Ao menos 26 pessoas morreram e cinco ficaram feridas nesta segunda-feira (3) em uma colisão entre dois barcos em rio na região central Bangladesh.
A colisão ocorreu no rio Padma, perto de Shibchar, entre uma lancha com dezenas de passageiros e uma embarcação que transportava areia.
“Todas as vítimas foram atingidas na cabeça. Até o momento recuperamos 26 corpos”, declarou o chefe de polícia, Amir Hossain, à agência de notícias France Presse. “Também resgatamos cinco feridos, incluindo três crianças”.
O governo da região de Shibchar diz que até cinco pessoas podem estar desaparecidas. A proa da lancha, que havia saído da cidade de Mawa, ficou completamente destruída na colisão e afundou no rio. Abdur Rahman, testemunha do acidente, disse que a colisão provocou um grande barulho e que as embarcações viraram.
“Corremos para o lugar, onde encontramos a lancha cortada em duas. Centenas de moradores começaram a ajudar no resgate, antes da chegada da polícia e dos bombeiros”, relatou Rahman.
Perto do local da tragédia está sendo construída a maior ponte rodoviária e ferroviária de Bangladesh.
A construção da ponte atrasa o transporte fluvial em balsas, que é mais seguro mas pode levar até duas horas, o que leva muitas pessoas a usarem lanchas rápidas, que atravessam o rio em 15 minutos. Os acidentes fluviais são frequentes no país. Especialistas atribuem o problema à falta de manutenção das embarcações, à legislação frágil e à superlotação dos barcos.
Em abril, mais de 30 pessoas morreram quando uma balsa com 50 passageiros que tentavam retornar para a cidade de Narayanganj antes do toque de recolher e colidiu com outra embarcação.
Uma equipe de cientistas poloneses afirma ter descoberto o único exemplar conhecido de uma múmia egípcia grávida embalsamada.
A descoberta foi feita por pesquisadores do ‘Projeto Múmia de Varsóvia’ e revelada na revista científica Journal of Archaeological Science na quinta-feira (29).
O projeto, iniciado em 2015, usa tecnologia para examinar artefatos armazenados no Museu Nacional de Varsóvia.
Veja um vídeo sobre a descoberta de uma cidade soterrada no Egito descoberta recentemente.
A múmia era considerada um sacerdote do sexo masculino, mas a análise revelou se tratar de uma mulher em estágio avançado de gravidez.
Tecnologia vem auxiliando trabalho arqueológico — Foto: Warsow Mummy Project/Via BBC
Os especialistas dizem acreditar que os restos mortais são provavelmente de uma mulher de alto status, com idade entre 20 e 30 anos, que morreu durante o século 1 a.C.
Amuletos, considerados itens conhecidos como os Quatro Filhos de Hórus, acompanham o corpo mumificado — Foto: Warsow Mummy Project/Via BBC
“Apresentado aqui está o único exemplo conhecido de uma mulher grávida mumificada e as primeiras imagens radiológicas desse feto”, escreveram eles no artigo científico anunciando a descoberta.
Analisando o perímetro cefálico do feto, eles estimam que a mãe morreu por razões desconhecidas entre 26 e 30 semanas de gravidez.
“Esta é a nossa descoberta mais importante e mais significativa até agora, uma surpresa total”, diz Wojciech Ejsmond, da Academia Polonesa de Ciências, que participou da descoberta, à agência de notícias Associated Press.
Quatro recipientes, supostamente órgãos embalsamados, foram encontrados dentro da cavidade abdominal da múmia, mas os cientistas afirmam que o feto não foi removido do útero.
Segundo os cientistas, não está claro por que ele não foi extraído e embalsamado separadamente. Eles especulam que crenças espirituais sobre a vida após a morte ou dificuldades físicas com a remoção podem ter contribuído para isso.
‘A Sra Misteriosa’
Pesquisadores do projeto múmia apelidaram a mulher de ‘Senhora Misteriosa’ do Museu Nacional de Varsóvia por causa de relatos conflitantes sobre suas origens.
