Mais de 100 mil mulheres reunidas em Brasília marcham, nesta quarta-feira (16) até o Congresso Nacional, pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver.
Desde o fim de semana até essa terça-feira (15), centenas de ônibus chegaram ao Pavilhão do Parque da Cidade, trazendo as participantes da 7ª Marcha das Margaridas, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), pelas federações e sindicatos filiados e por 16 organizações parceiras.
Na mobilização política, considerada a maior da América Latina pela Contag, mulheres de todas as regiões do Brasil querem garantir direitos, pôr fim às desigualdades de gênero, classe e étnico-raciais; enfrentar a violência, que muitas vezes ameaças sua vida, e a opressão, simplesmente, por serem mulheres. As pautas delas foram debatidas durante dois anos, em reuniões regionais e nacionais que resultaram em documento divido em 13 eixos políticos. A pauta da Marcha das Margarida 2023 foi entregue ao governo federal em junho.
Essas mulheres, no entanto, têm suas próprias reivindicações. Por isso, deixam suas casas e famílias, viajam dias de ônibus, dormem em colchonetes e redes em um grande alojamento, tomam banho em banheiros coletivos.
A Agência Brasil ouviu histórias das margaridas, que estão em Brasília para marchar e transformar. Conheça suas lutas.
Por que marcham as Margaridas?
A indígena Gracilda Pereira, da etnia Atikum-Jurema, chegou de Petrolina, em Pernambuco, e cobra os direitos de saúde e educação para a aldeia onde ela vive. “A nossa área da saúde indígena é descoberta. Não temos agente de saúde, não tem médico. Há duas indígenas com curso de enfermagem e elas fazem os primeiros socorros. A unidade mais próxima, quando a gente vai se consultar, é só para urgência. E há também a questão da educação. Os alunos frequentam escolas no município, fora da aldeia. Há um ônibus bem cedo que leva as crianças Tem pessoas também que não sabem ler, nem escrever. São muitas questões, principalmente no Vale do São Francisco.
Maria Nazaré Moraes, de Belém, no Pará, é estreante na Marcha das Margaridas. Ela representa uma central de seringueiros, extrativistas e pescadores das ilhas da capital paraense. “É tanta coisa que já era para ter sido feita e até agora nada. Regularização fundiária, uma delas. E para os pescadores, os direitos do seguro defeso que não é dado para todo mundo. Por causa do local, nem todos têm direitos porque não é a água salgada. E Maria, que está alojada em uma rede, entende que isso faz parte da luta. “Enfrento qualquer situação. No chão, na rede, na cama, no mato. É assim que a gente é”.
A lavradora e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira Nova, em Sergipe, Luciana Santos, marcha por mais direitos. “Por mais terra, por mais educação, mais saúde e que as mulheres possam ter mais oportunidades. Infelizmente, tivemos um retrocesso nos últimos quatro anos. Mas, agora, com o governo Lula, que é da democracia, viemos lutar para reconstruir o Brasil juntas, por tantos direitos e tantas perdas que tivemos.
Cherry Almeida é uma das lideranças do bloco afro Afoxé Filhas de Gandhy, com 44 anos de existência, em Salvador (BA). A baiana entende que a mobilização é extremamente importante para o empoderamento feminino. “A marcha é, acima de tudo, para a afirmação das mulheres no nosso lugar de poder nessa sociedade. Nós sabemos que as mulheres que estão aqui querem uma sociedade mais justa, mais igualitária, igualdade de oportunidade, querem espaços de poder nessa sociedade. Portanto, precisamos estar juntas, unidas, marchando com o único objetivo da transformação dessa sociedade. E essa marcha é a cara da mulher brasileira”, declara Cherry Almeida
A produtora de eventos e trans Dávila Macarena Minaj, de 25 anos, veio com a mãe, uma agricultora famíliar, de Acará, no Pará. Minaj revela que teve um choque de cultura desde que chegou à capital federal, encontrou pessoas de outros estados e entrou em estandes do pavilhão com diferentes temáticas. Ela marcha por mais respeito à sua sexualidade. “A minha cidade é o lugar onde mais sofro transfobia no mundo. Então, busco o direito de ser diferente e ter direitos iguais.”
O pleito da quebradeira de coco Domingas Aurélia Almeida dos Santos em Timbiras, no Maranhão é continuar quebrando o fruto e fazer o beneficiamento dele para garantir a renda da família. “É nosso direito quebrar o coco, livre. As palmeiras estão acabando porque os donos que compram as terras estão matando. E estamos ficando sem coco para quebrar, porque não tem mais palmeira. Nós tiramos lá a palha do coco, o azeite, fazemos sabonete e sabão, tiramos o leite do coco, tudo. Da casca, fazemos o carvão. E o coco acabando fica difícil de sobreviver.
