A polícia da capital mexicana disparou gás lacrimogêneo contra manifestantes que participavam, nesta segunda-feira (8), de um protesto contra a violência de gênero.
A marcha, que marcava a celebração do Dia Internacional da Mulher, terminou em frente ao Palacio Nacional, sede do governo do México. Algumas das manifestantes tentaram furar os bloqueios para tentar entrar no prédio – e foram reprimidas pelas forças de segurança.
Os protestos desta segunda dão continuidade às manifestações que ocorreram no fim de semana em frente ao palácio presidencial. Dezenas de mulheres protestaram expondo os nomes das vítimas de feminicídio nas cercas erguidas para proteger o edifício.
As mulheres também protestam contra o apoio do presidente Andrés Manuel López Obrador à polêmica candidatura de Félix Salgado Macedonio para governador. Político do partido governista, ele é acusado de estupro. O México é um dos países mais afetados pela violência de gênero. Só em 2020, foram registrados 967 feminicídios, número um pouco inferior aos 969 de 2019.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, anunciou na noite deste sábado (6) a troca do ministro da Educação, Eduardo Petta, da ministra da Mulher, Nilda Romero, e do chefe de gabinete do governo, Ernesto Villamayor. A decisão foi transmitida em pronunciamento oficial pela televisão e ocorre após manifestações contra as escolhas da gestão da pandemia no país.
Na noite desta sexta-feira (5), o ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, já havia renunciado pouco antes do protesto, que reuniu cerca de 5 mil pessoas, de acordo com o jornal local “ABC Color”. O presidente do Paraguai nomeou Julio Borba como novo chefe da pasta e afirmou que começaria a buscar mais remédios imediatamente.
Benítez também disse, durante o pronunciamento, que poderá fazer novas mudanças nos ministérios do país no decorrer da próxima semana. Mais cedo, neste sábado, o presidente chegou a pedir que os ministros entregassem os cargos.
“Sei que as pessoas esperam mudanças e eu vou fazê-las, vou nomear novas autoridades para a pacificação” .- Mario Abdo Benítez, presidente do Paraguai
Os manifestantes pedem a renúncia do presidente do país, acusado de fazer uma gestão desastrosa diante do colapso. Durante os protestos, ao menos uma pessoa morreu, e 20 ficaram feridas. O Paraguai vacinou menos de 0,1% da população de pouco mais de 7 milhões de habitantes.
Em Cidade do Leste, praticamente todos os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria estão ocupados. Paraguaios e brasileiros que vivem no país vizinho estão cruzando a fronteira para tentar buscar atendimento em Foz do Iguaçu (PR), que também está com as UTIs lotadas.
As infecções por coronavírus no Paraguai atingiram níveis recorde. Os hospitais estão perto do colapso. Nos últimos sete dias, a taxa de infecção no Paraguai ficou em cerca de 115 pessoas por 100 mil habitantes.
Nos protestos desta sexta, a polícia fez disparos com balas de borracha e usou bombas de gás nos manifestantes ao redor do prédio do Congresso do país.
As pessoas que participavam do ato responderam com pedras, barricadas com fogo nas ruas e quebraram algumas das barreiras de segurança.
O governo italiano bloqueou a exportação para a Austrália de uma remessa da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.
A decisão envolve 250 mil doses produzidas em uma fábrica da AstraZeneca na Itália.
O país é o primeiro da União Europeia (UE) a usar os novos regulamentos do bloco, permitindo que as exportações sejam interrompidas se a empresa fornecedora das vacinas não cumprir as obrigações assumidas localmente.
A AstraZeneca disse que fornecerá apenas 40% do acordado com Estados-membros da UE nos primeiros três meses do ano. A companhia disse estar enfrentando problemas de produção para justificar o déficit.
Em janeiro, o então primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte disse que os atrasos no fornecimento de vacinas pela AstraZeneca e pela Pfizer são “inaceitáveis” e acusou as empresas de violarem seus contratos.
A UE tem sido amplamente criticada pela lentidão do seu programa de vacinação. No esquema estabelecido em junho do ano passado, o bloco negociou a compra de vacinas em nome dos Estados-membros.
Não houve nenhum comentário oficial sobre a ação italiana por parte da Austrália, da UE ou da AstraZeneca.
A Austrália iniciou seu programa de vacinação na semana passada usando a vacina Pfizer. A vacinação com o imunizante da AstraZeneca está prevista para ter início na sexta-feira (5).
O que a Itália diz?
O governo italiano abordou a Comissão Europeia na semana passada para comunicar sua intenção de bloquear o embarque das doses.
Em nota, o Ministério de Relações Exteriores do país explicou a medida, informando que havia recebido o pedido de autorização no dia 24 de fevereiro.
Os pedidos anteriores foram autorizados porque incluíam um número limitado de amostras para pesquisa científica, mas o último, muito maior, foi rejeitado.
O governo italiano explicou a medida dizendo que a Austrália não consta em uma lista de países “vulneráveis”, que há uma escassez permanente de vacinas na UE e na Itália e que o número de doses era alto em comparação com a quantidade dada à Itália e à UE como um todo.
