Cientistas americanos identificaram um gene que esconde as células cancerígenas da imunoterapia. Em uma análise laboratorial, os investigadores observaram que o DUX4, presente nos tumores, pode impedir que o problema seja reconhecido e combatido pelo sistema imunológico. Os dados do estudo, publicado na revista Developmental Cell, podem contribuir para aprimorar terapias oncológicas.
A equipe analisou os perfis de expressão gênica de cerca de 10 mil cânceres de 33 tipos de tumores. Nas análises, descobriu que o DUX4 — conhecido principalmente por sua ligação à distrofia fascio-escápulo-umeral, um tipo de distrofia muscular progressiva — impede que as células imunológicas reconheçam as cancerígenas. Os cientistas explicam, no artigo, que pacientes cujos tumores expressavam o gene são menos propensos a responder à imunoterapia.
Como o DUX4 é expresso em muitos tipos de câncer, o bloqueio de sua atividade pode aumentar o sucesso dos inibidores do ponto de verificação imunológico, segundo os especialistas. “A imunoterapia pode ser incrivelmente poderosa contra cânceres previamente intratáveis, mas ainda não é eficaz para a maioria dos pacientes. Compreender os mecanismos que impedem o sistema imunológico de identificar e atacar tumores é um primeiro passo para encontrar a cura para todos os pacientes”, frisa, em comunicado, Robert Bradley, um dos autores do estudo e pesquisador do Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, nos Estados Unidos.
O gene DUX4 é normalmente expresso no desenvolvimento inicial da doença, quando as células precisam evitar a detecção pelo sistema imunológico. “Esse estudo sugere que as células cancerígenas expressam DUX4 para sabotar um programa de atividade imunológica anticâncer precoce”, ressalta Robert Bradley. Segundo os autores do estudo, não há aumento do risco de câncer em indivíduos com distrofia fascio-escápulo-umeral, o que indica que as células cancerosas devem usar o gene exclusivamente para se defender.
BC
Dois irmãos que mora na cidade de Sapé, na região da Mata paraibana, se acorrentaram em frente a um Hospital de João Pessoa para exigir que a mãe deles, que é diabética, seja atendida e passe por um tratamento. O caso foi registrado nesta quarta-feira (17) e, segundo eles, foi um ato de desespero diante do drama de quem está precisando do serviço público de saúde.
O protesto aconteceu em frente ao Hospital São Vicente de Paulo. Em entrevista a TV Cabo Branco, os dois irmãos contaram que a mãe está internada na unidade há cerca de 8 dias, mas o tratamento para o caso dela está sem evolução.
“Não anda não. A gente precisa de ajuda e a gente quer cobrar justiça porque está complicada demais a nossa situação. Querem que a gente roube para conseguir o dinheiro do tratamento?”m disse Paulo Lima.
A paciente é uma senhora de 65 anos de idade que permanece internada. Segundo a direção do hospital, ela ainda não tem precisão de alta médica. O hospital explicou que ela já passou por uma cirurgia e que ainda deve passar por outro procedimento. Os filhos destacam que alguns exames estão demorando muito tempo para serem feitos.
“É desespero. A situação não está fácil. Estão dizendo que estão resolvendo, mas não está. Porque passamos o dia esperando exames e ainda estamos esperando outros. Não estamos acreditando mais que vá resolver”, disse o outro filho da paciente, Flávio Lima.
O G1 não conseguiu resposta do hospital durante a noite desta quarta-feira sobre situação do estado de saúde da paciente. Os filhos dela continuavam acorrentados em frente a unidade de saúde.
G1
Nas últimas três semanas o Ministério da Saúde rompeu contratos firmados com laboratórios de produção de remédios que eram distribuídos gratuitamente para a população. São 19 medicamentos no total, eles deixarão de ser entregues pelo Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Mais de 30 milhões de pacientes dependem desses tratamentos . Veja abaixo a lista dos remédios que terão distribuição gratuita interrompida.
Os laboratórios produtores são públicos e federais; entre eles estão Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. Eles fabricam os remédios como parte de uma parceria com o ministério e fornecem os fármacos a preços 30% menores do que os do mercado.
Associações que representam os laboratórios públicos falam em perda anual de ao menos R$ 1 bilhão para o setor e risco de desabastecimento.
Ainda segundo o Estado de S. Paulo, o Ministério da Saúde negou que os contratos tenham sido interrompidos, em resposta ao jornal, a pasta afirmou que se trata de um “ato de suspensão” e que, por isso tem efeito por um “período transitório”. O presidente da Bahiafarma e da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil (Alfob), Ronaldo Dias, disse ao Estadão, no entanto, que os laboratórios já estão tratando as parcerias como suspensas.
— Os ofícios dizem que temos direito de resposta, mas que a parceria acabou. Nunca os laboratórios foram pegos de surpresa dessa forma unilateral. Não há precedentes – disse ao jornal.
