Nos dias 18 e 19 de abril de 2025, João Pessoa será sede do Festival Diamba na Paraíba: Nordeste Semente, o primeiro evento no estado a abordar a Cannabis medicinal de maneira integrada, reunindo conhecimento acadêmico, cultura e saúde. A iniciativa é realizada pela Associação Canábica Florescer (ACAFLOR), com organização das produtoras Alumiô Parahyba e Mariana Rosa. O evento será sediado no Centro Cultural Piollin, espaço de referência em arte e educação.
O festival terá como tema principal o “Nordeste Semente”, destacando o pioneirismo da região no cultivo da Cannabis, sua relevância histórica e cultural, e o potencial das condições climáticas nordestinas. O objetivo é promover debates e atividades práticas que abrangem desde o uso medicinal da planta até questões legais e sociais, envolvendo profissionais de saúde, advogados, cultivadores, artistas e as pessoas interessadas na temática.
Durante os dois dias, o público poderá participar de minicursos, rodas de conversa, palestras, exposições, apresentações artísticas e workshops. Os principais eixos temáticos incluem:
- Saúde : Uso medicinal da Cannabis em uma perspectiva multiprofissional.
- Direitos : Discussões sobre a legislação e os direitos de cultivadores e usuários.
- Juventude e trabalho : Aspectos sociais e econômicos relacionados à Cannabis.
- Associativismo : A importância de parcerias entre associações para fortalecer o setor.
- Artes e ancestralidade : Conexões culturais e históricas da planta com saberes tradicionais.
Além das atividades educativas, o evento contará com apresentações culturais, incluindo shows de música, dança e teatro, que valorizam artistas locais e nacionais. Haverá também vivências lúdicas infantis e uma feira de economia solidária, com produtos relacionados à temática da Cannabis medicinal.
O festival é voltado para um público diverso, incluindo trabalhadores do setor, profissionais da saúde, juristas, jovens entre 20 e 30 anos, pesquisadores e interessados na temática, além de artistas. A expectativa é atrair cerca de 1.000 pessoas ao longo dos dois dias.
Um marco para a Paraíba e o Nordeste
O Festival Diamba marca um passo importante para consolidar a Paraíba como referência no debate sobre a Cannabis medicinal. O estado já abriga duas associações pioneiras do país, a ABRACE Esperança e a Liga Canábica , fundadas em 2014. A iniciativa também reforça o papel do Nordeste como líder na área, contribuindo para a difusão de conhecimentos e para o fortalecimento do mercado emergente.
A realização do evento é fruto da atuação da ACAFLOR , organização sem fins lucrativos criada em 2022 para atender pacientes que utilizam Cannabis medicinal. A associação é autorizada pela Justiça a cultivar e fornecer produtos à base de plantas, como óleos, pomadas e flores in natura.
Com uma proposta de educação, cultura e transformação social, o Festival Diamba na Paraíba promete ser um marco para o estado, promovendo debates e celebrando o pioneirismo nordestino no cultivo e uso medicinal da Cannabis.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares e ordenou que a Polícia Federal abra um inquérito sobre a liberação desses recursos. A decisão atendeu a um pedido do PSOL, que apontou supostas irregularidades em emendas de comissão indicadas por colegiados da Câmara e do Senado. Essas emendas, que não são de pagamento obrigatório, passaram a ter peso maior depois que o STF derrubou as emendas de relator.
As emendas parlamentares compõem parte do Orçamento federal e costumam ser encaminhadas pelos congressistas às suas bases. O PSOL questionou um ofício enviado em 12 de dezembro ao Palácio do Planalto pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), assinado por 17 líderes partidários. Nesse documento, foi solicitada a liberação dos recursos para emendas de comissão.
Na decisão, Dino escreveu que “tamanha degradação institucional constitui um inaceitável quadro de inconstitucionalidades em série, demandando a perseverante atuação do Supremo Tribunal Federal”. No mesmo dia em que assinou o ofício, Lira cancelou todas as sessões de comissões até 20 de dezembro, último dia de trabalho na Câmara em 2025, alegando “a necessidade de o Plenário da Câmara dos Deputados discutir e votar proposições de relevante interesse nacional”.
A cidade de Pitimbu, localizada no litoral sul da Paraíba, vai sediar o maior torneio de futebol de areia do Brasil no mês de janeiro. Os jogos de Verão vão ser disputados por 15 times, entre os dias 7 e 18 de janeiro de 2025. As partidas acontecem das 19h às 22h, em arena com capacidade para quase três mil pessoas.
