As escolas precisaram se adaptar para o retorno às aulas presenciais em um período de pandemia. E onde existem alunos com deficiências, especialmente a auditiva, alguns cuidados a mais precisam ser adotados para não prejudicar a comunicação e o aprendizado deles.
O Ministério da Educação lançou uma cartilha com orientações para garantir a retomada com segurança do atendimento educacional bilíngue para a comunidade surda, em português e em Libras, a Língua Brasileira de Sinais.
Uma das principais recomendações é a distribuição de máscaras faciais transparentes para estudantes e professores, já que a máscara comum atrapalha a comunicação de pessoas surdas, com deficiência auditiva ou surdocegas, que necessitam visualizar as expressões faciais e movimentos de boca para uma comunicação efetiva.
A organização das cadeiras em sala de aula, que costuma ser em círculos, para garantir o contato visual, deve respeitar o distanciamento de, no mínimo, uma cadeira vazia entre dois estudantes.
A diretora de Educação Bilíngue de Surdos do Ministério da Educação, Crisiane Bez Batti, explica que o formato híbrido, com ensino presencial e remoto, tem atendido os estudantes que não dispõem de condições de acesso às aulas virtuais. A diretora do MEC, que é surda, concedeu entrevista por meio de uma intérprete.
A cartilha ressalta que, para os estudantes surdocegos, os cuidados devem ser redobrados, já que o contato físico é indispensável para garantir a comunicação. Nesse caso, os guias-intérpretes dos estudantes com múltipla deficiência sensorial são orientados a usar luvas, além de máscaras transparentes, e manter a higiene frequente das mãos.
Carla Sofia Pereira, presidente do Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e Deficiente Múltiplo Sensorial, agradece e reforça a importância desse material para a comunidade.
Além das escolas, instituições que prestam atendimento educacional especializado para surdos, como é o caso do Instituto Nossa Senhora do Brasil, em Brasília, são beneficiadas com a cartilha. É o que destaca Maria Liliane do Nascimento, tutora da entidade.
A cartilha com orientações de volta às aulas para estudantes surdos está disponível no site do MEC e será disponibilizada às escolas por meio de arquivos ou mídias digitais.
A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira (21) o projeto de lei (PL 5595/20) que proíbe a suspensão de aulas presenciais durante pandemias e calamidades públicas, exceto se houver critérios técnicos e científicos justificados pelo Poder Executivo quanto às condições sanitárias do estado ou município. O PL torna a educação infantil, os ensinos fundamental e médio e a educação superior serviços essenciais, que são aqueles que não podem ser interrompidos durante a pandemia. A discussão e votação demoraram cerca de sete horas até a aprovação no plenário da Casa.
O texto, que segue agora para o Senado, prevê ainda, como estratégia para o retorno às aulas, critérios como prioridade na vacinação de professores e funcionários de escolas públicas e privadas e a prevenção ao contágio de estudantes, profissionais e familiares pelo novo coronavírus. Esse retorno deverá ter ações pactuadas entre estados e municípios, com participação de órgãos de educação, saúde e assistência social.
O projeto define parâmetros de infraestrutura sanitária e disponibilização de equipamentos de higienização e proteção, incluindo máscaras, álcool em gel 70%, água e sabão, nos momentos de recreio, de alimentação e no transporte escolar.
“Apesar dos esforços das redes estaduais e municipais para a oferta do ensino remoto, os prejuízos à aprendizagem de crianças e adolescentes, notadamente os mais pobres e vulneráveis, têm sido imensos pela suspensão das aulas presenciais. E mesmo com a adoção do ensino remoto, há estudos realizados em diversos países sobre os efeitos da pandemia de covid-19 na educação que evidenciam perdas significativas de aprendizagem”, argumentou a deputada Joice Hasselman (PSL-SP), autora do substitutivo aprovado.
