Três militares indianos, incluindo um oficial do exército, foram mortos em um confronto com tropas chinesas na fronteira no alto do Himalaia, informou o exército indiano nesta terça-feira (16). Esse é o 1º confronto entre os dois gigantes asiáticos que resulta na morte de soldados desde 1975, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
Milhares de soldados dos dois países se concentram em Aksai Chin-Ladakh há mais de um mês, mas o confronto ocorre em um momento em que se fazia um esforço para se reduzir a tensão na região.
A declaração do exército indiano afirma houve mortes também do lado chinês, o que não foi confirmado por Pequim.
A China acusou a Índia de responsabilidade pelo incidente ao atravessar duas vezes a fronteira. Segundo o porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, as tropas indianas atravessaram a fronteira e “provocaram e atacaram os chineses, o que gerou um grave confronto grave”.
Autoridades indianas e chinesas voltaram a se encontrar após o incidente. “China e Índia concordam em seguir resolvendo os problemas bilaterais por meio do diálogo. Pedimos novamente à Índia que controle suas tropas na fronteira. Não atravessem a fronteira, não provoquem problemas”, disse o porta-voz chinês.
Tensão na região
Desde o início de maio, as tensões entre os dois países aumentaram ao longo da fronteira comum de 3,5 mil km, que nunca foi devidamente delimitada.
Militares dos dois países se agrediram com socos, pedras e paus na região de Sikkim, no leste da Índia, deixando vários feridos.
As tropas chinesas também avançaram em zonas que a Índia considera dentro de seu território em Ladakh, o que levou Nova Délhi a enviar reforços à região.
Uma crise que as duas partes afirmam, no entanto, querer “resolver pacificamente” pela via diplomática. Após as negociações entre generais dos dois exércitos há 10 dias, um processo de desmilitarização teve início em alguns pontos disputados na região.
Confrontos
As duas potências regionais tiveram várias disputas territoriais nas zonas de Ladakh e Arunachal Pradesh.
Os dois países se enfrentaram em uma guerra relâmpago em 1962. Os confrontos em zonas montanhosas entre os exércitos indiano e chinês se tornaram mais frequentes nos últimos anos.
Em 2017 aconteceram 72 dias de confrontos, depois que forças chinesas avançaram na área disputada de Doklam, na fronteira entre China, Índia e Butão.
O incêndio a bordo do submarino nuclear francês Perle, em revisão em Toulon (sul), foi extinto na madrugada deste sábado (13), após 14 horas de combate ao fogo, anunciou a Marinha.
O incêndio, que começou às 10h35 de sexta-feira (12) na parte da frente do submarino que está em doca seca para reparos, foi extinto por volta da meia-noite após a intervenção de “cem bombeiros e mais de 150 pessoas de apoio”.
O submarino, em parada técnica em uma bacia da base naval de Toulon, foi esvaziado e “não há feridos”.
“O risco nuclear associado ao combustível nuclear é zero, sendo este último retirado como parte da parada técnica. Não há armas (mísseis, torpedos, munições), nem baterias a bordo”, ressaltou a Marinha.
Na sexta-feira, um representante do Naval Group, responsável pelos reparos, descreveu o incidente como “sério”.
Último dos seis submarinos franceses de ataque nuclear do tipo Ruby a entrar em serviço, em 1993, Perle entrou na bacia em janeiro para trabalhos de renovação e modernização que deveriam durar 18 meses.
A Comissão Independente de Pesquisa e Informação sobre Radioatividade (Criirad) pediu que as autoridades fossem “vigilantes”: “a ausência de combustível (a bordo) não significa que não há radioatividade”, estimou à AFP Bruno Chareyron, diretor de seu laboratório.
“Nenhuma anomalia em relação ao nível de radiação natural” foi observada na sexta-feira entre as 14h30 e 17h nos aparelhos de medição de radioatividade instalados em três locais nas proximidades.
Cultivadores de cannabis poderão se candidatar a partir de julho para abastecer legalmente maconha a alguns coffee shops do país. O anúncio foi feito nesta terça-feira (9) pelo Ministério da Saúde da Holanda.
Em 2018, o governo holandês já havia aprovado um experimento em grande escala, autorizando dez cidades a cultivar a cannabis legalmente. O objetivo da experiência era medir os efeitos das plantações de maconha sobre a criminalidade, a segurança, os problemas à ordem pública e a saúde da população.
Em comunicado, o Ministério da Saúde do país anunciou nesta terça-feira que “os produtores que desejarem participar da experiência com a cannabis podem postular a partir de 1° de julho de 2020”.
O governo prevê que a seleção de dez produtores será realizada durante seis meses segundo critérios precisos. O projeto dos candidatos deve principalmente prever a produção de, no mínimo, 6.500 quilos de cânhamo seco e uma gama de dez variedades diferentes da planta da maconha ou haxixe.
