Um manifestante ateou fogo em um policial nesta quinta-feira (4) em Guadalajara, México, durante um protesto contra a morte de um jovem mexicano que estava sob custódia policial. Um vídeo publicado nas redes sociais flagrou o momento em que um homem com óculos escuros e máscara joga um líquido inflamável nas costas do policial e acende o fogo com um isqueiro.
O policial estava discutindo com manifestantes e foi alvo da ação enquanto subia em uma motocicleta.
Autoridades do estado de Jalisco não informaram o estado de saúde do policial, mas disseram que cinco oficiais ficaram feridos e veículos da polícia foram incendiados no protesto desta quinta-feira (4).
Prédios do governo e mobiliários urbanos também foram vandalizados nas proximidades do Palácio de Governo de Jalisco, onde ocorreu o protesto que reuniu dezenas de pessoas.
A secretaria de Segurança do estado informou que pelo menos 27 pessoas, entre elas seis menores de idade, foram detidas.
Por que os mexicanos estão protestando?
Os protestos vistos nesta quinta-feira em Guadalajara, nas proximidades do Palácio de Governo de Jalisco, foram motivados pela morte de Giovanni López, de 30 anos, no início de maio, na cidade de Ixtlahuacán, em Jalisco. Ele morreu sob custódia da polícia municipal após ter sido espancado pelos oficiais que o prenderam.
O caso só veio a público público nesta semana, quando os parentes de Giovanni denunciaram a morte do jovem. A família alega que ele foi detido porque não estava usando máscara, uma medida imposta pelo governo local para frear a epidemia de coronavírus. Porém, o Ministério Público e o governo de Jalisco afirmam que López foi preso por “má conduta administrativa”. O governador Enrique Alfaro disse nesta sexta-feira que estão sendo realizadas investigações para saber o que aconteceu.
As autoridades informaram nesta sexta que três pessoas foram presas pela morte de Giovanni.
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos no México condenou a morte de Giovanni e expressou preocupação com as alegações de que o óbito ocorreu “no contexto da implementação de medidas (…) para a pandemia”.”
Aliado do governo de Jair Bolsonaro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou o Brasil como exemplo de país com problemas para combater o novo coronavírus (Sars-CoV-2), afirmando que ao fechar seu país salvou pelo menos 1 milhão de vidas. Durante coletiva na Casa Branca, o republicano defendeu sua estratégia para conter a emergência e explicou que agora o país deve mudar a atitude, priorizando a proteção dos grupos de risco e a retomada das atividades econômicas.
Além disso, Trump comparou o território brasileiro com a Suécia, que não decretou quarentena e insistiu em medidas voluntárias de distanciamento social e higiene pessoal, mantendo o país aberto, o que resultou em uma quantidade maior de casos em relação às nações vizinhas. “Se você olha para o Brasil, eles estão num momento bem difícil.
E, falando nisso, continuam falando da Suécia. Voltou a assombrar a Suécia. A Suécia também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões ou até mais”, afirmou.
Apesar da declaração, o presidente americano inicialmente havia minimizado a ameaça do coronavírus, que, até o momento, já matou mais de 108 mil pessoas nos EUA. Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, o país lidera o ranking com mais mortes e casos da Covid-19 em todo o mundo. “Fechamos nosso país. Salvamos, possivelmente, 2 milhões, 2,5 milhões de vidas. Poderia ser só um milhão de vidas, acho que não menos que isso. Mas se considerarmos que estamos em 105 mil hoje em dia, o número de vítimas seria pelo menos 10 vezes maior. É o que se acredita como mínimo se fizéssemos (imunidade de) rebanho”, comentou.
O Brasil, por sua vez, ultrapassou a Itália em número de óbitos e assumiu a terceira colocação na lista, com 34.021 vítimas. Além disso, o país é o segundo com mais pessoas contaminadas. Neste momento, inclusive, tem a maior taxa de aceleração da doença e tem sido considerado o epicentro do novo coronavírus em todo o planeta.
Apesar do crescimento na quantidade de mortes e casos, diversas regiões estão anunciando planos para afrouxar a quarentena e retomar as atividades econômicas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parabenizou a atuação da Guarda Nacional nos protestos desse domingo (31) e criticou a mídia e o movimento antifascista “Antifa”. Em sua conta no Twitter, ele disse que irá designar o Antifa como uma “organização terrorista”.
O EUA passaram, na madrugada deste domingo, pela 5ª noite de protestos pela morte de George Floyd, homem negro que foi asfixiado por um policial branco até a morte, em Minneapolis, na última segunda-feira (25).
