O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga, em Campina Grande, atendeu 517 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) durante o último fim de semana (4 e 5).
O balanço tem como base as entradas realizadas a partir da zero hora do sábado (05.05) até as primeiras horas desta segunda-feira (06/05). Os casos envolvendo motos lideraram as entradas nos plantões durante o período.
De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, dos 517 atendimentos, (74) foram vítimas de acidentes de moto, acidente de automóvel (12), agressão física (08), vítimas de projéteis de arma de fogo (03) e arma branca (07). Os demais atendimentos médicos foram na clinica médica e na pediatria.
A unidade de saúde disponibiliza 292 leitos, 340 médicos, sendo 64 em regime de plantão presencial 24 horas. O hospital dispõe de seis salas no bloco cirúrgico.
O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes de Campina Grande é referência em trauma para 203 municípios da Paraíba, além de alguns municípios do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará.
As chamadas doenças tropicais negligenciadas (DTNs) afetam mais de 1 bilhão de pessoas e custam todos os anos bilhões de dólares às economias de países em desenvolvimento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As populações que vivem na pobreza, sem saneamento básico adequado e em contato direto com vetores de infecções são as mais afetadas por essas doenças, que predominam em condições tropicais.
Para complicar, infecções virais como o sarampo e a tuberculose, que foram praticamente erradicadas há um século, estão novamente em ascensão.
E doenças mais comuns passíveis de tratamento – como a gripe, por exemplo – são responsáveis por milhares de mortes que poderiam ser evitadas a cada ano.
Felizmente, as novas tecnologias médicas apresentam um grande potencial para controlar infecções, conter surtos e até mesmo fornecer suprimentos para salvar vidas em regiões remotas.
Da tinta antimicrobiana a vacinas sem agulha e drones que transportam órgãos para transplante, as inovações tecnológicas estão se tornando rapidamente uma realidade na medicina.
No curto prazo, essas novas ferramentas podem aumentar a taxa de sobrevivência de pacientes com uma série de doenças; no longo prazo, podem ajudar a entender a epidemiologia dos agentes patogênicos, essencial para o desenvolvimento de programas globais de controle de doenças.
Insulina sem dor
Certos medicamentos só podem ser administrados por meio de injeção. A aplicação é dolorosa para os pacientes e trabalhosa para os profissionais de saúde – além disso, a falta de agulhas hipodérmicas esterilizadas em algumas áreas pode levar a infecções.
Diante deste contexto, cientistas do Instituto Koch de Pesquisa Integrada sobre o Câncer, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), e do Brigham and Women’s Hospital, afiliado à Universidade Harvard, nos EUA, desenvolveram uma espécie de pílula de insulina.
Trata-se de uma cápsula capaz de transportar o hormônio pelos obstáculos do sistema digestivo até chegar ao estômago, onde é absorvido pela corrente sanguínea.
Funciona da seguinte maneira: uma vez ingerida, a cápsula libera um dardo de insulina, ativado por meio de uma mola, que é aplicado diretamente na parede do estômago.
Os pesquisadores publicaram suas descobertas na revista científica Science, explicando que se “inspiraram na capacidade de auto-orientação da tartaruga-leopardo” – a cápsula foi criada nos moldes do casco do animal.
O aplicador de insulina sabe, portanto, como se posicionar de forma que sua agulha microscópica atinja diretamente o tecido estomacal, sem perfurar nenhum órgão ao longo do caminho.
Pacientes com diabetes tipo 1 – doença autoimune na qual o pâncreas não produz insulina suficiente – recebem injeções diárias do hormônio, responsável por controlar a glicose no sangue.
Mas, em breve, talvez sejam capazes de controlar sua condição com a ajuda desta cápsula do tamanho de uma ervilha.
Tinta antimicrobiana contra ‘superbactérias’
Cerca de 10% dos pacientes hospitalizados contraem uma nova doença durante o período de internação – muitas vezes depois de entrar em contato com equipamentos e superfícies infestados de germes.
Em todo o mundo, 700 mil pessoas morrem a cada ano em decorrência de infecções resistentes a medicamentos, incluindo tuberculose, HIV e malária.
