O Ano Novo Chinês, um dos feriados mais importantes em grande parte da Ásia, começa nesta terça-feira (1º) com Ano do Tigre, ou o ano 4720 no calendário.
Normalmente, milhões de pessoas aproveitam a oportunidade para viajar e celebrar o Ano Novo Lunar com a família – o que, pela terceira vez na pandemia da Covid-19, não deverá acontecer.
Mesmo com o aumento da vacinação, as festas serão reduzidas pela pressão da variante ômicron – altamente transmissível – e as restrições da China com sua política “Covid zero”.
Cerca de 85% dos chineses estão totalmente vacinados, de acordo com a plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, e mais chineses viajaram internamente este ano.
No entanto, o governo insiste para que os moradores evitem deslocamentos desnecessários e tem intensificado testes e lockdown em áreas com surtos de Covid-19.
A China reforçou o controle das medidas sanitárias também para evitar problemas na realização das Olimpíadas de Inverno, marcadas para começar nesta semana.
O que marca o ciclo de um ano para os chineses?
O calendário chinês tem a Lua como parâmetro — há quem se refira ao feriado como Ano Novo Lunar, inclusive. O ano é o fim de 12 ciclos completos da Lua.
O que marca o Ano Novo é a primeira Lua Nova após o solstício de inverno. Geralmente, fica entre os dias 20 de janeiro e 18 de fevereiro.
A data do Ano Novo é móvel, ela não acontece sempre depois de um ciclo fixo de dias, como no caso do calendário Gregoriano, que se repete a cada 365 dias.
Outros calendários também são lunares, como o dos muçulmanos, que tem o Ramadã, e o judeu.
Quais as diferenças do ano solar e lunar?
Um ano no calendário gregoriano, usado no Ocidente, é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa ao redor do sol –cerca de 365 dias.
O ano lunar tem cerca de 354 dias, que é o tempo para que a Lua atravesse 12 ciclos completos. (veja mais abaixo).
No entanto, como as fases da Lua não estão em sincronia com as estações do ano (verão, inverno, outono, primavera), muitas pessoas que seguem o calendário chinês também usam as datas do calendário gregoriano para atividades rurais, como pesca e agricultura.
O “AirCar”, um carro que se transforma em avião, foi aprovado em testes na Eslováquia e recebeu o Certificado de Aeronavegabilidade da autoridade de transporte local após completar 70 horas de voos e mais de 200 decolagens e aterrissagens.
O modelo, equipado com um motor BMW e que funciona com gasolina comum, precisa de 2 minutos e 15 segundos para se transformar em uma aeronave.
Segundo a Klein Vision, empresa responsável pelo projeto, os testes realizados seguem os padrões da EASE (Agência Europeia de Segurança da Aviação).
“Os desafiadores testes incluíram série de manobras de voo e desempenho e demonstraram uma surpreendente estabilidade estática e dinâmica no modo de aeronave”, disse a Klein Vision, empresa responsável pelo projeto.
O carro voador é capaz de transportar duas pessoas, com um limite de peso combinado de 200 kg.
Em julho passado, o veículo realizou um voo de 35 minutos entre os aeroportos internacionais de Nitra e Bratislava, na Eslováquia. No ar, o veículo atingiu a velocidade de cruzeiro de 170 km/h.
A empresa por trás do AirCar afirma que o protótipo levou cerca de dois anos para ser desenvolvido e custou “menos de 2 milhões de euros” (R$ 11 milhões) em investimento.
Outras iniciativas
O mercado de carros voadores é promissor: em 2019, a consultora Morgan Stanley previu que o setor poderia valer US$ 1,5 trilhão em 2040.
A empresa britânica Bellwether recentemente fez uma demonstração de um protótipo do seu veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês), que é uma aeronave similar a um helicóptero, mas que faz menos barulho e usa mais hélices para voar.
O que chama atenção no Volar é o seu visual, que lembra o de carros voadores de filmes de ficção científica.