A criadora de conteúdo digital e suplente de um parlamentar de Santa Catarina veio aprender sobre feminismo para atuar melhor em defesa dos direitos femininos. “Vim para me organizar, junto com outras mulheres, escutar as reivindicações das mulheres do campo, das florestas, e saber o que está sendo organizado na América Latina. Estar aqui, presente na marcha, escutar o que elas têm para reivindicar, estar nas oficinas, ouvindo as palestras, tudo o que elas estão trazendo, é extremamente importante pra gente fazer políticas públicas, que sejam realistas”, diz a catarinense Sardá.
A agricultora Maria Francisca da Silva Alcântara parou os cuidados com a plantação de arroz e feijão, em Piranhas, Alagoas, para viajar a Brasília. No momento em que descia do ônibus, conversou com a reportagem da Agência Brasil. “Viemos buscar os projetos para as agricultoras que ficaram nas comunidades, para plantar as sementes sem orgânicos. É tudo sem veneno. Força, fé e coragem – essa é a receita para vencer batalhas.”
A bancária do Paraná, filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Eunice Myamoto, caprichou nos adereços floridos para marchar com as margaridas. Em reunião, em uma tenda, com outras representantes sindicais, Myamoto falou sobre a luta feminina. “Vim ver todas as mulheres que estão aqui atrás desse sonho, em busca de igualdade, dos direitos que temos. Está sendo lindo porque eu vi a energia dessas mulheres Eu vi que a Margarida [Alves] deixou suas semelhantes E estamos fazendo toda essa primavera em Brasília.”
A moradora da Ceilândia, no Distrito Federal, Elisa Cristina Rodrigues, faz parte da União da Juventude Socialista. Aos 19 anos, a estudante lembra que muitas lideranças que hoje estão à frente de entidades que defendem direitos sociais ou estão em posto de comando, começaram em movimentos estudantis, nas décadas de 80. “Quanto mais cedo você se engaja, mais vitórias tem. Dentro do movimento, a gente conhece pessoas que passam por situações muito diferentes. Então, acabamos tendo um olhar mais amplo. Ainda mais no nosso país, que é muito desigual”.
A assentada rural Alcimeire Rocha Morais trouxe o filho de José Pietro, de 6 anos, para conhecer a capital do país e lutar pelo direito à terra. “A gente mora em assentamento. Ainda não tem a terra no nome, mas tem o círculo da terra onde pode trabalhar, criar as coisas da gente, fazer a roça. Só que não temos muita condição para cuidar da terra. Só plantamos as coisas boas e criamos os bichos: galinha, porco. Isso”
Outra trabalhadora do campo, Celeste Gonçalves Barros, de Cândido Mendes, no Maranhão, diz que em sua marcha quer maquinário específico para a pequena produção rural. “Muitas pessoas param até de plantar porque não há condição de trabalhar no braço pesado. Se viessem umas máquinas para ajudar a gente seria muito bom. Só trabalhamos com machado, na foice, no braçal mesmo. Se tivesse máquina, era só revirar a terra, fazer o beneficiamento e plantar. Ficava mais fácil para a gente”.
Palmeirândia, no Maranhão, é a terra de Ana Luísa Costa Lobato. Lá, ela é diretora do Sindicado de Trabalhadores da Agricultura Familiar e valoriza o diálogo do governo federal com a população do campo. “A gente tem esperança que ele [Lula] mude o nosso país. Esse é o governo que a gente colocou lá. E, desde o início, está dando para dialogar. É notório, porque desde as entidades, os movimentos sociais, até com estrangeiros, vemos a diferença do diálogo. E precisa tê-lo para pedir as coisas. Tem que ter conversa”.
A extrativista de coco babaçu Maria José Alves Almeida, de Codó (MA), marcha para ter acesso ao crédito bancário. “A gente tem que ter crédito, pois não consegue acesso. Não temos carro, não temos terra. Trabalhamos no território aleiro. Então, isso nos atrapalha muito. Mas, é importante. É independência. Nesses nossos encontros, já descobrimos que temos uma maneira de acessar. Ainda estamos buscando o conhecimento para passar às companheiras, para que tenham acesso ao crédito do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar].
