O presidente russo, Vladimir Putin, determinou aumento de 10% na aposentadoria e no salário mínimo para reduzir os impactos da inflação na população. Ele negou, no entanto, que os problemas econômicos do país estejam ligados à guerra na Ucrânia.
Com inflação anual de quase 18%, o líder do Kremlin reconheceu que 2022 será um ano “difícil” para a economia russa.
“Quando eu digo ‘difícil’, não significa que todas essas dificuldades estejam conectadas à operação militar especial”, disse Putin em reunião do Conselho de Estado em Moscou.
“Pois em países que não estão realizando operações – por exemplo na América do Norte, na Europa – a inflação é comparável e, se você olhar para a estrutura de suas economias, até maior do que a nossa”.
Os comentários de Putin ignoram o fato de que a crescente inflação recente em vários países é, em parte, consequência direta da guerra russa na Ucrânia, que impulsionou os preços de energia e alimentos no mundo todo.
O aumento nas aposentadorias entra em vigor a partir de 1º de junho, enquanto o aumento no salário mínimo passa a valer em 1° de julho. Analistas dizem que as medidas não impedirão uma queda brusca nas rendas reais.
Putin – cuja taxa de aprovação aumentou mais de 10 pontos percentuais desde o início da guerra, para 82%, de acordo com pesquisa do Centro independente Levada – prometeu em março reduzir a pobreza e a desigualdade neste ano, apesar das sanções ocidentais paralisantes e da alta inflação.
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O adolescente que abriu fogo na terça-feira (24) em uma escola do ensino fundamental de Uvalde, no estado americano do Texas, matando 19 crianças e dois adultos, havia acabado de atirar em sua avó na mesma cidade. As informações são de autoridades locais, que dizem desconhecer ainda a motivação do agressor.
O atirador, um cidadão americano, era aluno da escola preparatória de Uvalde, segundo o governador do Texas, Greg Abbott. Antes de cometer o massacre, ele teria “atirado em sua avó”, continuou Abbott.
Segundo um político local, a avó do atirador foi transferida para um hospital em San Antonio. O Hospital Universitário de San Antonio confirmou a internação de uma mulher de 66 anos “em estado crítico” após ser baleada, mas não informou sua identidade.
Após atirar na avó, equipado com um colete à prova de balas e um rifle, segundo o sargento Erick Estrada, do Departamento de Segurança do Texas, o jovem fugiu em um carro, que abandonou perto da escola primária Robb, após sofrer um acidente.
Por volta das 11h30 no horário local, após ser encontrado pela polícia, o agressor entrou correndo na escola e abriu fogo em várias salas de aula, descreveu o sargento Estrada à rede americana de TV CNN.
Para os alunos, de 10 anos no máximo, e os professores da escola de 500 estudantes, em sua maioria de origem latina, o fim do ano letivo estava programado para esta quinta-feira (26).
O atirador matou 19 crianças e dois professores, além de ferir mais de 10 estudantes.
Segundo Pete Arredondo, comandante de polícia do Distrito Escolar de Uvalde, responsável pela investigação, o agressor agiu sozinho. Os investigadores tentam obter “informações detalhadas sobre o perfil” do assassino, “sua motivação, o tipo de arma usada e se ele tinha permissão para possuí-las”, disse Greg Abbott.
A procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, disse em Davos nesta segunda-feira (23) que o país ainda julgará mais 48 soldados russos por crimes de guerra. Segundo ela, o país está investigando cerca de 13 mil casos.
Falando no Fórum Econômico Mundial (FEM) em Davos, Venediktova disse que os julgamentos continuarão depois que um tribunal de Kiev sentenciou Vadim Shishimarin à prisão perpétua pelo assassinato do civil desarmado de 62 anos, Oleksandr Shelipov.
“Autoridades ucranianas têm uma lista de cerca de 600 suspeitos de envolvimento em crimes de guerra, disse ela, enquanto dois casos envolvendo três indivíduos já estão sendo julgados pelos tribunais”, disse ela ao fórum.
Venediktova disse que a escala de queixas contra a Rússia sugere uma tolerância sistêmica, ou encorajamento de crimes de guerra contra os ucranianos.
Ela disse que as violações das forças russas que sua equipe documentou equivalem a “crueldade e violência deliberada indescritível contra civis”.
“Isso é particularmente evidente em territórios que estavam na linha de frente da guerra, que praticamente se tornaram um matadouro”, acrescentou.
Ela disse que 4.600 civis morreram como resultado da guerra, incluindo 232 crianças, mas alertou que o número real provavelmente é maior.
Autoridades sanitárias de Israel e Suíça confirmaram neste sábado, 21, os primeiros casos de varíola do macaco. O anúncio foi feito depois que vários países europeus e os Estados Unidos também confirmarem casos da doença endêmica. Em Israel, um porta-voz do hospital Ichilov de Tel Aviv declarou à AFP que um homem de 30 anos, que havia voltado recentemente da Europa ocidental, está infectado.
O ministério da Saúde informou que o homem esteve em contato com uma pessoa doente no exterior. Na Suíça, a pessoa infectada vive em Berna e também esteve em contato com o vírus fora do país. Atualmente, ela está em isolamento domiciliar e as autoridades monitoram aqueles com quem ela teve contato e familiares. Autoridades gregas desconfiam que turista britânico também está infectado e o isolaram, mas só terão confirmação do caso na segunda-feira, 23. Vários países do Ocidente, como França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Suécia e Espanha já registraram casos da doença.