Outro projeto similar é o da fabricante chinesa XPeng, que fez um modelo que se parece com um carro superesportivo “de verdade”, mas tem asas e hélices para subir aos ares.
Fabricantes como a Embraer, com sua marca EVE, também estão com projetos no segmento.
O papa emérito Bento 16 admitiu nesta segunda-feira (24) ter participado de uma reunião em 15 de janeiro de 1980 em que foi discutida a situação do padre Peter Hullermann, acusado de abusar sexualmente de dezenas de menores de idade na Alemanha.
À época, Bento era arcebispo de Munique e aceitou que Hullermann, cujos crimes já eram de conhecimento da igreja, atuasse no local.
A declaração, feita por meio de seu secretário pessoal, o arcebispo Georg Ganswein, e publicada pela Agência Católica de Notícias, contradiz as negativas que o papa emérito vinha proferindo há anos sobre o caso e vem à tona em um momento no qual as investigações sobre sua omissão avançam com a publicação de um relatório.
O texto atribui a um erro em declarações anteriores dadas por Bento 16 a confusão sobre sua presença na reunião. “Ele gostaria de enfatizar que isso não foi feito por má-fé, mas foi resultado de um erro na edição de sua declaração”, diz trecho do comunicado. “Ele sente muito por esse erro e pede desculpas.”
O caso envolve o padre Peter Hullermann, que, entre 1973 e 1996, teria abusado pelo menos 23 meninos com idades entre 8 e 16 anos enquanto ocupava diferentes posições na igreja. Um decreto eclesiástico da arquidiocese de Munique, de 2016, ao qual a mídia alemã teve acesso, mostra que a instituição criticou o comportamento dos clérigos, incluindo Joseph Ratzinger -nome do papa Bento 16.
Hullermann atuava inicialmente na diocese de Essen, mas, diante de denúncias de familiares das crianças abusadas, foi afastado. Ao sair de Essen, foi aceito pelo papa Bento 16 na arquidiocese de Munique e Freising em janeiro de 1980.
Por anos, o papa emérito alegou que não havia participado das decisões sobre a acolhida ao padre pedófilo, que teriam sido conduzidas por um subordinado. A versão era pouco creditada por estudiosos da hierarquia da Igreja Católica, para os quais um cenário do tipo representaria falta de autoridade incomum do então arcebispo.
O argumento segue sendo usado. Ainda no comunicado desta segunda, Bento 16 afirma que houve erro sobre sua participação na reunião, mas que o encontro em questão não teve como pauta a decisão sobre a atribuição pastoral a Hullermann, que teria sido conferida depois.
Um relatório independente publicado na última quinta (20) acusou Bento 16 de encobrir casos de abusos sexuais contra crianças.
“Ele sabia dos fatos”, afirmou o advogado Martin Pusch, que fez parte da apuração. “Acreditamos que ele pode ser acusado de má conduta em quatro casos. Dois deles são relacionados a abusos cometidos durante sua gestão e punidos pelo Estado e, em ambos, os perpetradores seguiram ativos no cuidado pastoral.”
A investigação foi encomendada pela arquidiocese de Munique, da qual o papa emérito se despediu em 1982, e contabilizou ao menos 497 vítimas de abuso entre 1945 e 2019. Os investigadores apontam que há uma chance de esse número ser ainda maior, já que centenas de outros casos podem nunca ter chegado a ser denunciados.
A maioria das vítimas era do sexo masculino, e 60% delas tinham entre 8 e 14 anos. Os 235 autores dos abusos incluem 173 sacerdotes, 9 diáconos, 5 agentes de pastoral e 48 pessoas do ambiente escolar, destaca o relatório.
O Conselho Constitucional da França aprovou nesta sexta-feira (21), com algumas condições, o novo passaporte vacinal da Covid-19, que exigirá que pessoas com 16 anos ou mais mostrem prova de vacinação para entrar em espaços públicos como bares, restaurantes e cinemas.
