As forças ucranianas têm tentado recuperar território dos russos nos últimos dias, de acordo com um alto funcionário da defesa dos Estados Unidos — que os descreveu como “capazes e dispostos” a fazê-lo.
Eis a situação no terreno:
Contra-ataques perto da capital
Um contra-ataque ucraniano ao norte e oeste de Kiev parecia ter feito alguns avanços, pondo em risco os esforços russos de cercar a capital e ameaçando a capacidade das forças russas de reabastecer as unidades avançadas expostas ao norte da cidade.
Uma dessas áreas é Makariv, uma cidade estratégica a 48 quilômetros a oeste de Kiev. Após dias de luta, as forças ucranianas recuperaram o controle da cidade, disseram as Forças Armadas da Ucrânia em um post no Facebook na terça-feira (22). A CNN não pôde confirmar a reivindicação.
Makariv havia sofrido danos significativos devido aos contínuos ataques aéreos russos. Um vídeo obtido mostra uma devastação generalizada.
Se as forças ucranianas consolidassem seu controle sobre Makariv, seria mais difícil para as tropas russas assegurarem as aproximações pelo oeste de Kiev e, depois, pressionarem suas fronteiras mais para o sul.
Há também indícios de que as forças russas sofreram contratempos ao norte de Kiev em áreas que ocuparam quase desde o início da invasão.
Um breve vídeo geolocalizado pela CNN mostrou tropas ucranianas caminhando na cidade de Moschun, cerca de 35 quilômetros ao norte da capital. Imagens geolocalizadas de drones ucranianos durante o fim de semana mostraram a destruição de armas russas na mesma área.
Transbordamento do rio Irpin
Imagens de satélite de segunda-feira (21) mostraram uma crescente enchente causada pelo rio Irpin. A CNN relatou anteriormente que uma barragem ao longo do rio Dnieper estava inundando a bacia do rio Irpin e seus afluentes.
O rio é fundamental para o avanço russo em direção a Kiev; se os russos não podem atravessá-lo, não podem tomar Kiev pelo oeste.
Não está claro como a represa começou a inundar: se as comportas foram abertas de propósito pelos ucranianos, ou se foi atingida por um ataque militar.
Borodyanka
A cerca de 20 quilômetros ao norte de Makariv está a cidade de Borodyanka, que tem sido mantida pelas forças russas e chechenas desde o início da campanha.
Se os ucranianos tomassem Borodyanka, as unidades de ataque russas poderiam ser isoladas. O campo de batalha é fluido, e os russos poderiam reverter as recentes perdas.
Mas se os ucranianos segurarem Makariv e estenderem seu controle sobre a área, as posições russas entre a cidade e Kiev ficariam vulneráveis, impedindo ainda mais seu objetivo de avançar para o sul, por meio da principal rodovia leste-oeste, de modo a cercar a capital.
Kherson e Mykolaiv
Um alto funcionário da defesa dos EUA disse que os ucranianos estão lutando para retomar a cidade sulista de Kherson, além de pressionarem as forças russas do nordeste de Mykolaiv, forçando-os a se reposicionarem ao sul da cidade.
O oficial advertiu que os Estados Unidos não podem dizer se esses movimentos fazem parte de um “plano operacional maior” dos ucranianos ou não, mas chamaram a defesa ucraniana de “rápida” e “ágil”.
De acordo com informações preliminares, levantadas pela polícia no local, a vítima era conhecida como “Victor”. Há suspeita de que ele praticava agiotagem.
Testemunhas informaram que um carro com alguns ocupantes parou em frente à residência que Victor morava. Um dos homens desceu e e disparou três vezes contra a vítima. O grupo fugiu logo em seguida.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamado, mas apenas constatou o óbito. A Polícia Militar esteve no local isolando a cena do crime até a chegada da perícia. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.
Portal T5
Um jato Boeing-737 da China Eastern Airlines que transportava 132 pessoas caiu nas montanhas da região de Guangxi, no sul da China, nesta segunda-feira (21), segundo a Administração de Aviação Civil da China (CAAC).
Segundo a mídia estatal chinesa CCTV, as equipes de resgate não encontraram sinais de sobreviventes.
O avião estava a caminho da cidade de Kunming, no sudoeste do país, para Guangzhou, quando perdeu contato sobre a cidade de Wuzhou. A bordo estavam 123 passageiros e nove tripulantes, disse a CAAC em um comunicado publicado online.
Equipes de resgate estão no local do acidente, onde há fogo visível. “A Administração de Aviação Civil das companhias aéreas da China Eastern ativou o mecanismo de resposta de emergência após a queda de um Boeing 737”, declarou a CAAC.
