns casos, como quando produtores vendem seus equipamentos ou gado, pode levar a efeito cascata na produção de alimentos por vários anos.
“Essas são as pessoas com as quais estamos preocupados – os que estavam bem antes da Covid e agora não estão”, disse, acrescentando estar “realmente preocupado” com pessoa vivendo em países com pouca ou nenhuma rede de segurança do governo.
África será provavelmente região mais atingida
Oficiais da ONU não deram um detalhamento geográfico das necessidades crescentes, mas disseram que a África provavelmente será a mais atingida.
O programa espera precisar de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões para financiar seus programas de assistência este ano, em comparação com os US$ 8,3 bilhões registrados no ano passado, acrescentou Husain. Ela planeja pré-posicionar os estoques de alimentos nos próximos meses, antecipando necessidades crescentes.
Dos que já são considerados famintos, muitos estão em zonas de conflito como a Síria ou em países seriamente afetados pelo impacto das mudanças climáticas, de acordo com um relatório da ONU. Mesmo antes da pandemia de coronavírus, os gafanhotos do deserto na África oriental haviam destruído as colheitas e aumentado o número de pessoas dependentes de ajuda alimentar.
Por G1
Recentemente, um caso chocou milhares de pessoas ao redor do mundo. Uma mulher de 25 anos que apresentava os sintomas relacionados com o novo coronavírus foi abandonada na rua de sua cidade por sua própria família, de acordo com as informações obtidas pelo jornal El Deber. O curioso fato aconteceu na Bolívia, no último sábado (11), gerando grande indignação e revolta na população do país.
De acordo com a nota, a identidade da Mulher em questão não foi revelada. Ela foi levada até uma calçada ao lado de sua residência, para que pudesse evitar um possível contágio naqueles que estavam ao redor.
Foram tirados imagens na hora do acontecimento, aonde aparecia a mesma sentada em um sofá, usando lençol e uma máscara. Como era de se esperar, rapidamente as fotografias começaram a viralizar nas redes sociais, deixando muitas pessoas entristecidas pela atitude da família.
Um médico que reside ao lado da vizinhança ficou sabendo do ocorrido, indo até o local e, imediatamente, realizando um atendimento. A moça mostrava ter dificuldades para conseguir respirar, ressaltando que sentia dores em seu corpo e que, um dia antes, estava apresentando febre.
Após, o médico e um profissional dos direitos humanos contataram as autoridades de Saúde que, de acordo com a matéria, demoraram para chegar. Após o lamentável caso, a moça foi levada até o pronto de atendimento, descartando as possibilidades da mesma ter sido infectada com o novo coronavírus e constatando que, na verdade, ela estava com amigdalite.
Depois de ter recebido os devidos atendimentos no hospital, a mulher recebeu alta dos médicos, andando até sua casa.
Não foi revelado na matéria se a enferma passou por testes para poder detectar se realmente havia sido infectada com o novo coronavírus. Em todo o planeta, é visível uma carência de exames, que impossibilitam os profissionais de diagnosticarem os pacientes da forma correta.
Ação criminal não é descartada
De acordo com as informações concedidas pelo ativista que chamou a ambulância para socorrê-la, a moça mora junto de seu marido em uma casa de aluguel, tendo no local outros inquilinos.
De acordo com o profissional, eles pressionaram o marido da mesma a abandoná-la na rua, receosos de serem contaminados com a Covid-19.
O responsável pela saúde das regiões, Juan Saavedra, concedeu uma entrevista para o jornal El Deber, aonde não descartou a possibilidade de uma ação criminal contra a família que abandonou a moça no momento em que ela se encontrava fragilizada e doente.
De acordo com ele, a ação não é descartada, pois seu cônjuge não ofereceu a ajuda necessária e a retirou de sua residência, locomovendo até a rua. A falta de recursos do rapaz não justifica a atitude tomada de abandono. Com Mceara
Para combater a violência familiar e doméstica durante a pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos está tomando uma série de medidas emergenciais.
Entre elas, a que visa enfrentar um dos fenômenos observados em outros países que também passam por período de confinamento, com agressores e vítimas vivendo na mesma durante 24 horas. A busca por canais de denúncia via telefone tende a diminuir, uma vez que a pessoa agredida não consegue pedir ajuda reservadamente.
Por isso, para ampliar o alcance dos serviços do Disque 100 e do Ligue 180 para o meio digital o ministério lançou um aplicativo Direitos Humanos Brasil e de portal exclusivo.
No Podcast Conversa Séria, da Rede Nacional de Rádio, a jornalista Danielle Popov entrevistou a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos , Damares Alves sobre o assunto.