O que representa o bloqueio?
Em uma guerra pelas vacinas cada vez mais acirrada, este é um movimento importante de um dos pesos-pesados da UE.
É a primeira proibição do tipo depois que os fabricantes tiveram de passar a pedir autorização para exportação ao país em que a vacina é produzida.
O novo primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, figura influente na Europa como ex-presidente do Banco Central Europeu, argumentou em videoconferência com líderes da UE que as regras deveriam ser aplicadas com rigor.
Ele estava furioso com as reduções da AstraZeneca de até 70% no fornecimento de doses em relação ao que foi contratado.
Draghi está claramente determinado a mostrar que o seu país — e a UE — usarão todos os meios necessários para garantir a imunização de sua população.
Como surgiu a briga com a AstraZeneca?
A UE assinou um acordo com a AstraZeneca em agosto para a compra de 300 milhões de doses, com opção para mais 100 milhões.
Mas, no início deste ano, a empresa relatou atrasos na produção em fábricas na Holanda e na Bélgica.
Em vez de receber 100 milhões de doses até o final de março, espera-se agora que a UE receba apenas 40 milhões.
O bloco acusou a empresa de violar o acordo. A comissária de Saúde da UE, Stella Kyriakides, afirmou que as fábricas da companhia no Reino Unido que produzem a vacina deveriam compensar o déficit.
Kyriakides também criticou o presidente da AstraZeneca, Pascal Soriot, por dizer que o contrato previa que a empresa fizesse seu “melhor esforço” para entregar o que foi acordado, em vez de prever uma obrigação de cumprir um prazo para entrega de vacinas.
Como resultado da disputa, a UE anunciou controles de exportação que começaram a vigorar em 30 de janeiro
Os governos federal e dos estados da Alemanha chegaram a um acordo para prorrogar o lockdown em que se encontra o país até o dia 28 de março, segundo informações divulgadas pela agência DPA e publicações como “Spiegel” e “Tageszeitung”. A chanceler Angela Merkel e os chefes de governo dos estados concordaram com essa medida numa videoconferência. Os estados federais adaptarão seus regulamentos de acordo com a decisão.
Ao mesmo tempo, de acordo com a decisão, as primeiras medidas de relaxamento devem entrar em vigor a partir da próxima segunda-feira.
A possibilidade de encontros privados com amigos, parentes e conhecidos será, portanto, novamente ampliada. Os encontros privados entre moradores de dois lares distinto ficarão permitidos novamente, mas limitados a um máximo de cinco pessoas simultaneamente. Crianças de até 14 anos não contam.
As autoridades alemãs acordaram também um “freio de emergência” para a flexibilização, Se a média móvel de incidência de novos casos aumentar em mais de 100 em três dias consecutivos, as regras atualmente em vigor voltam a ser aplicadas a partir do segundo dia útil depois que houve a piora da transmissão.
Mercados de jardinagem, floriculturas e livrarias também podem reabrir em todo o país a partir de 8 de março — mas com restrições. Isso inclui medidas de higiene e a restrição de no máximo 1 cliente por dez metros quadrados.
Com a prorrogação do confinamento, permanecem fechados:
- Bares
- Restaurantes
- Hotéis
- Academias de ginástica
- Cinemas
- Teatros
- Comércio não essencial
No início da noite, os governos federal e estadual também concordaram que os médicos de família serão incluídos na estratégia de vacinação a partir do final de março. Cerca de 60 mil deles podem começar a aplicar vacinas em abril, se houver suficiente imunizante.
Decisões finais sobre algumas medidas futuras ainda estão pendentes. A questão da abertura gradual local em função dos números regionais de infectados — que estava prevista nos projetos de resolução a serem discutidos na reunião — é uma delas.
A Colômbia recebeu nesta segunda-feira (1º) o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 distribuídas nas Américas pelo Covax, mecanismo criado pela OMS para beneficiar os países com menos renda na corrida desigual para imunizar a população após mais de um ano de pandemia.
A remessa que chegou a Bogotá contém 117 mil vacinas produzidas pelo laboratório Pfizer/Biotech. “Hoje é um marco, o Covax faz sua primeira entrega de vacinas (…) nas Américas e o primeiro país a recebê-las é a Colômbia”, comemorou o presidente Iván Duque em comunicado público após a chegada do carregamento.
Gana e Costa do Marfim, na África, e Coreia do Sul, na Ásia, já haviam recebido carregamentos desse dispositivo, que visa a fornecer em 2021 vacinas contra a Covid-19 a 20% da população de quase 200 países e territórios.
O Covax, fundado pela OMS, a Aliança das Vacinas (Gavi) e a Coalizão para Inovação em Preparação para Epidemias (Cepi), foi criado na tentativa de evitar que os países ricos acumulem as doses, que continuam a ser produzidas em quantidades muito pequenas para atender a demanda mundial. Peru, El Salvador e Bolívia serão os próximos beneficiários do Covax na região, anunciou a OMS em boletim.