Uma das estrelas do evento é o atacante Alisson, convocado para a seleção brasileira de beach soccer, que foi hexacampeão da Copa do Mundo da FIFA, em Dubai, em fevereiro deste ano.
O secretário de esportes de Pitimbu, Luiz Jorge, afirmou que o evento é uma oportunidade de destacar o potencial dos atletas da cidade.
“Sabemos que Pitimbu já se consagrou nacionalmente como a capital do beach soccer. É uma honra estar à frente desse grande projeto que são os Jogos de Verão. É uma grande oportunidade para destacar o potencial esportivo dos atletas da nossa cidade atraindo também atletas de todos Brasil, além de fomentar o esporte. Esse campeonato proporciona uma atmosfera de competitividade saudável e integração entre os times”, declarou.
A força do mar em uma cidade afetada pela erosão costeira no Litoral Norte da Paraíba já destruiu pelo menos 22 imóveis na área urbana de Baía da Traição, segundo a Defesa Civil. Imagens de satélite do Google Earth, feitas entre 2007 e 2023, mostram a evolução dessa destruição. Pesquisadores ainda buscam respostas para entender a causa do problema.
A cidade atrai turistas por suas praias e experiências em aldeias indígenas, uma vez que o município tem cerca de 86,64% da população composta por indígenas, segundo o Censo 2022. A erosão costeira foi motivo para um decreto de situação de emergência, reconhecido pelo governo federal.
Raí Pereira passou a infância na região e acompanhou a degradação das casas. Ele explicou que a rua mais afetada pela força do mar é a rodovia estadual PB-008, uma estrada muito movimentada, que dá acesso às aldeias e a pontos turísticos do local.
Ele morava na rua por trás da beira-mar, mas a força da água mudou o cenário. “O lado que era da praia, a maré ‘comeu’ as casas. A minha rua era a segunda, e aí com a perda desse lado de residências, que era do lado do mar, [a minha rua] passou a ser a primeira, agora de frente pro mar sem nenhuma casa na frente. Só o que divide o mar da minha casa é o calçamento, a PB-008”, descreveu.
Raí relatou que decidiu se mudar para morar a alguns quilômetros de distância, por medo dos ventos e da força do mar.
“Também vieram outros agravos como a deterioração da casa com a maresia. Como não tem mais os coqueirais na frente e as outras residências, toda a força do vento acaba pegando as telhas das casas de frente e aí começa a aparecer goteira, começa a aparecer infiltração. Enfim, é perigoso, né? Então ficava muito complicado permanecer lá. E o mar, cada vez mais avançando, avançando… então antes que ele derrubasse todo o calçamento ou parte do calçamento, nós resolvemos nos organizar e sair”, contou.
Wyara relembra que começaram a retirar as telhas do telhado quando viram que as vigas da pousada estavam rachando. Ela e o sócio perceberam que estavam impotentes diante da situação e não tinham mais recursos financeiros para continuar lidando com a demanda de uma obra tão grande e tão constante.
“Refizemos o quebra-mar e o terraço duas vezes, mas, infelizmente, foi em vão, pois a cada nova maré o mar continuava a destruir o que havia sido restaurado. Por conta disso, tivemos que fechar a pousada em meados de 2022”, relembra.
Wyara ainda tem esperança de que os estudos que estão sendo feitos na orla viabilizem um projeto de engorda na praia. Assim, a pousada poderia ser reformada e reaberta.
“O caos não afetou somente a nós, mas também várias casas, restaurantes, bares e outros meios de hospedagem em Baía da Traição. Cerca de 50% dos nossos clientes eram estrangeiros, principalmente franceses, e agora é difícil promover a Baía em tal estado, com a praia e a infraestrutura completamente afetadas”.
Os estudos sobre a situação do município estão sendo produzidos pelo Programa Estratégico de Estruturas Artificiais Marítimas (Preamar), que é uma iniciativa do Governo da Paraíba em parceria com o Instituto Federal da Paraíba (IFPB).
A equipe de pesquisadores está analisando as causas da erosão na Baía da Traição e verificando se ela impacta toda a costa do município. O trabalho inclui a elaboração de um diagnóstico emergencial, além de um estudo a longo prazo sobre as condições da região.
Quais os motivos da destruição em Baía da Traição?
A coordenadora do meio físico do Programa Estratégico de Estruturas Artificiais Marítimas (Preamar) e doutora em geociências, Larissa Lavor, explica que está ocorrendo um processo de erosão costeira na Praia do Forte, em Baía da Traição.