O novo passaporte faz parte da tentativa do presidente francês, Emmanuel Macron, de dificultar a vida de uma pequena minoria de pessoas não vacinadas a ponto de obrigá-las a tomar a vacina contra Covid-19.
A decisão do Conselho pavimenta o caminho para que o passaporte de vacina entre em vigor em 24 de janeiro, substituindo o “passaporte sanitário” que mostrava prova de vacinação, um teste negativo recente ou infecção anterior por Covid-19.
O Conselho ratificou o desejo do governo de que qualquer um com mais de 16 anos tenha que mostrar o passaporte de vacina, assim como uma disposição na legislação permitindo que gerentes de bares e restaurantes chequem a identidade da pessoa junto com o passaporte para evitar o uso de certificados falsos ou de terceiros.
Mas o órgão reverteu um requerimento para que o antigo passaporte sanitário seja exigido para comícios políticos. Menos de três meses antes da eleição, o Conselho afirmou que isso afetaria a liberdade das pessoas de compartilhar suas visões e opiniões.
O passaporte de vacina deu novo impulso a protestos de rua semanais contra restrições relacionadas à Covid-19 e à vida pública.
A França relatou mais de 425 mil infecções nesta quinta-feira (20), e hospitais dizem que a grande maioria de pacientes de Covid-19 em tratamento intensivo (UTI) não está vacinada.
g1
Uma cantora da República Tcheca morreu após contrair deliberadamente Covid-19, disse seu filho à BBC. Hana Horka, de 57 anos, não havia sido vacinada e postou nas redes sociais que estava se recuperando após testar positivo, mas morreu dois dias depois da postagem.
Seu filho, Jan Rek, disse que ela foi infectada de propósito quando ele e seu pai tiveram o vírus, para que ela pudesse obter um passaporte de Covid para acessar certos locais.
A República Tcheca registrou número recorde de casos nesta quarta-feira (19/1).
Rek e seu pai, ambos totalmente vacinados, pegaram Covid no Natal. Mas ele disse que sua mãe decidiu não manter distanciamento deles, preferindo se expor ao vírus.
“Ela deveria ter isolado por uma semana porque testamos positivo. Mas ela estava conosco o tempo todo”, disse ele.
Na República Tcheca, é necessário ter comprovante de vacinação ou de infecção recente para entrar em muitos locais sociais e culturais, incluindo cinemas, bares e cafés.
Sua mãe era integrante de um dos mais antigos grupos folclóricos tchecos, o Asonance. Ela queria pegar Covid para que fosse submetida a menos restrições, explicou Rek.
Dois dias antes de morrer, ela escreveu nas redes sociais que estava se recuperando: “Agora vai ter teatro, sauna, show”.
Na manhã de domingo, dia em que morreu, Horka disse que estava se sentindo melhor e que tinha se vestido para dar um passeio. Mas então suas costas começaram a doer e ela foi se deitar em seu quarto.
“Em cerca de 10 minutos estava tudo acabado”, disse seu filho. “Ela engasgou e morreu.”
Embora não tenha sido vacinada, Jan Rek enfatizou que sua mãe não acreditava em algumas das teorias da conspiração mais bizarras sobre as vacinas contra covid.
“Sua filosofia era de que ela estava preferia a ideia de pegar Covid do que ser vacinada”, disse ele.
“Se você tem exemplos da vida real, é mais poderoso do que apenas mostrar gráficos e números. Você não consegue simpatizar com números.”
As informações preliminares de que a variante ômicron causaria uma covid mais leve e com menor risco de complicações levam muitos a seguirem argumentos do tipo: “melhor se infectar logo, ou de propósito, para se livrar da doença e seguir a vida com menos restrições”.
Para a microbiologista Natália Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, a ideia é “péssima”, está baseada em “falsas premissas” e pode colocar em risco a saúde individual e coletiva.
Pasternak lembra que, há algumas décadas, quando não existiam vacinas, os pais costumavam promover as chamadas “festas” do sarampo, da catapora ou da rubéola.