A OMS classificou recentemente a resistência a antibióticos como uma “ameaça à saúde global”.
Como resposta, a agência que controla os alimentos e medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) e diversas empresas líderes no mercado de tinta se uniram para desenvolver uma variedade de revestimentos antimicrobianos que podem ser aplicados em equipamentos e materiais hospitalares.
Estes aditivos antibacterianos são adicionados à tinta ou ao verniz durante seu processo de fabricação; a tinta é então aplicada na superfície que, uma vez seca, se torna resistente a micróbios, mofo e fungos.
A BioCote produz tintas antimicrobianas que são vendidas comercialmente, oferecendo um mecanismo promissor para combater as chamadas “superbactérias”: aquelas que são resistentes a antibióticos e podem infectar superfícies hospitalares, contaminando pacientes que já estão com a imunidade baixa.
Ironicamente, as mesmas substâncias químicas presentes em produtos antibacterianos – como desinfetantes e gel para higienizar as mãos – usados na limpeza de hospitais e equipamentos médicos são conhecidos por promover as cepas antibacterianas (resistentes a antibióticos), matando bactérias boas e más da mesma forma.
Desde a invenção no início do século 20, os antibióticos salvaram inúmeras vidas, erradicando doenças causadas por bactérias nocivas; mas, assim como o uso excessivo das drogas enfraqueceu sua eficácia, a tinta antimicrobiana não é uma medida infalível.
É seguro dizer que, desde que não confiem nela como único método, os hospitais podem adicionar a tinta antibacteriana à lista de procedimentos de combate a doenças.
Torrada com abacate. Suco de kale. Smoothie de goji berry. Salada de quinoa.
Se os alimentos fossem celebridades, estes seriam apenas alguns que desfilaram pelo tapete vermelho nos últimos anos.
Mas por que apenas algumas frutas, verduras e legumes entram para a lista VIP da indústria alimentícia – de produtos altamente desejados com a capacidade de gerar lucro e influenciar os hábitos alimentares de bilhões de pessoas?
Por que o kale e o abacate tiveram uma ascensão meteórica em termos de popularidade e estão sob os holofotes, enquanto a cenoura ou o coitado do nabo seguem marginalizados?
A resposta é complicada e complexa.
Como o abacate conquistou o mundo
Vamos começar com o abacate – o queridinho da geração millennial. Hoje em dia, ele é encontrado com frequência nos cardápios, principalmente na versão “torrada com abacate”, a preços inflacionados.
A fruta se tornou tão conhecida e conquistou tantos fãs que é difícil encontrar uma empresa que não esteja tentando lucrar com a sua fama.
A companhia britânica Virgin Trains, por exemplo, começou uma campanha de marketing no ano passado chamada “#Avocard”. Depois que os cartões de trem esgotaram, a companhia decidiu oferecer desconto aos clientes com idade entre 26 e 30 anos que comparecessem à estação segurando um abacate.
Embora a reação dos millennials tenha sido polarizada – alguns acharam a promoção paternalista -, não há como negar que esta geração consome muito abacate. Basta observar a foto dos pratos que circulam pelas redes sociais.
Os seres humanos comem abacate há milhares de anos, mas os jovens na faixa dos 20 e 30 anos fizeram a demanda pela fruta disparar.
Um cirurgião plástico de Londres contou em 2017 que havia atendido tantos pacientes que se machucaram cortando a fruta, que sua equipe começou a chamar esse tipo de lesão de “mão de abacate”.
Por outro lado, há quem considere a torrada com abacate bastante cara em cidades como Londres – representando uma frivolidade e um exemplo da razão pela qual tantos millennials não conseguiriam sustentar sua moradia.
Há muitos fatores que influenciam a preferência de um alimento entre os consumidores: imagens pré-produzidas e suculentas do prato no Instagram, por exemplo, ou propagandas financiadas por organizações que apoiam certas indústrias alimentícias.
Histórias longas e elaboradas também exercem um fascínio em torno de certos alimentos, especialmente em países que estão distantes da origem do mesmo.
Jessica Loyer, pesquisadora em valores de alimentos da Universidade de Adelaide, no sul da Austrália, cita como exemplo o açaí e as sementes de chia, considerados “superalimentos”.
