Um pedido de registro da vacina contra o vírus chikungunya será analisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em conjunto com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
A solicitação da análise foi submetida à Anvisa pelo Instituto Butantan nesta terça-feira (12). O desenvolvimento da vacina ocorre em parceria com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva. Foi a parceira do Butantan que submeteu o produto para avaliação da EMA.
A análise conjunta por duas entidades regulatórias é prevista dentro da Iniciativa OPEN (Opening Procedures at EMA to non-EU Authorities).
“As instituições participantes permanecem científica e processualmente independentes enquanto compartilham informações, conhecimentos e abordagens durante a avaliação. O processo permite harmonizar as abordagens dos reguladores, com maior transparência e contribuir assim para acelerar o acesso a novos medicamentos”, afirma a Anvisa.
A chikungunya é uma infecção causada por vírus, transmitido pelos mosquitos Aedes Aegypti. O vírus acessa a corrente sanguínea e se multiplica afetando a membrana das articulações com sintomas que geralmente aparecem após uma semana da picada do mosquito e podem durar meses nos casos mais graves.
Os principais sintomas são febre alta, dores intensas nas mãos, dedos, tornozelos e pulsos, dor de cabeça e nos músculos, além de manchas avermelhadas na pele. A doença possui grande importância no Brasil, sendo endêmica.
Somente em 2022, o Brasil registrou 174.517 casos prováveis de chikungunya. Pode ser mortal, especialmente em pessoas com outras comorbidades e pode deixar sequelas graves, como dores crônicas nas articulações.