Em resumo, a ideia era que uma criança infectada transmitisse o vírus para as demais. Como essas doenças costumam ser mais leves na infância, a prática poderia criar, em tese, uma imunidade e evitar problemas maiores na adolescência ou na vida adulta.
“Essas festas eram extremamente arriscadas, porque não dá pra saber qual criança que pegar sarampo e vau ter um quadro mais leve ou morrer”, explica.
“Mortes por sarampo nos primeiros anos de vida são raras, mas também acontecem”, aponta.
A microbiologista entende que os indícios de que a ômicron causa uma infecção mais leve ainda são muito iniciais.
Nenhuma entidade de saúde nacional ou internacional recomenda essa prática — a vacinação continua sendo a forma mais segura e efetiva de obter uma imunidade contra o coronavírus, especialmente contra as formas mais graves da infecção, que levam à hospitalização e morte.
Recordes
O número de casos de covid na República Tcheca atingiu um novo recorde na quarta-feira, com 28.469 casos relatados em uma população de 10,7 milhões de pessoas.
O governo introduziu recentemente novas medidas para combater o coronavírus, incluindo testes obrigatórios para funcionários e alunos. O período de isolamento para pessoas que testam positivo, mas não apresentam sintomas, foi reduzido de 14 dias para cinco.
No início deste mês, milhares de pessoas se manifestaram em Praga e outras cidades contra a possível introdução da vacinação obrigatória para alguns setores da sociedade. Espera-se que o governo anuncie seus planos em breve.
Cerca de 63% da população total da República Checa foi totalmente vacinada, em comparação com uma média de 69% em toda a União Europeia.
Com três filhos na pré-escola, o gerente de marcas Jeremy Cothran preparou-se para o caso de sua família ter resfriados, Covid-19 ou outras infecções em algum momento durante o inverno do hemisfério norte. Mas os dias que antecederam o Natal foram ainda piores do que ele imaginava.
“Tivemos uma sucessão de crianças doentes, com febre ou norovírus”, conta Cothran, que tem 41 anos e trabalha para uma companhia de recrutamento na área de tecnologia na capital da Suécia, Estocolmo. “As doenças acabaram culminando em vômitos tarde da noite e visitas à lavanderia do prédio logo pela manhã, para lavar roupas e lençóis.”
Isso significa que os pais suecos, ao contrário de muitos pais em outras partes do mundo, não precisam correr para procurar parentes para ajudá-los, tirar férias ou licenças não remuneradas, nem simplesmente tentar levar trabalho para casa quando seus filhos ficam doentes.
“É uma imensa rede de segurança”, afirma Cothran, que nasceu nos Estados Unidos. Ele e a esposa, que é chefe de marketing, tiraram ao todo nove dias de VAB durante o último ciclo de doença dos seus filhos. “Não temos suporte familiar na Suécia e [por isso] temos dificuldade de lidar com abalos no nosso sistema familiar. Sem o VAB, não teríamos como conseguir administrar a carreira, a vida familiar e nossa saúde mental ao mesmo tempo.”
Em meio à proliferação da variante ômicron do novo coronavírus, o mundo registrou mais de 3,67 milhões de casos de Covid-19 em apenas 24 horas. É o 5º recorde diário de novos infectados nos últimos 10 dias.
Os Estados Unidos seguem liderando o ranking de novas infecções (894 mil), mas o recorde mundial desta vez foi impulsionado pela Índia, que registrou seu maior número diário de casos desde o início da pandemia: 442 mil.
Antes da atual onda, o maior número de infectados em 1 dia no mundo era de 905 mil, registrados em 25 de abril de 2021, em meio ao colapso sanitário na Índia causado pela variante delta. O recorde de casos do país era de 414 mil, registrados em 6 de maio de 2021.