“Parabéns à nossa Guarda Nacional pelo excelente trabalho que fizeram imediatamente ao chegar a Minneapolis, Minnesota, ontem à noite. Os anarquistas liderados pela Antifa [grupo antifascista], entre outros, foram fechados rapidamente. Isso deveria ter sido feito pelo prefeito na primeira noite e não teríamos tido problemas!”, tuitou Trump.
O presidente norte-americano ainda criticou a mídia, alegando que está “fazendo de tudo ao seu alcance para fomentar o ódio e a anarquia”.
Um cachorro esperou por quase três meses pelo seu dono, que foi internado em um hospital em Wuhan, na China, com sintomas da Covid-19. O homem morreu cinco dias depois.
De acordo com informações publicadas pelos jornais “The New York Post” e “The Sun”, o animal de sete anos chegou com o homem aposentado ao hospital Taikang em fevereiro passado, no ápice da epidemia no país.
Sem saber que o seu dono jamais voltaria, o cão ficou no saguão do hospital à espera. Alimentado por funcionários, recebeu o nome de Xiao Bao.
Em abril, quando o governo local suspendeu parte das restrições, Xiao Bao passou a receber cuidados também de funcionários de um supermercado, que fica no mesmo prédio do hospital.
Com o passar do tempo, alguns pacientes começaram a reclamar da presença do animal. Por isso, os enfermeiros contataram a Associação de Proteção a Animais Pequenos de Wuhan, onde recebeu os cuidados de veterinários.
Após a morte do seu dono, a associação está à procura de um novo dono para o cão.
O Villa Azul, um bairro popular na periferia de Buenos Aires e foco do contágio da Covid-19, tornou-se o primeiro assentamento informal isolado pelas autoridades que tentam impedir a propagação do novo coronavírus na Argentina nesta segunda-feira (25).
“Hoje se considera todo o bairro ‘contato estreito’, motivo pelo qual foi cercado pelas forças de segurança”, disse à agência France Presse uma fonte da província de Buenos Aires.
Ninguém pode sair, salvo por motivos sanitários. O Estado procura dar toda a contenção possível”, acrescentou.
A 17 km ao sul de Buenos Aires, no bairro de cerca de 3 mil habitantes em ruas estreitas e com moradias muito precárias, 53 casos de Covid-19 foram confirmados, enquanto outros 50 estão em avaliação.
Cercas foram colocadas em cada via de acesso para impedir a saída e entrada de vizinhos pelos próximos 15 dias, cobrindo um perímetro de cerca de 12 hectares.
O objetivo é impedir que o coronavírus atravesse a rodovia e entre na vizinha Villa Itatí, onde vivem outras 16 mil pessoas.
Villa Azul, entre as localidades de Avellaneda e Quilmes, é um dos 1,8 mil bairros e assentamentos vulneráveis, quase sem serviços públicos, que abrigam mais de 3 milhões de pessoas nos arredores de Buenos Aires.
A esta população se somam outras 350 mil pessoas que vivem em vilarejos de emergência dentro da capital argentina e onde, há duas semanas, em meio a um prolongado corte de água, foi desencadeada uma onda de contágios, forçando a flexibilização da quarentena na cidade.
Entre a capital e a província de Buenos Aires se concentram 80% das 12.063 dos contágios no país, dos quais 456 morreram e 3.999 se recuperaram.
Os Estados Unidos devem impor restrições de viagem ao Brasil neste domingo, disse o consultor de segurança nacional da Casa Branca, Robert O’Brien, dois dias após o país sul-americano se tornar o número 2 do mundo em casos de coronavírus.
O’Brien disse ao programa ‘Face the Nation’, da rede CBS, acreditar que haverá uma decisão neste domingo sobre suspender a entrada de viajantes que chegam do Brasil.
“Esperamos que seja temporário, mas, devido à situação no Brasil, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger o povo americano”, disse O’Brien.
O Brasil se tornou o número 2 do mundo em casos de coronavírus na sexta-feira, perdendo apenas para os Estados Unidos, e agora tem mais de 349 mil pessoas infectadas pelo vírus, informou o Ministério da Saúde.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira que estava considerando impor uma proibição de viagens para passageiros provenientes do Brasil.
“Não quero pessoas vindo para cá e infectando nosso povo. Também não quero que as pessoas fiquem doentes por lá. Estamos ajudando o Brasil com respiradores… O Brasil está tendo problemas, não há dúvida sobre isso”, acrescento Trump a repórteres na Casa Branca.
O’Brien disse que os Estados Unidos analisarão as restrições para outros países do hemisfério sul, país a país.
Trump suspendeu a entrada da maioria dos viajantes da China, onde o surto começou, em janeiro. No início de março, ele impôs restrições de viagem a pessoas vindas da Europa.
