Após o anúncio, nessa terça-feira (12), de que a eficácia geral da CoronaVac é de 50,4% muita gente se decepcionou com a vacina desenvolvida em uma parceria entre a empresa chinesa Sinovac e o Instituto Buntatan. Os secretários de Saúde da Paraíba, porém, receberam a notícia com entusiasmo e destacaram que a vacina fará seu papel.
”Algumas vacinas como gripe e rotavírus, que tomamos todos os anos, têm eficácia entre 55% e 60%”, afirmou o secretário de Gestão de Unidades de Saúde da Paraíba, Daniel Beltrammi. ”Historicamente, o papel das vacinas sempre foi evitar que as pessoas fiquem gravemente doentes. Fazer com que a covid se converta em uma gripe comum é o papel da vacina”, completou.
Os dados apresentados sobre a vacina mostram que os pacientes que tiveram a doença, mesmo estando vacinados, apresentaram apenas sintomas leves e não precisaram de internação. Nenhum caso grave ou morte foi registrada. ”É uma notícia importante para o cenário de guerra que estamos vivendo”. O secretário de Saúde Geraldo Medeiros destacou que a vacina deve esvaziar enfermarias e UTIs e evitar mortes.
Beltrammi ressaltou que a vacina foi testada em profissionais de saúde, que estão constantemente expostos ao vírus. ”Em alguns casos, o vírus foi neutralizado assim que chegou no organismo das pessoas”.
Ele destacou ainda que, embora o novo coronavírus só tenha atingido 10% da população da Paraíba, 3.836 pessoas já morreram para a doença (número atualizado em 12/01). Nesse ritmo, segundo Beltrammi, até se atingir a imunidade de rebanho seriam cerca de 23 mil mortes.
Outra vantagem da CoronaVac, que foi destacada por ambos os secretários é o fato de ser uma vacina de vírus inativado, o que a torna muito segura. ”Ela expõe as pessoas que vão recebê-la a todo material viral”, explicou Daniel Beltrammi. Isso é importante porque o novo coronavírus é capaz de mutar com muita facilidade.
”É hora de compreender que as vacinas serão a nossa porta para um futuro em que a pandemia estará sob controle”, disse Beltrammi.