Veja aqui a lista dos remédios que terão distribuição interrompida
- Adalimumabe, Solução Injetável (40mg/0,8mL), produzido por TECPAR
- Adalimumabe, Solução Injetável (40mg/0,8mL), produzido por Butantan
- Bevacizumabe, Solução injetável (25mg/mL), produzido por TECPAR
- Etanercepte, Solução injetável (25mg; 50mg), produzido por TECPAR
- Everolimo, Comprimido (0,5mg; 0,75mg; 1mg), produzido por Farmanguinhos
- Gosserrelina, Implante Subcutâneo (3,6mg; 10,8mg), produzido por FURP
- Infliximabe, Pó para solução injetável frasco com 10mL (100mg), produzido por TECPAR
- Insulina (NPH e Regular), Suspensão injetável (100 UI/mL), produzido por FUNED
- Leuprorrelina, Pó para suspensão injetável (3,75mg; 11,25mg), produzido por FURP
- Rituximabe, Solução injetável frasco com 50mL (10mg/mL), produzido por TECPAR
- Sofosbuvir, Comprimido revestido (400mg), produzido por Farmanguinhos
- Trastuzumabe, Pó para solução injetável (150mg; 440mg), produzido por Butantan
- Cabergolina, Comprimido (0,5mg), produzido por Bahiafarma Farmanguinhos
- Insulina (NPH e Regular), Suspensão injetável (100 UI/mL), produzido por Bahiafarma
- Pramipexol, Comprimido (0,125mg; 0,25mg; 1mg), produzido por Farmanguinhos
- Sevelâmer, Comprimido (800mg), produzido por Bahiafarma Farmanguinhos
- Trastuzumabe, Pó para solução injetável (150mg), produzido por TECPAR
- Vacina Tetraviral, Pó para solução injetável, produzido por Bio-manguinhos
- Alfataliglicerase, Pó para solução injetável (200 U), produzido por Bio-manguinhos
OGlobo
A Paraíba teve nove vagas remanescente da primeira fase do segundo edital do Mais Médicos. Após a apresentação dos médicos brasileiros com CRM Brasil, as cidades de Amparo, Cachoeira dos Índios, Cuité, Nova Floresta, Pocinhos, Santana dos Garrotes e Solânea ficaram sem profissionais. Veja a lista completa de cidades com vagas abertas.
Para o preenchimento das vagas que sobraram, o Ministério da Saúde abriu inscrições para médicos brasileiros formados em instituições estrangeiras. Em todo o Brasil, são 600 vagas. O prazo para inscrição termina nesta quarta-feira (10). A inscrição será realizada, exclusivamente, pela Internet, através do Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP), no site do programa.
Os médicos que aderirem ao programa devem começar a atuar na Atenção Primária desses municípios entre 16 de agosto e 25 de setembro.
Esta é a segunda etapa do edital publicado em 13 de maio deste ano. Na primeira fase do 18º ciclo do programa foram destinadas 2.149 vagas a médicos formados e habilitados com registro em qualquer Conselho Regional de Medicina (CRM) do Brasil, sendo 59 na Paraíba.
Por G1 PB
Os especialistas da unidade Sesc Saúde Mulher, em parceria com o Governo de Solânea e a Associação das Esposas dos Magistrados e Magistradas da Paraíba (AEMP) iniciaram os atendimentos em Solânea de mamografias e exames citopatológicos desde o último dia 04 de julho e estarão em atividade até o dia 31 deste mês.
O Sesc Saúde Mulher realiza exames de prevenção de câncer de mama e de câncer de colo de útero. As mulheres interessadas devem comparecer ao local, primeiramente, para agendar os exames com as cópias dos seguintes documentos: RG, CPF, comprovante de residência e cartão do SUS. Para fazer a mamografia, as mulheres precisam ter entre 50 e 69 anos ou mais de 35 anos se houver histórico familiar (parente de primeiro grau) de câncer de mama. Já o exame citopatológico pode ser feito por mulheres entre 25 e 64 anos. As mamografias realizadas na unidade móvel são enviadas para o Hospital do Câncer de Barretos, referência no assunto, para emissão dos laudos.
A unidade está instalada em frente à Policlínica Municipal Dr. Orlando Cavalcante. Para realizar agendamento o atendimento é das 8 às 10 horas ou das 13 às 15 horas de segunda a sexta-feira, ou pode ser feito na Unidade Básica de Saúde mais próxima.
Com informações AssCom Sesc
Todo muito que já se apaixonou alguma vez na vida é capaz de identificar alguma dessas sensações: os batimentos cardíacos aceleram, a respiração fica ofegante e as palmas das mãos podem ficar mais úmidas quando alguém arrebata nosso coração.
Se a presença de alguém lhe provoca tudo isso, pode ser que sinta uma enorme atração por essa pessoa. Pode também ser mais que atração. Pode ser amor. Ou até medo, ansiedade ou estresse.
