Olá! Gosto de cumprimentar quem está do outro lado. O lado exterior da tela, seja em que aplicativo ou plataforma digital for. Isso não importa; importante é interagir e buscar assimilar as informações que chegam a você e a minha pessoa.
E pensando na gama de dados formulados e assimilados, busco interpretar o que está ao meu alcance. No caso em pauta, o narcisismo do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que despreza seu antigo aliado, o PT, que hoje põe o deputado estadual Anísio Maia como pré-candidato a prefeito de João Pessoa.
Maia reclama, e diz que o Partido dos Trabalhadores deve ser protagonista em João Pessoa nas eleições deste ano. Para ele, chegou a hora do PT assumir a postura de guardião da linha socialista que segue. E ele tem razão! A alternância de poder é vital para a democracia.
Por sua vez, Ricardo Coutinho, mesmo com todas as complicações jurídicas lançadas contra ele na propalada Operação Calvário, descumpre um acordo político há muito firmado, cujo propósito reside no revezamento das siglas ditas de esquerda para as disputas eleitorais na Capital.
O ex-governador, em seus suspiros, busca ser ele, ou sua esposa, Amanda Rodrigues, representante legítimo do bloco socialista que disputará o pleito que elegerá o futuro prefeito de João Pessoa. E seus planos fragilizam o poder dos partidos que se contrapõem à direita. Com sua postura egocêntrica, apenas o PSB tem direito ao topo não só em João Pessoa, mas em toda a Paraíba.
A direita e suas observações
Ela (a direita) busca o cisma da esquerda, apostando que o ego de alguns agentes políticos está acima dos preceitos partidários e ideológicos. E Coutinho é o personagem perfeito para essa profunda ruptura. Pode-se observar que PT e PSB já não falam a mesma língua em terras paraibanas.
A mágoa de Anísio
Fraturas expostas, Anísio Maia, em singela “inocência”, considera o ato de Coutinho em não apoiar sua pré-candidatura como algo “ingrato”, não querendo assimilar que na política a palavra de hoje não vale para o amanhã.
Os acertos políticos dependem dos diálogos; ceder em pontos divergentes. E em casos não isolados, descumprir promessas de outrora é prática corriqueira. Tudo é venal nesse “ramo”. Perdão! Quase tudo. Temos agentes políticos bem intencionados, embora sejam eles raros.
O teatro e a política
A política é como uma peça de teatro no qual o povo perdeu o seu papel no palco. E sim, há esse sentimento na sociedade, mas pode ser modificado em longo prazo. A democracia no Brasil, e aí ponho a Paraíba, claro, está apenas sendo parida. Erros e acertos acontecem.
O problema é que os erros são maiores que os acertos. E nesse parto, Anísio Maia “sofre” com a postura do ex-governador, antes aliado, hoje um antagonista de peso.
Ambos caminharam juntos. Acertos foram costurados entre eles no passado, não havendo a honradez no que foi combinado. E nessa querela, é sempre bom lembrar que frases postas no ar se dissolvem e, mais uma vez, não só Anísio Maia foi enganado, mas todo uma sigla partidária, no caso, o PT.
Resta saber até que ponto a “ingratidão” de Coutinho para com Maia afetará o xadrez político na disputa pela prefeitura da Capital. O povo roga que o xeque-mate seja favorável à população, mas isso é muito pouco provável.
Por fim, PT e PSB na Paraíba seguem a linha do “salve-se quem puder”. Tal realidade é incontestável.