Essas mulheres estão em marcha nesta quarta-feira, juntamente com mais de 100 mil margaridas em direção à Esplanada dos Ministérios, em um trajeto de aproximadamente seis quilômetros entre o Pavilhão do Parque da Cidade e o centro do Poder Executivo Federal.
Às 10h30, haverá o ato de encerramento da Marcha das Margaridas, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros, em frente ao Congresso Nacional.
As margaridas aguardam anúncios do governo que atendam à pauta de reivindicações da 7ª edição do evento.
Edição: Graça Adjuto
O Ibama encontrou 21 áreas desmatadas de forma irregular, na Paraíba, por indígenas supostamente aliciados pela promessa de lucro fácil nas usinas canavieiras. Os agentes embargaram as áreas para cessar os danos ambientais e assegurar a regeneração natural da vegetação nativa.
O fato foi detectado após o Ibama promover, na primeira quinzena de agosto, em conjunto com a Polícia Federal e com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Operação Rieli, com o objetivo de combater o desmatamento ilegal na região da Mata Atlântica onde se encontra a Terra Indígena (TI) Potiguara, localizada mais precisamente entre os municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto, na Paraíba.
Por meio de monitoramento remoto, geoprocessamento (estudo das informações geográficas do local) e análise de imagens de satélite, foi constatado que a área total de lavouras de monocultura de cana-de-açúcar na TI é de aproximadamente 6,64 mil hectares, com um total de 428,53 hectares desmatados apenas entre 2019 e 2023.
A Operação de agosto resultou no embargo de 79,5 hectares, além da aplicação de 16 autos de infração, cujas multas totalizam R$ 245 mil.
Riquezas da Mata Atlântica
A Mata Atlântica é abrigo de árvores centenárias e de fauna silvestre ameaçada de extinção. O bioma é vital para o sustento dos povos tradicionais. Com a conservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais de suas terras, a população mantém o modo de vida tradicional e, além disso, matas nativas, animais silvestres e mananciais, que estão em perigo com a expansão da monocultura irregular da cana-de-açúcar, são protegidos.
A operação foi batizada com o nome Rieli em homenagem ao indigenista da Funai de Rondônia (RO), Rieli Franciscato, morto em 2020 durante missão institucional.
Ao menos seis cidades na Paraíba registram falta de energia, nesta terça-feira (15). O problema, conforme apurou o site não foi local e sim nacional, porém ainda não se sabe ao certo o que provocou a queda de energia elétrico.
Já foi confirmado que a falta de energia aconteceu na Paraíba e 17 estados.
Na Paraíba, há relatos de falta de energia em João Pessoa, Santa Rita, Mamanguape, Cabedelo, Solânea e Casserengue.
Em João Pessoa, a falta de energia afetou os semáforos e elevadores.
A rede de celular foi afetada e muitas pessoas ficaram sem sinal.
O problema aconteceu por volta das 8h40 da manhã e durou cerca de dez minutos, na Paraíba.
A Energisa, que atende a Paraíba, confirmou que o problema foi nacional. Em nota, a empresa informou que “um evento no Sistema Interligado Nacional interrompeu, por proteção, o suprimento de energia para várias estados do país, incluindo a Paraíba”.
Segundo a Energisa, o fornecimento de energia já foi completamente restabelecido no estado. As causas serão apuradas e esclarecidas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
Ficaram sem energia os seguintes estados:
- Acre
- Alagoas
- Amapá
- Amazonas
- Bahia
- Ceará
- Goiás
- Maranhão
- Minas Gerais
- Pará
- Paraíba
- Pernambuco
- Piauí
- Rio Grande do Norte
- Rio de Janeiro
- Santa Catarina
- São Paulo
- Tocantins
A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) informou que uma equipe semáforica está vistoriando todos os pontos, onde houve informações de queda.
Até as 9h20, os semáforos apagados eram os seguintes:
- Av. Pres. Epiácio Pessoa x Hilda Lucena;
- Av. Pres. Epiácio Pessoa x Paulino Pinto;
- Av. Pres. Epiácio Pessoa x Marcionila da Conceição;
- Av. Pedro I x Princesa Isabel;
- Agostinho Fonseca Neto x R. Dr. Manoel Lopes Carvalho.
Nota do Ministério das Minas e Energia
Ministério de Minas e Energia (MME), a partir de dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), informa que uma ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) interrompeu 16 mil MW de carga em estados do Norte e Nordeste do Brasil, nesta terça-feira (15/8). Estados do Sudeste também foram afetados.
A interrupção ocorreu devido a abertura, às 8h31, da interligação Norte / Sudeste e as causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas.