O Papa Francisco advertiu nesta segunda-feira (13) que a violência doméstica contra as mulheres pode aumentar em consequência das medidas de confinamento impostas contra a pandemia de coronavírus.
“Hoje gostaria de recordá-los do que muitas mulheres fazem, inclusive neste momento de emergência de saúde, para cuidar de outros: médicas, enfermeiras, agentes das forças de segurança e agentes penitenciárias, funcionárias de lojas de produtos de primeira necessidade… e muitas mães e irmãs que estão trancadas em casa com toda a família, com crianças, idosos e deficientes”, declarou o papa após a tradicional oração do Angelus.
“Às vezes correm o risco de ser submetidas à violência por uma convivência da qual levam uma carga muito grande”, destacou. “Oramos por elas, que o Senhor lhes dê forças e que nossas comunidades possam apoiá-las ao lado de suas famílias”.
Governo italiano faz campanha
O governo italiano liberou uma verba de 30 milhões de euros para a prevenção da violência contra as mulheres, submetidas a um “alto risco pelas proibições de deslocamento”, anunciou na quarta-feira a ministra da Igualdade e Família, Elena Bonetti.
Ela também anunciou uma campanha de comunicação institucional para estimular as mulheres vítimas da violência a ligar para um número habilitado e denunciar as agressões, além de um “reforço das funções do aplicativo YouPol, que pode ser utilizado para alertar (a polícia) sobre atos de violência doméstica”.
Os Estados Unidos são o segundo país com mais mortes causadas pelo coronavírus, com 15.774 óbitos registrados até a tarde desta quinta-feira (9), segundo a universidade Johns Hopkins.
Ao atingir a marca, ele ultrapassou a Espanha, que agora aparece em terceiro, com 15.238. O país com mais mortes provocadas pelo coronavírus continua sendo a Itália, com 18.279.
Os EUA são ainda o país com mais casos confirmados em todo o mundo, 363.851 nesta quinta, mais que o dobro do segundo mais afetado, a Espanha, que tem 152.446.
O estado com maior número de casos e mortes nos EUA é Nova York. De acordo com o “New York Times”, o estado tinha nesta quinta-feira 149.401 casos, e 6.268 pessoas já morreram. A cidade de Nova York concentra a maior parte dos casos – 81.803 – e mortes, 4.571.
Nos últimos dois dias, os Estados Unidos bateram recordes de mortes pela doença, com quase dois mil óbitos em períodos de 24 horas. Foram 1.939 na terça e 1.973 na quarta.
Mais de 80 passageiros do cruzeiro australiano Greg Mortimer, ancorado no Uruguai, têm o novo coronavírus, confirmaram nesta segunda-feira (6) fontes oficiais à AFP.
“Dos 126 testes que foram processados até o momento foram detectados 81 casos suspeitos de Covid-19 entre passageiros e tripulação”, informou a empresa australiana Aurora Expeditions, garantindo ao mesmo tempo que há 90 exames pendentes, cujos resultados serão conhecido entre as próximas 12 e 24 horas.
Até agora, o governo uruguaio permitiu o desembarque de seis pacientes “com risco de vida”. Segundo a imprensa local, seriam três australianos, dois filipinos e um britânico.
Já o restante dos passageiros e tripulantes permanecem retidos no navio ancorado a 20 km do porto de Montevidéu por quase dez dias.
“Sabemos que existe uma porcentagem relativamente alta de pessoas infectadas, mas apenas seis precisam ser transferidas para hospitais em Montevidéu porque estão em risco de vida”, disse o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Ernesto Talvi, na noite de domingo em declarações a uma emissora local.
Para os outros, “não portadores de coronavírus, assintomáticos ou com sintomas leves”, o governo está avaliando a criação de “um corredor humanitário” que lhes permita embarcar em um avião para a Austrália.
“Estamos conversando com o governo australiano para tentar fazer esse voo o mais rápido possível”, acrescentou Talvi.
Sebastián Yancev, um dos 21 profissionais de saúde que envolvidos no atendimento a embarcação, explicou nesta segunda-feira que o alto índice de infecção dentro do navio pode ser devido a erros nas primeiras medidas tomadas, como isolar grupos de pessoas entre as quais havia pacientes assintomáticos.
“Quando abrimos as portas das cabines, tínhamos pessoas negativas com pacientes positivos a longo prazo, essa foi a nossa primeira surpresa”, disse o médico ao canal 4 de Montevidéu.
Dadas as condições das cabines, “já supomos que, embora essas pessoas fossem negativas, a possibilidade de desenvolver sintomas é extremamente alta”.
Em relação à primeira fonte de contágio, Yancev disse que provavelmente ocorreu em Ushuaia, a cidade do sul da Argentina de onde o cruzeiro partiu em 15 de março.