Uma mulher que reside em João Pessoa, capital da Paraíba, foi diagnosticada com quadro de malária após teste rápido feito no último sábado (25). Depois do resultado do exame, ela foi transferida até o Hospital Universitário Lauro Wanderley para começar a receber medicação.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, que confirmou o sexto caso de malária na Paraíba, a mulher tinha um histórico de ida até o município de Conde nos últimos 30 dias e apresentava sintomas sugestivos da doença.
A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, destaca que a secretaria vem trabalhando junto aos profissionais do município de Conde e do Ministério da Saúde (EpiSUS), desde o primeiro caso notificado, para implementação de medidas de vigilância da doença que oportunize a identificação dos casos nos primeiros dias com o objetivo de interromper a transmissão.
“Além disso, estamos executando ações de controle vetorial e entomológico, utilizando oportunamente inseticida intradomiciliar em todos os casos confirmados. Realizamos também vários ciclos do UBV pesado, que é o carro fumacê, em todo o município para redução da densidade populacional do mosquito Anopheles”, afirma.
Talita observa que, mesmo com a execução de todas essas ações, um dos pontos mais importantes para interromper o ciclo da doença é a ida ao serviço de saúde daquela pessoa que reside no Conde ou que esteve na cidade no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas.
“Se a pessoa sentiu febre, acompanhada ou não de cefaleia, náuseas, fadiga, anorexia, calafrios, sudorese, cansaço, mialgia e tremores, deve realizar o teste rápido e/ou Exame Gota Espessa para malária e, se positivo, iniciar a medicação de imediato. A medicação é gratuita e disponibilizada pelo Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Estado da Saúde”, alerta.
No intuito de descentralizar o atendimento, a SES realizou uma capacitação de coleta da lâmina de Gota Espessa para profissionais de equipamentos hospitalares do município de João Pessoa e região. A qualificação aconteceu em abril e foi ministrada pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB). Talita afirma que é importante lembrar que na ausência de testes rápidos o exame de Gota Espessa deve ser coletado e enviado ao Lacen-PB para leitura. Não existe exame na rede privada para diagnóstico de Malária.
“Quando um equipamento hospitalar, público ou privado, suspeitar que o usuário esteja com malária e não tiver o teste rápido ou profissional capacitado para coletar o exame de Gota Espessa, a unidade deverá acionar a vigilância epidemiológica municipal para que assim seja disponibilizado um profissional do Estado capacitado para coleta do exame e envio ao Lacen-PB”, recomenda.
O município de Conde caracteriza-se hoje com risco potencial de transmissão da doença, cabendo a todos os usuários e visitantes a tomada de medidas de prevenção contra picada de mosquitos como: o uso de calças e camisas de manga longa e de cor clara, uso de repelentes, evitar locais próximos a criadouros naturais dos mosquitos (beira de rios e lagos, áreas alagadas ou coleções hídricas, região de mata nativa), principalmente nos horários da manhã e ao entardecer, por serem os períodos do dia de maior atividade dos vetores da doença, entre 17h e 6h, uso de telas protetoras nas portas e janelas e o uso de mosquiteiros.