Críticas
Parlamentares de diversos partidos de oposição obstruíram os trabalhos durante a votação por serem contra a volta durante a segunda onda de pandemia de covid-19. Na avaliação da deputada professora Rosa Neide (PT-MT), é necessário discutir o aumento de tecnologia e equipamentos para que professores e alunos possam recuperar o tempo perdido durante o período de aulas paralisadas.
“Estamos no ápice da pandemia. Temos mais de 360 mil mortos. Há milhares de profissionais da educação que já perderam a vida, mesmo com aula remota e fazendo algumas atividades presenciais”, afirmou a deputada Rosa Neide. “Queremos, sim, vacinas para todos e todas, queremos tecnologia para as escolas, queremos protocolo seguro, e não obrigar profissionais da educação a virem para a sala de aula para a morte, estudantes levarem o vírus para casa”.
Para a líder do PSOL, deputada Talíria Petrone (RJ), a discussão deve estar focada no estabelecimento de regras seguras para viabilizar o retorno às aulas. Segundo a parlamentar, outro projeto de lei estabelece “critérios epidemiológicos”, “que não colocam em risco nem alunos, nem famílias, nem profissionais de educação”.
“Nós queremos escolas abertas. Queria repetir aqui, queremos escolas abertas, porque entendemos que a escola é lugar fundamental para enfrentar as desigualdades de um país, para a alegria das crianças, para a saúde mental das crianças, para a alimentação das crianças, para compartilhar o cuidado com mães sobrecarregadas, mas não queremos isso a qualquer custo”, argumentou.
O novo decreto estadual, com medidas de isolamento para conter o avanço da covid-19 na Paraíba, terá como novidade a flexibilidade das aulas de modo presencial para algumas séries. As novas diretrizes do governo serão publicadas em uma edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) ainda neste sábado (17) e têm validade a partir da segunda-feira (19) até o dia 2 de maio.
De acordo com o governo, a liberação de mais atividades levaram em consideração o declínio gradativo de pressão no sistema de saúde do estado. O boletim divulgado hoje pela SES apontou que a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Paraíba é de 68% e de enfermaria, de 56%.
Outro ponto favorável, segundo o governo, é a situação das cidades paraibanas na nova avaliação do Plano Novo Normal. Pelo menos 187 cidades, o que equivale a 84% da Paraíba, estão em bandeira amarela, o que demonstraria uma tendência de redução das taxas de transmissibilidade. Além disso, oito saíram da bandeira vermelha para a laranja.
Confira o que diz o novo decreto:
Aulas
A partir da próxima segunda, será permitido o retorno das aulas práticas para os alunos concluintes dos cursos superiores e das atividades presenciais para os alunos com transtorno do espectro autista (TEA) em escolas e instituições privadas de ensinos infantil e fundamental.
Além disso, as escolas privadas de ensinos infantil e fundamental poderão funcionar através do sistema híbrido. Já as aulas nas redes públicas estadual e municipais e nas escolas e instituições privadas dos ensinos superior e médio funcionarão exclusivamente através do sistema remoto.
Bares e restaurantes
O novo decreto mantém o atendimento presencial nos bares, restaurantes, lanchonetes e lojas de conveniência das 6h às 22h, com ocupação de 30% da capacidade do local, podendo chegar a 50% da capacidade com a utilização de áreas abertas
Depois das 22h até às 6h fica vedada a comercialização de qualquer produto para consumo no próprio estabelecimento, cujo funcionamento poderá ocorrer apenas através de delivery ou para retirada de mercadorias pelos próprios clientes.
Missas e cultos
As missas, cultos e cerimônias religiosas presenciais poderão ocorrer, com ocupação de 30% da capacidade do local, podendo chegar a 50% da capacidade com a utilização de áreas abertas.
Comércio
Os shoppings centers e centros comerciais deverão obedecer ao horário de funcionamento das 10h às 22h. As atividades da construção civil poderão ocorrer das 6h30 às 16h30.