“Muitos desses alimentos podem ter histórico de consumo (em países em desenvolvimento)”, diz ela.
Outro exemplo é a raiz de maca, do Peru, que é triturada para ser transformada em um suplemento em pó. Ela é conhecida pelo alto teor de vitaminas e minerais, além de propriedades para aumento de fertilidade e energia.
Uma comunidade nos Andes aprecia tanto esta raiz que construiu uma estátua de 5 metros de altura em sua homenagem na praça da cidade.
Loyer sinaliza, no entanto, que podem surgir alguns problemas quando um alimento atinge o auge da fama, especialmente se for proveniente de um país em desenvolvimento e estiver na moda em países desenvolvidos.
Xavier Equihua é diretor-executivo da Organização Mundial do Abacate, com sede em Washington, nos EUA. Seu objetivo é impulsionar o consumo da fruta na Europa.
Segundo ele, o abacate é um alimento fácil de vender: é delicioso e nutritivo, além de ser um substituto importante para vegetarianos e veganos. As fotos de pratos com a fruta publicadas por celebridades nas redes sociais também dão um empurrãozinho nas vendas.
As pessoas na China, onde o abacate também está ganhando popularidade, podem ver “Kim Kardashian passando máscara de abacate no cabelo em sua conta no Instagram. Ou ficar sabendo que a atriz Miley Cyrus tatuou um abacate no braço”.
O reinado do kale
Se o abacate é uma celebridade no mundo das frutas, então seu equivalente no universo das verduras tem que ser o kale, também conhecido como couve-de-folhas.
Com folhagem verde escura, é considerado um alimento essencial para adultos saudáveis, responsáveis e conscientes ao redor do mundo – seja usado na salada ou batido no liquidificador como suco antioxidante.
O número de plantações de kale nos EUA dobrou entre 2007 e 2012. A cantora Beyoncé chegou a usar um moletom em um videoclipe de 2015 com a palavra “kale” estampada nele.
Mas como a couve-de-folhas entrou na moda?
Robert Muller-Moore, fabricante de camisetas em Vermont, nos EUA, disse que viu a tendência se aproximar a quilômetros de distância e vendeu camisetas com a frase “coma mais kale” para o mundo todo nos últimos 15 anos.
Ele estima ter distribuído mais de 100 mil adesivos de para-choque citando os benefícios da verdura.
Ele chegou a se envolver, inclusive, em uma disputa judicial de três anos com a Chick-fil-a, a maior cadeia de fast-food de frango frito dos EUA, cujo slogan é “coma mais frango”.
“Isso chamou muita atenção para o kale”, diz ele.
Assim como o abacate, a couve-de-folhas apresenta benefícios reais para a saúde, por isso seu status de celebridade não deve ser reduzido à mera propaganda feita por celebridades.
Mas é importante manter um certo grau de ceticismo e saber que nenhum alimento é uma solução milagrosa para a saúde perfeita, independentemente de quão popular ou nutritivo ele seja.
Especialistas dizem que uma dieta variada de frutas, legumes e verduras é mais rica em nutrientes do que consumir sempre o mesmo tipo de alimento. Por exemplo, misturar alface, espinafre e agrião pode ser mais saudável do que comer só kale.
Infelizmente, parece que é mais fácil colocar apenas uma verdura ou legume no pedestal, em vez de tentar tornar todo um grupo de alimentos mais atrativo.
Esse é o desafio que Anna Taylor, que trabalha no instituto de pesquisa britânico The Food Foundation, está enfrentando.
Recentemente, ela ajudou a criar o Veg Power, uma campanha publicitária para televisão e cinema que mais parece um trailer de filme de super-heróis – o objetivo é mudar a atitude das crianças em relação aos legumes e às verduras.
Se você já se perguntou por que sua mente é fonte rica de novas ideias em seus 20 anos, pode ser que você esteja experimentando o primeiro de dois picos criativos de sua vida.
Uma nova pesquisa da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que, quando estamos na casa dos 20 anos, nossos cérebros se tornam um terreno fértil para inovação pela primeira vez – mas que há um segundo pico de criatividade na faixa dos 50 e poucos anos.
