A vereadora reeleita, Raíssa Lacerda criticou a aprovação do reajuste dos salários de vereadores, prefeito e vice, em sessão nesta terça-feira (16) na Câmara Municipal de João Pessoa. Em entrevista ao ClickPB, a parlamentar disse que sempre votou contra em todos os três mandatos a frente da Casa e que esse foi o pior momento para se ter aumento salarial por conta da crise gerada pela pandemia da Covid-19.
Raíssa também explicou que não participou da votação e que foi pega de surpresa, “nós temos um grupo de vereadores no WhatsApp, mas em nenhum momento foi informado dessa votação, que achei muito rápida, isso foi às pressas por ser tão impopular”, disse.
“Quem acompanhou meus mandatos na Câmara Municipal sabe que sempre fui contra aumento de vereadores, pois já se ganha muito bem. Colocaram em votação um projeto às pressas pois sabem que o tema tem rejeição da população. Fiquei chocada com a forma como foi feita, se sempre fui contra esses aumentos, imagina agora, com o Brasil vivendo uma crise sem precedentes, com 14 milhões de desempregados e a economia em frangalhos por conta da pandemia de Covid-19. Não precisava aumentar salário de vereadores, deviam aumentar os salários dos profissionais da saúde que estão na linha de frente da guerra contra a pandemia”, repudiou.
Dos votos contrários Sandra Marrocos (PT), Lucas de Brito (PV) e Thiago Lucena (PRTB) disseram não. Marcos Henriques (PT) se absteve e Marcos Vinícius (PL) e Raíssa Lacerda não estavam no plenário na hora da votação.
Em suas redes sociais, ela divulgou uma nota em que diz:
“Informo à população de João Pessoa que não estava presente à Sessão Extraordinária desta quarta-feira (16) na CMJP, quando foi aprovado o aumento dos Salários dos Vereadores a partir de 2021. Afirmo também, que me posiciono contra o aumento e se presente naquela oportunidade, votaria de forma contrária, principalmente pela grave crise econômica devido à Pandemia, que ocasiona grande retrocesso na atividade socioeconômica do País.”
O subsídio dos vereadores saltará de R$ 15 mil para R$ 18.991. O futuro presidente da Câmara dos Vereadores receberá R$ 28,4 mil, valor que é maior do que o que recebe o governador João Azevêdo, que é R$ 23,5 mil.