Especialistas dizem que a mulher foi “cuidadosamente mumificada”, o que sugere que ela tinha “posição social elevada” — Foto: Warsow Mummy Project/Via BBC
Eles dizem que os restos mortais mumificados foram doados pela primeira vez à Universidade de Varsóvia em 1826. O doador alegou que a múmia foi encontrada em túmulos reais em Tebas (cidade do Egito Antigo), mas os pesquisadores dizem que era comum no século 19 atribuir falsamente antiguidades a lugares famosos para aumentar seu valor.
Inscrições no elaborado caixão e sarcófago levaram os especialistas do século 20 a acreditar que a múmia dentro era de um sacerdote chamado Hor-Djehuti.
Mas agora os cientistas, tendo identificado a múmia como sendo do sexo feminino, a partir de tecnologia de digitalização, dizem acreditar que ela foi colocada em algum momento no caixão errado por negociantes de antiguidades durante o século 19, quando saques e embrulhamento de restos mortais não eram incomuns.
Eles descrevem a condição da múmia como “bem preservada”, mas dizem que danos à proteção do pescoço sugerem que em algum momento ela foi manuseada em busca de objetos de valor.
Os especialistas afirmam que pelo menos 15 itens, incluindo um “rico conjunto” de amuletos em forma de múmia, foram encontrados intactos dentro das embalagens.
Uma das pesquisadoras do projeto, Marzena Ożarek-Szilke, disse à agência de notícias estatal polonesa que seu marido primeiro avistou o que parecia ser “um pezinho” em uma das imagens.
O contágio descontrolado pela Covid-19 na Índia não afetará apenas o sistema de saúde do país, mas deve atrasar a já lenta distribuição global de vacinas – em especial do continente africano. Conforme levantamento do diário “The New York Times”, a maioria das nações da África depende das vacinas produzidas pelo Instituto Serum da Índia.
Nova Délhi, porém, restringiu as exportações das doses para lidar com a crescente demanda doméstica. O problema é que instituto, sediado em Mumbai, é o principal produtor de vacinas da iniciativa Covax, mediada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e que destina doses a países pobres.
Até a Índia suspender as exportações, o Instituto Serum havia destinado, sozinho, 60 milhões de doses do imunizante – 43,4 milhões para países de baixa e média renda assistidos pela Covax, principalmente da África. Agora, os controles de exportação indianos são a principal restrição ao fornecimento do programa.
Ainda antes da paralisação, o continente africano tinha problemas no recebimento de vacinas, processo mais lento na comparação com outros continentes. Até a última quarta (21), apenas metade das mais de 36 milhões de doses adquiridas de vacinas haviam chegado ao continente, de 1,3 bilhão de habitantes.
Panorama geral
Do total, apenas seis milhões de doses foram administradas em toda a África Subsaariana – um número inferior a maioria dos estados dos EUA. Países como Ruanda e Gana, os primeiros a receber as remessas da Covax, já têm seus suprimentos iniciais quase esgotados. Em Botsuana, a vacinação foi suspensa em abril por falta de imunizantes.
Até agora, dez países africanos consumiram mais de dois terços dos suprimentos, disse a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti. A força-tarefa da UA (União Africana), que garantiu um financiamento para comprar 400 milhões de doses da Johnson & Johnson, não deve receber as vacinas até o final de junho.
Os países africanos, agora, passaram a recorrer a Rússia e China. Ainda assim, o continente enfrenta uma intensa onda de casos. Os Centros Africanos para Controle e Prevenção de Doenças relataram 2.155 mortes pelo vírus na última sexta (23), mesmo com a precariedade nos registros de óbitos.
Enquanto países tentam lidar com os imunizantes que já receberam, nações como Eritreia, Chade, Burundi, Tanzânia e Burkina Faso ainda não administraram qualquer vacina.