Cinco plantas de cannabis por cidadão
Segundo o plano do governo, que recebeu o aval do Conselho do Estado, as cidades envolvidas no projeto vão supervisionar durante vários anos as plantações de cannabis. O mesmo ocorrrerá com a distribuição do produto aos coffee shops, que poderão vendê-lo aos clientes.
No entanto, a plantação e o comércio em larga escala do produto continuam proibidas. Isso faz com que centenas de proprietários de coffee shops dependam do crime organizado para satisfazer a demanda.
Um estudo independente, que analisou dados das estatísticas da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre as eleições presidenciais da Bolívia em 2019, concluiu que houve falhas na apresentação dos resultados.
Segundo os pesquisadores, a conclusão de que os votos de Evo Morales tiveram um salto inexplicável nas cédulas finais se baseou em dados incorretos e técnicas estatísticas inadequadas.
A conclusão da OEA – que participou como observadora do pleito – foi uma das principais evidências usadas para a alegação de que houve fraude eleitoral. Pressionado pelas acusações, Morales acabou renunciando ao cargo.
O estudo, que ainda não foi revisado, foi conduzido pelo economista Francisco Rodríguez, professor de estudos latino-americanos na Tulane University, ao lado da especialista em política latino-americana da Universidade da Pensilvânia Dorothy Kronick, e de Nicolás Idrobo, estudante de doutorado da mesma universidade que é co-autor de um livro sobre métodos estatísticos avançados. Eles se basearam em dados de autoridades eleitorais bolivianas e do jornal “New York Times”.
Segundo Rodríguez, após corrigir as falhas no método usado pela OEA, a evidência estatística de fraude eleitoral desaparece.
Porém, de acordo com o “New York Times”, os autores esclarecem que seu trabalho se concentrou apenas na análise estatística da OEA dos resultados da votação, e não prova que a eleição foi livre e justa. Eles não estudaram os demais problemas documentados na votação.
A análise da OEA, divulgada em novembro, afirmava que havia manipulação em 38 mil votos, e Morales venceu por uma margem de 35 mil. O então presidente teve 47,07% dos votos, e Carlos Mesa, segundo colocado, 36,51%. Como a diferença era de mais de 10 pontos percentuais, Morales foi considerado reeleito no primeiro turno.
O resultado foi contestado pela oposição e, no dia 30 de outubro, a Bolívia e a OEA concordaram em realizar uma auditoria. Em 10 de novembro, a Organização divulgou um relatório, onde dizia ter identificado problemas nas seguintes etapas do processo: Tecnologia da eleição; cadeia de custódia; integridade das atas eleitorais e projeções estatísticas.
“A equipe de auditores não pôde validar o resultado da presente eleição, e recomenda um outro processo eleitoral. Qualquer futuro processo deverá contar com novas autoridades eleitorais para poder levar a cabo eleições confiáveis”, dizia o comunicado, recomendando nova votação.
Método
Os autores do estudo disseram que não foram capazes de replicar as descobertas da OEA usando suas prováveis técnicas. Segundo eles, o crescimento repentino na tendência só surgiu quando foram excluídos os resultados das cabines de votação processadas manualmente e com relatórios tardios.
Isso sugere que a organização usou um conjunto de dados incorretos para chegar à sua conclusão, dexplicam, o que causaria uma diferença significativa, já que os relatórios tardios excluídos seriam a maior parte dos votos finais considerados suspeitos pela OEA.
Os pesquisadores afirmam ainda que a OEA utilizou usou um método estatístico inadequado, que teria criado artificialmente a aparência de uma quebra na tendência de votação.
Um manifestante ateou fogo em um policial nesta quinta-feira (4) em Guadalajara, México, durante um protesto contra a morte de um jovem mexicano que estava sob custódia policial. Um vídeo publicado nas redes sociais flagrou o momento em que um homem com óculos escuros e máscara joga um líquido inflamável nas costas do policial e acende o fogo com um isqueiro.
O policial estava discutindo com manifestantes e foi alvo da ação enquanto subia em uma motocicleta.
Autoridades do estado de Jalisco não informaram o estado de saúde do policial, mas disseram que cinco oficiais ficaram feridos e veículos da polícia foram incendiados no protesto desta quinta-feira (4).
Prédios do governo e mobiliários urbanos também foram vandalizados nas proximidades do Palácio de Governo de Jalisco, onde ocorreu o protesto que reuniu dezenas de pessoas.
A secretaria de Segurança do estado informou que pelo menos 27 pessoas, entre elas seis menores de idade, foram detidas.
Por que os mexicanos estão protestando?
Os protestos vistos nesta quinta-feira em Guadalajara, nas proximidades do Palácio de Governo de Jalisco, foram motivados pela morte de Giovanni López, de 30 anos, no início de maio, na cidade de Ixtlahuacán, em Jalisco. Ele morreu sob custódia da polícia municipal após ter sido espancado pelos oficiais que o prenderam.
