No começo do mês, o embaixador acusou o Reino Unido de “grave interferência nos assuntos internos da China” por sua resposta a uma polêmica lei de segurança nacional aplicada em Hong Kong, ex-colônia britânica devolvida em 1997.
O governo do primeiro-ministro Boris Johnson havia anunciado que parte dos residentes de Hong Kong teriam um acesso mais fácil à cidadania britânica, uma decisão que poderia preparar o caminho para que mais de três milhões de Hong Kong se instalem no Reino Unido.
Mas o embaixador chinês em Londres, Liu Xiaoming, afirmou que Pequim expressou a “grave preocupação e forte oposição” à proposta, argumentando que o Executivo britânico não tem “nenhuma soberania, jurisdição ou direitos de supervisão sobre Hong Kong”.
Além disso, o governo britânico anunciou a proibição do uso de equipamentos da chinesa Huawei para suas redes 5G. Pela decisão, as empresas de telecomunicação devem suspender a compra de novos equipamentos da marca e remover os já existentes até 2027.
“Esta decisão decepcionante é uma má notícia para qualquer pessoa no Reino Unido com um telefone móvel. Ela ameaça mover a Grã-Bretanha para a pista lenta digital, elevar as contas e aprofundar o fosso digital”, disse Ed Brewster, porta-voz da Huawei.