O presidente da China, Xi Jinping, fez um discurso nesta terça-feira (22) em que defendeu o multilateralismo e a cooperação internacional no combate aos efeitos da pandemia do novo coronavírus durante a 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Xi Jinping declarou que seu país “não tem intenção de travar uma guerra fria ou quente com nenhum país”, em um momento em que crescem as tensões entre a Pequim e Washington. “Continuaremos a reduzir as diferenças e resolver disputas com outros [países] por meio do diálogo e da negociação”, enfatizou.
O pronunciamento do chefe de estado chinês, gravado previamente como dos outros mandatários, foi divulgado após o discurso em que o presidente americano, Donald Trump, voltou a culpar a China pela propagação do novo coronavírus e pediu para que a ONU responsabilize o país “pelas suas ações”.
Trump também voltou a se referir ao Sars-Cov-2 como “vírus chinês” e disse que Pequim não agiu para evitar que as pessoas infectadas deixassem o país no início da pandemia. Coube ao representante da missão chinesa, presente na sede da ONU, em Nova York, que falou ao vivo rebater as acusações que classificou “como infundadas”.
Donald Trump diz que ONU deveria responsabilizar a China por causa da Covid-19
O mandatário chinês afirmou em seu discurso que “qualquer tentativa de politizar” o combate ao novo vírus deve ser rejeitada. Face aos desafios impostos pelo novo coronavírus, Xi defendeu que os países procurem cooperar. Segundo ele, é natural que os países tenham pontos de discordância, mas que devem procurar o diálogo.
Após a China ter sido acusada por Trump de “jogar lixo nos oceanos” e poluir “mais do que qualquer outro país no mundo”, Xi Jinping falou sobre “Revolução Verde” e o comprometimento de seu país de reduzir emissões de carbono consideravelmente até 2060.
Assembleia virtual
Por causa da pandemia de Covid-19, o evento desse ano é virtual pela primeira vez na história da ONU. Após o pronunciamento de abertura do secretário-geral, Antonio Guterres, o primeiro chefe de estado a falar foi o brasileiro Jair Bolsonaro. O mandatário afirmou que existe uma campanha “brutal” de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. Veja o vídeo:
Bolsonaro: ‘Há tanto interesse em propagar desiformações sobre nosso meio ambiente’
Como manda a tradição, o chefe de estado do Brasil abre o debate geral desde 1947, quando o chanceler brasileiro Osvaldo Aranha presidiu a Primeira Sessão Extraordinária da Assembleia Geral e a Segunda Sessão da Assembleia Geral.
Trump foi o segundo a discursar, seguido pelo chefe de estado turco, Recep Tayyip Erdogan. Ainda nesta terça, são aguardados os pronunciamentos dos presidentes: Miguel Díaz Canel (Cuba), Vladimir Putin (Rússia), e Hassan Rouhani (Irã) e Emmanuel Macron (França).
A partir das 16 horas (horário de Brasília), os pronunciamentos serão retomados com outros 19 líderes, entre eles, representantes da Colômbia, México, Uruguai, Argentina e Peru e de nações africanas.
A sede das Nações Unidas, em Nova York, está parcialmente vazia – apenas um diplomata por missão foi autorizado a entrar. Os discursos dos chefes de estados dos 193 países membros estão programados para serem exibidos nos próximos oito dias.
As autoridades do Egito anunciaram, neste domingo (20), a descoberta de 14 sarcófagos com cerca de 2,5 mil anos em Saqqara, a 25 km das pirâmides de Gizé. Eles estavam no fundo de um poço e se somam a outros 13 que foram encontrados na semana passada.
Os arqueólogos que atuam na região encontraram os artefatos ainda na sexta-feira (18), segundo um comunicado do Ministério de Antiguidades. O sítio de Saqqara é uma vasta necrópole – espécie de cemitério antigo – que abriga a famosa pirâmide de Djoser, a primeira da era faraônica e uma das obras mais antigas do mundo.
Sarcófago é um dos 14 encontrados em Saqqara, no Egito — Foto: Ministério de Antiguidades/AFP
Os sarcófagos encontrados estão bem preservados e suas imagens mostram motivos marrons e azuis, bem como numerosas inscrições hieroglíficas. Nos últimos anos, as autoridades egípcias têm anunciado descobertas arqueológicas com bastante frequência, com o objetivo, entre outros, de reativar o turismo.
Muito importante para a receita do país, o setor se viu bastante afetado, tanto pela instabilidade política, quanto pelos ataques posteriores à revolução de 2011, que derrubou o ditador Hosni Mubarak do poder. O país enfrenta outra crise no setor promovida pela pandemia da Covid-19.