O estudo analisou a trajetória de ganhadores do Prêmio Nobel de Economia, e observou que a maior parte dos que tiveram seus trabalhos mais marcantes no início de suas carreiras eram inovadores “conceituais”, capazes de pensar fora dos parâmetros convencionais antes de serem demasiadamente influenciados por teorias vigentes e amplamente aceitas, segundo um dos autores do estudo, Bruce Weinberg.
Mas, segundo o estudo, há um outro tipo de criatividade, a dos inovadores “experimentais”, que acumulam seu conhecimento ao longo da carreira e encontram novas formas de analisar e interpretar informações. Esses inovadores experimentais passam por períodos de erro e acerto – e levam bem mais tempo para chegar a “momentos eureca”.
No caso dos cerca de 30 ganhadores do Nobel de Economia analisados, foi quando estavam na faixa dos 50 anos.
Nana Jones Darko, de 24 anos, administra uma barbearia itinerante. Ele diz que sempre teve ideias para negócios, mas que foi quando se aproximou dos 20 anos é que passou a se sentir mais criativo.
“Estou aprendendo mais sobre tecnologia e redes. Também acho que as pessoas te levam mais a sério também quando você é um pouco mais velho – e algumas barreiras se quebram – de modo que isso ajuda a parte criativa do seu cérebro a fluir e a ter ideias”, diz ele.
Ainda bem – porque Nana sente haver muita pressão dos pais e colegas para se ter sucesso aos 20 anos, especialmente se você não seguir uma carreira “normal”.
Ele diz que a isso também se deve a “ver pessoas na TV e jogadores de futebol que têm 20 e poucos anos e ganham 200 mil libras (R$ 1 milhão) por semana”.
“O ambiente em que vivemos nos pressiona a ter sucesso financeiro – e a conseguir tudo que se quer quando se tem 25 anos. Mas, agora, acredito que você deve ter realizações aos 20 e poucos anos, mas não que isso deva ser o seu pico.”
“Se você não é uma das pessoas que está revolucionando o mundo aos 20 e poucos anos, isso não significa que você não pode fazer coisas relevantes depois”, diz Bruce Weinberg, coautor da pesquisa.
Weinberg diz que jovens que sentem que não realizaram o suficiente devem continuar a tentar.
“Pessoas que fazem experiências e estão acumulando conhecimento gradualmente ao longo do tempo realmente não deveriam desistir”, diz o pesquisador.
“Não se pode saber o quão respeitados e admirados eles serão no futuro ou quais serão suas conquistas. Estas poderão fazer seu melhor trabalho – pelo menos, seu melhor trabalho inovador – em uma fase posterior de suas carreiras, e elas devem estar cientes disso e persistir.”
A osteoporose afeta 200 milhões de pessoas no mundo, 10 milhões só no Brasil. Segundo dados de um novo estudo, no mundo, o custo anual de hospitalização por fraturas causadas pela doença é de 19,8 bilhões de reais. Este valor é maior que o custo de infarto (16,7 bilhões de reais), derrames (11,7 bilhões de reais) e câncer de mama (1,9 bilhões de reais).
No Brasil, a osteoporose custa 1,2 bilhão de reais anualmente. Mais da metade (61%) deste montante, o equivalente a 733,5 milhões de reais, está associado à perda de produtividade. As despesas com hospitalização representam 234 milhões de reais e os custos cirúrgicos, 162,6 milhões de reais.
As informações são provenientes do estudo The burden of osteoporosis in four Latin American countries: Brazil, Mexico, Colombia, and Argentina, publicado recentemente na revista científica Journal of Medical Economics. A pesquisa considerou dados de epidemiologia, impacto econômico, diagnóstico, tratamento, gestão e políticas públicas em quatro países da América Latina: Brasil, México, Colômbia, Argentina.
“O objetivo do estudo foi analisar a carga de saúde provocada pela doença na América Latina. Esse conceito foi desenvolvido pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e pela OMS para avaliar de forma completa o grau de comprometimento que a doença traz para a população.”, explica Ben-Hur Albergaria, professor de epidemiologia clinica da Faculdade Federal do Espirito Santo e pesquisador do Centro de Pesquisa em Osteoporose do Espirito Santo (Cedoes).