A Colômbia iniciou o processo de imunização contra a Covid em 17 de fevereiro e pretende vacinar cerca de 35 milhões de pessoas em 2021. Até agora, 130 mil pessoas, a maioria profissionais de saúde, receberam a injeção.
O país é o segundo com mais infecções na América Latina (2.251.690), atrás do Brasil, e acumula quase 60 mil mortes pela pandemia desde março passado.
O governo de Israel congelou os planos para enviar doses de vacinas contra a Covid-19 para fora do país, afirmou o ministro da Defesa, Benny Gantz, nesta quinta-feira (25), após a iniciativa passar por escrutínio do ponto de vista legal.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, está sendo criticado por doar vacinas da Covid-19 a aliados externos, ao mesmo tempo em que palestinos reclamam que, enquanto potência ocupante, Israel deveria fornecer mais doses do imunizante a eles.
A rede pública israelense Kan, que no início da semana reportou que Israel enviaria pequenas remessas a 19 países, disse que o procurador-geral do país, Avichai Mandelblit, estava buscando esclarecimentos sobre o programa.
Uma autoridade do gabinete de Netanyahu disse que depois que as questões legais foram levantadas, o conselheiro de segurança nacional de Netanyahu pediu que Mandelblit desse sua opinião.
“Eu vejo com bons olhos a decisão de congelar a transferência de vacinas para outros países”, disse Gantz no Twitter. Gantz atua no governo de Netanyahu enquanto se prepara para enfrentá-lo em uma eleição no mês que vem.
As Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda (FDLR) negaram envolvimento no ataque que matou três pessoas na República Democrática do Congo na última segunda-feira (22), incluindo o embaixador da Itália no país africano, Luca Attanasio.
A ação foi realizada em uma estrada entre as cidades de Goma e Bukavu, perto da fronteira ruandesa, e também vitimou o policial militar italiano Vittorio Iacovacci e o motorista congolês Mustapha Milambo.
Em comunicado citado pelo site local Actualité, as FDLR afirmam que seus combatentes não participaram do ataque e pedem que as autoridades do Congo e a missão da ONU no país (Monusco) descubram os responsáveis por “esse assassinato desprezível, ao invés de recorrer a acusações precipitadas”.
Além disso, o grupo rebelde afirma que o ataque ocorreu “não longe” de destacamentos dos exércitos da RDC e de Ruanda. “Os responsáveis por esse assassinato ignóbil devem ser procurados nas fileiras desses dois exércitos e de seus patrocinadores, que formaram uma aliança para perpetuar o saque no leste da RDC”, dizem as FDLR.
O grupo foi formado por exilados da etnia hutu no Congo no início dos anos 2000. Entre seus integrantes estão membros das antigas milícias que conduziram o genocídio tutsi em Ruanda, em 1994, quando entre 800 mil e 1 milhão de pessoas foram massacradas em apenas três meses.
As FDLR são acusadas de perpetrar diversos ataques no leste do Congo, incluindo um que matou 12 guardas do Parque Nacional Virunga, local do atentado contra o embaixador italiano, em abril do ano passado.
Seu objetivo é derrubar o governo do presidente de Ruanda, Paul Kagame, um dos líderes da guerrilha tutsi que derrotou os genocidas e que está formalmente no poder desde 2000.
Divergências
O grupo ruandês havia sido acusado diretamente na última segunda-feira pelo Ministério do Interior da RDC, que disse também que outras três pessoas foram raptadas.
Já nesta terça (23), o gabinete do presidente Félix Tshisekedi emitiu um comunicado afirmando que Attanasio, Iacovacci e Milambo foram assassinados por “sequestradores”. Os três faziam parte de um comboio do Programa Mundial de Alimentos da ONU – vencedor do Nobel da Paz em 2020 – que visitaria um projeto de distribuição de comida em escolas.
O motorista congolês foi morto na hora, mas os dois italianos teriam sido levados para a floresta pelos agressores.
“Alertadas, as Forças Armadas saíram atrás do inimigo. A 500 metros, os sequestradores atiraram no policial, que morreu no local, e no embaixador, ferido no abdômen”, diz o comunicado da Presidência do Congo.
O diplomata italiano faleceu uma hora depois, no hospital da Monusco em Goma.
Um avião militar King Air 350 caiu na Nigéria logo após decolar de um aeroporto na capital Abuja, neste domingo (21). Todas as 6 pessoas que estavam a bordo morreram, incluindo 2 membros da tripulação, segundo declarações da Agência de Investigação de Acidentes (AIC) para o portal de notícias local Arise News.
O acidente aconteceu depois da aeronave relatar falha mecânica no motor, enquanto sobrevoava a cidade de Minna, de acordo com uma publicação no Twitter do Ministro da Aviação Hadi Sirika.
Bombeiros foram até o local prestar socorro.
Na postagem, o ministro confirmou a possibilidade do acidente ter sido fatal e aconselhou aos cidadãos a permanecerem “calmos e esperar pelo resultado da investigação pelos militares, enquanto oramos pelas almas que partiram, se houver”.