Acidente
O voo partiu de Kunming às 13h11 locais (02h11 pelo horário de Brasília), mostraram os dados do FlightRadar, e deveria pousar em Guangzhou às 15h05 (04h11).
O avião estava voando a uma altitude de 29.100 pés às 03h20 pelo horário de Brasília. Pouco mais de dois minutos e 15 segundos depois, os dados mostraram que havia descido para 9.075 pés.
Em mais 20 segundos, sua última altitude rastreada foi de 3.225 pés, indicando uma descida vertical de 31.000 pés por minuto, segundo o Flightradar.
Os dados meteorológicos disponíveis online mostraram condições parcialmente nubladas com boa visibilidade em Wuzhou no momento do acidente.
O presidente chinês, Xi Jinping, pediu aos investigadores que determinem a causa do acidente o mais rápido possível e garantam a segurança “absoluta” da aviação, informou a CCTV.
O modelo 737-800 tem um bom histórico de segurança e é o antecessor do modelo 737 MAX, que está parado na China há mais de três anos após acidentes fatais em 2018, na Indonésia, e em 2019, na Etiópia.
Os investigadores tentarão recuperar as duas caixas pretas do avião – o gravador de dados de voo e o gravador de voz da cabine – para ajudar a esclarecer o acidente.
De acordo com a Aviation Safety Network, o último acidente fatal com jato na China foi em 2010, quando 44 das 96 pessoas a bordo morreram quando um jato regional Embraer E-190 da Henan Airlines caiu na aproximação ao aeroporto de Yichun, que estava com baixa visibilidade.
Em 1994, um Tupolev Tu-154 da China Northwest Airlines que voava de Xian para Guangzhou caiu, matando todas as 160 pessoas a bordo e classificando-se como o pior desastre aéreo da China, de acordo com a Aviation Safety Network.
Mercado
O provedor de dados de aviação OAG disse este mês que a estatal China Eastern Airlines era a sexta maior do mundo em capacidade semanal programada de assentos e a maior da China.
A China teve um mercado de aviação doméstico relativamente forte durante a pandemia de coronavírus, apesar das restrições apertadas aos voos internacionais.
O histórico de segurança do setor aéreo da China está entre os melhores do mundo na última década.
“A China Eastern e a China geralmente tiveram um bom histórico de segurança aérea na última década”, disse Shukor Yusof, chefe da consultoria de aviação Endau Analytics, com sede na Malásia.
“A CAAC tem normas de segurança muito rígidas e só precisamos esperar mais detalhes para ajudar a esclarecer a causa plausível do acidente.”
As ações da Boeing Co BA.N caíram 6,4%, para US$ 180,44 no pré-mercado. A Boeing não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
As ações da China Eastern Airlines 0670.HK em Hong Kong fecharam em queda de 6,5% após a notícia do acidente, enquanto suas ações CEA listadas nos EUA caíram 17% nas negociações de pré-mercado.
*Com CNN e Reuters
Um abrigo antiaéreo pode ter garantido a sobrevivência de parte das cerca de 500 pessoas que estavam abrigadas em um teatro na cidade sitiada de Mariupol nesta quinta-feira (17), segundo a prefeitura local. O local, acusa o governo ucraniano, foi alvo de um dos mais fortes ataques aéreos russos até agora. Equipes de resgate ainda buscam sobreviventes nos escombros ao longo do dia.
Um assessor da prefeitura de Mariupol afirmou que o abrigo antiaéreo que existe no teatro resistiu aos atques e que, por isso, há sobreviventes, mas ainda não soube especificar quantos.
“O abrigo antibombas resistiu. Agora os escombros estão sendo removidos. Há sobreviventes. Ainda não sabemos sobre (número de) vítimas”, disse o assesor municial Petro Andrushchenko à Reuters por telefone.
Uma funcionária da TV estatal russa, Canal 1, interrompeu um programa ao vivo para protestar contra a guerra na Ucrânia.
A manifestante foi reconhecida como Marina Ovsyannikova. Ela apareceu durante a transmissão com um cartaz que dizia “Não acredite na propaganda. Eles estão mentindo pra vocês aqui.” Enquanto mostrava o cartaz, Marina gritava “Parem com a guerra. Não à guerra”.
Ela gravou uma mensagem separada de antemão na qual ela disse que tinha vergonha de ser uma funcionária do Canal 1.
“O que está acontecendo na Ucrânia é um crime e a Rússia é a agressora”, disse Marina, acrescentando que seu pai era ucraniano.
Segundo a agência de notícias russa Tass, O Canal 1 disse que estava realizando uma revisão interna do incidente.
A TV estatal é a principal fonte de notícias para muitos milhões de russos e segue de perto a linha do Kremlin.