Bares, restaurantes, cinemas, museus e salas de concertos reabrem as portas a partir desta segunda-feira (26) na Itália, e o governo apresentou um plano de 222 bilhões de euros (mais de R$ 1,4 bilhão) para estimular a economia.
Após meses de restrições no país, devido ao alto patamar do número de mortes por Covid-19, a população espera que a reabertura seja irreversível e represente o início de uma vida normal.
Fechadas há seis meses, as salas de cinema aproveitaram cedo a reabertura. O cinema Beltradde abriu as portas às 6h em Milão para uma sessão inédita para 82 pessoas.
Cafeterias e restaurantes poderão abrir para almoço e jantar, mas apenas nas áreas ao ar livre e até o início do toque de recolher, às 22h. Quase 140 mil estabelecimentos comerciais foram autorizados a voltar a funcionar na maioria das 20 regiões italianas.
“Tenho muita curiosidade de sentir o público de uma sala de concertos”, confessou o maestro Antonio Pappano, que vai dirigir nesta segunda uma apresentação da orquestra Santa Cecília em um auditório de Roma.
A Itália é um dos países mais afetados do mundo pelo novo coronavírus, com mais de 119 mil mortes e 3,9 milhões de casos confirmados.
“Finalmente”, disse Daniele Vespa, garçom de 26 anos do restaurante Baccano, próximo da turística Fontana di Trevi, em Roma. “É o começo do retorno à normalidade, tomara que também acabem com o toque de recolher”.
A Índia registrou 346.786 casos de Covid-19 e 2.600 mortes pela doença em 24 horas, batendo um novo recorde mundial pelo terceiro dia consecutivo, neste sábado (24).
Na quinta-feira (22), o país superou o recorde que pertencia aos EUA, de mais de 300 mil casos, em janeiro deste ano.
O sistema de saúde indiano está em colapso, os hospitais estão lotados, médicos alertam para a falta de medicamentos e dizem que os estoques de oxigênio estão acabando.
Trens, aviões e caminhões estão sendo usados pelo governo para transportar oxigênio para lugares afastados do país.
A Índia passa por uma segunda onda de contágios, com uma nova variante que fez o número de casos explodirem. Uma pessoa morre a cada quatro minutos vítima do coronavírus em Nova Délhi, capital econômica do país.
Uma cerimônia de cremação em massa chegou a ser registrada na cidade, na quinta-feira, para tentar dar conta do alto número de mortos por complicações da Covid-19. A cremação é a prática mais comum nos funerais indianos.
Explosão de novos casos
Em março, o governo indiano chegou a afirmar que estava na “fase final” da pandemia de Covid-19. Mas especialistas dizem que o país flexibilizou cedo demais as medidas de prevenção durante o inverno e ignorou alertas sobre uma crescente onda de casos.
Uma combinação de fatores levou ao atual desastre humanitário indiano, que era evitável, de acordo com o cientista Gautam Menon, em entrevista à agência Deutsche Welle.
“A negligência por parte dos cidadãos e das autoridades fez todos baixarem a guarda. Possíveis reinfecções por causa da perda de anticorpos e o surgimento de novas variantes contribuíram para o surto”, afirmou Menon.
Segundo o Ministério da Saúde indiano, o país já registrou 16,6 milhões de casos de Covid-19 e 189.544 mortes causadas pela doença.
O presidente dos Estados Unidos discursou na abertura da Cúpula do Clima. Ao lembrar que os EUA são responsáveis por 15% das emissões do planeta, Biden afirmou que o país irá zerar as emissões até 2050, com a utilização de fontes renováveis de energia.
O compromisso havia sido confirmado pelo governo norte-americano pouco antes do início da cúpula.
Um submarino com 53 pessoas a bordo perdeu contato com a da Marinha da Indonésia enquanto realizava manobras de treinamento nas águas ao norte da ilha de Bali nesta quarta-feira (21).