A recomposição já foi iniciada em todas as regiões e até às 9h16, 6 mil MW já foram recompostos.
A equipe do MME está trabalhando para que a carga seja plenamente restaurada o mais breve possível.
O Ministro Alexandre Silveira já determinou a criação de uma sala de situação e acompanha o processo de retomada, bem como determinou a apuração das causas do incidente.
ClickPB
A Prefeitura de Alagoinha deu início as assembleias do Orçamento Participativo Municipal 2023 para elaboração do orçamento 2024. A primeira audiência aconteceu na comunidade do Sítio Genipapo, onde a prefeita Maria de Zé Roberto, o vice-prefeito Alírio Filho, vereadores, secretários e a comunidade, puderam debater sobre os anseios, necessidades e atribuições, para que a administração invista cada vez mais em melhoria e crescimento para a cidade.
O Orçamento Participativo tem o papel fundamental de unir o cidadão e a gestão no fortalecimento das políticas públicas. O Orçamento irá percorrer todas as comunidades com reuniões, afim de elaborar e executar as melhores ideias.
Um jovem foi atingido por vários disparos de arma de fogo, o fato foi na manhã desta terça-feira (15) na cidade de Lagoa de Dentro, agreste Paraibano.
De acordo com as informações iniciais, o rapaz teria chegado ao circo que está instalado na cidade recentemente. Conforme apuração, dois homens em uma motocicleta chegaram próximo a vítima e fizeram os disparos contra o mesmo.
A vítima foi socorrida pelo SAMU que fez o encaminhamento para o helicóptero acauã que pousou no campo da cidade e levou o jovem para o hospital de traumas em João Pessoa.
Um homem teve o carro tomado por assalto na manhã desta segunda-feira (14) por volta das 07:30min, na rodovia que liga Sertãozinho a Pirpirituba, agreste Paraibano.
De acordo com as informações chegadas ao @blogdofelipesilva , a vítima foi abordada por quatro criminosos que estavam em duas motos, uma Bros preta e uma 150 vermelha, as duas sem placas. Eles anunciaram o assalto e tomaram o veículo Fiat estrada de placas NQD 2197, cor branca ano 2011, com detalhe no vidro da frente onde tem escrito “Deus é fiel”.
Qualquer informação entrar em contato pelo 190.
O município de Sertãozinho foi destaque durante o 19º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, em Cuiabá – MT. Com o tema ‘Cenários Atuais e os Desafios da Educação para a Próxima Década’, o evento promovido pela UNDIME contou com as presenças do prefeito José de Sousa Machado e da secretária de Educação, Bruna Samara Nunes, que represento o município de Sertãozinho.
Ao longo dos quatro dias de evento, foram abordados temas estruturantes da educação pública brasileira em formato de conferências, mesas-redondas e oficinas. Na oportunidade, foi realizada a eleição e posse da nova diretoria executiva responsável pela gestão no biênio 2023-2025.
O prefeito José de Sousa disse que este é mais um momento importante para Sertãozinho é algo marcante para a história da cidade.
“São novas escolas, novos ônibus, merenda de qualidade, valorização profissional, investimentos pedagógicos e suporte máximo ao ensino-aprendizagem. Então o resultado não poderia ser diferente”, destacou o prefeito.
A secretária Bruna Samara também endossou as palavras do gestor dizendo que todos os investimentos e o engajamento dos profissionais da rede que tem alunos, das famílias e sociedade, contribuem para o que o que Educação do município vive. “Estamos contribuindo para transformar e dias melhores presente e futuro das pessoas”, disse.
Deputada estadual Silvia Benjamin (Republicanos), marcou presença no último sábado (06), em Cuitegi, na tradicional festa de Sant’Ana, que é padroeira do bairro Santo Antônio. Silvia Benjamin foi acompanhada pelos os vereados, Severino Batista, Edson Batista, Alexandre Almeida, Germano Monteiro, presidente da Câmara Willame Lima e também por lideranças da região.
A deputada também expressou sua admiração pela população que compareceu em massa à festa e demonstrou sua alegria e animação.
“Sinto-me honrada em compartilhar este momento com a população que, com sua presença e entusiasmo contagiante, dá vida e cor a cada instante dessa festa. Vamos celebrar, dançar e criar memórias inesquecíveis, pois hoje é dia de viver a plenitude do maravilhosa Sant’Ana de Cuitegi”, disse.
Fica o nosso agradecimento pela receptividade de sempre e a nossa renovada intenção de continuar trabalhando em parceria com os vereadores para o desenvolvimento da cidade.