Pesquisadores chineses dizem ter desenvolvido um tratamento capaz de interromper a pandemia da Covid-19, enquanto uma centena de laboratórios em todo mundo compete para produzir uma vacina contra o novo coronavírus.
Um medicamento em fase de testes na prestigiada Universidade de Pequim permitiria não apenas acelerar a cura dos doentes, mas também imunizar temporariamente contra a Covid-19.
Em uma entrevista à agência de notícias AFP, o diretor do Centro de Inovação Avançada em Genômica de Beida, Sunney Xie, explicou que o tratamento funciona em camundongos.
Seu laboratório extraiu anticorpos de 60 pacientes curados da doença e os injetou em roedores.
“Após cinco dias, sua carga viral foi dividida por 2.500. Isso significa que esse medicamento em potencial tem um efeito terapêutico”, assegurou.
Um estudo sobre esta pesquisa, publicado no domingo na revista especializada “Cell”, considerou que é um “remédio” potencial contra a doença e apontou que permite acelerar a cura.
Pesquisadora realiza testes no Centro de Inovação Avançada de Genômica da Universidade de Pequim, na China. O laboratório trabalha no desenvolvimento de um medicamento que acredita ter o poder de interromper a pandemia de coronavírus Covid-19, diminuindo o tempo de recuperação dos infectados e até oferecendo imunidade a curto prazo — Foto: Wang Zhao/AFP
“Somos especialistas em sequenciamento de células únicas, não imunologistas, ou virologistas. Quando constatamos que nossa abordagem nos permitiu encontrar um anticorpo que neutraliza (o vírus), ficamos muito felizes”, comentou o professor Xie.
Segundo ele, o tratamento pode estar disponível antes do final do ano, a tempo de uma nova ofensiva de inverno contra a Covid-19. Surgida na China no final do ano passado, a doença já contaminou 4,5 milhões de pessoas em todo mundo e deixou 316.000 mortos.
“A preparação dos ensaios clínicos está em andamento”, acrescentou o pesquisador, especificando que serão realizados na Austrália e em outros países.
Com o declínio da pandemia na China, o gigante asiático não possui portadores suficientes do vírus para realizar testes em humanos.
“O que esperamos é que esses anticorpos se tornem um medicamento especial para interromper a pandemia”, declarou.
Imunidade momentânea
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, embora mais de 100 laboratórios mundiais tenham se lançado na busca por uma vacina, ela pode demorar entre 12 e 18 meses para estar disponível.
Um tratamento baseado em anticorpos poderia ser mais rápido para se espalhar na população.
Na China, mais de 700 pacientes já receberam plasma (um componente do sangue) de pacientes curados, uma técnica que produziu “efeitos muito bons”, segundo as autoridades de saúde.
Segundo Xie, a quantidade de plasma disponível “é limitada”, enquanto os 14 anticorpos usados em sua pesquisa podem ser reproduzidos rapidamente em larga escala.
Essa abordagem já foi aplicada com sucesso no combate a outros vírus, como HIV, ebola e Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).
Lituânia, Estônia e Letônia abriram suas fronteiras comuns ao soar da meia-noite, criando a primeira “bolha de viagem” dentro da União Europeia na tentativa de reativar economias abaladas pela pandemia de novo coronavírus.
Uma dúzia de guardas de fronteira estonianos retiraram todas as placas que orientavam os veículos a pararem na divisa e se reuniram no acostamento para dividir café e bolo. À meia-noite, os primeiros carros passaram na principal estrada reaberta da região.
“Temos esta pequena comemoração porque agora a fronteira voltou a abrir”, disse o agente de fronteira Martin Maestule à Reuters.
Cidadãos e moradores das três nações bálticas pouco povoadas agora têm liberdade para viajar dentro da região, mas qualquer um que venha de fora tem que se isolar durante 14 dias.
“A Bolha de Viagem do Báltico é uma oportunidade para os negócios reabrirem, e um raio de esperança indicando às pessoas que a vida está voltando ao normal”, disse o primeiro-ministro lituano, Saulius Skvernelis, em um comunicado.
O Báltico abriu no momento em que a União Europeia tenta induzir seus 27 países-membros a reabrirem as fronteiras internacionais e reativarem as viagens de forma mais abrangente, mas com medidas de segurança, como exigir que as pessoas usem máscaras nos aviões.
As novas infecções de coronavírus nas três repúblicas bálticas se reduziram drasticamente, e nenhuma delas relatou mais do que uma dúzia de casos novos na quinta-feira. As autoridades têm relaxado os confinamentos desde do fim de abril.