A vida não é fácil. Para ninguém. Olhando de longe pode parecer. A grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa. Mas cada um é que sabe o peso que carrega. A dor que isso lhe traz. Depressão não é frescura. Confira abaixo dez sinais que no suicídio quem fala, também faz.
No geral, a gente suporta. Dá um jeito. Reza. Pede a Deus que ajude. E a fé empurra a vida. Mas cansado? Sem forças? Às vezes, nem isso dá. Tem horas que a alma mingua. E o desespero toma conta de tudo. Esse é nosso primeiro sinal de aleta.
1- O desespero. Um tsunami de emoções
O desespero vem como um tsunami. Invade. Devasta. Agrava a aflição reinante. Esmaga a alma. Inunda tudo em volta. Uma angústia amarga e insuportável paralisa qualquer ação. A pessoa se vê sem saída. É a treva.
Não há esperança. Nem perspectiva de melhora. O sofrimento parece que veio para ficar de vez. Será eterno. Não há propósitos. Nem planos de vida. A fé? O tsunami arrastou com ele.
2- Ruminação intensa de pensamentos e afetos
A pessoa remói mágoas e afetos. Busca erros, mágoas recentes e do fundo do baú. Se sente vítima. Da vida, do acaso, dos que ela acha que não colaboraram. Ou não se importaram o suficiente. Se ressente achando que ninguém se importa com ela. Rumina perdas e rancores. Muitas vezes mostra raiva. Outras, só tristeza. Porque tristeza, a gente aprende, é muito melhor aceita que a raiva.
3- A impotência frente à vida
A tristeza desce como nevoeiro. Cobre o bom senso. Não permite que se enxergue o caminho à frente. Tudo fica confuso. Sem nitidez. A apatia dá o tom do momento.
A pessoa se culpa. Acha que prejudica as pessoas amadas. Se sente inadequada. Um peso. Se envergonha de tudo. Do que faz e julga errado. E do que deveria, mas não consegue fazer.
O tumulto dos afetos devora a energia de qualquer um. Irritado. Ansioso. Explosivo, algumas vezes. O medo de perder o controle é enorme. Cansado. Abatido. Sem forças para lutar. Nem para resistir. A guerra está perdida. Ele é prisioneiro da dor. Refugiado de si mesmo.
Se retira. Se isola. Evita encontros. Some dos amigos, dos vizinhos, da família. A sensação é de vácuo. Um vazio de alma.
4- Alterações dos hábitos
Desleixo geral. A pessoa já não liga para nada. Toca o dane-se. Não liga para banho. Escovação de dente. Cortes de cabelo. Barba. A higiene pessoal em geral fica um lixo. Quem está em volta reclama. Fala. Ela não atende. Ou atende de má vontade.
Descumpre ordens médicas. Não toma a medicação adequada. Ou toma mais do que deveria. Não se cuida. Passa a comer demais. Ou o contrário, não come.
Pode ficar dias sem pregar o olho. A insônia é sua companheira. Noites em claro. Dorme quando está amanhecendo. Ou nem isso. Acordar é difícil. Sair da cama é um tormento. Também pode dormir dias inteiros. Sem conseguir sair da cama.
5- A baixa na produtividade
Se não dorme, não levanta. Se não levanta, não chega. Ânimo zero. Vontade? Nenhuma. A vida perde o gosto. Desbota.
Começam as faltas. Os atrasos. Os descontos. As caras feias dos chefes e dos colegas. A pessoa, cobrada, se sente um lixo. Desvalorizada. Incompreendida. Mais na lama ainda.
Pequenas responsabilidades passam a pesar como fardos pesados. Nem sempre possíveis de se carregar. Esquecimentos são frequentes. A concentração fica comprometida. Cabeça cheia, cabe mais alguma coisa? Nada. Nem ordem de chefe, nem matéria nova de escola. A criatividade é fosca. O raciocínio fica mais lento.
O velho e bom tesão, some. A produtividade na cama também fica prejudicada. No olho do furacão, ter tesão como? Tudo vira sacrifício. Até as coisas que mais eram prazerosas são deixadas de lado.