A guerra na Ucrânia já fez, segundo dados da ONU, mais de 2 milhões de refugiados até agora. Entre tantas famílias divididas, buscando proteção e a sobrevivência, estão os Kolesnikov. Os irmãos Andrii e Sergii, artistas circenses, eram parceiros nos picadeiros (onde ocorrem as apresentações no circo), mas hoje, milhares de quilômetros os separam.
Sergii mora em Belo Horizonte (MG) há 5 anos, conheceu a esposa em uma das viagens a trabalho e decidiu construir uma família em solo brasileiro. Andrii, está, neste momento, escondido, em um abrigo, junto com oito desconhecidos, em algum ponto da Ucrânia. O local exato, ele não pode contar. “Os russos não podem saber onde as pessoas estão escondidas”, explicou ele.
Os pais, irmã e sobrinhos conseguiram fugir da Ucrânia, passaram pela fronteira com a Moldávia, e agora estão na Bulgária. Andrii não pôde acompanhar a família, devido a uma lei, em vigor desde fevereiro no país, segundo a qual homens entre 18 e 60 anos estão proibidos de deixar a Ucrânia, pois caso necessário, serão chamados para o combate.
Andrii conta que imaginava que a guerra duraria um dia, mas quando o tempo foi passando e os ataques começaram a ficar mais próximos, ele percebeu que era o momento de procurar proteção. A sirene toca a cada hora, indicando a aproximação de mais um míssil. Isso ocorreu, inclusive, durante a entrevista com o rapaz.
Nos últimos dias, o local mais seguro, tem sido um quarto, em uma garagem, dividido entre ele e duas famílias, incluindo crianças. Mas, por segurança, o esconderijo sempre muda. As fugas também não são fáceis. Além da apreensão nas barreiras de checagem, é preciso ter paciência. Filas enormes de carros se formam nos postos de combustíveis. A espera pode chegar a três horas, e só é permitido abastecer 20 litros de combustível por veículo.
Ucranianos aguardando para abastecerem seus veículos, durante invasão russa no país — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Andreii segue nessa vida nômade, sem saber quando vai ver seu irmão novamente. A última vez foi em outubro do ano passado, quando Sergii visitou a família em Kiev. Mas neste momento, o que os dois mais querem é que os pais venham para o Brasil, e fiquem o mais longe possível da guerra. Criaram até uma campanha online para juntar dinheiro e comprar as passagens, mas ainda não conseguiram o valor suficiente para isso.
Vladimir Putin tem câncer de intestino terminal, de acordo com relatórios de inteligência do Pentágono e da Ucrânia citados pelo jornal britânico “Daily Star”.
Acredita-se que o “rosto inchado” do presidente da Rússia seja um sinal de que ele esteja tomando medicamentos quimioterápicos ou esteróides.
Sua expressão carrancuda mostra que ele está em constante dor, dizem fontes americanas. Segundo elas, isso poderia tê-lo tornado mais agressivo ou ele pode estar atacando a Ucrânia neste momento, pois sabe que está morrendo e quer deixar um legado.
Um ex-oficial de inteligência militar que agora trabalha no Pentágono disse que analistas estudam Putin, 69 anos, e acreditam que ele está gravemente doente.
“No passado, vimos ele sorrir, mas em 2022 há poucas fotos dele parecendo feliz”, declarou a fonte.
“Seu olhar sugere que ele está com dor e nosso pessoal sugere que seu olhar de raiva é provavelmente o resultado de ele estar vivendo em agonia. Nosso pessoal acredita que ele esteja doente. E ele está preocupado com a Covid, pois mantém sua equipe à distância”, acrescentou.
O presidente Jair Bolsonaro disse nessa quinta-feira (3) à noite que o governo brasileiro vai manter “posição de equilíbrio” sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia. Durante live semanal nas redes sociais, ele afirmou ainda que torce e que vai trabalhar pela paz entre ambos os países.
Nessa mesma ‘live’ de quinta-feira (3), mais cedo, Bolsonaro chamou Putin de “parceiro”.
“Os líderes concordaram com a exigência de um cessar-fogo urgente na Ucrânia e disseram que a paz tem que prevalecer”, destacou a nota. “O Brasil foi um aliado vital na Segunda Guerra Mundial e sua voz foi novamente crucial neste momento de crise”, disse Boris Johnson ao líder brasileiro, de acordo com o comunicado.
Ainda segundo o documento, Bolsonaro e o primeiro-ministro britânico concordaram com a importância da estabilidade global e falaram sobre a colaboração com questões como segurança e comércio.
O Palácio do Planalto e o Itamaraty ainda não se pronunciaram sobre a conversa.