O Ministério da Defesa diz que o submarino perdeu contato após receber autorização para mergulhar. Segundo a mídia local, a Marinha acredita que a embarcação afundou em uma depressão a 700 metros de profundidade.
“Perdemos contato cedo, às 3h [horário local, 16h de terça-feira em Brasília]”, afirmou o almirante Julius Widjojono, porta-voz da Marinha do país. “As tarefas de busca prosseguem e sabemos que a área é muito profunda”.
Equipes de resgate encontraram um vazamento de óleo perto do local onde a embarcação submergiu, segundo autoridades. Dois navios com capacidade de sonar foram enviados à região para ajudar nas buscas.
A Indonésia é o maior arquipélago do mundo, formado por mais de 17 mil ilhas. Bali é uma ilha e província do país, entre as ilhas de Java (a oeste) e Lombok (a leste).
O submarino KRI Nanggala-402 pesa 1.395 toneladas e foi construído na Alemanha em 1977. Ele foi incorporado à frota indonésia em 1981 e passou por uma reforma de dois anos na Coreia do Sul que foi concluída em 2012.
O analista militar Soleman Ponto disse à agência de notícias Reuters que é muito cedo para determinar o que aconteceu. “Não sabemos ainda se os equipamentos de comunicação quebraram ou se o submarino afundou. Temos que esperar pelo menos três dias”.
As autoridades pediram ajuda a Índia, Singapura e Austrália, que passaram a auxiliar nas buscas.
Um homem matou oito pessoas a tiros e feriu outras seis em um prédio da empresa de entregas FedEx em Indianápolis, no estado de Indiana, no final da noite de quinta-feira (15).
O atirador se matou com um tiro assim que os agentes chegaram ao local. A polícia ainda não informou a identidade do assassino e o motivo do ataque.
Quatro pessoas foram hospitalizadas, uma delas com ferimentos graves, informou Genae Cook, porta-voz da polícia local. Outras duas pessoas foram medicadas no local e liberadas.
“É uma tragédia, mas vamos superar isso com louvor”, afirmou Cook.
Um porta-voz da empresa disse que a companhia buscava informações com a polícia e que funcionários e familiares dos mortos e feridos foram levados para um hotel na região.
Onda de ataques
As mortes em Indianápolis são o caso mais recente de ataque com armas que deixa vários mortos e feridos nos Estados Unidos.
Foram ao menos cinco ataques desde março, que deixaram 34 mortos e dezenas de feridos.
Na segunda-feira (12), quatro pessoas foram mortas em uma escola de ensino médio em Knoxville, no Tenesse. Um aluno foi baleado e morto após abrir fogo contra policiais, e um agente ficou ferido.
No dia 1º, um tiroteio deixou quatro mortos e dois feridos em um prédio comercial ao sul de Los Angeles, na Califórnia. Uma das vítimas era uma criança.
Em 22 de março, um atirador abriu fogo em um supermercado em Boulder, no Colorado, e deixou 10 mortos mortos, inclusive um policial.
Policiais isolam arredores de mercado em Boulder, no Colorado, após tiroteio em 22 de março nos EUA — Foto: David Zalubowski/AP
Seis dias antes, em 16 de março, tiroteios em três casas de massagem na área de Atlanta, na Geórgia, deixaram oito mortos, a maioria mulheres asiáticas. Um homem de 21 anos foi detido no condado de Crisp e acusado de ser o autor dos disparos nos três locais.
O assassino foi preso enquanto viajava em direção à Flórida onde planejava realizar uma ação semelhante, segundo as autoridades.
Resposta de Biden
Na semana passada, o presidente americano, Joe Biden, anunciou medidas para tentar controlar o que chamou de “epidemia de violência com armas de fogo” no país.
Biden quer dificultar o acesso às “armas fantasmas”, que podem ser montadas em casa e não têm número de rastreio.
“A violência com armas de fogo neste país é uma epidemia. E é uma vergonha internacional”, afirmou o presidente americano.