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, anunciou nesta quinta-feira (17) que deixará a disputa presidencial. A decisão foi tomada um dia depois da divulgação da pesquisa Tu Voto Cuenta mostrar que Luis Acre, ex-ministro da Economia de Evo Morales, ganharia a disputa no primeiro turno.
Em um pronunciamento gravado, Áñez disse que tomou a decisão de retirar sua candidatura para as eleições de 18 de outubro “pelo bem maior” e para evitar que os votos de oposição ao partido de Morales, Movimento para o Socialismo (MAS), fiquem dispersos em candidaturas diversas.
“Hoje deixo de lado minha candidatura à presidência da Bolívia para cuidar da democracia”, disse a presidente interina.
A atual presidente boliviana anunciou sua candidatura ainda em janeiro deste ano, ao lado do vice Samuel Doria Medina pela coligação Juntos, que agregava os partidos Democratas e Unidade Nacional com outras organizações locais.
Uma pesquisa divulgada na quarta mostrou Añez quase 30 pontos percentuais atrás do primeiro candidato. Segundo a pesquisa, Luis Acre teria 40,3% dos votos, contra 26,2% do ex-presidente Carlos Mesa e 10,6% de Jeanine Añez.
Para evitar um segundo turno, o vencedor do pleito precisa de pelo menos 40% dos votos válidos no primeiro, e de uma vantagem de pelo menos 10 pontos para o segundo colocado.
Ruben Navarette precisou aprender na marra. Sua primeira vez ao volante de um carro foi em uma estrada estreita e íngreme e com um enorme incêndio na cola.
Sua família se preparava há dois dias, empacotando tudo para deixar a casa em Cold Springs Rancheria, uma reserva indígena ameaçada pelo incêndio Creek, que devastou mais de 71.000 hectares nas colinas do bosque nacional Sierra, no centro da Califórnia.
Seus tios Jamie e Joshia Smith, com quem vive há vários anos, o esperavam.
“É como um videogame, Ruben”, lembrou o garoto, de 14 anos, que se prepara para começar a 9ª série, sobre o que lhe dizia Joshua.
E o momento chegou na segunda-feira (7) à noite.
A família (os tios, os três primos e o irmão de Ruben, que precisa de cadeira de rodas) receberam uma chamada por volta da meia-noite para que deixassem o local o quanto antes.
Jamie na frente em sua camionete, Ruben no meio em um Chevrolet Traverse azul e Joshua na retaguarda, com uma pick-up que, para piorar, não tinha faróis.
“Eu estava muito nervoso, com muito medo”, disse Ruben no quarto de hotel onde vive agora com a família em Clovis, uma cidade próxima para onde se reúnem os evacuados.
O fogo “estava atrás da gente… eu não queria olhar, porque tinha que ficar focado, não queria bater o carro. Mas se você olhasse pela janela, era possível ver a colina íngreme”, relembrou. “Era um caminho longo… acredito que lá pelo meio do caminho eu comecei a ficar mais cômodo” ao volante.
Era a primeira vez que ele dirigia, a primeira vez que tinha que evacuar sua casa por causa de um incêndio.
E, até agora, a família Smith não sabe se a casa ainda está de pé.
“Estou pronto”
Da casa nas colinas até Clovis foram cerca de 50 km dirigindo.
“Ele foi muito bem”, elogiou Jamie. “Ele estava um pouco lento, mas melhor assim. O importante era chegar são e salvo”.
“Foi um curso intensivo”, brincou. “Antes, ele só tinha treinado (a direção) por cerca de 500 metros em casa”.
Pelas estradas californianas também fugia Stan Jordan, de 68 anos, em seu trailer, que é sua casa desde novembro do ano passado, quando decidiu percorrer os Estados Unidos para realizar o sonho que dividia com a esposa, hoje falecida.
Stan também se mostrou impressionado pelo que viu na estrada.
“Foi incrível, nunca vi chamas tão altas”, afirmou, visivelmente emocionado. “Era muito difícil imaginar algo assim”.
Na evacuação, Stan percebeu o pânico das pessoas, que abandonavam o acampamento onde ele estava estacionado.
Com planos de permanecer em Shaver Lake até outubro, Stan pretende agora viajar para o Arizona.
Sua casa sobre rodas o segue para onde for, diferentemente dos Smith, que, acostumados com os espaços abertos da montanha, se veem confinados no hotel.
As meninas Smith, Julissa e Georgina, pulam de uma cama do quarto para a outra para brincar, o que lhes vale uma bronca da mãe Jamie.