Área mais afetada pela força do mar em Baía da Traição é em volta da rodovia estadual PB-008, uma estrada muito movimentada, que dá acesso às aldeias e a pontos turísticos do local — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
Ela afirma que esse processo envolve a retirada de sedimentos das praias litorâneas devido à ação de forças naturais, como ondas, marés, ventos e correntes marítimas. De acordo com a pesquisadora, esse processo pode ser intensificado por atividades humanas, como construções próximas à costa e desmatamento.
O professor Saulo Vital, do Departamento de Geociência da Universidade Federal da Paraíba, também afirma que a orla de Baía da Traição apresenta uma crescente erosão costeira. “Se não for tomada nenhuma providência, a tendência é piorar”, explica o pesquisador.
Segundo Larissa Lavor, é precoce afirmar quanto o mar avançou nos últimos anos na região, e que os pesquisadores estão se esforçando para conseguir essas respostas, que só serão obtidas após uma longa análise do fenômeno na área.
“Preliminarmente, com base em imagens de satélites, estima-se que a linha de costa vem diminuindo nas últimas décadas, mas a corroboração só pode ser dada após a finalização do diagnóstico, pois é necessário, no mínimo, analisar o fenômeno ao longo de um ano, levando em consideração uma estação seca e uma estação chuvosa”, afirma a pesquisadora.
No entanto, Larissa Lavor explica que ainda não é possível afirmar o que está causando a erosão em Baía da Traição, mas os pesquisadores estão investigando diversas possibilidades.
Lavor explica que os pesquisadores investigam se a destruição pode ter relação com o avanço do mar e as mudanças climáticas. Ela destaca que os fenômenos ligados à dinâmica da costa brasileira estão se intensificando devido às alterações na temperatura global, que têm causado o aumento do nível do mar ao longo do último século.
“Claro que essa variação vai depender de características geológicas e geomorfológicas de cada lugar analisado, mas no geral, eventos extremos vêm ocorrendo com mais frequência”, analisa.
No entanto, ainda são necessárias pesquisas para entender como a erosão se comporta na região, se há avanço do mar e qual o aumento do nível do mar na região costeira.
Larissa Lavor também explica que o Preamar está analisando elementos cartográficos históricos para verificar se há urbanização irregular na região da praia, que também é uma das possibilidades para o fenômeno.
“Estamos buscando informações em documentos históricos, mas analisando imagens de satélites e a partir de visitas técnicas, percebeu-se que as edificações estão em faixa de planície litorânea, que envolve pós-praia, praia, cordões litorâneos, restingas e duna”, afirma a pesquisadora.
O professor Saulo Vital também afirma que uma das principais questões na orla de Baía da Traição é que as casas foram construídas no pós-praia e até mesmo praia, além da proximidade com o Rio Sinimbu. Ele explica que a área de praia sofre oscilação de maré, sendo a praia propriamente dita. Já o pós-praia é geralmente onde se encontra a restinga, a vegetação característica da região de praia.
O pesquisador também destaca que é necessário mais estudos para entender o avanço do nível do mar na região e o impacto da ação marítima na região.
“Tem que ter muito cuidado, porque nem tudo é mudança climática. Às vezes é uma questão urbana, mesmo. Pode ser que aquele município não teve um devido planejamento, as coisas foram feitas de forma irregular e, uma hora, o problema vai explodir. E pode ser as duas coisas também, e provavelmente é”, afirmou o pesquisador Saulo Vital.
Segundo a pesquisadora Larissa Lavor, o maior impacto da urbanização na região são os destroços, que precisam ser removidos, porque sua presença pode criar obstáculos que contribuem para a intensificação do problema. Além disso, há a perda das residências da população e das histórias das famílias que viveram naquele local.
“Também existe o fato de que as casas em alguns pontos podem servir de áreas de dissipação de energia das ondas, ressuspendendo e deslocando sedimentos, deslocando-os para outros pontos e promovendo erosão em lugares que não existia esse processo”, afirma a pesquisadora.
Um relatório recente do Tribunal de Contas da União aponta que no estado da Paraíba existem 502 obras federais paralisadas. De acordo com os dados apresentados pelo TCU, os dois setores mais afetados são os da Saúde e Educação.
Dentre as cidades paraibanas com obras paradas, João Pessoa apresenta 40 situações, sendo 14 no setor da Educação Superior, 12 no setor da Saúde, 5 no de Saneamento e 4 no de Educação Básica.