Os estabelecimentos do setor de serviços e o comércio poderão funcionar até dez horas contínuas por dia, sem aglomeração de pessoas nas suas dependências e observando todas as normas de distanciamento social e os protocolos específicos do setor, sendo facultado aos gestores municipais o estabelecimento do horário de funcionamento dos segmentos para melhor atender à realidade local.
Também caberá às prefeituras ampliar as áreas destinadas às feiras livres, possibilitando o maior distanciamento entre as bancas e ampliação dos corredores de circulação de pessoas.
Seguem liberados para funcionamento salões de beleza, academias; instalações de acolhimento de crianças, a exemplo de creches; hotéis; pousadas; call centers; e indústrias observando todos os protocolos elaborados pela Secretaria Estadual de Saúde e pelas Secretarias Municipais de Saúde.
Serviço público
As atividades presenciais nos órgãos e entidades vinculadas ao Poder Executivo Estadual ficarão suspensas no período de vigência do decreto, à exceção das Secretarias de Saúde, Segurança e Defesa Social, Administração Penitenciária, Desenvolvimento Humano, Fazenda, Secretaria de Comunicação, Cagepa, Fundac, Detran e Codata.
Multa
A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) e os órgãos de vigilância sanitária municipais, as forças policiais estaduais, os Procons estadual e municipais e as guardas municipais ficarão responsáveis pela fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas no decreto. O descumprimento sujeitará o estabelecimento à aplicação de multa e poderá implicar no fechamento em caso de reincidência, que pode compreender períodos de sete a catorze dias, e na aplicação de multas que podem chegar a R$ 50 mil.
Uso de máscaras
Permanece obrigatória no estado a utilização das máscaras nos espaços de acesso aberto ao público, incluídos os bens de uso comum da população, vias públicas, no interior dos órgãos públicos, nos estabelecimentos privados e nos veículos públicos e particulares, inclusive ônibus e táxis, cabendo aos órgãos públicos, aos estabelecimentos privados e aos condutores e operadores de veículos a exigência do item.
O governador João Azevêdo (Cidadania) lança, nesta segunda-feira (12), o Integra Educação PB. Trata-se de um programa de regime de colaboração em educação do Estado da Paraíba, que tem como o objetivo alfabetizar 100% das crianças paraibanas na idade certa. Além disso, objetiva corrigir o déficit de aprendizagem e a distorção idade-ano dos estudantes das redes estadual e municipais de ensino.
De acordo com informações, serão beneficiados aproximadamente 12 mil professores e 200 mil estudantes paraibanos com o objetivo maior de melhorar cada vez mais os indicadores da educação básica.
O lançamento acontece às 10h, durante live no canal oficial do Governo do Estado no YouTube. Em seguida, o chefe do Executivo estadual concederá entrevista coletiva à imprensa no Salão Nobre do Palácio da Redenção, em João Pessoa.
Serviço:
Data: 12.04.21 – Segunda-feira
Hora: 10h
Local: Salão Nobre – Palácio da Redenção
O ex-morador de rua Alexandre Camilo da Silva, de 55 anos, largou o envolvimento com as drogas e conseguiu tirar 920 na redação do Enem 2020. A reviravolta na vida do homem começou há dois anos, quando ele resolveu se tratar do vício e começou a se dedicar aos estudos.
Em entrevista ao UOL, Alexandre falou sobre a periodicidade de consumo das drogas. “Foi se intensificando, principalmente depois de problemas de relacionamento. Me afastei do mercado de trabalho e da minha profissão”, contou.
Com muitos problemas, ele resolveu tentar a vida em Fortaleza, no Ceará. “Vim para o Nordeste para trabalhar em outra área (turismo), mas o trabalho não estava dando certo e fui para Fortaleza. Terminei na rua. Foram nove meses até que decidi mudar de vida em 2019”, explicou.
