Sob o comando de Alberto Valentim, mantido no cargo mesmo com o baixo aproveitamento e quase rebaixamento no ano passado, o Vasco da Gama começou a temporada 2019 com alguns reforços, mas com a base que encerrou 2018 mantida, com destaque para a dupla de zaga, formada por Leandro Castan e Werley.
O setor defensivo, inclusive, foi um dos pontos fortes do Vasco nos primeiros meses, que teve como novidade os recém-chegados laterais Raúl Cáceres e Danilo Barcelos. Na Taça Guanabara, por exemplo, o Gigante da Colina sofreu apenas dois gols (ambos na vitória por 5×2 sobre o Volta Redonda) em sete partidas disputados na campanha da conquista do primeiro turno.
Tudo parecia perfeito para a defesa vascaína, mas as coisas começaram a mudar já na Taça Rio. Para se ter uma ideia, foram sete gols em oito partidas disputadas no segundo turno, números que nem se comparam aos obtidos da Taça Guanabara. O motivo disso? Os adversários ficaram bem mais complicados, situação que já despertou a atenção da torcida.
Nesse tempo, o Vasco teve que superar uma grande ausência: Leandro Castan. O capitão sofreu uma lesão que o afastou dos gramados por alguns meses, tendo retornado agora após a Copa América, e quem passou a formar dupla de zaga com Werley foi Ricardo Graça. O garoto logo surpreendeu e apresentou grande evolução em relação ao ano passado.
O tempo foi passando, o Vasco encerrou suas participações no Carioca e na Copa do Brasil, ambas de forma melancólica, o que ocasionou na queda de Alberto Valentim (ele saiu antes da segunda partida contra o Santos). Para a vaga de técnico interino, Marcos Valadares, comandante do Sub-20, assumiu o profissional por algumas partidas, e não conseguiu evitar a má fase que se instalou em São Januário.
Não foi o início de Campeonato Brasileiro dos sonhos. O Vasco acumulou resultados ruins, logo ficou na lanterna da competição e alguns jogadores foram apontados como grandes vilões da situação ruim da equipe, sendo um deles Werley. O zagueiro, que havia acabado de renovar por 3 anos, não vinha fazendo boas partidas e logo passou a ser questionado pela torcida.
Pouco tempo depois, Vanderlei Luxemburgo foi contratado com a missão de recuperar o Vasco. Inicialmente, o técnico não quis fazer grandes mudanças na escalação, mas aos poucos alguns jogadores foram perdendo espaço, o que foi o caso de Werley. O zagueiro esteve em campo pela última vez no empate em 1 a 1 com o Fortaleza, na Arena Castelão, em 26 de maio. Na partida seguinte, diante do Internacional, o Camisa 34 não pôde jogar por causa de uma lesão, onde foi substituído por Oswaldo Henríquez.
O colombiano, que estava preterido, recebeu uma nova oportunidade com a ausência de Werley, e teve uma grande atuação na vitória por 2×1 sobre o Internacional, que deu início a arrancada vascaína no Campeonato Brasileiro. Naquele jogo, inclusive, Oswaldo Henríquez ficou marcado por ter continuado em campo mesmo depois de fraturar o braço.
Nas partidas seguintes, Oswaldo Henríquez seguiu mantendo um bom nível de atuação, sempre se mostrando seguro, agora formando dupla com Leandro Castan, que retornou de lesão. Com isso, Werley perdeu espaço de vez e agora tem sido apenas opção no banco de reservas, situação que parecia inimaginável há alguns meses.