6- Automutilações e comportamento perigoso
Pessoas que se automutilam mostram que estão precisando de ajuda. Há os que se cortam, se queimam, se batem, se flagelam.
Também há os que se desprotegem. Pessoas que jogam roleta russa com a vida. Dirigem em altas velocidades, muitas vezes bêbados. Drogados. Fumam demais. Bebem demais. São formas de se matar. Num suicídio passivo. Parece que foi por acaso. Olhando bem, não foi.
7- Despedidas e preparações de partida
Pessoas que tentam se matar se despedem. Pessoalmente ou em redes sociais. Deixam bilhetes, mensagens, posts. Procuram pessoas queridas que não viam há muito tempo. Arrumam seus papéis. Organizam seus pertences. Os armários. Doam objetos de valor ou estimação. Se despedem de alguma forma. Nem sempre a gente percebe. Nem sempre é claro.
Percebo, no consultório, que esse processo é mais do que despedida. Na verdade é uma chance de ver se alguém percebe, e lhe salva a tempo. Ninguém quer morrer de verdade. As pessoas querem é parar uma dor que não suportam mais. Nessas horas, um abraço, um olhar amigo, uma conversa aberta pode salvar uma vida.
8- Histórico de situações graves
Preste atenção em histórico de abusos físicos, sexuais, bullying. Perdas recentes. Separações. Demissões. Crises financeiras. Humilhações. Tudo isso pode desencadear na pessoa a vontade de morrer para se livrar do sofrimento. De situações que ela vive como sem saída.
Histórico de suicídios próximos ou na família. Pequenas tentativas anteriores de suicídio. São fatores que devem deixar a gente já de orelha em pé.
9- Melhoras súbitas
Com a terapia e o tratamento adequado, a tendência é melhorar. Mas quando a tristeza e a apatia dão lugar a uma rápida melhora, fique atento. É aí que muitos dos suicídios acontecem. Porque o deprimido, mesmo muito sofrido, não tem forças nem para se matar.
Mas quando melhora, tem. Esse é o risco. Nessas horas cuidado redobrado. Presença direto do lado. Não deixe sozinho, não.
10- Avisos de suicídio
Nenhum suicídio vem do nada, de uma hora para a outra. Eles vêm escrevendo uma história. Numa linguagem cifrada que, nem sempre, a gente consegue ler. Infelizmente.
Eu não aguento mais. Eu quero sumir. Dormir e não acordar mais. Ir embora numa viagem sem volta. Não quero mais dar trabalho. Não tenho saída. Eu não queria ter nascido. É melhor mesmo eu morrer.
É comum as pessoas próximas desvalorizarem os avisos. Acharem que é só para chamar a atenção. Para aparecer. Dizem que quem quer se matar não avisa. Não é assim que funciona.
Quem fala não faz? Engano seu. Cão que ladra, morde também. Quem se mata, avisa. É preciso reconhecer os sinais. Encarar de frente. Olhar no olho. Esclarecer.
Você está pensando em morrer? Você está me dizendo que quer se matar?
Verbalizar a ameaça assusta. Isso é bom. Faz com que a pessoa leve um susto ao ouvir de outra boca sua ameaça. Seus medos. Muitos suicídios são cancelados assim.
Fale sem medo. Abra o verbo. É preciso falar sobre suicídio. Em alto e bom som. Para que pare de ser tabu. E passe a ser normal. Não é bom. Mas existe e precisa ser enxergado.
Evite o discurso pronto falando tudo de bom que ele é e tem. Ou pior, falando em como a pessoa é ingrata por não ser agradecida e feliz com o que tem. Não piore a situação. Escute sem julgamentos. Um ouvido atento e paciente ajuda mais que uma boca nervosa.
A morte nunca é fácil para quem ama. Nunca é suave com quem fica. Mortes sabem ser rascantes. Mas a morte de quem fez a própria mala para partir, essa é de todas a pior. Porque deixa a alma ferida em carne viva. Mergulhada em culpas. Culpa de não ter feito mais. De não ter percebido. De ter errado.
E raivas. Dele ter se matado mesmo com tudo o que recebeu. Apesar dos seus sacrifícios. Sem pensar no seu sofrimento.