Mas como é possível confundir emoções tão diferentes entre si?
O psicólogo Stanley Schachter descobriu na década de 1960 que as emoções não são tão espontâneas tampouco tão claras como acreditamos ou esperamos que sejam.
Segundo Schachte, dois fatores são determinantes: um estado de excitação psicológica e, em seguida, o rótulo que damos a esse sentimento específico.
O rótulo depende do contexto e da pessoa. Às vezes, nosso sistema falha e acontece o que o psicólogo chama de “atribuição errônea da excitação” (arousal), quando um rótulo emocional deriva-se da fonte errada.
Assim, sentimentos como o de estar apaixonado, na verdade, podem ter uma origem bem diferente.
A ponte do amor
Em 1974, os psicólogos canadenses Donald Dutton e Arthur Aron iniciaram um experimento que demonstrou como a atribuição errônea da excitação pode afetar nossos sentimentos relacionados à atração.
Homens que visitavam um parque em Vancouver foram entrevistados por uma mulher belíssima. Metade dos entrevistados estava atravessando uma ponte suspensa quando a mulher pediu que participassem da pesquisa. A outra metade passava por uma ponte baixa e sólida.
Foi pedido a todos os participantes que olhassem uma foto, por exemplo, de uma mulher rindo enquanto cobria o rosto. Em seguida, eles tinham que imaginar uma história por trás da foto. A desculpa era explorar os efeitos de um belo cenário, como o de um parque, sobre a criatividade.
No fim da entrevista, a mulher dava o número de telefone aos participantes e pedia que ligassem se tivessem perguntas sobre a pesquisa.
Segundo os pesquisadores, a maioria dos que ligaram para a mulher tinha atravessado a ponte suspensa – mais que o dobro do que passava pela ponte mais robusta e segura. As histórias desses homens que telefonaram tinham conteúdo mais romântico e sexual.
Quando o mesmo experimento foi feito com um entrevistador homem, quase ninguém ligou.
A explicação dos especialistas nos anos 1970? Muitos homens que haviam atravessado a ponte suspensa confundiram os sentimentos – o coração disparado e a respiração acelerada fizeram com que um possível medo de cair da ponte fosse confundido com atração.
O estudo Donald Dutton e Arthur Aron ganhou o título de “Alguma evidência de maior atração sexual em condições de alta ansiedade”. Mas o trabalhou ficou mesmo conhecido como “A ponte do amor”.
Por que confundimos sentimentos
Ao longo dos anos, diferentes estudos têm mostrado que o fenômeno da atribuição errônea da excitação não apenas nos faz confundir sentimentos como medo, atração e amor. Também entra na lista de rótulos equivocados uma elevada gama de emoções como nojo, euforia, humor, medo, incômodo e erotismo.
Existe uma explicação biológica por trás dessa confusão de sentimentos.
Ainda que estar apaixonado e estar com medo pareçam, à primeira vista, sentimentos quase opostos, ambos provocam mudanças fisiológicas muito parecidas no nosso corpo. Ambos ativam o sistema nervoso simpático, encarregado de nos dizer se devemos lutar ou escapar.
Para preparar o corpo para diferentes cenários, o sistema simpático ativa uma série de mudanças no ritmo cardíaco e pulmonar. Libera hormônios como adrenalina e noradrenalina que afetam nosso sistema digestivo, provocando aquele frio na barriga ou borboletas no estômago.
Curiosamente, é o mesmo processo para quando estamos apaixonados ou nos sentimos atraídos por alguém. Se o contexto não está claro, paixão e atração podem ser facilmente confundidos.
Do terror ao amor
Esse fenômeno também pode explicar por que os filmes de terror são tão populares quando se está num encontro amoroso. A excitação compartilhada pode realçar os sentimentos de atração.
No entanto, a atribuição errônea da excitação também explica por que muitas vezes parecia amor à primeira vista se dissolve em pouco tempo e a pessoa que nas primeiras semanas te tirava do sério já não mais provoca arrepios.
Especialistas em reações descobriram que a teoria do psicólogo Stanley Schachter também pode ajudar a fortalecer um vínculo, uma vez que mostra que a experiência emocional é maleável.
Assim, da mesma forma que a excitação pode criar uma falsa sensação de afeição entre duas pessoas que realmente não se amam, quando há amor mas o casal está desgastado pela monotonia, é possível reviver essa centelha compartilhando atividades que geram excitação.
Em particular, descobriu-se que os casais que compartilham experiências novas e desafiadoras tendem a sentir maiores níveis de atração do que aqueles que não saem da rotina.
Mas cuidado: os psicólogos também advertem que casais que subsistem apenas com base em experiências fortes, instabilidade ou perigo, são certamente vítimas da atribuição errônea de excitação e não estão realmente apaixonados.