O caso só veio a público público nesta semana, quando os parentes de Giovanni denunciaram a morte do jovem. A família alega que ele foi detido porque não estava usando máscara, uma medida imposta pelo governo local para frear a epidemia de coronavírus. Porém, o Ministério Público e o governo de Jalisco afirmam que López foi preso por “má conduta administrativa”. O governador Enrique Alfaro disse nesta sexta-feira que estão sendo realizadas investigações para saber o que aconteceu.
As autoridades informaram nesta sexta que três pessoas foram presas pela morte de Giovanni.
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos no México condenou a morte de Giovanni e expressou preocupação com as alegações de que o óbito ocorreu “no contexto da implementação de medidas (…) para a pandemia”.”
Aliado do governo de Jair Bolsonaro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou o Brasil como exemplo de país com problemas para combater o novo coronavírus (Sars-CoV-2), afirmando que ao fechar seu país salvou pelo menos 1 milhão de vidas. Durante coletiva na Casa Branca, o republicano defendeu sua estratégia para conter a emergência e explicou que agora o país deve mudar a atitude, priorizando a proteção dos grupos de risco e a retomada das atividades econômicas.
Além disso, Trump comparou o território brasileiro com a Suécia, que não decretou quarentena e insistiu em medidas voluntárias de distanciamento social e higiene pessoal, mantendo o país aberto, o que resultou em uma quantidade maior de casos em relação às nações vizinhas. “Se você olha para o Brasil, eles estão num momento bem difícil.
E, falando nisso, continuam falando da Suécia. Voltou a assombrar a Suécia. A Suécia também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões ou até mais”, afirmou.
Apesar da declaração, o presidente americano inicialmente havia minimizado a ameaça do coronavírus, que, até o momento, já matou mais de 108 mil pessoas nos EUA. Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, o país lidera o ranking com mais mortes e casos da Covid-19 em todo o mundo. “Fechamos nosso país. Salvamos, possivelmente, 2 milhões, 2,5 milhões de vidas. Poderia ser só um milhão de vidas, acho que não menos que isso. Mas se considerarmos que estamos em 105 mil hoje em dia, o número de vítimas seria pelo menos 10 vezes maior. É o que se acredita como mínimo se fizéssemos (imunidade de) rebanho”, comentou.
O Brasil, por sua vez, ultrapassou a Itália em número de óbitos e assumiu a terceira colocação na lista, com 34.021 vítimas. Além disso, o país é o segundo com mais pessoas contaminadas. Neste momento, inclusive, tem a maior taxa de aceleração da doença e tem sido considerado o epicentro do novo coronavírus em todo o planeta.
Apesar do crescimento na quantidade de mortes e casos, diversas regiões estão anunciando planos para afrouxar a quarentena e retomar as atividades econômicas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parabenizou a atuação da Guarda Nacional nos protestos desse domingo (31) e criticou a mídia e o movimento antifascista “Antifa”. Em sua conta no Twitter, ele disse que irá designar o Antifa como uma “organização terrorista”.
O EUA passaram, na madrugada deste domingo, pela 5ª noite de protestos pela morte de George Floyd, homem negro que foi asfixiado por um policial branco até a morte, em Minneapolis, na última segunda-feira (25).
“Parabéns à nossa Guarda Nacional pelo excelente trabalho que fizeram imediatamente ao chegar a Minneapolis, Minnesota, ontem à noite. Os anarquistas liderados pela Antifa [grupo antifascista], entre outros, foram fechados rapidamente. Isso deveria ter sido feito pelo prefeito na primeira noite e não teríamos tido problemas!”, tuitou Trump.
O presidente norte-americano ainda criticou a mídia, alegando que está “fazendo de tudo ao seu alcance para fomentar o ódio e a anarquia”.
Um cachorro esperou por quase três meses pelo seu dono, que foi internado em um hospital em Wuhan, na China, com sintomas da Covid-19. O homem morreu cinco dias depois.
De acordo com informações publicadas pelos jornais “The New York Post” e “The Sun”, o animal de sete anos chegou com o homem aposentado ao hospital Taikang em fevereiro passado, no ápice da epidemia no país.
Sem saber que o seu dono jamais voltaria, o cão ficou no saguão do hospital à espera. Alimentado por funcionários, recebeu o nome de Xiao Bao.
Em abril, quando o governo local suspendeu parte das restrições, Xiao Bao passou a receber cuidados também de funcionários de um supermercado, que fica no mesmo prédio do hospital.
Com o passar do tempo, alguns pacientes começaram a reclamar da presença do animal. Por isso, os enfermeiros contataram a Associação de Proteção a Animais Pequenos de Wuhan, onde recebeu os cuidados de veterinários.
Após a morte do seu dono, a associação está à procura de um novo dono para o cão.