Já Campina Grande apresenta, ao todo, 7 obras inacabadas, divididas entre as áreas da Educação Superior, Habitação e Infraestrutura e Mobilidade Urbana.
Áreas com obras inacabadas na Paraíba
Segundo o relatório do Tribunal de Contas da União, as áreas mais afetadas pelo número de obras inacabadas na Paraíba são as pertencentes aos setores da Saúde e da Educação, seguida do setor de Infraestrutura e Mobilidade Urbana. Confira a lista completa abaixo:
- Saúde – 151 obras inacabadas
- Educação básica – 138 obras inacabadas
- Infraestrutura e mobilidade urbana – 115 obras inacabadas
- Educação superior – 28 obras inacabadas
- Turismo – 27 obras inacabadas
- Saneamento – 15 obras inacabadas
- Agricultura – 3 obras inacabadas
- Esporte – 3 obras inacabadas
- Habitação – 2 obras inacabadas
De acordo com a gestão da nova reitora da UFPB, professora Terezinha Domiciano, que assumiu o cargo no dia 14 de novembro, uma quantia de R$ 23 milhões foi disponibilizada para ser destinada à emendas dentro da instituição, e que a finalização de parte das obras paradas será uma das prioridades da gestão em 2025.
“Nós temos 34 obras inacabadas nos mais diversos campi, do campus I ao campus IV. A maioria paradas há mais de 10 anos. A ideia é que, progressivamente, de acordo com a questão orçamentária, elas sejam executadas ao longo dos anos”, explica Antônio Sobrinho Júnior, superintendente de infraestrutura da UFPB.
O sociólogo Gonzaga Júnior explica que a maioria das pessoas tende a acreditar que o motivo de haver um número tão grande de obras inacabadas no setor da Educação é provocado por falta de recursos ou planejamento, mas que isso nem sempre é a única razão.
Segundo ele, é preciso considerar também o papel que a gestão das instituições educacionais desempenha ao priorizar as melhorias na infraestrutura e analisar as mudanças que são realizadas durante diferentes gestores.
“Por um lado a gente pode pensar numa certa falta de planejamento das obras que foram iniciadas e que faltaram recursos para poder concluir, mas também ter a dimensão de que a mudança de gestão e concepção no Brasil como um todo, que diminuiu a importância da educação”, afirma o sociólogo.
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Um jovem de 19 anos foi morto a tiros dentro de casa em Bayeux, na Grande João Pessoa, na madrugada deste domingo (22). Segundo informações da Polícia Civil à TV Cabo Branco, cerca de 10 homens invadiram a casa da vítima e cometeram o crime.
O jovem foi identificado como Rian Lucas Chagas, de 19 anos. Conforme detalhou a Polícia Civil, ele estava em casa com a família quando cerca de 10 homens invadiram a residência. Os suspeitos utilizaram um alicate do tipo vergalhão para cortar os cadeados das portas e entrar na casa.
O jovem foi levado pelos homens para o terraço da casa e executado com vários tiros de arma de fogo.
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Uma mulher foi foi morta a tiros dentro de residência em Mamanguape, no litoral Norte da Paraíba. Crime aconteceu na manhã deste domingo (22) e a polícia foi acionada ao local.
Homens arrombaram a casa por trás e atiraram várias vezes contra a vítima. Segundo informações da Polícia Militar, a mulher tentou fugir, mas caiu no terraço, no momento do crime, uma criança de dois anos estava dormindo e não se feriu.
O Sistema Nacional de Emprego da Paraíba (Sine-PB), a partir desta segunda-feira (23), disponibiliza 1.189 vagas de emprego em 11 municípios do estado. Somente em João Pessoa são 822 oportunidades, enquanto as demais vagas são distribuídas nas cidades de Campina Grande, Sapé, Santa Rita, Patos, Cabedelo, Bayeux, Cajazeiras, Pombal, São Bento e Guarabira.
Telefones do Sine-PB para contato:
João Pessoa – 3218-6617 – 3218-6600
Bayeux – 98619-1918
Cabedelo – 3250-3270
Cajazeiras -3531-7003
Campina Grande – 3310-9412
Guarabira – 3271-3252
Itaporanga – 3451-2819
Mamanguape – 3292-1931
Monteiro – 99863-3217
Patos – 3421-1943
Santa Rita – 3229-3505
Sapé – 3283-6460
Pombal – 3431-3545
Conde – 3298-2025
São Bento – 3444-2712