“Aqui não podem fazer tanto barulho como lá em casa”, alerta a mãe.
A família recebeu uma estadia de 10 dias paga pela Cruz Vermelha, que, devido à pandemia, não pode receber os evacuados nos tradicionais acampamentos de campanha.
Mais de 1.2000 quartos de hotel foram colocados à disposição das famílias, informou a entidade.
“Fico muito agradecida, mas sinto falta da minha casa”, onde ficaram os dois cachorros da família, revela Jamie, às lágrimas.
Já Ruben espera a volta para casa, e dirigindo, de preferência. “Estou pronto para dirigir novamente. É bem divertido”, diz.
Um líder da máfia siciliana Cosa Nostra arrancou com seus próprios dentes o dedo mindinho de um guarda de prisão e depois o engoliu, informou o jornal “Il Messagero”.
Giuseppe Fanara, de 60 anos, cumpria há nove anos uma pena de prisão perpétua na prisão de Rebibbia, em Roma, na Itália, sob o regime especial do artigo “41 bis” do código penal italiano, reservado aos mafiosos.
Em junho, o detento agrediu sete policiais que foram realizar um controle em sua cela.
Segundo o “Messagero”, Fanara e um agente de segurança entraram em luta corporal. O detento bateu no seu rosto e mordeu o dedo mindinho de sua mão direita. O dedo não foi encontrado, o que levou um promotor de Roma a concluir que o mafioso o havia comido, acrescenta o jornal.
Após agredir o policial, o preso teria atacado os outros seis guardas, usando um cabo de vassoura como arma. “Vou cortar suas gargantas como porcos”, teria gritado.
Depois do incidente, ele foi transferido para a prisão de segurança máxima de Sassari, na Sardenha.
Prisão perpétua
Giuseppe Fanara foi condenado à prisão perpétua em 2009, como resultado de uma operação antimáfia em 2006, na região de Agrigento, na Sicília.
O mafioso foi condenado à prisão perpétua pelos assassinatos, no fim dos anos 90, de dois irmãos que haviam se rebelado contra as demandas da Cosa Nostra e de outros três homens em conflitos entre clãs mafiosos.
A candidata democrata à vice-presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse que não acreditaria na palavra isolada do presidente republicano Donald Trump em relação à potencial vacina do coronavírus.
Em um trecho de uma entrevista transmitida pela CNN no sábado (5), Harris disse que Trump tinha um histórico de supressão das opiniões de especialistas na pandemia do coronavírus e que teme que isso possa acontecer de novo no caso de uma futura vacina.
“Eu não confiaria em Donald Trump”, disse, acrescentando que ela apenas ficaria convencida da eficácia de uma vacina se alguém com credibilidade também a assegurasse.
Pelo menos 6,2 milhões de pessoas foram infectadas na pandemia de coronavírus nos Estados Unidos e 187.833 morreram, de acordo com uma contagem da Reuters.
Uma equipe da emissora russa Vesti Yamal TV descobriu por acaso mais uma das famosas “crateras mistériosas”. Esse fenômeno na natureza vem a quase seis anos causando questionamentos às autoridades e cientistas do país.
O enorme buraco foi descoberta quando o grupo se dirigia a outro local. A cratera tem 50m de profundidade.
Internautas nas redes sociais deram opiniões diferentes sobre a descoberta. Um deles mencionou que poderia ser perfurações de algum OVNI (objeto Voador não Identificado). Mas quem desconfie que podem ser testes secretos de mísseis. Esta é a 17ª cratera que surgiu na região nos últimos anos.
O Congresso do Chile aprovou uma lei que elimina uma antiga discriminação contra as mulheres, que as obrigava a esperar — diferentemente dos homens — 270 dias após o divórcio ou depois de ficarem viúvas para se casarem novamente.
A Câmara dos Deputados aprovou a norma que modifica o Código Civil na terça-feira (1º) por 145 votos a favor e agora está pronta para ser sancionada pelo presidente Sebastián Piñera.
Para a ministra da Mulher, Mónica Zalaquett, a medida retira uma discriminação histórica fundada em suspeitas sobre paternidade dos filhos gerados depois do divórcio.
“Esta lei encerra uma das discriminações mais injustas do Código Civil. As mulheres ficavam sob o manto da suspeita”, comentou Zalaquett.
A lei em vigor desde o século XIX tinha sua origem em uma eventual suspeita da paternidade dos filhos que a mulher pudesse ter em seu segundo casamento, estabelecendo um prazo de 270 dias (ou nove meses) no qual não era permitido ela iniciar um segundo casamento após o término do primeiro.