A vacina desenvolvida pela farmacêutica Pfizer e a empresa de biotecnologia BioNTech é mais de 90% eficaz em proteger as pessoas contra o coronavírus que um placebo, de acordo com uma análise preliminar feita por um comitê de monitoramento independente. A primeira análise dos testes, que ainda estão em andamento, é uma pequena amostra da possível performance da vacina no “mundo real”. O imunizante é um dos quatro que estão nos estágios finais de testes nos Estados Unidos.
Este é o indício mais forte até agora de que a busca sem precedentes para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus possa ser bem sucedida, quebrando todos os recordes científicos de velocidade de desenvolvimento de um imunizante.
“Eu diria que é um momento histórico. Isto nunca aconteceu antes. Primeiro de tudo, o mundo foi impactado com uma situação terrível, a pandemia, e agora sermos capazes de, em um curto espaço de tempo, realizar algo que levaria anos”, disse Kathrin Jansen, chefe de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da Pfizer. “Ouvir que uma análise provisória apontou que (a vacina) é 90% eficaz foi incrível”.
No teste de 44 mil pessoas realizado pela Pfizer, até o momento foram registrados 94 casos de covid-19 em pessoas que não tinham sido infectadas previamente. Menos de nove desses casos são de pessoas que receberam duas doses da vacina, um forte sinal da eficácia. Os dados ainda não foram publicados ou revisados por pares.
O aumento do surgimento de casos de coronavírus nos meses mais frios, apesar de devastador para o país (Estados Unidos), significa que os testes poderão ser finalizados antes do previsto pelos executivos da empresa. Com mais pessoas expostas ao vírus, testar a vacina se torna mais fácil – e mais rápido.