Os 10 países com mais casos confirmados nas últimas 24 horas foram:
Estados Unidos: 894 mil
Índia: 442 mil
França: 361 mil
Itália: 196 mil
Espanha: 179 mil
Austrália: 175 mil
Argentina: 131 mil
Reino Unido: 129 mil
Brasil: 87 mil
Alemanha: 86 mil
O Brasil voltou a ser um dos dez países com mais infectados, mesmo com o apagão de dados e a instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde. Foram 87 mil novos casos nas últimas 24 horas, e a média móvel voltou a ficar acima de 50 mil pela 1ª vez em 6 meses.
Os dados são de quarta-feira (12) e foram compilados e divulgados nesta quinta-feira (13) pelo “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford.
Uma onda de calor intensa atinge a região central da América do Sul nesta semana e pode fazer com que cidades na Argentina, Uruguai e Paraguai registrem temperaturas recordes, próximas dos 50ºC. Causado por uma massa de ar quente e seca, o fenômeno repercute também no sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, onde os termômetros podem chegar a 40ºC.
Os primeiros sinais do aquecimento já são sentidos desde segunda-feira (10), quando a cidade de San Antonio Oeste, na Patagônia argentina, registrou 42,8ºC, e a província de Mendoza foi colocada sob alerta vermelho.
Nesta terça-feira (11/1), a previsão de máxima de 37ºC para Buenos Aires foi superada e os termômetros marcavam 40ºC por volta das 16h do horário local – a maior temperatura desde 1995.
Segundo o Serviço Meteorológico Nacional (SMN), a capital argentina enfrenta seu quarto dia mais quente em 115 anos, ou desde que os registros passaram a ser arquivados em 1906.
A expectativa é que o calor só cresça nos próximos dias. Os locais mais quentes da Argentina devem registrar entre 45ºC e 47ºC, de acordo com previsões feitas pela MetSul, empresa de meteorologia gaúcha. Os termômetros uruguaios devem ficar entre 41ºC e 43ºC.
Já no Brasil, as temperaturas mais altas no Rio Grande do Sul devem ser marcadas no oeste do estado, com máximas entre 10ºC e 15ºC acima da média para esta época do ano. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu aviso de perigo para 216 municípios do RS em razão da onda de calor.
De acordo com o modelo feito pela MetSul, a área da cidade de Uruguaiana pode ver uma escalada de calor com máximas de 41ºC e 42ºC nos próximos dias. Até regiões mais frias, como a Serra Gaúcha, podem ter marcas extremas no final da semana, com máximas de até 37ºC em Caxias do Sul e ao redor dos 40ºC nos vales de Farroupilha e Bento Gonçalves.
Em Porto Alegre e região, o calor será maior no final da semana e no próximo fim de semana, com marcas ao redor ou acima dos 40ºC e índices de radiação ultravioleta entre 11 e 16. A Defesa Civil do município pede cuidado extremo e recomenda que a população se proteja do sol, mantenha a hidratação constante e evite exercícios entre 10h e 16h.
A maior temperatura já registrada no Rio Grande do Sul, de acordo com os dados oficiais contabilizados desde 1910, foi de 42,6ºC, nos verões de 1917, em Alegrete, e de 1943, em Jaguarão.
Prejuízos no campo e cortes de energia
O impacto das condições climáticas extremas deve ser sentido especialmente pelos agricultores. A região que engloba o sul do Brasil, o Uruguai e a Argentina sofreu perdas significativas no cultivo com uma profunda seca que marcou o ano que passou, e as temperaturas elevadas podem agravar ainda mais a situação.
No Rio Grande do Sul, 159 municípios já estão em situação de emergência devido à estiagem que começou em novembro. Os prejuízos registrados até o momento estão espalhados pela produção de grãos, frutas, hortigranjeiros e leite.
Já no sul da Argentina, onde as chuvas não acumularam nem 200 milímetros em todo o ano de 2021, a seca atinge especialmente o polo portuário de Rosário, onde cerca de 80% das exportações agrícolas do país são carregadas.