É comum a família ter vergonha. Esconder o suicídio. Dar uma desculpa qualquer. Passar a manter distância segura dos amigos, vizinhos para evitar fofocas. Besteira. Depressão não é vergonha, é doença. Um câncer na alma. Ter vergonha de que?
É preciso falar sobre o suicídio. Falar bem alto. Sem medo. Olhar a fera de frente. Só assim ele para de matar quem a gente ama. Porque a solidão de quem pensa em morrer é enorme. E nosso silêncio é cruel.
O funcionário público da Prefeitura de Guarabira, Antônio Carlos Beserra, diagnosticado com câncer linfático, fez o autotransplante de células tronco retiradas da medula óssea na noite desta terça-feira (23), no hospital Rio Grande, em Natal-RN. A informação foi confirmada pelo próprio Antônio Carlos em postagem numa rede social.
“Ontem à noite, às 22h10min, foi concluído meu transplante graças a Deus. Até aqui tudo perfeito. Com fé em Deus, a minha esposa, os amigos e amigas que estão orando por mim, vou sair vencedor nesta batalha. Fiquem todos com Deus. Daqui a 30 dias estarei de volta”, escreveu, comemorando o sucesso do procedimento.
O tratamento, que retira células sadias da medula do paciente e, após uma alta dose de quimioterapia, as reimplanta na própria pessoa, é muito eficaz no combate ao câncer. Quem passou pelo mesmo procedimento foi conhecido ator Global Reynaldo Gianecchini, que conseguiu se curar da doença.
Segundo uma fonte médica, pacientes que se submetem ao transplante autólogo de medula óssea tem que permanecer em isolamento por quinze dias. Nestes casos, o paciente fica com imunidade zero e precisa ser preservado até que sua medula volte a funcionar, o que leva cerca de dez dias.
Antônio, diagnosticado com um câncer linfático, no começo do ano passado, passou por uma série de exames e cuidados até estar apto a fazer o autotransplante de medula óssa.
Após colher células troncos e descobrir que elas estavam prontas para o autotransplante, o guarabirense aguardou mais 21 dias para voltar ao hospital e realizar o procedimento cirúrgico.
Portal25horas
A Agência Nacional de Segurança do Medicamento e dos Produtos de Saúde (ANSM) da França fez uma advertência sobre os riscos do uso das substâncias ibuprofeno e cetoprofeno – medicamentos com função analgésica, antitérmica e anti-inflamatória muito usados no Brasil, indicados para casos de dores musculares, de cabeça, de garganta e de dente e até mesmo cólica menstrual.
De acordo com a advertência da agência, esses medicamentos podem agravar infecções durante o tratamento. As recomendações feitas pela entidade serão analisadas por agências similares de outros países integrantes da União Europeia.
Por meio de um porta-voz, a ANSM explicou que as autorizações dos medicamentos são feitas para toda a Europa, e não apenas para França. Em junho do ano passado, a entidade abriu uma investigação farmacológica encomendada aos seus centros de Tours e Marselha.
RECOMENDAÇÕES
Ontem (18), a agência emitiu uma série de recomendações, entre as quais a de dar preferência ao uso do paracetamol, em vez do ibuprofeno e do cetoprofeno, em caso de dor ou febre, sobretudo em casos de infecção como anginas, rinofaringites, otites, tosse, infeção pulmonar, assim como lesões cutâneas ou varicela.
DOSAGENS MÍNIMAS
A Agência Nacional de Segurança do Medicamento e dos Produtos de Saúde sugere dosagens mínimas e eficazes desses medicamentos, durante o menor tempo possível – interrompendo o tratamento assim que o sintoma desaparecer. Sugere, ainda, que o tratamento não dure mais de três dias, em caso de febre, nem mais de cinco dias, em caso de dor.
As recomendações decorrem de um estudo encomendado em junho de 2018 aos centros regionais da ANSM de Tours e Marselha, segundo qual existem infecções que podem ser agravadas com o uso do medicamento.
Foram analisados 337 casos de complicações infecciosas graves com ibuprofeno e 49 com cetoprofeno e que estiveram na origem de hospitalizações, sequelas e até mesmo morte.
Os casos foram estudados ao longo de um período prolongado, que começou no ano 2000.