A varíola do macaco, “ortopoxvirosis simia“, é uma doença considerada rara e cujo o patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa. Os sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados no passado em pacientes de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas nos primeiros cinco dias. Em seguida surgem erupções, lesões, pústulas e, finalmente, crostas. Não existem tratamentos específicos ou vacinas contra a doença, mas a OMS afirma que é possível conter a crise, uma vez que a doença se cura por conta própria, com sintomas que duram entre 14 e 21 dias.
*Com informações da AFP
O Ministério de Relações Exteriores da Rússia afirmou nesta terça-feira (17) que as negociações de paz com a Ucrânia não estão acontecendo “de nenhuma forma”, segundo a agência de notícias russa Interfax.
De acordo com a agência, o vice-ministro de Relações Exteriores, Andrey Rudenko, culpou a Ucrânia pela paralisação das conversas de paz.
“As negociações não estão acontecendo. A Ucrânia praticamente se retirou do processo de negociação”, afirmou Rudenko à Intefax.
A última conversa presencial entre os negociadores aconteceu há mais de um mês e meio, quando representantes de ambas as partes se reuniram em Istambul, na Turquia. Na ocasião, a Ucrânia se comprometeu a adotar a neutralidade – o que na prática significa que o país não pode aderir a alianças militares como a Otan.
Em troca, Moscou retirou suas tropas de Kiev e dos arredores. Desde então, no entanto, as duas partes não conseguiram alcançar mais nenhum acordo.
Uma pessoa morreu e quatro ficaram gravemente feridas durante um tiroteio em uma igreja da cidade de Laguna Woods, na Califórnia, neste domingo (15). O suspeito do crime foi detido e a arma apreendida pela polícia. Pelo menos uma pessoa teve ferimentos leves.
A polícia e equipes de socorro chegaram ao local minutos depois do ataque, atenderam as vítimas com ferimentos leves no local e encaminharam casos graves a hospitais da região, segundo o departamento policial do Condado de Orange, onde fica a cidade. Ainda não se sabe o motivo do ataque.
Mapa mostra localização de Laguna Woods — Foto: g1
O tiroteio começou por volta das 13h26 (hora local, 17h26 no horário de Brasília) na igreja presbiteriana Geneva. O xerife do condado disse que agentes do FBI ajudam no caso, segundo o jornal “LA Times”.
O crime aconteceu um dia depois de outro tiroteio, em um supermercado em Buffalo, no estado de Nova York, deixou dez pessoas mortas e outras três feridas, segundo a polícia.
A Corte Constitucional da Colômbia descriminalizou o suicídio assistido no país após uma decisão publicada nesta quarta-feira (11).
Com a aprovação da mais alta corte, a Colômbia se torna o primeiro país da América Latina a permitir que médicos administrem remédios que levem um paciente à morte a seu pedido.
A medida é autorizada, com supervisão médica, para quem esteja sofrendo com doenças sérias ou incuráveis. A eutanásia – quando o paciente escolhe morrer em um procedimento com presença de equipe médica – é legal na Colômbia desde 1997.
No caso da eutanásia, o paciente é o responsável pela administração do medicamento que o levará à morte. Com a aprovação do suicídio assistido por médicos, pacientes que não tem condições de executar o ato final poderão acessar ao direito de escolha do momento de morrer.
A decisão aprovada por seis dos nove juízes da corte exige que os pacientes cumpram padrões que já estão em vigor para a eutanásia: Suíça, Holanda, Luxemburgo, Canadá, Austrália, Espanha, Alemanha e alguns Estados dos EUA também permitem o suicídio assistido.
Em janeiro deste ano, a eutanásia foi usada pela primeira vez no país por uma pessoa que sofria de uma doença não terminal. Nos últimos seis anos, o Ministério da Saúde colombiano registrou 178 procedimentos de eutanásia feitos no país.
O Estado-Maior do Exército da Ucrânia advertiu hoje (9) para a “alta probabilidade de ataques com mísseis” das forças russas. O alerta é feito no dia em que Moscou comemora o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
Segundo as chefias militares ucranianas, a Rússia destacou cerca de 19 batalhões táticos para a região Belgorod, sobre a linha de fronteira com a Ucrânia. Os batalhões incluem aproximadamente 15.200 integrantes, tanques, baterias de mísseis e outros tipos de armamento.
Em algumas áreas da região de Zaporizhia, as forças russas estão, de acordo com Kiev, “apreendendo documentos pessoais da população local sem uma boa razão”. As autoridades ucranianas alegam que as forças russas forçam as populações locais a participar das comemorações do Dia da Vitória. A Praça Vermelha, em Moscou, é palco, nesta segunda-feira, do tradicional desfile militar de 9 de maio.
Com base em relatório diário dos seus serviços de informações militares, o Ministério britânico da Defesa afirma que a Rússia está esgotando suas munições de precisão. A situação deverá resultar no recurso a armamento impreciso, que pode disseminar ainda mais a devastação em solo ucraniano.
O relatório britânico estima que, embora a Rússia tenha afirmado que “as cidades ucranianas estariam, portanto, a salvo de bombardeios”, as munições imprecisas representam risco crescente
“Como o conflito continua além das expectativas russas do pré-guerra, as reservas russas de munições guiadas com precisão provavelmente já se esgotaram”.
“Isso obrigou à utilização de munições antiquadas, mas disponíveis, que são menos fiáveis, menos precisas e mais facilmente interceptadas”, diz o relatório.
Londres acrescenta que a Rússia “provavelmente terá dificuldades para substituir o armamento de precisão que já gastou”.