ISTOÉ
Nas redes públicas estadual e municipais, seguem suspensas. Além disso, as escolas e instituições privadas de níveis superior, médio, fundamental e infantil também deverão funcionar exclusivamente através do sistema remoto.
O Governo do Estado promoverá reunião, por videoconferência, com a participação dos sindicatos e associações dos professores e trabalhadores das redes públicas e privadas, sindicatos patronais, representantes das universidades públicas e privadas e representação de pais de alunos com o objetivo de discutir como se dará o funcionamento das aulas a partir do dia 12 de abril.
PB Agora
A direção da ECI José Soares de Carvalho parabenizou os alunos pelo bom desempenho e as excelentes notas nas redações do Enem 2020. Mais de 20 estudantes obtiveram notas acima dos 800 pontos na redação, um excelente resultado obtido através do ensino remoto em meio à pandemia da Covid-19.
“Nossa Escola tem como foco principal o Estudante e seu Projeto de Vida. Em vista disso, há uma ênfase especial ao desenvolvimento da Formação Acadêmica de Excelência, Formação para a vida e Formação para as competências do século XXI. Desde 2017, ano que iniciamos o modelo integral, nossos alunos têm alcançado bons resultados nas notas do Enem. Realizando um pequeno relato histórico, encontramos em 2017 a aluna Franciele Lourenço que obteve 960 pontos na redação; em 2018, Pedro Lima tirou 920 pontos; Lenilson Martins e Fernanda Ribeiro tiraram 960 pontos cada estudante, ambos sendo os destaques de 2019 e, neste ano, Anderson de Oliveira manteve o podium com os 960 pontos na redação do Enem 2020″, relatou o gestor Thiago Xavier.
Ressaltando o empenho de todos que compõem a comunidade escolar, o gestor pontuou: “O ano letivo não foi fácil, mas nós não poupamos esforços para estarmos sempre ao lado dos nossos alunos, apoiando e levando educação pública de qualidade”, concluiu.
Mais de 46 mil professores nas redes públicas e particulares na Paraíba devem ser vacinados contra Covid-19. A expectativa é que no mês de abril comecem a ser imunizadas aquelas pessoas com comorbidades e categorias como docentes e policiais. Nesta quarta-feira (24), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deve comunicar a entrega de 500 milhões de doses em abril e início da vacinação desses grupos. Ontem, o governador João Azevêdo disse que profissionais de diversas categorias poderão receber a vacina assim que for concluída a imunização daqueles com mais 60 anos.
Na Paraíba, conforme o último Censo Escolar da Educação Básica, e apurado pelo ClickPB, eram, em 2020, 46.595 professores trabalhavam nas redes públicas e particulares. Somente na rede estadual, de acordo com a Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia são mais de 18 mil docentes atualmente. No entanto, a pasta ainda não tem informações sobre a vacinação, mas o secretário frisou que poderá de iniciar de imediato assim que for autorizada a vacinação.
“A Secretaria de Saúde tem seguido o plano nacional de vacinação. O Estado tem capacidade de que, assim que for anunciada vacinação dos professores, possa fazer de imediato”, comentou em conversa com o ClickPB, o secretário de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia, Cláudio Furtado.
Na segunda-feira (22), durante o programa semanal, ‘Conversa com o Governador’, na Rádio Tabajara, João Azevêdo informou que, se o ritmo de vacinação continuar se mantiver do jeito que se encontra, será possível avançar a imunização para professores, policiais, assim que for concluída do público acima de 60 anos de idade.A Paraíba tem ocupado o 2º lugar entre os estados do Nordeste e o 7º no País, no percentual de imunização. O Estado tem vacinado diversas faixas etárias.
“Entraremos nas categorias profissionais assim que concluirmos a vacinação dos 60 anos. Esse é um indicativo importante, que mostra que estamos no caminho certo para vencer essa pandemia. Com a velocidade que está se dando a imunização da população”, frisou, durante o programa.