Com extensa carreira política, Cássio Cunha Lima (PSDB), de 55 anos, publicou nesta quinta-feira (31), em perfil oficial no Instagram, uma carta aberta para o público em que afirma estar concluindo 32 anos de vida pública.
“Em todos os mandatos transformei vidas, me dedicando a elas com devoção sincera e respeito verdadeiro. Sigo em frente, cabeça erguida, espinha ereta e o coração tranquilo, parafraseando o poeta”, escreveu.
O tom de despedida presente no texto publicado se deve ao fato de que o tucano não se reelegeu para o Senado nas eleições de 2018. A nova legislatura da Casa toma posse nesta sexta-feira (1).
Leia a carta na íntegra:
Hoje concluo um ciclo de 32 anos de mandatos que me foram conferidos pelo povo. O sentimento é de gratidão. A Deus, sempre em primeiro lugar, e ao povo da Paraíba, de forma especial ao de Campina Grande.
Quem tem espírito público, não precisa de mandato para servir à comunidade e às pessoas. Continuarei servindo. Comecei a fazê-lo, antes mesmo do meu primeiro mandato, na Assembleia Nacional Constituinte, sempre com dedicação, seriedade, ética e honestidade.
Guardarei para sempre a lição do meu pai, mestre, líder e amigo Ronaldo Cunha Lima, a quem devo também um agradecimento todo especial extensivo a minha família (tenho uma linda família) sempre tão solidária e presente nas minhas lutas: política se faz como sacerdócio e não como negócio. E assim a exerci.
Ajudei a milhões, milhões mesmo. Esse sempre foi o meu objetivo na política: melhorar a vidas das pessoas. Tratando-as com respeito, ouvindo-as com acuidade, sendo solidário no limite das minhas possibilidades.
Em todos os mandatos transformei vidas, me dedicando a elas com devoção sincera e respeito verdadeiro. Sigo em frente, cabeça erguida, espinha ereta e o coração tranquilo, parafraseando o poeta.
Tenho uma certeza: sou muito grato pela honra que tive de representar nosso povo por todos esses anos. E tenho uma convicção: ofereci o meu melhor nessa representação. Passará algum tempo para se compreender, de forma plena, este instante da vida nacional. A democracia é assim, o povo coloca, o povo tira. Há de se respeitar sempre a soberania popular.
Por fim, preservo sonhos, pelos quais continuarei lutando, qualquer que seja minha trincheira de luta. Oportunidades iguais para as nossas crianças, para que elas sejam donas do seu próprio destino. Zelo e respeito com os idosos. Cuidado redobrado com os que mais precisam.
Que venha um tempo novo. Muito obrigado a todos e a cada um.